quinta-feira, 2 de agosto de 2012

O ministro Lewandowski só leu o palavrório que Márcio Thomaz Bastos ditou


Augusto Nunes
A tabelinha obscena entre Márcio Thomaz Bastos e Ricardo Lewandowski comprova que o revisor do processo do mensalão não conseguiu sequer esperar o começo do jogo para transferir-se do time de ministros para a equipe de advogados de defesa liderada pelo doutor favorito da bandidagem dolarizada. Lewandowski demorou mais de cinco anos para concluir o parecer encomendado em 2007.
Levaria pelo menos dois para redigir o palavrório desta tarde se Bastos não tivesse cuidado de tudo: o ministro, como berra o texto, limitou-se a ler o que o advogado ditou.
O Supremo Tribunal Federal não vai devolver à primeira instância a maioria dos mensaleiros, como querem os parceiros unidos na luta pela absolvição dos culpados.
Mas a dupla já conseguiu adiar por um dia o começo efetivo do julgamento.
E Lewandowski pagou mais uma prestação da dívida contraída com Marisa Letícia ─ foi a primeira-dama quem lembrou ao maridão que uma vizinha em São Bernardo tinha um filho que era doutor e muito sabido ─ e com o então ministro Thomaz Bastos, que aprovou a indicação para a vaga no STF.
Não há data marcada para o acerto de contas entre o ministro e o país que presta.
Mas a cobrança virá.

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