Jacques Wagner, o petista que governa a Bahia, acaba de vender a sua barba por meio milhão para a Procter &Gamble. A barba petista, que reverenciava os guerrilheiros cubanos de Sierra Maestra, tão bem representados pelos assassinos Che Guevara e Fidel Castro, perdeu a importância iconográfica com a chegada da pelegada ao poder. Lula aparou a sua e a maioria dos seus companheiros adotou um estilo mais light. Basta fazer um "antes e depois" para perceber a mudança no tesoureiro Delúbio, no sanguessuga Humberto Costa, no desterrado pelas urnas José Genoino, no mensaleiro João Paulo Cunha. No entanto, um petista histórico vendendo a barba para uma multinacional sempre tem lá o seu simbolismo. Uns mais exagerados dirão que a queda da barba do Wagner lembra a queda do Muro de Berlim. Outros mais agressivos afirmarão que todo o petista tem o seu preço. Os mais esperançosos concluirão que, finalmente, o PT está mostrando a sua cara. Pois eu já imagino Luiz Inácio Lula da Silva, sentado com a sua galega, calculando quanto não valeria a sua. Se a do petista da Bahia saiu por meio milhão, por quanto o Lula não venderia a sua?
DEM, entre a cruz e a espada.
O DEM está encurralado. Sua única saída é a fusão com o PSDB, o que custará os olhos da cara para muitos dos seus mais proeminentes representantes, que passarão a conviver com inimigos políticos locais. Ao mesmo tempo, se fizer a fusão agora, o DEM oficializará automaticamente o PSD e facilitará a debandada rumo ao novo partido, pois a fusão também é uma "justa causa" para justificar a saída de um partido para outro, sem risco de perda do mandato. Habilmente, os democratas que estão mudando para o novo partido exigem a fusão já como condição para permanência, sabendo-a impossível e inviável a curto prazo. Ronaldo Caiado disparou no twitter: " nós somos o partido da resistência democrática!". Talvez fosse melhor uma "desistência democrática", aceitando humildemente as perdas, fazendo humildemente a fusão e saindo humildemente da frágil situação de estar entre a cruz e a espada. Clique na matéria do Estadão para ampliar e ler.
Legislando em causa própria.
César Maia, ex-blogueiro, ex-prefeito, ex-quase senador, atual eminência parda do DEM, escreve artigo na Folha de São Paulo de hoje, com três propostas para a reforma política: proibição de pesquisas, proibição de debates e proibição de cabos eleitorais. Para Maia, na última semana antes das eleições, o eleitor deveria ficar em período de reflexão, sem receber influências externas. Assim como a lista fechada favorece o voto partidário, sobre o qual o PT foi construído, proibir informações só beneficia aqueles políticos que já têm um nome consolidado junto ao eleitor. O próprio, por exemplo. O ex-Maia deveria buscar outras desculpas para a derrota acachapante que sofreu nas últimas eleições.
Código Florestal: Dilma vai colher o que plantou.
(Clique na charge para ampliar)
Por falta de informação e sensibilidade, Dilma Rousseff caminha para tomar a primeria sova no plenário da Câmara e, logo depois, no Senado, com a iminente aprovação do novo Código Florestal.O lider do PMDB na Câmara, Henrique Eduardo Alves (RN) já mandou o aviso:
Por falta de informação e sensibilidade, Dilma Rousseff caminha para tomar a primeria sova no plenário da Câmara e, logo depois, no Senado, com a iminente aprovação do novo Código Florestal.O lider do PMDB na Câmara, Henrique Eduardo Alves (RN) já mandou o aviso:
"O presidente da Câmara fechou o compromisso de votar, mesmo sem consenso. Quem perder pode tentar reverter no Senado, mas não podemos mais protelar."
Com a votação marcada para o início de maio, só mesmo petistas ligados ao MST, onguistas financiados por fundos internacionais e tucanos cuja maior área verde que viram até hoje é o Parque Ibirapuera ainda resistem, espalhando mentiras e distribuindo verbas de pesquisa para "cientistas" cooptados. Na hora do voto, entre um governo mal assessorado e o eleitor, o plenário vai aprovar o que achar mais correto para proteger mais de quatro milhões de agricultores. E Dilma vai colher o que plantou: a sua primeira derrota, a sua CPMF.
DO B. DO CEL
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