A
matéria que transcrevo após este prólogo foi noticiada no dia 25 de
novembro de 2016, no site da revista Veja e, provavelmente, nos demais
veículos da grande mídia. Creio que á época da publicação passei batido.
Mas o material foi desencavado neste domingo pelo sempre atento Leandro
Ruschel, empresário brasileiro, investidor com atuação no mercado e que
vive e trabalha nos Estados Unidos.
Ao extraí-la do baú do esquecimento Ruschel postou o link em sua página do Facebook destinando o leitor para o site de Veja, com a seguinte observação: "exemplo de ligação entre criminosos e organizações de direitos humanos."
Leandro
Ruschel não é jornalista mas coloca no chinelo muitos profissionais da
grande mídia e comprova um fato que amiúde tenho me referido em minhas
análises, ou seja, quando o fato não corresponde à narrativa esquerdista
ou não serve para reafirma-la o assunto morre na casca.
Neste
caso, a descoberta da Operação Ethos da Polícia de São Paulo, realizada
na ocasião, seria pauta para um ampla reportagem se não passasse pelo
filtro dos comunistas, travestidos de jornalistas, que dominam as
redações da grande mídia.
Esse
filtro seletivo na edição de matérias vem sendo aplicado na imprensa
desde o dia em que os comunistas aportaram no Brasil e se organizaram.
Exemplo
disso é o caso do recente assassinato da vereadora no Rio de Janeiro
que tem sido explorado ad nauseam pela grande imprensa nacional embora
se saiba que o Brasil desponta hoje como uma das Nações recordista em
homicídios, algo em torno de 60 mil por ano segundo as últimas
estatísticas. O que ficou claro é que todas as organizações de defesa
dos "direitos humanos", no caso do assassinato da vereadora PSOL, um dos
partidos comunistas em atividade no Brasil, houve um alvoroço geral e
inaudito. Afinal, o caso se encaixou em toda uma narrativa construída
pelo esquerdismo, o que não ocorreu com a Operação Ethos que justamente
descobriu o link entre organizações de direitos humanos com as gangues
criminosas.
Transcrevo a matéria na íntegra que foi publicada no site da revista Veja em 25 de novembro de 2016. Leiam:
Luiz Carlos dos Santos, Vice do Condepe. (Foto: Veja) |
VICE DOS DIREITOS HUMANOS
ADMITE QUE RECEBIA MESADA DO PCC
O vice-presidente do Conselho Estadual de Defesa dos Direitos da Pessoa Humana (Condepe), Luiz Carlos dos Santos, admitiu em depoimento à Polícia Civil de São Paulo que recebia uma mesada do PCC para
prestar serviços à organização criminosa. Santos é um dos 55 alvos da
Operação Ethos, que desmontou o núcleo jurídico da facção, a chamada
“célula R” — cada integrante dela era chamado de R1, R2, R3 até o R41.
Santos teve a prisão temporária (válida por 5 dias) prorrogada pela
Justiça paulista nesta sexta-feira, no mesmo dia em que foi afastado do
cargo pelo Condepe.
Em
seu interrogatório, obtido com exclusividade por VEJA, Santos diz que
vinha sendo renumerado pelo PCC desde janeiro de 2015 e que só
não recebeu neste mês porque a facção atrasou o pagamento. O objetivo
inicial dos criminosos era que ele usasse de sua influência perante
desembargadores e representantes do governo para interceder pelos
membros da facção. Em seu depoimento, ele diz que recusou fazer esse
tipo de trabalho, mas aceitou “auxiliá-los nos processos envolvendo
reclamações contra o Sistema Prisional Paulista”. Muitas das queixas
protocoladas por Santos eram falsas e acabaram sendo arquivadas, como
por exemplo uma que dizia que cacos de vidro foram encontrados na comida
da Penitenciário 2 de Presidente Venceslau, onde está encarcerada a
cúpula do PCC. O intuito final era, como ele próprio confirmou, reunir
as denúncias e levá-las até a Organização das Nações Unidas (ONU) e a
Corte Interamericana de Direitos Humanos.
Em
um e-mail interceptado pela Polícia Civil, ele chega a cobrar 10.000
reais aos advogados do PCC para fazer uma vistoria no presídio de
Presidente Bernardes, onde é cumprido o Regime Disciplinar Diferenciado
(RDD) – o fechamento desse presídio é uma reivindicação antiga da
facção. No início das tratativas, foi combinado que Santos receberia
2.000 reais mensais. Depois, a quantia subiu para 3.000, 4.500 e, enfim,
5.000 reais. A soma costumava ser depositada na conta de sua mulher.
Os
dois Rs responsáveis por arregimentar Santos foram os irmãos advogados
Davi e Vanila Gonçales, que também foram presos na terça. Diz um trecho
do depoimento transcrito: “Foi procurado por Vanila no Condepe quando
então ela fez a proposta de pagamento de 2.000 reais mensais ao
interrogado para que ajudasse os amigos e clientes dela; indagado em que
consiste exatamente essa ajuda, o interrogado diz que Vanila narrou que
havia ingressado com revisões criminais perante o Tribunal de Justiça
do Estado de São Paulo em nome de seus clientes e solicitava que o
interrogado utilizasse sua influência de conselheiro para convencer os
desembargadores; a pretensão era que o interrogado conversasse com o
desembargador [Luiz Edmundo] Marrey, representante do Tribunal de
Justiça perante o Condepe, para que ele interferisse nos demais
desembargadores nos respectivos processos de interesse de Vanila”. A
Polícia Civil diz que não encontrou nenhum indício de que os
desembargadores atuaram em favor dos criminosos.
Em
seu depoimento, Santos afirma que, logo em fevereiro de 2015, tentou se
desvencilhar do esquema. Vanila, então, teria lhe dito que “não havia
mais volta”. Ele teve noção clara de que estava sendo ameaçado, quando
num certo dia um motoqueiro desconhecido o surpreendeu na frente de casa
com a foto dos filhos, segundo Santos. A Polícia Civil considera que
parte das declarações do conselheiro fazem parte da sua estratégia de
defesa de dizer que foi coagido. A corporação também informou que, se
ele requisitar, poderá entrar num programa de proteção por causa
das ameaças.
Conhecido
por fazer denúncias de abuso da violência policial, Santos tem uma
carreira de mais de 20 anos na defesa dos direitos humanos. Ele dirige a
ONG Conselho Ouvidor de Direitos Humanos e Cidadania (DODH), que tem
sede em Cotia. Foi por meio dela que conseguiu se tornar conselheiro
suplente do Condepe, em 2014, e ser escolhido neste ano para o cargo de
vice-presidente. Segundo a Polícia Civil, a sua campanha, que custou
12.000 reais, foi bancada pelo PCC. O Condepe é formado por membros
egressos de ONGs, representantes do Ministério Público, do Tribunal de
Justiça, do governo paulista e da OAB. O conselho é vinculado à
Secretaria de Justiça da gestão Alckmin, mas tem status de órgão
autônomo. Do site da revista Veja -DO A.AMORIM
Nenhum comentário:
Postar um comentário