Com José Serra à frente do Ministério das Relações Exteriores, a postura mudou.
Um dos piores pontos dos governos
petistas – e todos sabem o quanto é difícil selecionar os piores – era a
total subserviência à agenda bolivariana professada por ditaduras deste
continente. Cabeça baixa para os governos autoritários de Venezuela,
Cuba e Bolívia, por exemplo, eram uma constante.
Parece que a coisa mudou, não é mesmo?
Em menos de 24h de gestão Temer, o Itamaraty – agora com José Serra à frente da pasta – emitiu nota rejeitando “enfaticamente” as manifestações bolivarianas falando em golpismo. Em outro comunicado, criticou a postura do Secretário-Geral da UNASUL.
Até que enfim, acabou a palhaçada!
Seguem as duas notas, integralmente:
Nota 176
13 de maio de 2016
13 de maio de 2016
Manifestações sobre a situação interna no Brasil
O
Ministério das Relações Exteriores rejeita enfaticamente as
manifestações dos governos daVenezuela, Cuba, Bolívia, Equador e
Nicarágua, assim como da Aliança Bolivariana para os Povos de Nossa
América/Tratado de Cooperação dos Povos (ALBA/TCP), que se permitem
opinar e propagar falsidades sobre o processo político interno no
Brasil. Esse processo se desenvolve em quadro de absoluto respeito às
instituições democráticas e à Constituição federal.
Como
qualquer observador isento pode constatar, o processo de impedimento é
previsão constitucional; o rito estabelecido na Constituição e na Lei
foi seguido rigorosamente, com aval e determinação do STF; e o
Vice-Presidente assumiu a presidência por determinação da Constituição
Federal, nos termos por ela fixados.
Ministério das Relações Exteriores
Assessoria de Imprensa do Gabinete
Assessoria de Imprensa do Gabinete
***
Nota 177
13 de maio de 2016 – 18:58
13 de maio de 2016 – 18:58
Declarações do Secretário-Geral da UNASUL sobre a situação interna no Brasil
O Ministério das Relações
Exteriores repudia declarações do Secretário-Geral da UNASUL, Ernesto
Samper, sobre a conjuntura política no Brasil, que qualificam de maneira
equivocada o funcionamento das instituições democráticas do Estado
brasileiro.
Os argumentos apresentados,
além de errôneos, deixam transparecer juízos de valor infundados e
preconceitos contra o Estado brasileiro e seus poderes constituídos e
fazem interpretações falsas sobre a Constituição e as leis brasileiras.
Além disso, transmitem a interpretação absurda de que as liberdades
democráticas, o sistema representativo, os direitos humanos e sociais e
as conquistas da sociedade brasileira se encontrariam em perigo. A
realidade é oposta.
Tais juízos e interpretações
do Secretário-Geral são incompatíveis com as funções que exerce e com o
mandato que recebeu do conjunto de países sul-americanos nos termos do
Tratado Constitutivo e do Regulamento Geral da UNASUL. DO IMPLICANTE
Nenhum comentário:
Postar um comentário