sexta-feira, 31 de julho de 2015

A babaquice, ingenuidade ou safadeza dos governadores da oposição?

A cafajestada a que se submeteram os governadores tucanos, ontem à tarde, rendeu a Dilma Rousseff uma falsa manchete.
Quem relata o caso é Josias de Souza:
"Às 23h23 da noite passada, a Presidência da República divulgou em seu blog uma ótima notícia para a inquilina do Palácio do Planalto:
Os governadores das cinco regiões do país, que estiveram reunidos com a presidenta Dilma Rousseff, nesta quinta-feira (30), em Brasília, fizeram uma defesa clara da democracia, do Estado de Direito e da manutenção do mandato legítimo da presidenta Dilma e dos eleitos em 2014. Na ocasião, os representantes dos 27 Estados brasileiros deixaram clara sua posição de unidade em favor da estabilidade política do país.
Quem lê o texto fica com a impressão de que Dilma arrancara dos governadores que se reuniram com ela no Palácio da Alvorada, inclusive os de oposição, uma manifestação unânime contra o impeachment. O único problema é que essa notícia é falsa.
A falsa notícia veiculada no blog do Planalto realça uma declaração feita pelo governador do Maranhão, Flávio Dino, do PCdoB".
Geraldo Alckmin desmentiu Flávio Dino, dizendo:
“Isso não foi tema da reunião nem está em discussão. Não há nenhuma discussão em relação a isso [o mandato da presidente]. Nós defendemos o quê? Investigação, investigação, investigação e cumprir a Constituição. Nosso dever é cumprir a Constituição.”
Mas é claro que o Palácio do Planalto ignorou Geraldo Alckmin e se concentrou na mentira pronunciada pelo apaniguado comunista.
Geraldo Alckmin, assim como Beto Richa, é "desnecessário".
*Texto via O Antagonista
COMENTO:  Seria muita ingenuidade os Governadores da oposição acharem que gente como Dilma e cia, não iriam buscar tirar proveito da reunião que eles, "tão bonzinhos", compareceram no Planalto.
Se realmente "encarnam" a oposição porque compareceram? 
Como sabemos que político ingenuo não existe, sobra a babaquice ou safadeza...Quem escolherá o que atribuir às tais excrescências? DO MARIOFORTES

A oposição somos nós.

O País desceu muitos degraus na escala moral e da compostura pela baixa qualidade da política exercida pelos seus dirigentes e aliados, portanto, tem que reagir com energia e repulsa, para impedir que o indecoroso conceito de impunidade que regula a filosofia da pior estirpe de velhacos de nossa história, venha a ditar as normas pedagógicas da "nova escola".
Cuidemos de tirá-los do trono, destruindo o seu projeto de poder indefinido. Essa gente, durante o governo militar, articulou-se em guerrilhas para instituir a "democracia comunista", a tão "justiceira sociedade igualitária". Hoje, no poder, a igualdade existe, mas entre eles próprios, na divisão do dinheiro da Nação em que o montante das cotas indica o preço de cada um.
A presidente sempre teve arroubos por cofres. Mas, a parcela do povo tutelada, os "famosos" artistas repetidores de roteiros, os intelectuais de bares e a mídia escamoteadora da verdade, entregaram-lhe a chave do erário, como se entrega o mapa do tesouro a um pirata. A festança foi grande até o momento.
O cobertor emporcalhado, que agasalhava o Executivo, cobriu as Casas do Congresso e o STF. Se os Três Poderes engajaram-se na proteção dos interesses partidários, seus integrantes, com raríssimas exceções, já estão contaminados e é necessário urgência na limpeza geral do centro do poder.
Destaca-se nessa aliança entre o partido vermelho e seus aliados a identidade de ações no jogo da baixa política na qual o que menos importa são as questões nacionais. Tanto que nomes representativos das Casas participam da lista como beneficiários de substanciais somas para manter providencial desinteresse em fiscalizar os vários golpes do Executivo e acordos por ele assinados sem que passassem pelo Congresso e recebessem ou não o seu aval.
Isso não significa harmonia entre Poderes, mas cumplicidade de interesses, em detrimento do interesse maior que é o da Nação. Foram eleitos para servi-la, mas em troca deixa-lhe arruinada.
Esses mesmos parlamentares citados pela Justiça acusam-na, atacam a PF, o MP, o íntegro juiz Sérgio Moro, por terem descobertos as falcatruas em que se meteram. Legisladores que ofendem, quando acusados, as instituições que zelam pela execução das leis que eles mesmos elaboraram, é uma prova de que o País não poderá mais contar, na defesa de sua soberania, com decisões idôneas, cívicas, isentas, porque poucos nomes não estão manchados.
Acrescente-se à já conhecida deficiência intelectual da presidente, os gracejos do emproado vice que não se coadunam com a seriedade da situação, classificando-a de "crisezinha" (1), numa linguagem aquém de seu cargo, expressada a jornalistas estrangeiros, no exterior, de maneira pejorativa, comprovando a qualidade da política brasileira sempre apoiada em mentiras. Demonstrou desapreço por si mesmo, pelo País que deveria bem representar e pelo povo que lhe paga a viagem.
Foi assim com Collor, com FHC, que não desperdiçava momento, nos países em que ia dar conta de seu serviço de apátrida, para descrever o Brasil à sua maneira e semelhança: acanalhado. Agora, aproveitando o País fragilizado, deita falação aos que ainda desconhecem as suas ligações transnacionais. Finge-se indignado, porque há objetivos obscuros que devemos impedi-lo de pôr em prática. Foi assim, também, com Lula, "o honoris causa" da malandragem e da corrupção.
Não podemos cair na armadilha da falsa oposição, que FHC pensa em liderar para tumultuar.
Nós somos a verdadeira oposição, apartidária, sem muletas parlamentares, que somente se prendem a nossos braços para tirar proveito da situação caótica que ajudaram a implantar.
Esta é a hora da extrema limpeza. Não percamos mais tempo. Encontremos o nosso líder fora dos quadros políticos comprometidos.
*Por Aileda de Mattos Oliveira - Dr.ª em Língua Portuguesa. Vice-Presidente da Academia Brasileira de Defesa - Via  www.emdireitabrasil.com.br
DO MARIOFORTES

Os tucanos caíram na cilada de Dilma Rousseff

A cafajestada a que se submeteram os governadores tucanos, ontem à tarde, rendeu a Dilma Rousseff uma falsa manchete.
Quem relata o caso é Josias de Souza:
"Às 23h23 da noite passada, a Presidência da República divulgou em seu blog uma ótima notícia para a inquilina do Palácio do Planalto:
Os governadores das cinco regiões do país, que estiveram reunidos com a presidenta Dilma Rousseff, nesta quinta-feira (30), em Brasília, fizeram uma defesa clara da democracia, do Estado de Direito e da manutenção do mandato legítimo da presidenta Dilma e dos eleitos em 2014. Na ocasião, os representantes dos 27 Estados brasileiros deixaram clara sua posição de unidade em favor da estabilidade política do país.
Quem lê o texto fica com a impressão de que Dilma arrancara dos governadores que se reuniram com ela no Palácio da Alvorada, inclusive os de oposição, uma manifestação unânime contra o impeachment. O único problema é que essa notícia é falsa.
A falsa notícia veiculada no blog do Planalto realça uma declaração feita pelo governador do Maranhão, Flávio Dino, do PCdoB".
Geraldo Alckmin desmentiu Flávio Dino, dizendo:
“Isso não foi tema da reunião nem está em discussão. Não há nenhuma discussão em relação a isso [o mandato da presidente]. Nós defendemos o quê? Investigação, investigação, investigação e cumprir a Constituição. Nosso dever é cumprir a Constituição.”
Mas é claro que o Palácio do Planalto ignorou Geraldo Alckmin e se concentrou na mentira pronunciada pelo apaniguado comunista.
Geraldo Alckmin, assim como Beto Richa, é "desnecessário". DO O ANTAGONISTA

quinta-feira, 30 de julho de 2015

MPF DENUNCIA BENÉ, O OPERADOR DO GOVERNADOR FERNANDO PIMENTEL DO PT DE MINAS GERAIS.

