Então
vamos lá, caros internautas. Quem lê este blog sabe desde domingo que
Rodrigo Janot, procurador-geral da República, andava, digamos assim,
“conversando” com José Eduardo Cadozo, ministro da Justiça. A publicação
da informação me rendeu alguns ataques bucéfalos. Eu estaria, ora
vejam!, fazendo carga contra o Ministério Público. Escrevi ontem um post a
respeito e convidei os leitores insatisfeitos com o blog a fazer o que
faço quando acho que um veículo não presta: ler outra coisa. Vamos
seguir.
Às 6h21 de quarta-feira, os que acompanham esta página leram aqui um post cujo
título era este: “Janot, os pedidos de abertura de inquérito e a
denúncia… É preciso cuidado para que o braço político do crime não se dê
bem de novo!”.
E escrevi lá o que segue:
Muito bem! Na Folha desta sexta, lê-se o que segue.
Retomo
Olhem cá, meus caros: meu interesse nessa história vai nesta ordem, de acordo com a minha profissão:
1: apegar-me aos fatos — é o trabalho de um jornalista;
2: cobrar que se faça Justiça, de acordo com as leis da democracia e do estado de direito.
Olhem cá, meus caros: meu interesse nessa história vai nesta ordem, de acordo com a minha profissão:
1: apegar-me aos fatos — é o trabalho de um jornalista;
2: cobrar que se faça Justiça, de acordo com as leis da democracia e do estado de direito.
Reitero: os que estiverem satisfeitos com isso continuem no blog. Os que não estiverem estão a um clique de fazer a coisa certa.
Não sou
adivinho. Não sou ideólogo. Não sou Pitonisa. A pizza que se busca assar
no petrolão é muito mais sofisticada, reitero, do que a que se assou no
mensalão. Alguns espertos e expertos estão abusando da ignorância e do
velho rancor contra os ricos — vocês sabem como eles têm as costas
largas… — para transformar os empreiteiros nos grandes bandidos da
República, enquanto os políticos, a exemplo do que se deu no mensalão,
continuarão a saltitar por aí. É contra isso que me insurgi desde o
princípio.
E pergunto de novo: o Ministério Público vai ou não fazer a delação premiada de Ricardo Pessoa?
Para encerrar
Naquele post de quarta-feira, deixei claro que Janot pedir ao STF o fim do sigilo dos procedimentos de investigação — incluindo inquéritos — é pura firula populista, tendente a ser rejeitada pelo tribunal. Estivesse realmente interessado em justiça e celeridade, ele ofereceria, em muitos casos escancarados, a denúncia, em vez pedir a simples abertura de inquérito.
Naquele post de quarta-feira, deixei claro que Janot pedir ao STF o fim do sigilo dos procedimentos de investigação — incluindo inquéritos — é pura firula populista, tendente a ser rejeitada pelo tribunal. Estivesse realmente interessado em justiça e celeridade, ele ofereceria, em muitos casos escancarados, a denúncia, em vez pedir a simples abertura de inquérito.
Estamos
diante de mais um caso de surrealismo explícito. Vejam que graça: temos
pessoas que o Estado considera “corruptoras” — os empresários
denunciados —, mas esse mesmo Estado tem dúvidas se existem os
“corrompidos”… Ou por outra: o Estado brasileiro tem certeza de que
existe o criminoso, mas não está certo de que o crime tenha existido. É
uma piada!
Eu opino muito, sim. Mas a base da minha opinião são os fatos. Os incomodados que se mudem. Sobrarão muitos milhares.
Obrigado!
Nenhum comentário:
Postar um comentário