quarta-feira, 23 de novembro de 2011

ALGUNS POLÍTICOS BRASILEIROS ESTÃO VIRANDO, OSTENSIVAMENTE, "GIGOLÔS" DE DEMANDAS SOCIAIS



Os políticos brasileiros estão cada vez mais especializados em tomar posse de demandas sociais, transformando-as em mera “bandeiras eleitoreiras”
Por Júlio Ferreira Os exemplos são muitos, passando pela luta contra o racismo, a violência contra mulheres, a homofobia, ao consumo de drogas, a pedofilia etc, todas ostensivamente utilizadas como instrumento de cooptação de votos por alguns políticos que cinicamente optam por se tornar verdadeiros gigolôs de causas populares.
O mais recente episódio para comprovar a veracidade dessa tese, ocorreu recentemente, quando alguns políticos espalhados por esse Brasil Tiririca, resolveram tirar proveito da passagem do dia 20 de Novembro, data representativa da “consciência negra”, para fazer média com a tal “população afrodescendente”.

Para começo de conversa, o brasileiro, de uma forma geral, não tem conceito de raça, prendendo-se única e exclusivamente a cor da pele, para determinar se alguém é negro, com suas muitas variações, ou branco.
Na ânsia de “ficar bem com a comunidade negra”, muitos são os políticos que, de forma irresponsável, posto que sem qualquer embasamento de impacto econômico, optam por defender que o 20 de novembro, tradado como “Dia da Consciência Negra”, seja decretado como feriado.

Tá tudo muito bem, tá tudo muito bom, mas eu só queria ver o que aconteceria se alguém propusesse a criação de um “Dia da Consciência Branca”?
Seguramente o aloprado seria, no mínimo, acusado de racista.
Daqui a pouco vai ter um “maluquinho” propondo o “Dia da Consciência Amarela”, para fechar o ciclo (afinal, já temos o dia do índio).
Daí em diante, como nesse Brasil tudo é possível, poderemos ter políticos propondo a concepção de datas comemorativas para os gordinhos, os baixinhos, os vesgos, os “papudinhos”, os feios e “otras cositas más”...

Júlio Ferreira
DO B.RDSIST. DEMOCRATICA 

Gente, agora estou mais tranqüilo: Nosferatu Sarney não está magoado com a gente! Que bom! Dá, então, para largar a nossa carótida?

Ai, meu Jesus Cristinho, como diria Manuel Bandeira!


Vocês viram esse filmete do horário político do PMDB, em que o ator e militante do partido Milton Gonçalves pergunta a “Sarney-mais-de-50-anos-de-vida-pública” se lhe restou “alguma mágoa”? Então vejam. Volto em seguida.
Voltei
Não é comovente? Ele não está magoado com a gente! Que bom! Na verdade, ele se apaixonou. Por isso não larga a nossa carótida.
Em meio século de poder no Maranhão, estado que não sofre com as agruras do semi-árido, os Sarney conseguiram produzir o mais baixo Índice de Desenvolvimento Humano do país. Qualquer que seja a desgraça brasileira, ela sempre será pior naquele estado, não por determinação da natureza, mas por uma escolha dos homens.
Que país este, não? Não é por acaso que Sarney conclui a sua intervenção saudando Lula. Os atrasos se juntaram: o do velho vampiro com o do novo vampiro. Vejam isso. Volto  depois.


Encerro
É isto aí: no país em que Delúbio Soares é chamado por “estudantes” para dar palestra, Sarney manda dizer ao povo que não está magoado…
Nojo dessa gente é pouco!
Por Reinaldo Azevedo
REVISTA VEJA

Vaticano retuitando post deste bloguinho… Bom, né?

O Vaticano mudou um trecho da tradução oficial para o português da exortação apostólica “Sacramentum Caritatis” em razão de um erro apontado neste blog. O papa Bento 16 havia afirmado que o “divórcio é uma chaga” na cristandade, não uma “praga”, conforme foi divulgado. A polêmica, para quem se interessar, está aqui. Fui acusado à época de ser tão arrogante que pretenderia corrigir até o Vaticano… E o Vaticano se corrigiu e estabeleceu a versão em português sem margem para dúvidas: o papa usou a palavra latina “plaga” para dizer, em português, “CHAGA”. Eu estava certo.

Bem, prefiro ser lido pela Santa Sé a ser apreciado por “padre de passeata”, né? A expressão é de Nelson Rodrigues. Noto agora que o Vaticano retuitou um tuíte meu,  aquele que saúda o fato de o petista Edinho Silva e de o peemedebista Gabriel Chalita terem perdido seus respectivos programas na TV Canção Nova.
tuite-vaticano
Por Reinaldo Azevedo
REV VEJA

Perguntinha básica...


DO RESIST.DEMOCRATICA

A CLASSE POLÍTICA PERDEU A VERGONHA E O DIREITO DE CONTINUAR EXERCENDO SEUS MANDATOS.