Benedito Oliveira Neto, o Bené.
O Ministério Público Federal (MPF) denunciou o empresário Benedito Oliveira Neto (foto), operador do governador mineiro Fernando Pimentel (PT), por peculato e fraude em licitação. Ao lado de outras oito pessoas, ele responderá também por improbidade administrativa e pode ser obrigado a devolver os 2,9 milhões de reais que, de acordo com os procuradores, foram desviados em um contrato com o Ministério das Cidades.
A atuação do grupo teria ocorrido entre 2007 e 2009, por meio da empresa Dialog Serviços de Comunicação (atual Due Promoções e Eventos). Segundo o Ministério Público, a Dialog usava uma estratégia apelidada de "jogo da planilha" para vencer as licitações. O truque envolvia a redução de preço de itens secundários e pouco utilizados e o sobrepreço em itens mais utilizados. Em uma concorrência com o valor previsto de 554 milhões de reais, a empresa saiu vencedora após apresentar um lance de apenas 24,8 milhões.
O maior - 1,2 milhão de reais - desvio teria ocorrido na organização da 3ª Conferência Nacional das Cidades, realizada em dezembro de 2007. O sobrepreço em um dos itens chegou a 1.500%.
Entre os denunciados, ao lado de Bené, estão sete ex-funcionários do ministério, inclusive a ex-subsecretária de Planejamento, Orçamento e Administração Magda Oliveira e o coordenador de Licitação, Francisco de Assis Rodrigues Froés.
Os procuradores afirmam que Bené agiu em parceria com os servidores. "Verifica-se que este concorreu dolosamente para a prática dos atos criminosos aqui descritos ao arquitetar ilicitamente, em conluio com funcionários públicos do Ministério das Cidades, a vitória de sua empresa no certame licitatório pregão eletrônico", diz a ação penal.
Benedito Oliveira já é investigado em outros casos de corrupção. O executivo Gerson Almada, da Engevix, apontou aos investigadores da Lava Jato que Bené era o arrecadador de propina para a campanha de Pimentel. O empresário também pertence à família dona da Gráfica Brasil, fornecedora da campanha de Pimentel e investigada na operação Acrônimo, da Polícia Federal, por indícios de lavagem de dinheiro. Bené foi preso em maio mas deixou a cadeia depois de pagar fiança. Do site da revista Veja DO ALUIZIOAMORIM

Em Brasília, fome reúne-se com falta de comida


Dilma Rousseff reúne-se com os governadores nesta quinta-feira. Na definição de um dos convidados da presidente, será “o encontro da fome com a falta de comida.”
Como assim?, estranhou o repórter. “Com os tesouros estaduais em petição de miséria, os visitantes têm fome de dinheiro —um alimento indisponível na despensa de Dilma. Com a credibilidade em ruínas, a anfitriã tem fome de estabilidade congressual. Mas governador que pedir aos parlamentares apoio à impopularidade arrisca-se a receber uma banana como resposta.”
No convite aos governadores, Dilma informou que deseja discutir dois temas: governabilidade e responsabilidade fiscal. Seus operadores políticos chamam o entendimento desejado de “pacto pela governabilidade”. Dificilmente se inventará um nome mais pomposo para papo furado.
Se quisesse realmente ser tomada a sério, Dilma costuraria um entendimento nos bastidores antes de subir ao palco, sob refletores. Mas ela precisa da foto. Quer passar à opinião pública a impressão de que não é uma moribunda política.
Não é a primeira vez que Dilma procede dessa maneira. Ela repete agora a mesma coreografia de junho de 2013. Depois que os brasileiros foram às ruas para informar que estavam de saco cheio, a presidente convidou a Brasília governadores e prefeitos de capitais. Propôs cinco pactos. Ganha um doce quem se lembrar de um.
Enquanto a popularidade lhe sorriu, Dilma cultivou um tipo sui generis de diálogo, no qual ela obrigava o outro a calar a boca. Hoje, isolada e impopular, a grande ambição de Dilma é a de colher solidariedades que jamais plantou. DO JOSIASDESOUZA-UOL

Juiz pode pouco sem opinião pública, diz Moro


A convite do Instituto dos Advogados do Paraná, o juiz federal Sérgio Moro fez uma palestra na noite desta quarta-feira (29). Lotou um teatro com cerca de 400 assentos, em Curitiba. Ao agradecer a atenção que a sociedade lhe tem dedicado, disse: “O que o juiz pode fazer é muito limitado sem o apoio da opinião pública.”
Moro esclareceu que não trataria de Lava Jato. Falaria sobre lavagem de dinheiro a partir de outro caso: a Operação Mãos Limpas, deflagrada na Itália em 1992. As semelhanças entre as duas investigações levou-o a estabelecer analogias. Como no instante em que rebateu as queixas contra o encarceramento de investigados: “A gente ouve algumas críticas sobre as prisões cautelares, mas as prisões da Lava Jato não chegam nem perto das 800 realizadas na Itália.”
O interesse de Moro pela Mãos Limpas é antigo. Ele dissecou a operação num longo artigo publicado em 2004 na revista do Conselho da Jutiça Federal. Chama-se ‘Considerações sobre a Operação Mani Pulite’. Pode ser lido aqui. A corrupção italiana se parecia muito com a brasileira —na amplitude amazônica e na promiscuidade entre empresários e políticos.
A Mãos Limpas fisgou 6.069 pessoas. Entre elas 872 empresários, 1.978 agentes públicos e 438 parlamentares. Expediram-se 2.993 mandados de prisão. No artigo de 2004, Moro descreveu a lama da Itália como se resumisse a encrenca que lhe cairia no colo 11 anos mais tarde: “As investigações judiciais dos crimes contra a administração pública espalharam-se como fogo selvagem, desnudando inclusive a compra e venda de votos e as relações orgânicas entre certos políticos e o crime organizado.''
Na palestra da noite passada, Moro referiu-se aos desdobramentos da Mãos Limpas com uma ponta de desalento. Disse que 40% dos investigados não foram punidos. Os crimes prescreveram ou as leis foram alteradas. Não acha improvável que algo parecido ocorra no Brasil: “O que é preocupante é que nosso Direito processual é muito espelhado no modelo italiano. Lamentavelmente nós copiamos as virtudes, mas também os vícios.”
A despeito da Mãos Limpas, disse Moro, a Itália ocupa hoje a 69ª posição no ranking mundial de transparência. “Por uma incrível coincidência, empatada com o Brasil”, acrescentou. O doutor defendeu o aperfeiçoamento da legislação penal. Mencionou projeto formulado pela Associação dos Juízes Federais, que tramita no Senado. Prevê a execução das penas a partir do julgamento na segunda instância do Judiciário.
Moro encerrou a palestra com uma interrogação sobre o futuro do Brasil: “Vai acontecer como no caso italiano, que apesar de todo o impacto –muito maior que o que temos hoje [na Lava jato]– a situação pouco mudou por conta de uma contra-revolução do mundo político, ou vamos aproveitar esses momentos para melhorar nossas instituições, para que esses casos não se tornem excepcionais no futuro?”
A pergunta final combina com a afirmação do início: “O que o juiz pode fazer é muito limitado sem o apoio da opinião pública.” No artigo publicado em 2004, Moro já havia realçado o papel da sociedade no combate à aliança espúria entre poder e dinheiro.
Num trecho, Moro anotara: “É ingenuidade pensar que processos criminais eficazes contra figuras poderosas, como autoridades governamentais ou empresários, possam ser conduzidos normalmente, sem reações. Um Judiciário independente, tanto de pressões externas como internas, é condição necessária para suportar ações dessa espécie. Entretanto, a opinião pública, como ilustra o exemplo italiano, é também essencial para o êxito da ação judicial.''
Noutro ponto, o juiz da Lava Jato escrevera: “…a ação judicial contra a corrupção só se mostra eficaz com o apoio da democracia. É esta quem define os limites e as possibilidades da ação judicial. Enquanto ela contar com o apoio da opinião pública, tem condições de avançar e apresentar bons resultados.''
DO JOSIASDESOUZA-UOL

quarta-feira, 29 de julho de 2015

Traindo os eleitores, governadores tucanos vão posar em foto com Dilma. É o pacto da corrupção.

