Edição do Alerta Total – www.alertatotal.net
Pelo menos três magistrados da Corte de Nova York já
estariam dispostos a agir com total rigor contra diretores e ex-dirigentes da
Petrobras, incluindo a ex-presidente do Conselho de Administração Dilma
Rousseff, assim que chegarem aos tribunais os processos civis e criminais que
apuram lesões contra investidores norte-americanos geradas por práticas de
corrupção ou suborno.
Não teria preço o vexame internacional de o Brasil ter sua
"Presidenta" processada nos EUA, com alto risco de ser condenada a
pagar multas milionárias. Nos States, o "Big Petroleum" (vulgo
Petrolão) corre em sigilo judicial. Moralmente, o segundo mandato já termina
sem sequer começar. E não adianta Dilma dar beijinho no ombro do Barack Obama -
porque ele nada tem a ver com o rolo...
Processar
grandes empresas rende muita grana nos EUA, inclusive com premiações para
juízes e promotores. As recompensas previstas na legislação norte-americana
para quem faz "colaboração premiada" para desvendar crimes econômicos
variam de 10% a 30% do valor do suborno ou de superfaturamento. Várias companhias ligadas à indústria do petróleo já foram condenadas
pela lei anti-corrupção nos EUA. As multas impostas pelas condenações foram pesadíssimas. A Security and
Exchange Comission, xerife do mercado de capitais, não perdoa. A recordista foi
a Panalpina (que subornou autoridades na Nigéria, Angola, Brasil, Rússia e
Cazaquistão, sendo obrigada a pagar a megamulta de US$ 81,9 milhões.
Nos rigorosos tribunais dos EUA, sobretudo os de Nova
York, com a mão pesada da SEC, já dançaram várias empresas de grande porte,
pagando multas milionárias. Pride International (US$ 56,1 milhões), Royal Dutch
Shell (US$ 48,1 milhões), Transocean (US$ 20,6 milhões), Noble Corporation (US$
8,1 milhões), Tidewater (US$ 7,5 milhões), GlobalSantaFe (US$ 5,8 milhões). As
pesadíssimas multas também doem no bolso dos dirigentes empresariais envolvidos
nos escândalos. Eis o grande risco que correm a Petrobras, seus diretores e
conselheiros (de administração e fiscal), graças às várias denúncias, com
provas, do Petrolão. Como o Tio Sam odeia pizza, a parada fica indigesta para
os brasileiros.
Não era novidade que o governo dos EUA, através da NSA,
não só espionou as falcatruas na Petrobras como também já investigava,
formalmente, denúncias de corrupção na petrolífera brasileira. A novidade ruim
para Dilma Rousseff foi que o Petrolão ganhou dimensão mundial ontem, graças a
uma reportagem do Financial Times. O jornal britânico informou que uma ação
criminal e outra civil apuram se "a Petrobras ou seus funcionários, intermediários
ou prestadores de serviço violaram o Foreign Corrupt Practices Act, uma lei
contra a corrupção que torna ilegal subornar funcionários estrangeiros para
ganhar ou manter negócios".
A matéria do Financial Times deixou Dilma pt da vida porque
destacou que "muitos dos supostos problemas ocorreram quando a presidente
Dilma Rousseff foi chefe da empresa antes de tomar posse (como presidente da
República) em 2011". Concretamente, Dilma já sabe que, independentemente de ser chefe de
Estado, corre o risco de ser alvo de investigação e processo nos EUA.
O FT apavorou a petralhada: "O Departamento de
Justiça dos Estados Unidos abriu uma investigação criminal sobre a companhia
que tem recibos de ações negociados em Nova York. Enquanto a Securities and
Exchange Comission (SEC, órgão do governo norte-americano que regula o mercado
de capitais) realiza uma investigação civil".
Nenhum comentário:
Postar um comentário