sábado, 14 de maio de 2016

Acabou a palhaçada! Itamaraty emite notas duras contra bolivarianos e UNASUL

Com José Serra à frente do Ministério das Relações Exteriores, a postura mudou.
Nicolas Maduro - Raul Castro
Um dos piores pontos dos governos petistas – e todos sabem o quanto é difícil selecionar os piores – era a total subserviência à agenda bolivariana professada por ditaduras deste continente. Cabeça baixa para os governos autoritários de Venezuela, Cuba e Bolívia, por exemplo, eram uma constante.
Parece que a coisa mudou, não é mesmo?
Em menos de 24h de gestão Temer, o Itamaraty – agora com José Serra à frente da pasta – emitiu nota rejeitando “enfaticamente” as manifestações bolivarianas falando em golpismo. Em outro comunicado, criticou a postura do Secretário-Geral da UNASUL.
Até que enfim, acabou a palhaçada!
Seguem as duas notas, integralmente:
Nota 176
13 de maio de 2016
Manifestações sobre a situação interna no Brasil
O Ministério das Relações Exteriores rejeita enfaticamente as manifestações dos governos daVenezuela, Cuba, Bolívia, Equador e Nicarágua, assim como da Aliança Bolivariana para os Povos de Nossa América/Tratado de Cooperação dos Povos (ALBA/TCP), que se permitem opinar e propagar falsidades sobre o processo político interno no Brasil. Esse processo se desenvolve em quadro de absoluto respeito às instituições democráticas e à Constituição federal.
Como qualquer observador isento pode constatar, o processo de impedimento é previsão constitucional; o rito estabelecido na Constituição e na Lei foi seguido rigorosamente, com aval e determinação do STF; e o Vice-Presidente assumiu a presidência por determinação da Constituição Federal, nos termos por ela fixados.
Ministério das Relações Exteriores
Assessoria de Imprensa do Gabinete
***
Nota 177
13 de maio de 2016 – 18:58
Declarações do Secretário-Geral da UNASUL sobre a situação interna no Brasil
O Ministério das Relações Exteriores repudia declarações do Secretário-Geral da UNASUL, Ernesto Samper, sobre a conjuntura política no Brasil, que qualificam de maneira equivocada o funcionamento das instituições democráticas do Estado brasileiro.
Os argumentos apresentados, além de errôneos, deixam transparecer juízos de valor infundados e preconceitos contra o Estado brasileiro e seus poderes constituídos e fazem interpretações falsas sobre a Constituição e as leis brasileiras. Além disso, transmitem a interpretação absurda de que as liberdades democráticas, o sistema representativo, os direitos humanos e sociais e as conquistas da sociedade brasileira se encontrariam em perigo. A realidade é oposta.
Tais juízos e interpretações do Secretário-Geral são incompatíveis com as funções que exerce e com o mandato que recebeu do conjunto de países sul-americanos nos termos do Tratado Constitutivo e do Regulamento Geral da UNASUL. DO IMPLICANTE

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