                            
Na foto, os trairões: de costas para o povo.
Não é só vergonhoso, mas desastroso para o PSDB, que figura como o principal partido de oposição na República podre do lulopetismo. Alckmin, Perillo, Richa, Azambuja et caterva, vocês vão apanhar todos os dias neste blog por coonestarem um dos governos mais corruptos da história brasileira. Serão expostos como traíras em foto permanente no blog. Com esse ato covarde, os tucanos dão um tiro nos próprios pés:
Às vésperas de um encontro com a presidente Dilma Rousseff, governadores do PSDB, principal partido de oposição ao governo federal, criticaram ontem a possibilidade de o Congresso votar no retorno do recesso parlamentar novos projetos que aumentem os gastos públicos.
Dilma convidou todos os governadores, entre eles os da oposição, para a reunião de amanhã, em Brasília. A intenção do Planalto é selar um pacto pela governabilidade com os chefes do Executivo nos Estados e no Distrito Federal. Segundo o Planalto, todos confirmaram presença.
Em São Paulo, governadores tucanos indicaram que vão endossar o pedido da presidente para que ajudem a impedir que o Legislativo aprove “pautas-bomba” – aquelas que elevam as despesas e ameaçam o ajuste fiscal – e gere gastos em cascata nos Estados.
O govrnador de Goiás, Marconi Perillo (PSDB), afirmou que não interessa a nenhum governador “o prolongamento da crise econômica”. “É preciso conversar muito, todos nós, sobre as dificuldades que os governos enfrentam por causa da recessão”, disse o tucano, após participar da abertura de uma feira agrícola no centro de exposições do Anhembi, na zona norte de São Paulo
Também presente no evento, o governador de Mato Grosso do Sul, Reinaldo Azambuja (PSDB), disse que a pauta do Congresso não pode “desencadear desequilíbrios” nas contas públicas, especialmente agora em que os Estados passam “por momentos de dificuldades”. “Já pedimos ao Senado e à Câmara que não votem pautas que imponham despesas e comprometimentos aos Estados sem previsão de receita. Porque nós já fomos surpreendidos por esse momento de dificuldades”, declarou o tucano. “Essas pautas têm desencadeado uma série de desequilíbrios. Eu acho que essa pauta deve ser comum, servindo à União e aos Estados.”
Para o governador do Paraná, Beto Richa (PSDB), é preciso evitar a criação de novas despesas. “Devemos ser responsáveis o suficiente para o quanto a crise está prejudicando o País e, consequentemente, todas as unidades da federação, sobretudo na arrecadação.”
Anfitrião do encontro, o governador paulista, Geraldo Alckmin (PSDB), disse apenas que vai para a reunião com a disposição de defender medidas que gerem empregos. O Planalto pretende mostrar no compromisso com os governadores que, apesar das dificuldades, o governo tem rumo e poderá sair da crise.
‘Natural’. O presidente nacional do PSDB, senador Aécio Neves (MG), ressaltou ontem que a ida de governadores do partido à reunião convocada pela presidente é “natural”, mas não significa apoio à petista. “É absolutamente natural que governadores, independentemente de serem da oposição ou da base do governo, se reúnam com a presidente da República, por mais fragilizada que ela esteja”, disse. “Em relação aos governadores do PSDB, o que não se cogita é qualquer manifestação de apoio a esse governo.”  (Estadão). DO O.TAMBOSI

Instituto Lula: o escritório central da roubalheira


Empreiteiras envolvidas agiam em sintonia com o Instituto Lula. Documento mostra que até as explicações da Odebrecht, que pagou 1 bilhão de reais em propina, eram combinadas com a entidade



O sobrado de dois andares que a­parece nas páginas que abrem esta reportagem nem de longe lembra um palácio. As aparências, como sempre, enganam. Nele funciona desde 2011 o Instituto Lula, entidade concebida pelo ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva para servir de plataforma à sua atuação política após deixar o Palácio do Planalto. Pelo menos no papel, os planos de Lula para seu instituto eram o mais ambiciosos e altruístas possível. A entidade foi concebida para funcionar como um centro de integração da América Latina, um pilar para fortalecer a democracia nos países em desenvolvimento e ajudar a acabar com a fome na África. Tudo muito nobre, se por trás dos objetivos messiânicos não estivessem os empreiteiros envolvidos no escândalo da Petrobras. As investigações da Polícia Federal já revelaram que o dinheiro desviado da estatal financiou o funcionamento do instituto. Além disso, fica cada vez mais evidente que o ex-presidente Lula acabou usando sua influência no Brasil e no exterior para fomentar os negócios de criminosos — e ganhou muito dinheiro com isso.
A favor do ex-presidente há o fato de que ele pode ter agido com as melhores intenções — enganado pelos seus contratantes, sem saber a origem do dinheiro que foi doado pelos empresários ao seu instituto. Ao fazer lobby para as empreiteiras no exterior, estaria pensando exclusivamente no bem do Brasil e nos milhares de empregos que poderiam ajudar a aplacar a miséria do Terceiro Mundo. Se isso for verdade, ele era o único bom samaritano da história. Na semana passada, os procuradores que investigam o petrolão denunciaram as cúpulas das empreiteiras Andrade Gutierrez e Odebrecht. Esta última, a maior do país e uma das maiores do mundo, por crimes de corrupção e lavagem de dinheiro. Os dados que sustentam a acusação são estarrecedores. A empreiteira movimentou mais de 1 bilhão de reais em contas secretas no exterior. Parte desse dinheiro, descobriu-se, foi usada para subornar diretores da Petrobras.
No ano passado, Paulo Roberto Costa, ex-diretor da estatal, contou em sua delação premiada ter recebido 23 milhões de dólares em propina paga pela Ode­brecht. Era sua parte, a menor, na ampla rede de distribuição de subornos em troca dos milionários contratos da Petrobras. A empreiteira negava. Seguindo o dinheiro, os investigadores descobriram que a companhia abriu uma série de empresas de fachada no exterior para esconder os pagamentos de propina. Na sexta-feira, o juiz Sergio Moro decretou pela segunda vez a prisão preventiva de Marcelo Odebrecht, Alexandrino Alencar e outros executivos da companhia. A nova ordem de prisão teve por base informações bancárias remetidas ao Brasil pelas autoridades suíças que não deixam dúvidas de que a maior construtora brasileira está envolvida até o pescoço no escândalo de corrupção da Petrobras.
Na semana passada, a Polícia Federal também anexou ao processo anotações encontradas nos telefones apreendidos com Marcelo Odebrecht e documentos apreendidos com os diretores da empreiteira. As notas mostram que o empreiteiro, diferentemente do que vinha sustentando, não só tinha conhecimento como exercia controle sobre as atividades paralelas da empreiteira no petrolão, incluindo a estratégia para tentar melar a investigação. Nas anotações constam cifras, nomes de figuras importantes associadas a cifras, obras associadas a cifras, contas na Suíça — provavelmente as mesmas agora descobertas pelos investigadores. Em uma das anotações, Marcelo insinua que as contas suíças abasteceram campanhas políticas, entre elas a da presidente Dilma Rousseff. Muito ainda precisa ser investigado.
Há outra evidência importante que eclode dessa parte da investigação: a parceria que havia entre a Odebrecht e o Instituto Lula. Uma troca de mensagens interceptada pela Polícia Federal e juntada na semana passada ao processo da Lava-Jato ilustra bem a relação entre a entidade beneficente do ex-presidente e a empreiteira que corrompeu metade da diretoria da Petrobras nomeada por ele. Na origem da troca de mensagens está uma lista de perguntas enviadas por VEJA à companhia sobre os pagamentos feitos ao ex-­presidente e a seu instituto. A Lava-Jato tinha acabado de revelar que a Camargo Corrêa, outra empreiteira flagrada no petrolão, havia repassado 4,5 milhões de reais a Lula. Uma parte do valor, 1,5 milhão, foi paga diretamente à LILS, empresa de palestras e eventos aberta pelo petista. E a outra parcela, de 3 milhões, seguiu para contas do Instituto Lula. Curiosamente, um dos depósitos foi anotado na contabilidade da Camargo sob a rubrica "bônus eleitorais". Como já se sabia que a Odebrecht também havia dado dinheiro a Lula, VEJA perguntou à companhia os valores e a justificativa para tais pagamentos.

Ao encaminhar as perguntas à diretoria, um assessor da Odebrecht primeiro explica: "Caros, a Veja nos procurou hoje para falar das nossas relações com o Instituto Lula. Deixaram claro que o gancho deles é a divulgação, no contexto da Lava-Jato, da ‘doação’ da Camargo para o instituto". Depois, sem saber que a mensagem pararia nas mãos da Polícia Federal, ele comete uma inconfidência: "Alex, vou alinhar com o Instituto Lula, no paralelo". Alex, no caso, é Alexandrino Alencar, então diretor de relações institucionais da Odebrecht, atualmente preso em Curitiba junto com Marcelo Odebrecht. Era a Alexandrino que cabia operacionalizar a relação com Lula e seu instituto e, nas horas vagas, providenciar pagamentos de propinas no exterior.

