segunda-feira, 8 de agosto de 2011

Demagogia sem fronteiras.

O aluno de graduação no Brasil é um herói. Trabalha o dia inteiro e, à noite, enfrenta as piores dificuldades de transporte para chegar na faculdade, onde as condições de estudo, via de regra, são horríveis: laboratórios de informática lotados, lanchonete entupida e salas-de-aula apertadas, escuras e sem ar-condicionado. A maioria precisa correr feito louca, ao final do curso, para conseguir um local de estágio e, se não conseguir, tem que inventar uma atividade qualquer, dentro da própria instituição, para cumprir o currículo, sem agregar nada à sua formação. Oito a cada dez universitários estão em instituições privadas... 

Antes de enviar estudante de graduação para o exterior, a Dilma e o Mercadante deveriam garantir ensino de qualidade, estágio e até mesmo ensino obrigatório de inglês nas nossas universidades....

A presidente Dilma Rousseff afirmou hoje que, por meio do programa Ciência sem Fronteiras, quer que estudantes brasileiros tenham acesso às melhores universidades do mundo. Em seu programa semanal "Café com a Presidenta", ela lembrou que, até 2014, o governo pretende conceder 75 mil bolsas de graduação e pós-doutorado no exterior. "O Ciência sem Fronteiras é um programa que dá aos estudantes e pesquisadores brasileiros a oportunidade de aperfeiçoar seu conhecimento fora do país, de pesquisar e de criar, além de estudar lá fora", disse. Dilma cobrou a participação de empresários brasileiros na tentativa de alcançar a meta de 100 mil bolsas de estudo. 

De acordo com a presidente, serão priorizadas áreas ligadas às ciências exatas, como engenharias, matemática, física, biologia, ciência da computação, ciências médicas e todas as áreas tecnológicas. Segundo ela, tais áreas são consideradas fundamentais para a economia do país e para dar maior competitividade à indústria brasileira. Dilma explicou que a seleção dos bolsistas vai ser feita levando em consideração o desempenho dos estudantes no Enem (Exame Nacional do Ensino Médio) --quem atingir o mínimo de 600 pontos poderá concorrer às bolsas de estudo no exterior. Atualmente, 124 mil alunos alcançaram essa pontuação. Também poderão ser selecionados estudantes premiados em olimpíadas científicas como a Olimpíada da Matemática, além de alunos envolvidos em iniciação científica. "O importante é que, nesse programa de bolsas de estudo no exterior, os estudantes que não teriam recursos para estudar no exterior estarão entre os selecionados para frequentar as melhores universidades do mundo", afirmou. 

E novamente o absurdo dos absurdos! O intercambista será selecionado pela nota do ENEM, mas deverá ter completado no mínimo 40% do curso. O que significa que a seleção será feita pelo que ele sabia há dois anos atrás, quando prestou o exame do ensino médio. É reconhecer que dois anos de universidade no Brasil significam conhecimento zero! Dilma e Mercadante, como dizia minha avó, só cangando!  
DO B. DO CEL

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