Lula verá os jogos da Copa enfurnado em casa. Não dará as caras sequer no Itaquerão, que não existiria sem a intervenção do mais influente torcedor do Corinthians: foi o camelô de empreiteira quem agenciou a entrada no negócio da Construtora Odebrecht e induziu o BNDES a bancar a obra bilionária. Passou anos sonhando com as ovações que ouviria ao irromper nas arenas das 12 subsedes. O medo da vaia o obrigou a descobrir que nada combina mais com futebol que transmissão pela TV e cerveja da geladeira na cozinha.
Ricardo Teixeira verá os jogos da Copa enfurnado em Miami. Andou circulando pelo Rio na semiclandestinidade, mas nem esperou o apito inicial para refugiar-se de novo no suntuoso esconderijo na Flórida. “Ele não quer se expor a manifestações de hostilidade”, confessou um amigo do ex-supercartola que sonhava com o trono da Fifa antes de entrar na lista dos prováveis convocados para a seleção da Interpol.
Dilma Rousseff imaginou que a Copa de 2014 seria a penúltima e mais gloriosa etapa da campanha para um segundo mandato tão inevitável quanto a mudança das estações. No momento, tenta criar coragem para participar da cerimônia de abertura. Mas já avisou que nada no mundo fará com que se arrisque a abrir a boca diante da multidão. Medo de vaia nunca fez bem a cordas vocais.
“Milhões de brasileiros têm sido tratados como se fossem todos patriotas de galinheiro ou otários profissionais”, constatou um trecho do post reproduzido na seção Vale Reprise. Se lhes restasse algum juízo, os embusteiros teriam levado em conta a advertência resumida no título: “A farra bilionária dos vigaristas que forjaram o conto da Copa vai acabar acordando a multidão de lesados”.
Deu no que deu. Ninguém sabe se a Seleção vai ou não ganhar o hexa. O que o pavor da trinca já deixou claro é que Lula, Ricardo Teixeira e Dilma perderam a Copa que nem começou.
DO AUGUSTO NUNES-REV VEJA
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