domingo, 29 de maio de 2011

ARTIGO: O Governo está doente. A Presidente também.


Fotos: revista Época. Clique sobre a imagem p/ vê-la ampliada

Por Nilson Borges Filho (*)
Durante o último pleito presidencial, quando a candidata Dilma Rousseff subia nas pesquisas e a sua candidatura se consolidava, ao mesmo tempo que havia uma euforia na coordenação de campanha da petista pelos números que as pesquisas apontavam, havia, também, uma preocupação com à sua saúde.

A candidata  se recuperava do tratamento quimioterápico e era visível o seu abatimento físico. Enquanto ministra da Casa Civil, Dilma trabalhava doze horas seguidas e nunca chegou a exaustão. 

Lula – conhecido por não gostar de pegar no pesado – admirava esse lado pegador daquela que seria sua sucessora. Mas, por maior que fosse o esforço da equipe médica em dizer que a doença da presidenciável estava sob controle, no mundo real as coisas eram bem diferentes do quadro que seus auxiliares pintavam para o público externo.

O mau-humor de Dilma Rousseff estava num crescente, inimaginável até para os seus próximos, acostumados com os rompantes da chefe. A coordenação de campanha creditava a mudança de comportamento da candidata  ao tratamento médico que estava se submetendo.

Longe dos olhos e ouvidos de Dilma, era comum entre os seus principais auxiliares o questionamento sobre a saúde da futura presidente da República. Nessa época recebi uma informação, de uma fonte confiável, de que não havia qualquer dúvida sobre quem seria a sucessora de Lula, mas dúvidas, haviam sim, sobre a resistência de Dilma para enfrentar um final de campanha e um início de governo duríssimo.

Nada do que ocorria naquela mansão de Brasília, sede da equipe de campanha, vazava para a imprensa. Tudo, inclusive a forte medicação que Dilma estava se submetendo era do conhecimento  público. Na oportunidade, publiquei na minha coluna semanal do jornal “A Notícia” de Joinville (SC), que havia, na coordenação de campanha da candidata, uma preocupação fora do comum com a sua saúde.

Por conta disso, recebi uma mensagem eletrônica de um beócio – como os há – de que eu estava torcendo contra a saúde da petista.  O militante estúpido – de pai e mãe – provavelmente alguém que se locupleta mamando em alguma teta do aparelhamento petista, leu a minha coluna com os olhos voltados para o desemprego.

Aliás, petistas e neo-pelegos  adoram um emprego público, desde que não precisem se submeter a concurso público. Recentemente, ainda em consequência do tratamento de combate ao câncer, Dilma pegou uma pneumonia nos dois pulmões, foi internada, passou por uma bateria de exames e recebeu forte medicação via cateter, o que não é nada comum.

A revista “Época desta semana esclarece, em parte, todo o procedimento médico que a presidente passou nas últimas semanas. A convocação do ex-presidente Lula, para tratar da crise que envolve o enriquecimento estupendo do chefe da Casa Civil de Dilma e para aplacar a ira da base alugada que está dando, mas não está recebendo, diz respeito não só a fraqueza política da presidente, como também à sua fragilidade física.

Dilma está doente e não tem forças suficientes para enfrentar reuniões cansativas com aliados gananciosos e, de quebra, aturar a briga de comadres dos “companheiros” petistas. O governo está à deriva, mesmo com dois presidentes da República tentando salvar o barco.

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