sexta-feira, 28 de janeiro de 2011

"A memória é nossa alma", afirma Dilma.

A frase foi pronunciada por Dilma Rousseff, ontem, em cerimônia em homenagem às vítimas do holocausto. A presidente aproveitou o momento para fazer propaganda subliminar da Comissão da Verdade, afirmando que o Brasil não pode compactuar com violações de direitos humanos. Deveria dizer isto para o seu antecessor, que compactuou com a morte de Orlando Zapata Tamayo, em Cuba, além da prisão e condenação à morte por apedrejamento de Sakineh Mohammadi, no Irã. Deveria aproveitar e anunciar, na frente de Tarso Genro, ex-ministro da Justiça responsável pelo refúgio do terrorista assassino italiano Cesare Battisti, que vai rever a decisão e autorizar a extradição. Além disso, poderia ter comunicado que vai, finalmente, declarar as FARC como grupo terrorista. Para resolver estes casos, tão recentes na memória dos brasileiros, não precisa de pá e picareta. Basta uma caneta.

Antes que.

Antes que algum mal intencionado venha a este blog para dizer que ele prega contra os brasileiros nascidos em Minas Gerais, que fique registrado que aqui ninguém tem nada contra os brasileiros nascidos em Minas Gerais. Mas tem tudo, tudo mesmo, contra mineiros que colocam o acidente geográfico à frente da sua nacionalidade. Via de regra o que confrontamos neste blog é a forma dos políticos mineiros fazerem política. Não há coisa mais demodê do que bradar a força das "montanhas de Minas", como se elas fossem melhores do que as montanhas do resto do Brasil. Foi esta forma nojenta de emprestar patriotismo para o que não é pátria, é parte, que gerou os dois mensalões, tanto o do PT quanto o do PSDB. Foi esta forma interesseira de unir corruptos "em nome do povo de Minas" que está gerando este movimento de confronto com o estado de São Paulo, além de expressões como "Projeto Minas" e frases como " chegou a hora de Minas". A dissimulação do político mineiro, via de regra, não combina com as novas mídias, que escancaram a verdade em poucos minutos. O método de comprar jornais e jornalistas, tão comum naquele estado, não resiste à força da internet. Não existe mais lugar para esta coisa jeca de regionalismos na política. A política, hoje, exige que os protagonistas ponham a cara à tapa, defendam os seus pontos-de-vista, lutem pelos seus espaços e não usem terceiros como testas-de-ferro. Quem optar por aquele velho jeito  rasteiro de fazer política, sem honestidade e sem transparência, vai quebrar a cara. Não há mais lugar para tropa de choque. Não há mais sentido para grupelhos. Não há espaço para líderes covardes e traidores. A propósito, por onde anda Traécio Silvério Neves? Viajando de novo?


DO COTURNO NOTURNO
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