NAS PRÓXIMAS ELEIÇÕES NENHUM POLÍTICO TEM O DIREITO DE SER REELEITO E QUALQUER FICHA SUJA NÃO PODE MAIS SER ACEITO PELA SOCIEDADE DOS PATRIOTAS MORTOS, MESMO QUE OS TRIBUNAIS SUPERIORES CONTINUEM LHE DANDO SALVO CONDUTO NA POLÍTICA PROSTITUÍDA.Por Geraldo Almendra
Temos que reconhecer que a classe política do Brasil ou é muito corajosa, louca de pedra, ou perdeu a noção do perigo de uma vez por todas.
Até quando esses pulhas acham que podem colocar a sociedade dos eleitores em um saco de lixo e tratar a maioria como covardes, omissos, ou subornáveis idiotas e imbecis recicláveis?
Que me desculpe a presidente Dilma, mas a senhora demonstra ser nada: nem estadista, nem gerente, nem executiva, nada mesmo. Sua existência está calcada na falência educacional e cultural do país e no poder ilimitado da corrupção e do suborno dos milhares de canalhas esclarecidos que frequentam os meios acadêmico, universitário, jornalístico e dos artistas.
A senhora foi colocada no poder pelo seu padrinho para não deixar que fosse levantando o tapete da imensa herança da corrupção e da verdade de sua administração deixada depois de seus dois mandatos estelionatários, com a contra partida de guardar a vaga para 2014, tudo por conta de um projeto de poder fascista-petista desonesto e criminoso, que transformou o poder público em um contratante ilimitado de militantes do PT e de seus cúmplices ou aliados.
Sua vitória foi em um pleito estelionatário porque eivado de discursos mentirosos, oportunistas, hipócritas e levianos, todos instrumentalizados pelo seu padrinho político, mas com a verdade se mostrando nua e crua já no seu primeiro ano de desgoverno.
Seu atual discurso de faxina virou uma piada de botequim, pois ministro corrupto no seu desgoverno somente sai se pedir demissão – especialmente os que foram impostos pelo seu padrinho –, depois de demoradas negociações com as facções da política prostituída que dominam o poder público no país, em que a Justiça proibiu que se prenda a maioria dos corruptos e prevaricadores que ocupam as posições políticas de confiança do petismo.
Apenas o regime protocolar do seu cargo é que nos faz lembrar de que o Brasil tem uma presidente, pois o que os canalhas da corrupção estão aprontando no seu desgoverno é inacreditável, até porque sua habilidade e espaço para o trato com o sistema de abafa-corrupção e de blindagem de canalhas é muito menor do que a do seu antecessor, que deveria - se tivéssemos alguma Justiça, decência e dignidade nas relações públicas e privadas - ser tratado em um hospital penitenciário, e não em um dos melhores hospitais do país e com os médicos mais caros.
O loteamento de cargos e espaços dentro da estrutura do Estado agride o mais básico princípio de que o poder público deve servir ao cidadão pagador de impostos e não às gangs que se instalaram dentro da máquina dos governos federal, estadual e municipal.
A utilização de instituições governamentais para manter relações financeiras espúrias com o setor privado desqualifica qualquer discurso de que o país esteja mudando para melhor em sua estrutura social e econômica.
As pesquisas de opinião sobre a presidência são uma ficção porque são feitas em um universo de pesquisados totalmente viciado pelo assistencialismo e pelo suborno dos esclarecidos canalhas, o que, efetivamente, compromete a honestidade de seus resultados.
São tantos os bandidos da corrupção dentro dos Podres Poderes da República que suas “lideranças” perderam o controle, e a cada dia mais escândalos aparecem, com seus responsáveis demonstrando uma total incompatibilidade com o mínimo de respeito que deveriam sentir com aqueles que trabalham mais de cinco meses por ano para pagar o custo Brasil da corrupção, do assistencialismo comprador de votos, do suborno comprador de consciência dos canalhas esclarecidos, e da incompetência de governar.
O projeto de desgoverno petista para o país se consolida nos seguintes pilares:
- Perseguição sistemática das Forças Armadas – agora com a Comissão da Mentira;
- Transformação do poder público em loteamento de espaços e cargos para dar suporte político ao regime fascista que descaradamente se insinua no país;
- Manipulação assistencialista de mais da metade da população, vítima da falência educacional e cultural assim como do suborno ilimitado dos esclarecidos canalhas que se apresentam como fiadores e aproveitadores da falência moral e econômica do país.
Até quando os canalhas da política prostituída acham que poderão continuar com esse projeto de poder corrupto e genocida?
Até quando acham que a bosta da UNE vai conseguir controlar e manipular milhares de estudantes universitários que já começam a ter consciência de que viraram massa de manobra de lacaios do petismo, de viciados em drogas, de vagabundos, de corruptos e de subornadores profissionais?
Um mínimo de bom senso determina que o PT não tenha mais tempo para demonstrar alguma competência para fazer uma gestão que transforme o Brasil em algo diferente do que ser um Paraíso de Patifes. Seu tempo já acabou.
O petismo tem demonstrado que não passa de uma hedionda mentira estelionatária que permitiu a consolidação do poder público como um covil de bandidos.
É com alegria que estamos presenciando alguns artistas – não vinculados diretamente às redes de televisão – expressarem durante suas apresentações uma profunda decepção pelo que está acontecendo no país, especialmente pela postura fascista de apoio ao PT que existe por “líderes” estudantis.
Ficará na biografia imoral do país o posicionamento da atriz Hebe Camargo que, conforme noticiado, pediu aplausos para José Dirceu assim como a cumplicidade registrada em foto histórica com ela e diversas atrizes de mãos dadas com a presidente Dilma. Infelizmente essa é a tônica apodrecida da maioria do meio artístico do país.
Resumindo: estamos vivendo plenamente os resultados da Fraude da Abertura Democrática.
DO BLOG RESIST.DEMOCRATICA

