Abaixo,
reproduzo uma reportagem de Gabriel Castro, da VEJA.com. Há um vídeo
que o acompanha. Em casos assim, quando as pessoas percebem a burrada
que fizeram, tiram o material do ar. Se, no entanto, já está em outro
arquivo, costumam apelar ao YouTube para fazê-lo — com a suspensão da
conta de quem o publicou. O vídeo, insisto nesta questão, é de interesse
jornalístico. Se há quem hostilize, com intimidação física, o
presidente de um dos Poderes da República porque não aceita que tenha
exercido suas prerrogativas, a informação não pode desaparecer — ou está
caracterizada censura. Leiam a reportagem.
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Um vídeo
publicado na internet mostra um assessor parlamentar da deputada Érika
Kokay (PT-DF) hostilizando o presidente do Supremo Tribunal Federal
(STF), Joaquim Barbosa, em Brasília. Ao lado dele, outras duas
militantes petistas ressentidas com as condenações do mensalão insultam o
ministro. “Autoritário”, “projeto de ditador” e “tucano” são alguma das
palavras utilizadas pelo pequeno grupo, em meio a loas ao
ex-ministro-presidiário José Dirceu.
As imagens
foram feitas pelos próprios petistas na saída de um bar e publicadas na
internet. Não é possível saber se o presidente do STF deixou o local
por causa do protesto ou se os manifestantes só agiram quando ele já
estava a caminho do carro.
O vídeo
foi gravado e protagonizado pelo conhecido baderneiro Rodrigo Grassi
Cademartori, autointitulado “Rodrigo Pilha”. Uma espécie de
petista-playboy, ele se ocupa principalmente de duas tarefas: uma é
repetir chavões para intimidar, inclusive fisicamente, qualquer um que
avalie ser adversário do PT. A outra é divulgar suas fotos em momentos
de lazer – pilotando uma lancha, por exemplo.
Defensor
da ditadura cubana, Grassi comandou a tropa que hostilizou a blogueira
Yoani Sánchez quando ela visitou o Congresso Nacional, iniciou uma
confusão após provocar o ex-deputado Eduardo Azeredo (PSDB-MG) e ajudou a
organizar “protestos” contra o deputado Marco Feliciano (PSC-SP).
Também fez questão de passar o dia na porta da Superintendência da
Polícia Federal quando os mensaleiros se entregaram no ano passado.
Uma de
suas estratégias é insuflar manifestantes em protestos, sem que fique
evidente a ligação dos atos com o PT e o gabinete de Érika Kokay. As
duas mulheres que também hostilizam Barbosa no vídeo são Andreza Xavier e
Maria Luiza Rodrigues, amigas do assessor parlamentar.
Na
descrição do vídeo que publicou com a perseguição a Barbosa, Grassi
define o presidente do STF como “fascista” e, orgulhosamente, anuncia
que o colocou “para correr”. No vídeo, em português sofrível, ataca:
“Ele precisa (sic) de andar com muitos seguranças”.
Grassi
recebe da Câmara dos Deputados cerca de 4.800 reais por mês. Porque o
militante-profissional continua sendo bancado pelo dinheiro público é
uma pergunta que a deputada Érika Kokay deveria responder.
DO R.AZEVEDO-REV VEJA
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