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Relator da Lava Jato no Supremo Tribunal Federal, o ministro Edson Fachin contou ao repórter Roberto D´Ávila que os processos sobre a mesa já não são a única fonte de suas inquietações. Disse que membros de sua família sofreram “ameaças”. Reportou-se à presidência da Suprema Corte, Cármen Lúcia, e à Polícia Federal. “Nem todos os instrumentos foram agilizados”, declarou. “Mas eu efetivamente ando preocupado com isso, e esperando que não troquemos fechadura de uma porta já arrombada também nesse tema.”
Era só o que faltava. Além das pressões políticas que rondam o Supremo, mais essa: ameaças à família de um magistrado. Considerando-se as últimas posições adotadas por Fachin, as ameaças estimulam muitas dúvidas. E a melhor maneira de lidar com problemas do gênero é a investigação radical. Seria péssimo para o país que magistrados da Suprema Corte tivessem que julgar com um olho no processo e outro na fechadura.
Josias de Souza
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