"Alinhar com o Instituto Lula, no paralelo" é um eufemismo para definir o que ocorreria nos instantes seguintes: a resposta da Odebrecht à revista seria cuidadosamente combinada com o staff do ex-presidente. Como era de esperar, a companhia respondeu às perguntas de VEJA sem responder. Não informou, por exemplo, quanto pagou nem os motivos do pagamento. "A Odebrecht fez contribuições pontuais ao Instituto Lula, dentro do seu programa de apoio às iniciativas que ajudam a fortalecer as democracias", escreveu a Odebrecht na resposta.

Não é a primeira vez que o Instituto Lula aparece ligado ao petrolão e aos seus personagens. Antes de serem presos, executivos da empreiteira UTC, também envolvida no escândalo, visitaram Lula na sede do instituto para pedir ajuda. O mesmo aconteceu com representantes de outras construtoras acusadas, incluindo a OAS de Léo Pinheiro. Apostavam — alguns ainda apostam — que o ex-presidente tinha condições de usar seu prestígio nos tribunais de Brasília para livrá-los da cadeia e até anular os processos conduzidos em Curitiba pelo juiz Sergio Moro. Muitos dos empreiteiros-amigos não fizeram nem questão de esconder o pedido de socorro. O próprio Alexandrino, o Alex, ao ser preso pela Polícia Federal, pediu para dar três telefonemas. Um deles, para o Instituto Lula.
DO ABOBADO

terça-feira, 28 de julho de 2015

PROCURADOR DA LAVA JANTO DEFENDE MEDIDAS RIGOROSAS PARA IMPEDIR E COMBATER CORRUPÇÃO E A ROUBALHEIRA



O procurador Deltan Dallagnol, da Lava Jato, gravou um vídeo em que faz um apelo para que assinemos o manifesto em favor das 10 medidas necessárias ao combate da corrupção no Brasil, segundo o Ministério Público Federal. Vejam o vídeo:

São elas:
1) Criminalização do enriquecimento ilícito de agentes públicos
2) Responsabilização dos partidos políticos e criminalização do caixa 2
3) Reforma do sistema de prescrição penal
4) Diminuição dos recursos no processo penal
5) Prevenção à corrupção, transparência e proteção à fonte de informação
6) Aumentos das penas e crime hediondo para corrupção de altos valores
7) Celeridade nas ações de improbidade administrativa
8) Ajustes nas nulidades penais
9) Recuperação do lucro derivado do crime
10) Prisão preventiva para assegurar a devolução do dinheiro desviado
DO ALUIZIOAMORIM

No vídeo, a convocação musical para as manifestações de 16 de agosto: o destino do país será determinado pelo povo nas ruas


DO A,NUNES-VEJA

segunda-feira, 27 de julho de 2015

SOS TCU – Protestos no Brasil inteiro pedem rejeição das contas. Será difícil devolver o povo para a caixinha, Lula!

Pois é… Procurem aí no arquivo. Há um bom tempo já escrevo aqui que uma nova consciência está se plasmando no país. Está em curso a formação de uma nova maioria, composta de pessoas que trabalham, de pessoas que estudam, de pessoas que se esforçam para ganhar a vida honestamente e que já não aceitam mais ser governadas pela demagogia disfarçada de generosidade e pela truculência disfarçada de democracia popular.
Neste domingo, teve início um movimento inédito. Grupos de pessoas, em todas as capitais — que eu saiba, a exceção é Rio Branco (a conferir) —, deram início a uma vigília cobrando que o TCU rejeite as contas de Dilma. Neste post, publico fotos, extraídas, a maioria, da página do “Nas Ruas”, no Facebook, e algumas da do “Movimento Brasil Livre”.

DO MOVCC 
 

NÃO HAVERÁ PERDÃO. SE ALCKMIN E DEMAIS GOVERNADORES TUCANOS COMPARECEREM À REUNIÃO DA DILMA SERÃO EXECRADOS PELO POVO BRASILEIRO.

Dois momentos que revelam o caráter de Geraldo Alckmin: acima sendo execrado pelo PT nas ruas de São Paulo sob acusação de ser culpado pela seca que castigou a cidade. Abaixo, em recente encontro com a Dilma.  Esse Alckmin não é apenas um idiota. É um traidor do povo brasileiro.
O site O Antagonista informa que a suposta ‘presidenta’ do PT está convocando governadores para uma reunião de modo a fingir que ainda governa e que tem autoridade.
Este blog ficará na espreita e denunciará todos os vagabundos que forem beijar a mão da mocréia, especialmente os do PSDB, com destaque para o tucano de bico mole Geraldo Alckmin. Provavelmente eles serão filmados ao lado da Dilma para figurarem no programa político do PT na televisão.
Serão todos eles execrados pelas redes sociais e nunca mais se reelegerão nem para síndico de edifício.
Diz O antagonista: 
Os governadores da oposição, segundo a Folha de S. Paulo, “relatam desconforto com o aceno do Palácio do Planalto para uma reunião com Dilma Rousseff, que busca usar o ato como demonstração de governabilidade. Dizem que, institucionalmente, não têm como recusar o chamado presidencial, mas se preocupam com a possibilidade de que pareçam sócios da crise”.
Eles têm como recusar o chamado presidencial, sim. Basta dizer: não vou.
Se Geraldo Alckmin, em sua busca desesperada por uma candidatura ao Palácio do Planalto, comparecer à reunião convocada por Dilma Rousseff, não será visto apenas como sócio da crise, e sim como um traidor da pior espécie.
DO ALUIZIOAMORIM

sábado, 25 de julho de 2015

REPORTAGEM-BOMBA DE 'VEJA' DETONA TUDO! "É A VEZ DELE", O LULA. SEU EX-AMIGÃO LEO PINHEIRO DECIDIU ABRIR O BICO PARA O MINISTÉRIO PÚBLICO E CONTARÁ ATÉ COMO LULINHA, O FILHO, FICOU MILIONÁRIO.

A reportagem-bomba de Veja que chega às bancas neste sábado e já está à disposição dos assinantes digitais é super exclusiva. A chamada é por si só muito clara e evidente: A vez dele! A vez do ex-retirante nordestino, atualmente fazendeiro em Atibaia e lobista queridinho do Marcelo Odebrecht e demais empreiteiros e banqueiros contumazes lavadores de dinheiro público em off-shores mundo à fora.

Segundo Veja, o maior amigo do Lula, aquele que reformou toda a fazenda de Atibaia, Léo Pinheiro, decidiu contar ao Ministério Público tudo o que sabe sobre a participação do ex-presidente no petrolão e como o filho Lulinha ficou milionário.

Como se vê neste aperitivo logo abaixo da reportagem-bomba de Veja, Leo Pinheiro não quer repetir o que fez o Marcos Valério do mensalão, que está mofando numa penitenciária de Minas Gerais. Leiam para ter uma ideia e corram cedo às bancas para comprar esta edição histórica de Veja, a única publicação da grande mídia que faz derreter a Folha de S. Paulo e seus congêneres. Neste momento os demais veículos de comunicação já estão correndo atrás do prejuízo. Os leitores deste blog e da revista Veja sabem como são essas coisas, né? Boa leitura:

Léo e Lula são bons amigos. Mais do que por amizade, eles se uniram por interesses comuns. Léo era operador da empreiteira OAS em Brasília. Lula era presidente do Brasil e operado pela OAS. Na linguagem dos arranjos de poder baseados na troca de favores, operar significa, em bom português, comprar. Agora operador e operado enfrentam circunstâncias amargas. O operador esteve há até pouco tempo preso em uma penitenciária em Curitiba. Em prisão domiciliar, continua enterrado até o pescoço em suspeitas de crimes que podem levá-lo a cumprir pena de dezenas de anos de reclusão. O operado está assustado, mas em liberdade. Em breve, Léo, o operador, vai relatar ao Ministério Público Federal os detalhes de sua simbiótica convivência com Lula, o operado. Agora o ganho de um significará a ruína do outro. Léo quer se valer da lei sancionada pela presidente Dilma Rousseff, a delação premiada, para reduzir drasticamente sua pena em troca de informações sobre a participação de Lula no petrolão, o gigantesco esquema de corrupção armado na Petrobras para financiar o PT e outros partidos da base aliada do governo.
Por meio do mecanismo das delações premiadas de donos e altos executivos de empreiteiras, os procuradores já obtiveram indícios que podem levar à condenação de dois ex-ministros da era lulista, Antonio Palocci e José Dirceu. Delatores premiados relataram operações que põem em dúvida até mesmo a santidade dos recursos doados às campanhas presidenciais de Dilma Rousseff em 2010 e 2014 e à de Lula em 2006. As informações prestadas permitiram a procuradores e delegados desenhar com precisão inédita na história judicial brasileira o funcionamento do esquema de sangria de dinheiro da Petrobras com o objetivo de financiar a manutenção do grupo político petista no poder.
É nessa teia finamente tecida pelos procuradores da Operação Lava-Jato que Léo e Lula se encontram. Amigo e confidente de Lula, o ex-presidente da construtora OAS Léo Pinheiro autorizou seus advogados a negociar com o Ministério Público Federal um acordo de colaboração. As conversas estão em curso e o cardápio sobre a mesa. Com medo de voltar à cadeia, depois de passar seis meses preso em Curitiba, Pinheiro prometeu fornecer provas de que Lula patrocinou o esquema de corrupção na Petrobras, exatamente como afirmara o doleiro Alberto Youssef em depoimento no ano passado. O executivo da OAS se dispôs a explicar como o ex-presidente se beneficiou fartamente da farra do dinheiro público roubado da Petrobras. Resumo do site de Veja

PARA CONCLUIR UMA FOTOMOTAGEM QUE ESTÁ CIRCULANDO PELAS REDES SOCIAIS. A GALERA É RÁPIDA E FULMINANTE!