Charges



Meus heróis não morreram de overdose. Alguns dos meus amigos de infância é que morreram no narcotráfico! E foi uma escolha!


ferrorama
Este será um texto difícil, leitores! Avançarei por um trilho que sempre evitei porque tenho tal horror à demagogia que o risco remoto de que nela pudesse resvalar sempre me impediu de continuar. Mas chega a hora, como disse o poeta, em que os bares se fecham. E então restamos com nossas verdades. E elas precisam ser não exatamente anunciadas, mas enunciadas. Chegou a hora de vocês saberem um pouco mais deste escriba. Mas vamos devagar nesta longa viagem noite adentro.
Enganam-se aqueles que supõem que tenho debatido, nestes dias, a formação de chapas para disputar o DCE da USP, da Unirio ou da UFPR. A questão, entendo, é bem mais ampla: trato aqui de regras de civilidade, da democracia e do estado de direito. Espanta-me que seja justamente nas universidades — em particular nas públicas — que direitos essenciais garantidos pela Constituição sejam aviltados; direitos que custaram os esforços de gerações de brasileiros. Modestamente, fiz parte dessa trajetória e corri riscos, desde bem menino, por isso. Constato, não surpreso, mas nem por isso menos indignado, que a defesa da lei no Brasil pode ser, sim, uma atitude perigosa, daí que eu tenha sido obrigado a tomar medidas para a minha proteção. Nem por isso vou desistir. Releiam o título deste post. Eu vou chegar lá.
Ontem, enquanto alguns leitores de Vladimir Safatle, o professor pró-invasão, liam a sua corajosa fuga do debate (ver post abaixo), um panfleto era distribuído na USP, com tiragem anunciada de 3 mil exemplares. Ataca-me com impressionante violência. Mais do que isso: incita o ódio, a agressão. Acusa-me, em última instância, de interferir numa questão que seus autores parecem considerar privada. Isto mesmo: eles privatizaram a Universidade de São Paulo e rejeitam por princípio a crítica. O curioso é que, em sua não-resposta, Safatle me acusava — este rapaz precisa tomar cuidado com seu eventual lado mitômano — de promover a violência retórica. Escreveu em sua “não-resposta” que ele pertence àquela categoria de pessoas que “nunca responderão a situações nas quais a palavra escrita resvala para o pugilato, nas quais ela flerta com as cenas da mais tosca briga de rua com seus palavrões e suas acusações ‘ad hominen‘. Seria, simplesmente, ignorar a força seletiva do estilo.” Bem, noto à margem que o latim de Safatle não é melhor do que seu português, sua filosofia, seus argumentos e seu talento de polemista. O certo é “ad hominem”, com “m”. A alternativa é não recorrer ao latim.
Não, eu não desferi um só palavrão contra este rapaz. Em compensação, aqueles aos quais ele dá suporte — costuma ministrar “aulas” em áreas públicas ocupadas, como já fez em Salvador! — percorrem todo o vocabulário da desqualificação para me atacar, com impressionante vulgaridade e boçalidade. Em suma: acusam-me de promover aquilo que eles próprios promovem. Quando um delinqüente intelectual divulga um panfleto asqueroso, que faz a apologia da pancadaria e da tortura, em vez de pedirem cadeia para o autor, preferem jogá-lo nas costas de seus adversários. É uma gente, parece, para a qual o crime sempre é útil, os próprios  ou os alheios.
Ataques e povo consumidor
Nos ataques que prosperam na rede, as Mafaldinhas e os remelentos mimados me acusam, ora vejam!, de ser um representante da “classe dominante” — ou de estar a serviço dela — e fechar os olhos e tapar os ouvidos ao sofrimento do povo, de que eles seriam os procuradores. Se o povo os ignora e, na verdade, repudia a sua pauta, então é porque está ainda esmagado pela opressão do capital e pelas artimanhas da ideologia dominante, que lhe incute uma falsa consciência que o impede de ter clareza de seu papel revolucionário. É aí que entra, então, o partido — o deles — com o seu papel de vanguarda e de organizador da luta. Escrevo isso e dou um meio-suspiro. Imaginem vocês se Marx estabeleceria esse encadeamento se os “revolucionários” em questão fossem estudantes universitários…
