segunda-feira, 16 de maio de 2011

Copa 2014: Mané Garrincha, duro na queda


          Antes da tentativa de implodir o estádio Mané Garrincha, ontem, em Brasília, o vice-governador, Tadeu Filipelli discursou, sem saber que presenciaria ao fiasco do ano. Ele estava sob uma proteção onde eram servidas bebidas e salgadinhos.
        Palavras de Tadeu Filipelli, com o dedo no detonador:
        “O passo que nós damos hoje (no domingo) assegura cada vez mais que o nosso cronograma de obras está ok, que estamos avançando e estamos em comparação com os demais estados estamos em dia e podendo, inclusive, antecipar o cronograma. E isso aumenta, de forma muito positiva, a chance de fazer a abertura da Copa das Confederações aqui no Distrito Federal”.
        Tadeu Filipelli é vice-governador de Agnelo Queiroz.     
        Agnelo, por sua vez, está na Europa.
        Depois de ter ido a Buenos Aires, ele agora visita Alemanha, Espanha, França e Inglaterra. Conhecendo estádios. Em cinco meses de governo, já fez cinco viagens ao exterior.
Explicações
NOTA À IMPRENSA
        “O Consórcio Brasília 2014, responsável pela reforma do estádio Mané Garrincha, vem esclarecer aos veículos de imprensa sobre a demolição das arquibancadas:

- O descalçamento da estrutura (termo técnico utilizado para este tipo de demolição com uso de explosivos) não ocorreu após dois comandos dados pelos engenheiros destacados para a operação;

- A partir da não ocorrência do descalçamento, conforme planejado pelo Consórcio Brasília para as 15h30 deste domingo (15/mai), os técnicos contratados para o serviço procederam uma vistoria para detectar as possíveis causas;

- Feita a vistoria, foi constatado que houve interrupção na linha de acionamento (cordel detonante) dos explosivos. Apenas parte deles foi detonada;

- Embora não seja comum, em todo tipo de descalçamento dessa magnitude existe a probabilidade da interrupção na detonação;

- O Consórcio concluirá sua vistoria e análise dos procedimentos, juntos aos técnicos contratados, nesta segunda-feira, quando será divulgada a nova data para a conclusão do descalçamento - que acontecerá com a maior brevidade possível;

- O Consórcio esclarece que todos os procedimentos foram feitos com absoluto respeito às normas de segurança, postura que continuará embasando todas as etapas do processo.”
        Então, na próxima, vai?

Desfalque antes da Copa: ministro Orlando Silva fratura o tornozelo e passará por cirurgia

            O ministro do Esporte, Orlando Silva, abriu mão dos serviços médicos de Brasília, onde mora, e vai para São Paulo, amanhã, submeter-se a uma pequena cirurgia.
            Orlando Silva fraturou o tornozelo num acidente doméstico, neste sábado, segundo sua assessoria.
            Antes do acidente, o ministro estava em São Paulo participando de reunião com Gilberto Kassab, Geraldo Alckmin e Andrés Sanchez, sobre a obra do Estádio do Corinthians, conforme informou o companheiro Vitor Birner.
            Mas não é verdade que teriam chutado a canela do ministro durante a reunião.
            Mesmo porque discussões sobre Copa do Mundo não chegam a esse nível. Quanta maldade! Ele se machucou em casa, mesmo!

Copa 2014: do além, a força do Mané

Por Walter Guimarães
       Agora comecei a ficar realmente preocupado.
       Nem mesmo derrubar as arquibancadas velhas eles conseguiram! Será que irão conseguir levantar uma nova???
       E os custos dessa "falha", serão pagos com dinheiro público ou a empresa responsável irá pagar o prejuízo??       
      Será que é falta de picareta ou as bombas estão sendo usadas para outras finalidades, como arrombar os tais cofres públicos???

Mané, inacreditável!

Do site do Correio Braziliense 
Após duas tentativas fracassa a demolição do estádio Mané Garrincha
        A demolição da arquibancada do Mané Garrincha na tarde deste domingo não teve êxito.
        Por volta de 15h30, os engenheiros acionaram o sistema de bombas, mas, apesar da poeira e do barulho, a estrutura permanece de pé.
        De acordo com Dagoberto Ornelas, gerente de operações do consórcio responsável pela obra, a primeira das três linhas de fogo -- para fazer o “descalçamento da arquibancada” -- não surtiu o efeito esperado.

        De acordo com Ornelas, a primeira linha de fogo deveria ter abalado as estruturas da arquibancada para que, em seguida, fossem acionadas as outras duas. O gerente de operações afirmou também que a intenção é demolir o local ainda hoje.

        A demolição visa atender às exigências da Federação Internacional de Futebol (Fifa), a antiga será demolida para construção de uma nova. T
        Trata-se do cumprimento de mais uma etapa dentro do cronograma de obras, iniciadas em julho do ano passado, e mantém Brasília na frente da disputa pelo jogo de abertura da Copa de 2014.

Copa 2014: detona o estádio, porque a saúde já desabou

        No início de 2007, três semanas depois que assumiu o governo do Distrito Federal, o então governador José Roberto Arruda implodiu um hotel inacabado no Lago Norte. Apertou o detonador e tudo desabou.
        Três anos depois, Arruda também desabou, implodido do poder sob acusação de comandar um esquema de corrupção que ficou conhecido como “Mensalão do DEM”.
A vez de Agnelo
        Neste domingo, Agnelo Queiroz dá continuidade a esse macabro roteiro das demolições. Ele determinou implodir o que resta do Estádio Mané Garrincha e soterrar parte da história esportiva de Brasília.
        Ex-comunista, hoje fervoroso católico, ansioso por beijar o anel papal, Agnelo enterra dinheiro público num gigante de concreto com 75 mil lugares. Custo da irresponsabilidade: mais de R$ 1 bilhão.
        Agnelo – nome de origem latina que significa “cordeiro” – determinou detonar o Mané Garrincha na mesma ocasião em que os jornais da Capital da República anunciam que “saúde continua em estado grave”.
        A notícia está no Correio Braziliense, jornal aliado ao governo do Distrito Federal. Ou seja, nem quem apoia Agnelo já consegue ignorar a gravidade do problema de saúde na capital da República.  
Prioridade: detonar
        André Luiz Moraes Nascimento Júnior, de 11 meses, internado em hospital público do  Distrito Federal, está sem medicamentos essenciais para se manter vivo, segundo o Correio Braziliense.
        Agnelo Queiroz, governador, é médico.
        E cumpre o mesmo roteiro de Arruda, que começou o governo detonando dinamites ...
DO BLOG DO JOSÉ CRUZ-UOL

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