A fotomontagem foi enviada ao blog via Twitter pelo João Alberto, de Jundiaí, Estado de São Paulo, seu autor.
Valeu João!
Clique sobre a imagem para vê-la ampliada
 DO ALUIZIOAMORIM

sexta-feira, 24 de julho de 2015

Justiça Federal decreta nova prisão de Marcelo Odebrecht

24 julho 2015 | 11:13

Decisão do juiz Sérgio Moro se baseia em documentos enviados nesta quinta-feira, 23, pela Suíça, e substitui integralmente a ordem anterior.

Marcelo Odebrecht, que teve nova prisão decretada pela Justiça Federal
Marcelo Odebrecht teve nova prisão decretada pela Justiça Federal
Atualizada às 11h46
Por Fausto Macedo, Julia Affonso e Ricardo Brandt, enviado especial a Curitiba 
A Justiça Federal no Paraná, base da Operação Lava Jato, decretou nova prisão da cúpula da empreiteira Odebrecht, inclusive de seu presidente, Marcelo Bahia Odebrecht. A decisão é do juiz Sérgio Moro, diante de novas provas que se acumularam desde a prisão do empresário e dos outros executivos ligados ao grupo, Márcio Faria, Rogério Araújo, Alexandrino Alencar. A decisão atende pedido do Ministério Público Federal.
VEJA DECISÃO DA JUSTIÇA SOBRE NOVA PRISÃO DE MARCELO ODEBRECHT
Marcelo Odebrecht e os executivos, a quem ele chama de ‘meus companheiros’, foram presos em caráter preventivo na Erga Omnes, 14.º capítulo da Lava Jato, deflagrada no dia 19 de junho.
‘Confio nos meus companheiros’, disse Odebrecht à PF
E-mails de Odebrecht indicam ‘majoração’ de preços e citam ‘reforço’ de Mercadante e Gabrielli
As novas provas consistem em documentação sobre movimentação das contas da Odebrecht na Suíça. Segundo a força-tarefa da Lava Jato os extratos bancários confirmam os depósitos de propinas nas contas de Paulo Roberto Costa, ex-diretor de Abastecimento da Petrobrás, Pedro Barusco, ex-gerente de Engenharia da estatal, Renato Duque, ex-diretor de Serviços, Jorge Zelada e Nestor Cerveró, ex-diretores de Internacional.
O próprio Paulo Roberto Costa fez delação premiada e confessou ter recebido US$ 23 milhões em propinas da Odebrecht.
Zelada é réu em processo envolvendo a Odebrecht no Rio
A nova ordem de prisão substitui integralmente a decisão anterior, contra a qual a defesa do empreiteiro e dos outros executivos vinham lutando e tentando derrubar por meio de habeas corpus ao Superior Tribunal de Justiça, que está em recesso
Em sua decisão, o juiz Moro adverte que o empreiteiro e seus executivos em liberdade representam “riscos à ordem pública, à instrução criminal e à aplicação da lei penal”.
O juiz considerou “os fatos e provas supervenientes à decisão anterior” para decretar a nova prisão preventiva de Marcelo Odebrecht, Rogério Santos de Araújo; Márcio Faria, Alexandrino Alencar e César Rocha.
Na decisão em que decreta nova ordem de prisão preventiva de Marcelo Bahia Odebrecht e de outros quatro executivos da maior empreiteira do País, o juiz federal Sérgio Moro assinala que ‘não se trata, com o expediente, de subtrair a jurisdição das Cortes recursais’.
“Muito embora as preventivas anteriormente decretadas permaneçam hígidas e válidas, o fato é que desde a decretação da prisão preventiva surgiram diversos elementos probatórios novos que recomendam a revisão do decidido”, destacou o magistrado da Lava Jato. “Embora os elementos constantes naquela decisão justifiquem, por si só, a preventiva, a medida vem sendo impugnada nas instâncias recursais, então justifica-se nova deliberação judicial, tendo presente os elementos novos.”
“Não se trata, com o expediente, de subtrair a jurisdição das Cortes recursais, uma vez que os investigados, caso irresignados com a presente decisão, poderão impugná-la novamente de imediato através de novos habeas corpus. É importante, porém, que as Cortes recursais tenham presentes todos os fatos e provas, inclusive os supervenientes às decisões anteriores.”
O juiz Moro destaca que “pelo relato das autoridades suíças e documentos apresentados, há prova, em cognição sumária, de fluxo financeiro milionário, em dezenas de transações, entre contas controladas pela Odebrecht ou alimentadas pela Odebrecht e contas secretas mantidas no exterior por dirigentes da Petrobrás”.
“Trata-se de prova material e documental do pagamento efetivo de vantagem indevida pela Odebrecht para os dirigentes da Petrobrás, especificamente Paulo Costa, Pedro Barusco, Renato Duque, Nestor Cerveró e Jorge Luiz Zelada”, assinala o juiz.
Na avaliação de Moro, a prova material corrobora a declaração dos agentes da Petrobrás que confessaram os fatos, como Paulo Roberto Costa e Pedro Barusco.
“Rigorosamente, a prova documental até torna desnecessário o próprio depoimento dos colaboradores como prova.”
COM A PALAVRA, A ODEBRECHT
“As defesas acabaram de tomar conhecimento e se pronunciarão oportunamente.” DO ESTADÃO

quinta-feira, 23 de julho de 2015

Servidores do Judiciário prometem "caçar" Dilma país afora

Bem feito, ex-presidente Dilma! 

Não é só a ameaça de cassação que se abate sobre Dilma Rousseff, por crimes fiscais, eleitorais e morais. Segundo os funcionários do Judiciário, a partir de agora ela também será caçada em todo o país. Servidores do Judiciário decidiram ontem continuar em greve. Em reação ao veto, a federação nacional da categoria promete uma "caça" à presidente Dilma Rousseff, com manifestações em todo o País. "Nossos batalhões de grevistas vão monitorar todas as agendas da presidente e vamos fazer protestos aonde quer que ela vá. Será uma verdadeira caça", afirmou o coordenador-geral da Federação Nacional dos Trabalhadores do Judiciário Federal e Ministério Público da União (Fenajufe), Adilson Rodrigues Santos. DO ORLANDO TAMBOSI

As manifestações de 16 de agosto decidirão a data do enterro do mandato natimorto


Vítima de corrupção generalizada, falência dos truques econômicos, insuficiência mental e raquitismo administrativo, o segundo mandato de Dilma morreu nos trabalhos de parto, E a hora do enterro chegou, acaba de avisar a pesquisa divulgada pela Confederação Nacional dos Transportes. Como constata o comentário de 1 minuto para o site de VEJA, os donos do picadeiro foram demitidos pela platéia cansada de mágicas baratas.
Lula é derrotado em todas as simulações da sucessão presidencial. O índice de popularidade da afilhada é menor que a taxa de inflação. Oito em cada dez brasileiros acham o governo ruim ou péssimo. Mais de 60% querem que Dilma abandone o emprego. O que falta para a consumação do sepultamento? Falta apenas que a imensidão de descontentes se transfira das pesquisas para as ruas. E sem prazo para voltar para casa.
As dimensões da crise requerem pressa e pressão constante. Neste momento, um ato de protesto por trimestre é quase nada. Há um cadáver a enterrar urgentemente. No dia 16 de agosto, a imensa maioria de indignados precisa exigir o imediato encerramento do velório que há meses adia a ressurreição da esperança. É o povo quem forja o próprio destino. Sempre foi assim. E assim sempre será. - DO A.NUNES-VEJA