O que essa gente sabe “do povo”, Deus Meu? No máximo, tem notícia dele por intermédio de suas respectivas empregadas, certamente mais “reacionárias” do que eles próprios. Esses radicais, que hoje se querem à esquerda do PT — os petistas assistem aos absurdos da USP pensando apenas em como tirar proveito eleitoral do episódio —, explicam por que foi um operário meio ignorantão, Luiz Inácio Lula da Silva, a empurrá-los para a absoluta indigência intelectual e para o flerte com o banditismo.
Se Lula e seu PT têm promovido o que considero um contínuo rebaixamento institucional do Brasil por conta do aparelhamento do estado e de sua vocação para se estabelecer como partido único, o que certa esquerda considera “progressista”, é fato que o sucesso do Apedeuta, desde quando era sindicalista, se deve justamente a aspectos de sua pregação que esses radicalóides consideram “conservadores”, até mesmo reacionários. Desde quando era presidente do Sindicato dos Metalúrgicos de São Bernardo, Lula prega a uma platéia de consumidores, não de revolucionários. As três campanhas eleitorais vencidas pelo PT exercitaram, todos sabemos, à farta a lógica do “nós” contra “eles” — aquela bobajada tipicamente esquerdista —, mas sempre ancoradas na democratização das conquistas do capitalismo. Há, sim, uma vasta literatura de esquerda que provaria que Lula é um grande “reacionário”.
O ponto, meus caros, é que o povo vive o, como chamarei?, “malaise” da carência, enquanto esses esquerdistas enfatuados conhecem o “malaise” da abastança. PCO, LER-QI, PSOL e assemelhados oferecem “consciência revolucionária” aos pobres, e estes querem é geladeira nova. Os extremistas do sucrilho e do toddynho lhes propõem utopias, e eles estão de olho no computador. Os delirantes, em suma, lhes acenam com o socialismo, e eles só esperam que o capitalismo também lhes sorria. Foi Lula quem conduziu esses delinqüentes intelectuais para o hospício da política. Em certa medida, ninguém foi, segundo a ótica deles, mais contra-revolucionário do que o ex-presidente — o que não quer dizer que ele seja um democrata convicto. Eu não considero.
Desconhecem o povo
Esses extremistas de terceiro grau, sejam alunos, professores ou funcionários, não sabem o que é o povo, quem é o povo, o que quer o povo — e o resultado que logram nas urnas deixa isso muito claro. E então virá a pergunta fatal: “E você, Reinaldo, conhece?” Pois é, conheço, sim! SEM ME CONSIDERAR SEU REPRESENTANTE PORQUE NÃO FUI ELEITO POR NINGUÉM, DEIXO CLARO! E agora começa o caminho um tanto pedregoso, que sempre evitei, porque tenho verdadeiro asco de certas parvoíces sociologizantes. Mais do que isso: a cada vez que vi Lula tentando justificar algumas de suas escolhas equivocadas por causa de sua infância pobrezinha, meu estômago deu alguns corcovos. O Lula que mobilizou os consumidores, se querem saber, merece o meu respeito. O Lula que tenta fazer da pobreza uma cultura merece o meu solene desprezo.
Vamos lá, Reinaldão, coragem! Sabem os meus familiares, sabem os meus amigos próximos, alguns deles jornalistas (sim, os tenho, e queridos!), que fui muito pobre, muito mesmo! E nunca dei uma de coitadinho porque não pode haver poder mais discricionário e asqueroso do que o das vítimas — de quaisquer vítimas — se transformado em categoria de pensamento. A pobreza não existe nem para culpar nem para enobrecer ninguém. Vamos lá ao título. Não! Os meus heróis não morreram de overdose porque isso é luxo que não se consente a determinadas faixas de renda. Essa “overdose” sempre supõe que o tal “herói” foi uma espécie de paladino da luta contra a opressão. Qual opressão? Qualquer uma que possa servir de pretexto para enfiar o pé na jaca.
