terça-feira, 26 de julho de 2016

O lado bom (para ele) da prisão de Suplicy



Eduardo Suplicy tem pelo menos seis motivos para obrigar-se a enxergar o lado bom da prisão determinada por um oficial de Justiça e executada por soldados da PM. Ele foi para a gaiola por tentar impedir que se cumprisse a ordem de reintegração de posse de um terreno pertencente à prefeitura de São Paulo. Saiu no lucro, atestam meia dúzia de constatações:
1. Pela primeira vez em muitíssimos anos, o ex-senador foi carregado nos braços do povo ─ representado, no caso, por soldados da Polícia Militar.
2. Teve três horas para expor ao delegado e a um punhado de policiais as maravilhas do programa Renda Mínima. Foi a maior plateia reunida por Suplicy desde a descoberta do remédio capaz de curar todos os males do Brasil.
3. O espaço que lhe reservou o noticiário jornalístico pode igualar o que conseguiu ao fantasiar-se de Super-Homem num corredor do Congresso.
4. Muita gente que não sabia por onde andava a figurinha carimbada ficou sabendo que abandonou o emprego de secretário municipal de Direitos Humanos para candidatar-se a vereador.
5. Como já sabe que a PM apenas cumpria uma ordem de reintegração de posse solicitada por Fernando Haddad, não precisa mais deitar-se no meio da rua. Basta visitar o companheiro prefeito e convencê-lo a doar o terreno aos invasores.
6. Pelo que disse ao sair da cadeia, foi muito bem tratado pelos carcereiros. “Fomos conversando numa boa”, revelou ao lhe perguntarem o que aconteceu entre o momento da prisão e a chegada à delegacia, onde o clima amistoso foi mantido.
Suplicy precisa dizer isso a Lula, que anda com medo de cadeia. O chefe talvez se sinta menos angustiado com a aproximação da decolagem rumo à República de Curitiba.


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