Brasil virou filme de terror sem fim, diz Financial Times

“A incompetência, a arrogância e a corrupção esmagaram a magia brasileira”
REUTERS/Ueslei Marcelino
Com ou sem impeachment, próximos três anos devem ser solitários para a presidente, diz FT. Para o jornal, o pior ainda está por vir.
É assim, sem meias palavras, que o jornal britânico Financial Times começa uma dura análise sobre a condição atual do Brasil. O problema: o pior ainda está por vir, nas palavras da publicação.
Com o título “Recessão e corrupção: a crescente podridão no Brasil”, o texto publicado nesta quarta-feira destaca os fatores que levaram o Brasil a virar “um filme de terror sem fim”.
O primeiro deles é o método desastroso que perseguiu as decisões econômicas do primeiro mandato da presidente Dilma Rousseff, que, nas palavras do jornal, manipulava a economia com sua “nova matriz econômica”.
Para reparar os erros do passado, o governo Dilma tem adotado medidas corretivas “dolorosas, mas necessárias” que como efeito têm reduzido os salários reais, “cortado empregos e esmagado a confiança nos negócios”, além de levado a petista a um pífio desempenho nas sondagens de opinião pública.
Mas, para a publicação, o que mais pesa na atual delicada situação do Brasil é o escândalo de corrupção na Petrobras.
“A senhora Rousseff enfrenta acusações de que sua gestão quebrou regras de financiamento de campanha e que maquiou as contas do governo; ambas [acusações] são suficientes para um impeachment”.
O Financial Times pondera que, pelo menos por enquanto, os políticos preferem que Dilma se mantenha no poder e ganhe o crédito pelos problemas do país.
“Mas este cálculo pode mudar ao passo que eles precisarem salvar a própria pele”, diz o texto. Para o jornal, o rompimento do presidente da Câmara, Eduardo Cunha, com o governo na última sexta seria uma prova disso.
O cenário deve piorar se o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva for alvo de processo por envolvimento no esquema de corrupção.
“Isso aprofundaria o racha entre ele e Rousseff”, diz o jornal. Se isso se concretizar, todos os fatores conspirariam para a deposição da presidente, na opinião da publicação.
Mas nem tudo são más notícias no país, diz o jornal. O texto argumenta que o zelo pela Petrobras mostra o quanto as instituições democráticas são fortes no Brasil.
“Em um país onde os poderosos pensam que estão acima da lei, Marcelo Odebrecht, chefe da maior empresa de construção do Brasil, está preso”, afirma o texto.
O jornal pontua que, se por um lado, o aprofundamento das investigações da Operação Lava Jato tem preocupado investidores, por outro, se “isso levar políticos e empresários a pensar duas vezes antes de pagar suborno, este terá sido o maior avanço da luta da região [América Latina] contra a corrupção”, diz a publicação.
Enquanto esta história não chega ao seu desfecho prático, o jornal prevê ao menos mais três anos solitários para a presidente Dilma.
“Os brasileiros são pragmáticos, então, o pior cenário de um impeachment caótico será evitado”, afirma. “Mesmo assim, o mercado tem começado a cobrar o preço pelo risco”.
Conclusão: o pior ainda pode estar por vir para o Brasil, na visão do Financial Times. - DO R.DEMOCRATICA

quarta-feira, 22 de julho de 2015

Amigo de Temer deflagra movimento por rompimento do PMDB com governo Dilma


Presidente do PMDB na Bahia e 1º secretário da Executiva nacional da legenda, Geddel Vieira Lima comunicou ao vice-presidente Michel Temer que deflagrou uma articulação pelo rompimento com o governo Dilma. Informou sobre sua decisão também ao ministro Eliseu Padilha (Aviação Civil), que auxilia Temer na coordenação política do Planalto.
“Acabou esse constrangimento de silenciar por amizade e respeito ao Temer”, disse Geddel. “Não temos nada contra o Temer e o Padilha. Mas está havendo uma extrapolação. Os dois fazem uma defesa intransigente do governo. E expressam posições que não correspondem ao pensamento da maioria do PMDB. Essa maioria começará a se expressar. Estou quebrando o silêncio. Outros falarão.”
“Faremos a partir de agora uma luta aberta, sem constrangimentos”, acrescentou Geddel. “O PMDB tem de sair do governo, entregando todos os cargos. Do contrário, não teremos credibilidade para falar em candidatura própria para 2018. Se queremos ser levados a sério, precisamos trilhar a nossa estrada de Damasco.”
Em conversa telefônica com Geddel, Padilha argumentou que o PMDB tem responsabilidades com o governo Dilma, que ajudou a eleger. Geddel deu de ombros. “Essa não é mais a vontade da maioria do PMDB. Nossa responsabilidade é com o país, não com um governo que se dissociou da sociedade.”
Geddel afirma que “nem a militância do PT está mais ao lado de Dilma. A menos que que os militantes petistas tenham sido reduzidos a 7,7%.” Pesquisa do instituto MDA, divulgada nesta terça-feira pela CNT, revelou que apenas 7,7% aprovam a gestão Dilma.
O PMDB realizará no final de setembro um Congresso Nacional. Geddel prevê que a formalização do desembarque ocorrerá nesse encontro. “Esse caldo estará tão quente em setembro que não haverá manobra de cúpula capaz de deter a insatisfação que vem das bases do partido.” DO JOSIASDESOUZA-UOL

terça-feira, 21 de julho de 2015

DILMA ATINGE O FUNDO DO POÇO...PESQUISA CN/MDA 7,7% - É O FIM...