Se meus heróis não morreram de overdose, tive, isto sim, amigos de infância e pais de amigos que se meteram com a bandidagem e o narcotráfico e que hoje estão mortos. Morreram de “overbalas”. Meu pai trocava molas de caminhão; minha mãe chegou a trabalhar como doméstica. Não me orgulho da profissão que tiveram. Orgulho-me das pessoas que eram — minha mãe, felizmente, viva, forte e ainda mais cheia de opiniões do que eu, hehe. Orgulho-me de seu caráter. Orgulho-me de seu senso de honra. Morei em dois cômodos de madeira até os 5 anos; depois, em dois cômodos de alvenaria até os 15. No fundo do terreno, corria um rio fétido. Nas chuvas, a água invadia a casa. O que isso me ensinou? Digo daqui a pouco. E talvez surpreenda muita gente!
Eu era livre para escolher
Tive todas as oportunidades de delinqüir, às quais alguns sucumbiram, numa periferia aonde o asfalto chegou tardiamente, para ter um “Kichute” novo (ainda existe?), uma calça “Lee Americana”, como chamávamos à época, uma “vitrola” para os bailinhos — faziam-se “bailinhos” então. E sempre disse “não!” E fiquei sem o Kichute, a Lee Americana e a vitrola. Eu tenho uma novidade para esses delinqüentes encapuzados e seus professores picaretas: OS POBRES TAMBÉM FAZEM ESCOLHAS MORAIS. Não são umas bestas à espera da iluminação que vocês possam proporcionar. Aliás, eles as fazem mais freqüentemente do que os abastados porque, de fato, suas carências são maiores e maiores as chances de tentação de encontrar um caminho mais curto para obter o desejado.
Disse “não” muitas vezes — e não vai nisso heroísmo nenhum! Não fui o único. Sempre que leio textos de supostos especialistas a demonstrar como os pobres da periferia são vítimas passivas das circunstâncias, sou tentado a pegar um chicote. Porque essa gente não sabe O que nem DO que está falando.
Não, eu não acho que essa minha origem me qualifique para isso ou para aquilo. Não me liguei a grupos socialistas porque quisesse subir na vida (claro!) ou porque achasse que o estado tinha a obrigação de me dar moradia ou o que fosse. A minha questão, desde sempre, tinha a ver com a democracia. Achava, e ainda acho, inaceitável que um governo possa decidir o que devemos pensar, o que devemos dizer, o que devemos calar. Nem governos nem milícias comuno-fascistas da USP ou de qualquer outro lugar.
A propósito da ignorância dos extremistas. Lembro-me, eu tinha 15 anos, de uma “aula” com um “intelequitual” da Convergência Socialista (que está na pré-história do PSTU) a esculhambar o então apenas “sindicalista” Lula, em começo de carreira, porque este seria um “reformista”, empenhado “apenas” em conquistar salários melhores, o que, entendi, era ruim para a libertação dos trabalhadores. O que aquela gente sabia do povo, Deus Meu? Nada! O que sabe ainda hoje? Nada!
Todos os dias, recebo centenas de comentários mais ou menos assim: “Você, que nunca andou de ônibus…”; “Você, que nunca andou de trem…”; “Você, que nasceu em berço de ouro…” Costumo ignorar porque tenho outra novidade para os delinqüentes encapuzados: a abastança pode ser tão opressora quanto a carência! Os que não sabem o que fazer dos benefícios que herdaram podem ter um destino tão ou mais duro do que os que não sabem o que fazer das carências que herdaram. O ponto, desde sempre, não é o que fizeram de você, mas o que você vai fazer do que fizeram de você, compreenderam?
Ignorância com efeitos trágicos
Essa ignorância do que são e do que querem os pobres tem efeito terrível na vida dos próprios pobres. A cada vez que vejo ONGs nas favelas do Rio ou na periferia de São Paulo ensinando criança pobre a batucar, a fazer rap, a fazer funk (lá vem chiadeira…), vem-me de novo a vontade de pegar o chicote. Por que pobre tem de batucar? Aos 14 anos, eu já tinha lido toda a poesia de Cecília Meireles e boa parte do que sei de Drummond, por exemplo. Ali, na cozinha de casa. Não porque eu fosse um gênio, o que não sou, mas porque há pobres que se interessam por literatura e não estão dispostos a representar o papel de pobres para satisfazer os anseios dos remelentos e das Mafaldinhas revolucionárias. E não estão dispostos pela simples e óbvia razão de que… JÁ SÃO POBRES. NÃO PRECISAM REPRESENTAR!
