quinta-feira, 24 de novembro de 2011

Dilma, a Vice

Corifeu do coro dos insatisfeitos com a matriarca da República, o ex-presidente mantém vivas as cores do coronelismo colonial, quando bênçãos eram distribuídas aos achegados e cortadas as ambições dos menos privilegiados em termos de jogo político. Permanece, portanto, submersa na fase histórica brasileira dos feudos do nordeste dos cabras a grande maioria dos que compõem a “representação democrática” da nossa medíocre sociedade.
Dona Dilma deve ter a consciência de que embora presidente de direito, é, de fato, mera superintendente da capitania de Brasília, enquanto permanece em recesso o chucro, porém, bajulado detentor dos poderes petistas. E enquanto assim os tiver, será sabujado pelos seus iguais em desvalores e em perniciosa promiscuidade moral.
Grosseria vence grosseria. Lupi vence Dilma, seguindo, à risca, a norma que dita que quem rosna mais alto
assusta o adversário. Assim o fez. Nesse ponto da contenda, o lobo venceu a ovelha arisca, não deixando dúvidas de que quem manda é sempre ele, autor do manual de desobediência civil, militar, constitucional, enfim, manual normativo de uma política bárbara, despojada de qualquer verniz de civilidade, reprodução fiel de sua conduta pela vida.
Obedeçam ao homem, políticos do atraso, porque a primeira mulher ocupante do cargo, nada mais é do que mera vice, maga desencantada pela incompetência que tem demonstrado fora de suas antigas e guerrilheiras lides!
Obedeçam ao homem, políticos primários, faltos de caráter, servis lacaios de um bugre que tudo fará para pôr a vice para correr na maratona dos perdedores!
A faxineira se cansou, rápido, nos primeiros momentos de confronto com os “sujismundos” de sua república, da sua suja república, da fétida república, sob a sua supervisão.
No “cabo de guerra”, os perversos terçam forças contra o país, em direção ao caos absoluto, enquanto, os do outro lado vão cedendo, pouco a pouco, a sua parte, preguiçosos de uma arrancada para valer.
Difícil de entender o legado que coube ao Brasil: perdedores, ontem; cínicos vencedores, hoje, enquanto os vencedores de ontem, murcharam, amareleceram, feneceram. Estamos sós!
Aileda de Mattos Oliveira é Prof.ª Dr.ª em Língua Portuguesa. Articulista do Jornal Inconfidência. Membro da Academia Brasileira de Defesa.
DO ALERTA TOTAL

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