No calçadão, os
manifestantes colheram cerca de 1,2 mil assinaturas em uma petição. O
documento pede celeridade ao STF no julgamento dos réus do mensalão e
também pode ser assinado na internet. Lançado em abril, o documento
conta atualmente com cerca de 40 mil adesões e será entregue à Corte até
o final do mês.
O protesto é uma iniciativa da rede de movimentos
contra a corrupção e ocorre paralelamente em capitais como São Paulo,
Belo Horizonte, Curitiba e Florianópolis, segundo os organizadores.
No
Rio, à frente do Movimento 31 de Julho, o empresário Marcelo Medeiros
diz que a demora no julgamento abre a possibilidade da prescrição de
crimes cometidos por políticos, às vésperas das eleições municipais –
cuja campanha no rádio e na TV começa em 21 de agosto. "O que não pode é
[o STF] deixar de julgar, porque isso dá abertura, evidentemente, no
caso de condenação, para que [candidatos] fichas sujas sejam eleitos, o
que, obviamente, contraria a Lei da Ficha Limpa", disse Medeiros, que
vestia uma camisa com os dizeres "Pega Ladrão".
O processo do
mensalão apura o envolvimento de 38 réus em um esquema de compra de
votos de parlamentares no primeiro mandato do então presidente Luiz
Inácio Lula da Silva, em 2003. A ação tramita desde 2007 no Supremo e
contém denúncias feitas há sete anos. O andamento do caso depende do
voto do revisor, ministro Ricardo Lewandowski, e espera-se que entre na
pauta de sessões do STF ainda no primeiro semestre. O relator é o
ministro Joaquim Barbosa.
Para traçar um estratégia para o julgamento, o caso será tema de reunião no STF na próxima terça-feira (22).
Segundo o presidente da Corte, ministro Carlos Ayres Britto, a ideia é
avançar no cronograma e na logística, processo iniciado no último dia 9
de maio.
DO JORNAL DO BRSIL
Nenhum comentário:
Postar um comentário