Eu conheço o povo, aqueles alunos e professores remelentos não conhecem. Para a chateação e a fúria deles todos, conheço também os textos que lhes servem de referência, com a ligeira diferença de que os li. Safatle, aquele rapaz do cinturão do agronegócio, a esta altura, deve estar radiante: “Eu sabia! Esse Reinaldo é um pobre que se tornou reacionário para subir na vida; um arrivista!” E se sentirá, então, pacificado. Ele, das classes abastadas, se regozijará com a generosidade de sua entrega à causa popular, mesmo vindo das camadas superiores. Já eu, vejam que desastre!, em vez de estar na rua, carregando bandeira; em vez de estar empenhado na libertação da minha classe; em vez de estar exercendo o papel que me foi reservado pelo marxismo sem imaginação dessa canalha, eu, olhem que coisa!, estou aqui a dizer para Safatle que sua citação de um texto de referência é descabida. Corrijo também o seu português. Corrijo, para arremate dos males, o seu latim. Pobre reacionário é mesmo uma merda, né, Safatle? É só ler alguma coisinha, já sai corrigindo os ricos progressistas…
Por que isso tudo?
Por que isso tudo? Para tentar ganhar algumas credenciais junto à escumalha moral que anda me satanizando por aí? Eu quero mais é que essa gente se dane. Mas não venha, como se dizia na minha vila, “botar panca” (sim, o certo é “banca”) pra cima de mim, tentando me dar aula do que é povo, do que é pobreza, do que é carência. Eu lhes ensino, seus delinqüentes, como transformar dois ovos e um tomate numa refeição para quatro pessoas, com o acréscimo de farinha de rosca numa omelete sem queijo e sem presunto. A boa notícia para nós é que era gostoso. Fiz Dona Reinalda preparar o prato dia desses. Ficou bom, mas não era a mesma coisa, porque, para citar um trecho que decorei de “No Caminho de Swann, de Proust (só trechinhos, viu? Não quero passar falsas impressões, hehe), “tentamos achar nas coisas, que, por isso, nos são preciosas, o reflexo que nossa alma projetou sobre elas, e desiludimo-nos ao verificar que as coisas parecem desprovidas, na natureza, do encanto que deviam, em nosso pensamento, à vizinhança de certas idéias”. No caso, a omelete de farinha de rosca estava ali, mas as circunstâncias eram outras, como a água do rio que não passa duas vezes pelo mesmo lugar.
A minha história não me faz nem mais nem menos qualificado para coisa nenhuma! Também a pobreza pregressa não é categoria de pensamento. Eu espero que aqueles vagabundos que ficam demonizando meu nome por aí me desprezem ainda mais por isso. Têm a chance de descobrir que as nossas diferenças não estão apenas nas escolhas, mas também nas origens. A pobreza não me ensinou nada de especial. Cabe a cada um de nós o esforço ao menos de tomar a rédea do nosso destino, feito muito mais de opções do que freqüentemente supomos. Mas isso não é uma particularidade da pobreza. Também os ricos, reitero, podem ser oprimidos pela riqueza. “Mas qual opressão é melhor?”, pode perguntar um cínico.
Olhem aqui, minhas caras, meus caros, é claro que governos e políticas públicas têm de se ocupar da melhoria das condições de vida do povo. Com uma escola melhor, uma saúde melhor, uma segurança melhor, aumentam as chances de felicidade. Negá-lo seria uma estupidez. Chances de felicidade, no entanto, não são felicidade garantida. Na pobreza ou na abastança, o que quer que nos faça infelizes sempre está dentro de nós. E não há revolução que dê jeito.
Ah, sim: algum anseio insatisfeito da pobreza ainda me assalta hoje, já que “o menino é o pai do homem”, como escreveu Wordsworth, frase depois retomada por Machado de Assis em “Memórias Póstumas de Brás Cubas”?
Um ferrorama lindão, gigantesco, cheio de traquitanas. No mais, nada faltou, nada excedeu. Cada vida existe na sua exata medida.
Beijo do Tio Rei.
Por Reinaldo Azevedo
REV VEJA

