sábado, 22 de outubro de 2016

No Sem Edição, Augusto Nunes e Sílvio Navarro comentam a prisão de Cunha e a bandidagem da polícia do Senado

Confira oito observações inspiradas nos dois principais episódios ocorridos em Brasília nesta semana

Por: Augusto Nunes
1. Gleisi Hoffmann e Paulo Bernardo são a Bonnie e o Clyde do faroeste à brasileira.
2. Fernando Collor é um cangaceiro de terno e gravata.
3. No Senado, até a Polícia é um caso de polícia.
4. José Sarney (Madre Superiora) e Edison Lobão (Magro Velho) agem juntos há mais de 100 anos. É a mais longeva dupla fora da lei de todos os tempos.
5. Renan Calheiros afirma que a operação da Polícia Federal feriu a independência dos Poderes. Deve achar que a polícia bandida tem imunidade parlamentar.
6. Se a frota de viaturas da Polícia Federal estacionasse nas imediações do Congresso num dos três dias em que os parlamentares trabalham, o efeito produzido lembraria o descrito por Nelson Rodrigues quando alguém gritava “Olha o rapa!” no meio da multidão de camelôs no centro do Rio: todos sairiam em desabalada carreira.
7. Na ala esquerda da carceragem da PF em Curitiba, há uma cela vaga entre as ocupadas por Eduardo Cunha e Antonio Palocci. Pode ser transformada brevemente numa espécie de suíte presidencial do sistema penitenciário.
8. A população carcerária reunida pela Lava Jato tem dimensões suficientes para animar o Natal deste ano com a brincadeira do “amigo oculto”. Os participantes deveriam identificar-se pelas alcunhas desvendadas pela Polícia Federal. “Italiano”, por exemplo, pode ser o amigo secreto do “Brahma”.

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