No Brasil também é vedado ser fumante de tabaco, pois o fumo acaba de ser proibido até mesmo em ambientes privados, enquanto o STF libera as marchas a favor da maconha (cujo porte, uso e venda é crime previsto no Código Penal) e universitários protestam, depedram, descumprem ordens judiciais, tentam expulsar a polícia, para que ela seja vendida livremente dentro dos seus campi.
Por fim, virou acinte ser um proprietário rural no Brasil e, suprema ofensa aos puros e bondosos, ser um representante legalmente eleito por este setor que representa 1/4 do PIB e 1/3 dos empregos do pais. Até foi cunhado um termo pejorativo para quem defende 5.170.000 produtores no Congresso: "ruralista". O parlamentar pode ser ambientalista, mas não pode ser ruralista.
Fernando Henrique Cardoso, um ex-presidente intelectual, sociólogo, defensor da liberalização da maconha, bradou dias atrás: é um absurdo chamar estudantes da USP de maconheiros. Deveria ter levantado a sua voz tão sábia para afirmar que também é um absurdo criminalizar o homem do campo. FHC não disse porque não lhe convém e porque é um deslumbrado urbano, em busca desatinada de salvar a sua biografia.
Restou a defesa dos brasileiros de mãos calejadas e pele tisnada para a corajosa Kátia Abreu, presidente da CNA e senadora eleita pelo Tocantins, criticando a visão preconceituosa dos "intelectuais urbanos" em relação ao setor agropecuário. Segundo ela, as análises sempre visam ofuscar a importância do agronegócio para a política econômica brasileira, com a utilização de expressões como "primarização, desindustrialização e nova dependência", quando na verdade é o superávit do agronegócio que reduziu a dependência do capital externo, já que, nos últimos 10 anos, gerou um superavit de mais de U$ 400 bilhões, contra um deficit do resto da economia brasileira que supera os R$ 100 bilhões.
Por isso, em meio a esta verdadeira perseguição contra o homem do campo, deve ser registrado o comportamento brasileiro e cidadão do comunista Aldo Rebelo, que enfrentou todas as patrulhas possíveis e imagináveis, tansformando-se no símbolo da aprovação do novo Código Florestal. É importante esta homenagem até para não cometermos o mesmo equívoco de demonizar a esquerda como se, dentro dela, não existissem bons brasileiros. Ontem ele declarou, em discurso em que foi ovacionado de pé por mais de 2.000 "ruralistas" que “como legislador, não posso legislar pelos interesses europeus e americanos. Tenho que legislar pelos interesses daqueles que alimentam o povo do meu País”.
O Brasil, sem dúvida alguma precisa de mais Aldos e mais Kátias, de menos Marinas Silvas e Fernandos Henriques. Para termos mais trigo e menos maconha. Para termos mais comida e menos miséria. Para podermos, independente de rótulos ideológicos, ajudarmos o Brasil a ser um país melhor.
DO CELEAKS
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