Fraudes do Panamericano eram conhecidas pelo BC

Documentos internos do Banco Central anexados aos processos que apuram as fraudes na venda do banco Panamericano, e obtidos pela reportagem do jornal Estado de S.Paulo, revelam que a diretoria do BC tinha conhecimento das irregularidades do banco quando aprovou a operação em que a Caixa Econômica Federal adquiriu parte daquela instituição financeira. Os tais documentos internos do BC mostram que os técnicos da instituição começaram a desconfiar do Panamericano em maio, e investigavam uma diferença de R$ 3,9 bilhões na contabilização de carteiras de crédito cedidas para outras instituições. Mesmo assim, o BC autorizou a Caixa, alguns meses depois, a depositar a segunda e última parcela do pagamento do negócio, no valor de R$ 232 milhões. (Postado por Eduardo Mota – assessoria de imprensa)

DO BLOG DO ALVARO DIAS

Vamos criar a CCMEF?


Não há como deixar de transcrever o artigo de Ruth de Aquino publicado com o título desta postagem na revista 'Época' de 05/09/2011. A sugestão dela para a criação da CCMEF (Contribuição dos Corruptos Municipais, Estaduais e Federais) é muito criativa.
Vale a pena ler seu artigo:
"Quem falar que resolve a saúde sem dinheiro é demagogo.
Mente para o povo.”
Dilma está certa. É urgente. Em lugares remotos do Brasil, hospitais públicos são mais centros de morte que de cura. Não é possível “fazer mágica” para melhorar a saúde, afirmou Dilma. Verdade. De onde virá a injeção de recursos? A presidente insinuou que vai cobrar de nós, pelo redivivo “imposto do cheque”. Em vez de tirar a CPMF da tumba, sugiro criar a CCMEF: Contribuição dos Corruptos Municipais, Estaduais e Federais.
A conta é básica. A Saúde perdeu R$ 40 bilhões por ano com o fim da CPMF, em 2007. As estimativas de desvio de verba pública no Brasil rondam os R$ 40 bilhões por ano. Empatou, presidente. É só ter peito para enfrentar as castas. Um país recordista em tributação não pode extrair, de cada cheque nosso, um pingo de sangue para fortalecer a Saúde. Não enquanto o governo não cortar supérfluos nem moralizar as contas.
Uma cobrança de 0,38% por cheque é, segundo as autoridades, irrisória diante do descalabro da Saúde. A “contribuição provisória” foi adotada por Fernando Henrique Cardoso em 1996 e se tornou permanente. O Lula da oposição dizia que a CPMF era “um roubo”, uma usurpação dos direitos do trabalhador. Depois, o Lula presidente chamou a CPMF de “salvação da pátria”. Tentou prorrogar a taxação, mas foi derrotado no Congresso.
A CPMF é um imposto indireto e pernicioso. Pagamos quando vamos ao mercado e mesmo quando pagamos impostos. É uma invasão do Estado nas trocas entre cidadãos. Poderíamos dizer que a aversão à CPMF é uma questão de princípio.
Mas é princípio, meio e fim. Não é, presidente?
“Não sou a favor daquela CPMF, por conta de que ela foi desviada. Por que o povo brasileiro tem essa bronca da CPMF? Porque o dinheiro não foi para a Saúde”, afirmou Dilma. E como crer que, agora, não haverá mais desvios?
Como acreditar? O Ministério do Turismo deu, no fim do ano passado, R$ 13,8 milhões para uma ONG treinar 11.520 pessoas. A ONG foi criada por um sindicalista sem experiência nenhuma com turismo. Como acreditar? A Câmara dos Deputados absolveu na semana passada Jaqueline Roriz, apesar do vídeo provando que ela embolsou R$ 50 mil no mensalão do DEM.
Como acreditar? Os ministros do STF exigem 14,7% de aumento para passar a ganhar mais de R$ 30 mil. Você terá reajuste parecido neste ano? O orçamento do STF também inclui obras e projetos, como a construção de um prédio monumental para abrigar a TV Justiça. É prioridade?
O Congresso gasta, segundo a organização Transparência Brasil, R$ 11.545 por minuto. O site Congresso em Foco diz que cada um de nossos 513 deputados federais custa R$ 99 mil por mês. Cada um dos 81 senadores custa R$ 120 mil por mês. São os extras. E o Tiririca ainda não descobriu o que um deputado federal faz.
“É sério. Vamos ter de discutir de onde o dinheiro vai sair (para a Saúde).”
Tem razão, presidente. Mas, por favor, poupe-nos de seu aspirador seletivo.
A senhora precisa mesmo de 39 ministérios consumindo bilhões? Aspire os bolsos gordos da turma do Novais, do Roriz, do Sarney. Apele à consciência cívica dos políticos e juí­zes que jamais precisaram do Sistema Único de Saúde.
Vamos criar o mensalão da Saúde.
Um mensalão do bem, presidente. Corruptos que contribuírem serão anistiados. ONGs fantasmas, criadas com a ajuda de ministros & Cia., terão um guichê especial para suas doações.
O pessoal que já faturou por fora com a Copa está convocado a dar uns trocados para a Saúde.
Enfiar goela abaixo dos brasileiros mais um imposto, nem com anestesia. Um dia nossos presidentes entenderão o que é crise de governabilidade. Não é a revolta dos engravatados em Brasília nem a indignação dos corredores e gabinetes.
A verdadeira crise de poder acontece quando o povo se cansa de ser iludido.
Os árabes descobriram isso tarde demais.
Deitavam-se em sofás de sereias de ouro, cúmulo da cafonice.
Eles controlavam a mídia, da mesma forma que os companheiros do PT estão tentando fazer por aqui.
Não deu certo lá. Abre o olho, presidente.
OBS:
Veio da presidência da república a ordem expressa para a recriação do "imposto do cheque" ou assemelhado.Os "trabalhos" nas duas casas legislativas para ressuscitar esse assalto aos nossos bolsos estão de vento em popa. Virá como um petardo sobre os contribuintes extorquidos diariamente pelos impostos imorais que já pagamos. Se não houver mobilização por parte da sociedade seremos engulidos por essa imoralidade que nos desrespeita e agride como um chute em nosso traseiro. Temos de demonstrar à essa marionete que somos nós quem mandamos nela e não o contrário.
Chega de roubalheira custeada com os nossos impostos. 
DO BLOG UPEC