A 128ª Pesquisa CNT/MDA, realizada de 12 a 16 de julho de 2015 e divulgada pela CNT (Confederação Nacional do Transporte), mostra a avaliação dos índices de popularidade do governo e pessoal da presidente Dilma Rousseff. Aborda também a expectativa da população sobre emprego, renda, saúde, educação e segurança pública. Os entrevistados foram questionados sobre política, eleições, Operação Lava Jato e outros assuntos.
Foram entrevistadas 2.002 pessoas, em 137 municípios de 25 Unidades Federativas, das cinco regiões. A margem de erro é de 2,2 pontos percentuais com 95% de nível de confiança.
AVALIAÇÃO DE GOVERNO
DESEMPENHO PESSOAL DA PRESIDENTE: A avaliação do governo da presidente Dilma Rousseff é positiva para 7,7% dos entrevistados, contra 70,9% de avaliação negativa. A aprovação do desempenho pessoal da presidente atinge 15,3%, contra 79,9% de desaprovação.
Renda mensal: vai aumentar: 13,8%, vai diminuir: 33,7%, vai ficar igual: 50,2%.
Saúde: vai melhorar: 13,6%, vai piorar: 47,5%, vai ficar igual: 37,1%.
Educação: vai melhorar: 15,1%, vai piorar: 41,0%, vai ficar igual: 42,1%.
Segurança pública: vai melhorar: 12,9%, vai piorar: 46,2%, vai ficar igual: 39,2%.
CONJUNTURAIS
ELEIÇÃO PRESIDENCIAL 2018:
1º turno: Intenção de voto estimulada para presidente, caso a eleição fosse hoje
CENÁRIO 1: Aécio Neves 35,1%, Lula 22,8%, Marina Silva 15,6%,
Jair Bolsonaro 4,6%
CENÁRIO 2: Lula 24,9%, Marina Silva 23,1%, Geraldo Alckmin 21,5%,
Jair Bolsonaro 5,1%
CENÁRIO 3: Lula 25,0%, Marina Silva 23,3%, José Serra 21,2%,
Jair Bolsonaro 5,5%
2º turno: Intenção de voto estimulada para presidente, caso a eleição fosse hoje
CENÁRIO 1: Aécio Neves 49,6%, Lula 28,5%
CENÁRIO 2: Geraldo Alckmin 39,9%, Lula 32,3%
CENÁRIO 3: José Serra 40,3%, Lula 31,8%
Dilma e Aécio: 44,8% acreditam que se Aécio Neves tivesse vencido a eleição, o governo dele estaria melhor do que o da presidente Dilma Rousseff. Para 36,5%, estaria igual. 10,9% consideram que estaria pior.
LAVA JATO E CORRUPÇÃO
Responsabilidade: 78,3% têm acompanhado ou ouviram falar das investigações que envolvem a Petrobras. Sendo que dentro desse grupo, 69,2% consideram que a presidente Dilma é culpada pela corrupção que está sendo investigada e 65,0% acham que o ex-presidente Lula é culpado.
Ainda em relação aos que acompanham ou já ouviram falar, 40,4% consideram que o maior culpado na operação Lava Jato é o governo, seguido de partidos políticos (34,4%), diretores ou funcionários da empresa (14,2%), construtoras (3,5%).
Denúncias e punição: Entre os que acompanham ou ouviram falar das denúncias da Lava Jato, 67,1% não acreditam que os envolvidos em corrupção serão punidos. 86,8% consideram que as denúncias são prejudiciais para a economia do país. 52,5% acreditam que o governo federal não será capaz de combater a corrupção na Petrobras.
Prisões e investigação: Para 90,2% que acompanham ou já ouviram falar, não está ocorrendo exagero em relação às prisões. 37,3% disseram saber o que é delação premiada e, entre grupo, 52,8% são a favor da delação premiada nas investigações da Lava Jato.
Corrupção: 53,4% avaliam que a corrupção é um dos principais problemas do país. Para 37,1%, a corrupção é o principal problema. 7,8% consideram que a corrupção é um problema, porém não está entre os principais.
POLÍTICA, ECONOMIA E CRISE
Impeachment: 62,8% são a favor do impeachment da presidente Dilma Rousseff e 32,1% são contra. Para os que são favoráveis ao impeachment, 26,8% citaram as irregularidades nas prestações de contas do Governo (pedaladas fiscais); 25,0%, a corrupção na Petrobras; 14,2%, irregularidades nas contas da campanha para Presidente em 2014 e 44,6% consideram os três motivos como justificativa para o impeachment.
Desemprego: 50,0% temem ficar desempregados pelo desaquecimento da economia brasileira. 69,9% conhecem alguém que ficou desempregado nos últimos seis meses. 51,0% não aceitariam redução salarial para manter o emprego.
Crise: Para 61,7%, em três anos ou mais será possível resolver a crise em que o país se encontra. 84,6% consideram que a presidente Dilma Rousseff não está sabendo lidar com a crise econômica. Para 61,5%, os cortes fiscais não ajudam a economia. 60,4% consideram que a crise mais grave atualmente é a econômica e 36,2% consideram que é a crise política.
Reeleição: 67,5% são a favor do fim da reeleição para cargos eletivos públicos.
Doação para campanhas: 78,1% são contra doações de empresas para campanhas políticas.
CUSTO DE VIDA
Para 75,9%, em 2015, o custo de vida vai aumentar ou aumentar muito. 18,7% consideram que vai ficar igual. 86,9% disseram que reduziram muito ou moderadamente as suas despesas por causa da atual situação econômica.
CONTAS ATRASADAS
53,9% têm alguma dívida vencida ou a vencer. Entre esses que possuem dívidas vencidas ou a vencer, para 47,5% o valor é até R$ 1.000,00. E para 23,3%, o valor vai de R$ 1.001,00 a R$ 2.000,00.
28,2% possuem alguma conta ou prestação em atraso. Entre eles, as mais comuns são: cartão de crédito (42,1%), crediário em loja (24,2%), luz (23,7%), água (15,4%), telefone (11,0%), veículo (8,7%), aluguel (7,3%), casa própria (3,0%), plano de saúde (1,8%), mensalidade escolar (1,2%).
PREVIDÊNCIA
Como se preparou para a aposentadoria em relação à renda: aposentadoria oficial – INSS (60,0%), aposentadoria privada, (5,1%), renda proveniente de empresa ou negócio próprio (3,3%). 26,2% não se preparam ou não se prepararam. 49,5% acreditam que o INSS pagará os benefícios de sua aposentadoria.
MAIORIDADE PENAL E VIOLÊNCIA
A favor ou contra: 70,1% são a favor da redução de 18 para 16 anos para qualquer tipo de crime. 18,0% são a favor somente para crimes mais graves, como homicídio ou latrocínio (roubo seguido de morte). 10,2% não são a favor em hipótese nenhuma.
Redução da violência: 40,2% acreditam que a redução da maioridade penal contribuirá parcialmente para reduzir a violência no país. 37,4% consideram que reduzirá muito. E 20,6% acham que não reduzirá. Para 92,6%, o fato de o menor saber que não pode ser preso facilita o cometimento de crimes.
Medidas mais adequadas para reduzir violência:
- investimento em educação de crianças e adolescentes: 68,3%
- policiamento nas cidades: 36,8%
- redução da maioridade penal de 18 para 16 anos: 34,9%
- mais investigação dos crimes e prisão dos culpados: 26,4%
- construção de presídios: 10,6%.
AVALIAÇÃO DAS INSTITUIÇÕES
Confiança nas instituições
Igreja: 43,0% confiam sempre e 11,7% não confiam nunca
Forças Armadas: 19,2% confiam sempre e 17,2% não confiam nunca
Imprensa: 13,2% confiam sempre e 21,2% não confiam nunca
Justiça: 10,5% confiam sempre e 24,8% não confiam nunca
Polícia: 8,9% confiam sempre e 23,5% não confiam nunca
Governo: 2,0% confiam sempre e 56,2% não confiam nunca
Congresso Nacional: 1,6% confia sempre e 51,6% não confiam nunca
Partidos políticos: 1,0% confia sempre e 73,4% não confiam nunca
Instituição que mais confia:
1º - Igreja (53,5%)
2º - Forças Armadas (15,5%)
3º - Justiça (10,1%)
4º - Polícia (5,0%)
5º - Imprensa (4,8%)
6º - Governo (1,1%)
7º - Congresso Nacional (0,8%)
8º - Partidos políticos (0,1%)
CONCLUSÃO
A 128ª Pesquisa CNT/MDA mostra resultados muito negativos para a presidente Dilma Rousseff em todas as variáveis pesquisadas. A avaliação da atuação do seu Governo e o índice de aprovação pessoal atingem os piores níveis da série histórica das pesquisas de opinião da CNT, desde julho de 1998 (8,0% para Fernando Henrique Cardoso em setembro de 1999).
Na avaliação da CNT, a conclusão final da pesquisa mostra uma elevação do pessimismo do brasileiro em consequência da alta do custo de vida, do aumento da inflação, do crescimento do desemprego e da forte percepção sobre a corrupção e a incapacidade do governo em resolvê-la.

PF diz ter provas de que Odebrecht pagou propinas em pelo menos seis obras da Petrobras

