sexta-feira, 15 de fevereiro de 2019
'Todo mundo sabe que muros funcionam', disse o presidente. Na noite de quinta, o Congresso aprovou o orçamento do governo do país sem os fundos necessários para a barreira de concreto que ele quer construir.
Presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, fala nesta sexta-feira (15) sobre construção de muro na fronteira com o México
Foto: Carlos Barria/ Reuters
Foto: Carlos Barria/ Reuters
O presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, declarou nesta sexta-feira (15) emergência nacional para financiar o muro na fronteira com o México. Na prática, a declaração dá a Trump a permissão para usar fundos federais sem aprovação do Congresso.
Trump fez o anúncio a jornalistas no jardim da Casa Branca. Sua secretária de comunicação, Sarah Sanders, tuitou a foto do momento em que o presidente assinou a declaração, no Salão Oval.
President @realDonaldTrump signs the Declaration for a National Emergency to address the national security and humanitarian crisis at the Southern Border. pic.twitter.com/0bUhudtwvS — February 15, 2019
Na noite de quinta, o Congresso dos EUA aprovou um projeto de lei de orçamentos que, se ratificado por Trump, evita uma nova paralisação parcial do governo. O presidente queria incluir US$ 5,7 bilhões para a construção do muro fronteiriço na lei, mas os democratas, que têm maioria na Câmara dos Deputados, se recusaram, fazendo o mandatário optar pela declaração de emergência.
"Todo mundo sabe que muros funcionam", afirmou Trump, que justificou a medida dizendo que há "tremendas" quantidades de drogas entrando nos EUA pela fronteira com o México. Ele também levou familiares de pessoas que foram mortas por imigrantes para a plateia de seu discurso.
Trump apontou que muros que já existem em locais como El Paso, no Texas, funcionam, mas que criminosos acabam dando a volta nesses muros, por isso é necessário fazer uma barreira maior.
Ele também falou que gostaria de ver "uma grande reforma da imigração, não apenas um muro".
Mapa mostra onde passaria o muro na fronteira de EUA e México Foto: G1
A líder da oposição e presidente da Câmara, Nancy Pelosi, já antes de Trump concretizar a medida, negou que haja uma emergência na fronteira sul dos EUA e afirmou que tomará medidas judiciais para reverter a decisão de Trump.
Enquanto Trump ainda respondia a perguntas de jornalistas no jardim da Casa Branca, a procuradora-geral de Nova York, Letitia James, afirmou que vai recorrer à Justiça. "Declarar emergência nacional sem uma causa legítima criará uma crise constitucional", disse em comunicado. "Não vamos tolerar esse abuso de poder e vamos combatê-lo com todas as medidas legais a nossa disposição".
No final de seu discurso, o presidente disse já saber que provavelmente o tema será disputado na Justiça, indo parar na Corte Suprema, onde espera ganhar.
O líder da maioria republicana no Senado, Mitch McConnell, disse que apoiará a emergência de Trump. No início deste mês ele alertou Trump dizendo que declarar uma emergência poderia dividir os republicanos do Senado, noticiou o "Washington Post". 15/02/2019-Por G1 - DO R.DEMOCRATICA
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