quarta-feira, 24 de novembro de 2010

FHC socorre Dilma para acalmar mercado. Ainda vai levar na cara pelo gesto. Da Folha Poder:

Alexandre Tombini, que deve ser anunciado como futuro presidente do Banco Central talvez já nesta quarta-feira, é um técnico "discreto e muito competente" que vai resistir a pressões políticas sobre a política monetária, disse o ex-presidente Fernando Henrique Cardoso. A escolha de Tombini para substituir Henrique Meirelles no governo Dilma Rousseff foi confirmada ontem. Os mercados financeiros têm se mostrado mais voláteis nos últimos dias em meio a preocupações de que o escolhido por Dilma poderia ser suscetível a pressões políticas para baixar o juro básico do país. Uma política monetária mais frouxa traria riscos, especialmente pelo histórico de inflação do país, e investidores estariam preocupados ainda que a saída de Meirelles poderia levar a menos autonomia para o banco.

O voto de confiança do tucano FHC, que trabalhou com Tombini durante o período de seu governo (1995-2002), deve ajudar a diminuir as preocupações. FHC lembrou que Tombini, de 46 anos, participou na elaboração do sistema de metas de inflação, criado em 1999, quando o país enfrentava dura crise econômica e se viu forçado a deixar que o câmbio flutuasse livremente. "Lembro que ele nos ajudou com vários problemas", disse. "Ele é um técnico discreto, muito competente". Perguntado se Tombini seria suscetível a pressões políticas como presidente do BC, FHC disse: "Não, eu duvido. Ele tem uma longa história no Banco Central". Tombini, que começou no BC em 1995, é atualmente o diretor de Normas da instituição.

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