As obras, com acertos entre as empreiteiras, atingiram R$ 11,4 bilhões

por Cleide Carvalho / Germano Oliveira / Tiago Dantas
O Globo
Contratos de Abreu e Lima são alvo da PF
Hans Von Manteuffel / Agência O Globo
SÃO PAULO — O relatório do delegado Eduardo Mauat da Silva, que indiciou oito executivos da Odebrecht, analisa seis obras da empreiteira que teriam fraudes em licitações, ocorridas sobretudo nas Refinarias Abreu e Lima (Rnest) e no Complexo Petroquímico do Rio de Janeiro (Comperj). Elas custaram à Petrobras R$ 11,4 bilhões e, em todas, segundo a PF, houve pagamento de propinas.
Nas obras das Unidades de Destilação Atmosférica (UDA), da Rnest, o valor estimado pela Petrobras para a obra era de R$ 1,2 bilhão, mas o contrato foi assinado por R$ 1,4 bilhão em abril de 2009. Até setembro de 2014, no entanto, foram realizados 25 aditivos, com um acréscimo de R$ 286 milhões do valor contratado, com um sobrepreço de R$ 19,3%.
Segundo o ex-gerente da diretoria de Serviços da Petrobras, Pedro Barusco, que fez acordo de delação premiada, houve pagamento de propina nessa obra. O pagamento da propina foi atribuído a Rogério Araújo, diretor da Odebrecht, e que foi indiciado nesta segunda-feira. Parte dos pagamentos foram recebidos por Barusco em sua conta da Pexo Corporation, a partir de depósitos feitos pela Constructora Internacional Del Sur, do Panamá. O doleiro Alberto Youssef afirma também que a empresa RFY Import e Export, de Hong Kong, recebeu R$ 7,5 milhões devidos pela empreiteira Odebrecht com relação a propinas nas obras da Rnest e Comperj, com a coordenação de Cesar Rocha, diretor financeiro da Odebrecht Industrial, a quem Youssef chamava de "Naruto".
Na obra de contratação de dois "trens de HDT" (Unidades de Hidrotratamento) da Rnest, o delegado Mauat da Silva também viu a "existência de um ajuste prévio" entre as empreiteiras. A obra acabou tendo como vencedor o consórcio Conest/UHDT, composto pela Odebrecht e OAS. A Petrobras fixou o projeto em R$ 2,7 bilhões, mas o contrato foi assinado em dezembro de 2009 por R$ 3,1 bilhões. Depois, até setembro de 2014, aconteceram 19 aditivos, ocasionando um acréscimo de R$ 539 milhões, ou um aumento de 16,9% do valor. De acordo com Barusco, também houve pagamento de propina nessa obra, sob comando de Rogério Araujo (Odebrecht) e de Agenor Medeiros (OAS).
Em sua delação premiada, o doleiro Youssef disse que o valor de propina nessa obra foi acertado em R$ 45 milhões, "todavia, acabou sendo reduzido para R$ 20 milhões". Na reunião que ficou decidida essa redução, estavam presentes Paulo Roberto Costa, ex-diretor de Abastecimento da Petrobras, e Márcio Faria, presidente da Odebrecht Óleo e Gás, além do ex-deputado José Janene e João Genu. Desse total, US$ 4 milhões foram recebidos na conta da empresa RFY Import e Export, pagos pela Odebrecht, segundo Barusco e Youssef.
Nas obras da Tubovias, da Comperj, segundo o relatório do delegado Mauat, também houve "acerto entre as empresas". O contrato foi vencido pela Odebrecht, em associação com a UTC e Mendes Junior. O contrato foi fechado por R$ 1,8 bilhão em setembro de 2011, mas até maio de 2014 foram feitos três aditivos que aumentaram o valor em mais R$ 77,7 milhões. O ex-gerente Pedro Barusco disse que o interlocutor na Odebrecht para os acertos foi Rogério Araujo. No acordo de delação, Barusco disse que as propinas da Odebrecht foram pagas pela Constructora Del Sur, canalizados para a contra da Pexo Corporation.
Nas obras das Unidades de Geração de Vapor e Energia, Tratamento de Água e Efluentes, do Comperj, o contrato foi vencido pelo Consórcio TUC, integrado pela Toyo, UTC e Odebrecht. Em novembro de 2011, o consórcio apresentou uma proposta de R$ 4 bilhões, mas a Petrobras fez uma estimativa de R$ 3,830 bilhões. O contrato foi assinado em dezembro de 2011 por R$ 3,824 bilhões. A PF não encontrou justificativas para a redução do valor da proposta. O empresário Júlio Camargo, que também fez acordo de delação premiada, disse que houve pagamento de propina ao Consórcio TUC para a diretoria de Serviços (Renato Duque e Barusco).
Camargo disse que a UTC, de Ricardo Pessoa, liderada as reuniões do cartel nessa obra. De acordo com ele, Marcio Farias, da Odebrecht, "teria ficado responsável por efetivar o pagamento da propina". O Consórcio TUC pagou R$ 17 milhões à Treviso Empreendimentos, de Júlio Camargo, a título de despesa com consultoria.
Nas planilhas apreendidas pela PF como sendo do “bingo fluminense”, nenhuma empreiteira se interessou pelas obras de construção de adutora de águas tratadas no Comperj. Por isso, a licitação acabou sendo vencida pela Odebrecht. O contrato foi fechado em março de 2010 por R$ 53 milhões.
A PF entendeu também que houve a "existência de indícios de que o cartel agiu visando a manipulação do resultado do processo licitatório" que favoreceu o consórcio formado pela Odebrecht, UTC e Promon para obras de modernização da Revap. A Petrobras estabeleceu que o preço mínimo da obra seria de R$ 542 milhões e o preço máximo de R$ 765 milhões. O consórcio liderado pela Odebrecht finalizou sua proposta em R$ 764 milhões em outubro de 2007. O valor foi acrescido de mais R$ 40 milhões para o ressarcimento de prejuízos provocados por raios, chuvas e suas consequências, elevando o contrato para R$ 804 milhões.
Segundo o delegado Mauat, para o pagamento de propinas a Odebrecht utilizava-se "principalmente de operações no exterior, de modo a dificultar o seu rastreamento".
20/07/2015- DO R.DEMOCRATICA

segunda-feira, 20 de julho de 2015

PF indicia oito pessoas em inquérito da Lava Jato envolvendo a Odebrecht


Marcelo Odebrecht preso pela Lava Jato (Foto: Cassiano Rosário/Futura Press/Estadão Conteúdo)Marcelo Odebrecht está preso em Curitiba (Foto:
Cassiano Rosário/Futura Press/Estadão)
A Polícia Federal (PF) indiciou oito pessoas no inquérito da 14ª Fase da Operação Lava Jato envolvendo a empreiteira Odebrecht. O relatório foi protocolado na Justiça Federal por volta das 14h45 desta segunda-feira (20).
O presidente da holding Odebrecht S.A., Marcelo Odebrecht, está entre os indiciados.
Os crimes citados são fraude a licitação, lavagem de dinheiro, corrupção ativa e passiva, crime contra a ordem econômica e organização criminosa.
Foram indiciados:
- Marcelo Bahia Odebrecht, presidente da holding Odebrecht S.A.
- Rogério Santos de Araújo, diretor da Odebrecht
- Alexandrino de Salles Ramos de Alencar, diretor da Odebrecht
- Márcio Farias da Silva, diretor da Odebrecht
- César Ramos Rocha, diretor da Odebrecht
- Celso Araripe de Oliveira, funcionário da Petrobras
- Eduardo de Oliveira Freitas Filho, sócio-gerente da empresa Freitas Filho Construções Limita
- João Antônio Bernardi Filho, ex-funcionário da Odebrecht
O G1 entrou em contato com a Odebrecht, mas, até as 15h30, não obteve resposta sobre o indiciamento das pessoas ligadas à empreteira. Anteriormente, a empresa já havia negado irregularidades em contratos com a Petrobras.
Agora, o Ministério Público Federal (MPF) vai analisar o indiciamento da PF para oferecer ou não uma denúncia envolvendo as empreiteiras à Justiça Federal. Se houver denúncia e o juiz federal Sérgio Moro aceitá-la, os denunciados passarão a ser réus.
Condenações
Nesta segunda, três executivos afastados da Camargo Corrêa foram condenados por lavagem de dinheiro, corrupção e organização criminosa. São eles: Dalton Avancini, Eduardo Leite e João Ricardo Auler. Foi a primeira sentença contra dirigentes de empreiteiras na Lava Jato.
Relembre
A 14ª fase da Lava Jato foi deflagrada no dia 19 de junho e cumpriu 59 mandados judiciais envolvendo, além da Odebrecht, a construtora Andrade Gutierrez – no domingo (19), nove pessoas foram indiciadas pela PF no inquérito relacionado à empreiteira. Entre elas, está o presidente da empreiteira, Otávio Marques de Azevedo.
Otávio Marques de Azevedo, presidente da Andrade Gutierrez (Foto: Cassiano Rosário/Futura Press/Estadão Conteúdo)Otávio Marques de Azevedo, presidente da Andrade
Gutierrez, preso na 14ª fase da Lava Jato (Foto:
Cassiano Rosário/Futura Press/Estadão Conteúdo)
Segundo o MPF, as empresas tinham esquema "sofisticado" de corrupção ligado à Petrobras, com depósitos no exterior.
O delegado da PF Igor Romário de Paula já tinha afirmado, à época da deflagração desta etapa da operação, que havia indícios bem concretos, com documentos, de que os presidentes das empresas tinham "domínio completo" de atos que levaram à formação de cartel e fraude em licitações, além de pagamento de propinas.
Calados em depoimento
De acordo com delegado federal Eduardo Mauat da Silva, nem todos os investigados falaram nos depoimentos. Cinco presos, relacionados à Odebrecht, optaram por ficar em silêncio, entre eles, Marcelo Odebrecht.
“Foi dada a oportunidade para que cada um expusesse a sua versão, mas é um direito constitucional permanecer em silêncio para evitar a autoincriminação”, disse o delegado.
Já era esperado que eles ficassem calados, uma vez que a advogada Dora Cavalcanti informou a decisão na quinta-feira (17). "Enquanto os peticionários estavam soltos, esse respeitável Departamento de Polícia Federal do Paraná ignorou solenemente seu propósito de esclarecer os fatos, e não se dignou a marcar um único depoimento de nenhum", diz trecho da petição protocolada na Justiça Federal, em Curitiba.
DO G1