A atuação do governo federal no combate à corrupção foi criticada nesta quinta-feira (3) pelos palestrantes de um congresso organizado em São Paulo pela revista inglesa "The Economist" para falar sobre o futuro do Brasil.
Segundo eles, a "faxina" realizada pela presidente Dilma Rousseff, que já derrubou cinco ministros por suspeitas de irregularidades, não é suficiente para punir os mal feitos e evitar novos crimes.
"Trocar um ministro por outro e manter o ministério nas mãos do mesmo partido não é punição", disse o diretor do Centro de Liderança Política, Luiz Felipe D'Ávila.
Para o pesquisador da FGV (Fundação Getulio Vargas) Marcos Fernandes é fundamental realizar uma reforma ministerial, reduzindo o número de ministérios e eliminando as condições que criam oportunidades para a corrupção.
Segundo Fernandes, reunificar ministérios, além de reduzir os espaços para corrupção, aumenta a eficiência das políticas públicas ao integrar assuntos em comum, como, por exemplo, educação e cultura.
"A faxina de fato tem que ir mais a fundo", afirmou.
Segundo levantamento de Fernandes a partir de dados da CGU (Controladoria Geral da União), R$ 25 bilhões de dinheiro público foram desviados pela corrupção de 2006 a 2009.
"Isso representa serviços públicos menos eficientes, o que compromete a qualidade do crescimento do país", acrescentou.
DA FOLHA.COM
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