Corrupção epidêmica e o papel da mídia

“A sociedade brasileira aplaude a atuação da imprensa. Só que quer muito mais: quer apuração, quer investigação, quer punição”
Terezinha Tarcitano*
O papel da mídia no atual governo tem sido fundamental para denunciar casos de corrupção que até então eram abafados por parte da administração anterior. O povo está com sede de mudança, cansado da mesmice, enojado da praga corruptiva. A atuação da Polícia Federal também deve ser destacada no sentido de envidar esforços para identificar os criminosos ligados aos crimes de corrupção.Em apenas 11 meses, está por um fio o sétimo ministro do governo Dilma Rouseff, Carlos Lupi, do Trabalho e Emprego. Todos por denúncias de corrupção. Trata-se de um recorde de demissões na história republicana. Recorde também é o número de pastas. São, hoje, 37 ao todo, das quais pelo menos dez criadas na tentativa de acomodar os falsos opositores, favorecendo a distribuição de cargos para os partidos da base do governo. Seis titulares desse Ministério já foram trocados. Outros poderiam ser substituídos a qualquer momento sem afetar sequer o funcionamento de uma repartição pública, no que se refere aos serviços prestados à população. Em comparação com o governo Lula, ao longo de oito anos, no total, nove ministros foram demitidos. Para minimizar a corrupção, o ideal seria, inicialmente, promover a redução do número de pastas com a fusão de algumas delas. Somente uma reforma administrativa poderia oferecer ao atual governo uma marca de independência e originalidade em relação ao anterior para fugir da conotação do lulismo. Cinco ministros demitidos faziam parte da equipe de Lula no governo passado: o ex-chefe da Casa Civil Antonio Palocci (ex-coordenador da campanha eleitoral de Dilma); o ex-ministro dos Transportes Alfredo Nascimento; o ex-ministro da Agricultura Wagner Rossi; o ex- ministro do Esporte Orlando Silva (PCdoB), e o ex-ministro da Defesa Nelson Jobim. Carlos Lupi poderá ser o sexto ex-ministro de Lula a ter que se retirar do alto escalão. Atualmente, ainda existem mais nove outros ministros que integravam o antigo governo. E, pelo fato de Dilma também já ter pertencido à Casa Civil no governo anterior, os atos de corrupção dos colegas não podem, hoje, causar muita surpresa, pois ela dizia estar ciente de tudo o que acontecia, especialmente quando tinha que substituir Lula nas diversas viagens que ele fazia ao exterior. Na ocasião, a mídia também denunciava escândalos de corrupção no governo Lula. Só que havia certa omissão por parte do ex-presidente, que alegava “nada ver”. Dilma se mostra mais disposta a combater a corrupção, porém, se vê emperrada pela coligação que a ajudou a chegar no poder. E, para manter a chamada “política da boa vizinhança”, não critica colega algum que saiu da sua administração, pois precisa se colocar na posição de apaziguadora. Precisa, também, se manter em paz com a imprensa, permitindo que esta faça seu trabalho. Afinal, logo na sua posse, houve um comprometimento dela com a liberdade de expressão na tentativa de selar acordo com a mídia – que vinha desgastada no governo anterior. A sociedade brasileira aplaude a atuação da imprensa. Só que quer muito mais: quer apuração, quer investigação, quer punição, quer CPI para eliminar essa corrupção epidêmica. Acompanhar a administração pública e como é gasto o dinheiro de todos os brasileiros é uma das funções mais nobres do jornalismo, haja visto que, de acordo com o Instituto Brasileiro de Planejamento Tributário (IBPT), o Brasil lidera o ranking mundial na cobrança de impostos e o brasileiro tem que trabalhar seis meses apenas para pagar impostos. Diante disso, nada mais justo do que o olhar atento da imprensa aos atos do governo e da sociedade em geral. Só é notícia o que for baseado em fatos ou indícios reais. Liberdade de expressão hoje e sempre!
*Jornalista, dona da TTarcitano Assessoria de Comunicação

PSDB de Alckmin, Guerra e Aécio faz nota oficial contra Serra.


O ex-governador José Serra apresentou à direção do PSDB o diagnóstico de que o partido não tem candidato viável para disputar a Prefeitura de São Paulo nas eleições do próximo ano e deveria apoiar o vice-governador Guilherme Afif, filiado ao PSD. O PSDB planeja realizar prévias em janeiro para escolher seu candidato a prefeito, mas a ausência de nomes conhecidos do eleitorado entre os quatro pretendentes que se apresentaram até aqui tem gerado dúvidas sobre a estratégia dos tucanos para 2012. A investida de Serra contra a realização das prévias levou a cúpula do PSDB a reagir ontem com a publicação de uma nota em que o partido se declara disposto "de maneira inconteste" a disputar as eleições com candidato próprio
O desgaste nas relações de Serra com a direção do partido aumentou no fim de semana, quando o ex-governador discutiu por telefone com o presidente do diretório estadual, Pedro Tobias, conforme os relatos que Tobias fez a três pessoas de sua confiança. Segundo esses interlocutores, Tobias disse a Serra que sua avaliação sobre a falta de competitividade dos candidatos tucanos era uma "bobagem completa" e que o partido não pode abrir mão da candidatura própria em 2012. Serra afirmou a Tobias que não se envolverá na campanha se o partido insistir em lançar candidato próprio e vetar a aliança com o PSD, o partido criado neste ano pelo prefeito Gilberto Kassab. 
Derrotado nas eleições presidenciais de 2010, Serra tem recebido apelos para se candidatar a prefeito, por ser o tucano mais bem colocado nas pesquisas de intenção de voto. Mas ele nega ter interesse em participar da disputa. A reação do PSDB de São Paulo teve apoio do presidente nacional da legenda, deputado Sérgio Guerra (PE). O governador Geraldo Alckmin foi informado do teor da nota e deu aval à sua divulgação.Mesmo tucanos próximos a Serra, como o secretário estadual da Cultura, Andrea Matarazzo, um dos quatro pré-candidatos do partido, discordam da tese de que o PSDB deveria abrir mão da candidatura e apoiar o PSD. 
A discussão com Tobias não foi o único atrito em que Serra se envolveu nos últimos dias. No sábado, como informou ontem o Painel, ele questionou o presidente da Juventude do PSDB paulista, Paulo Mathias, 20, sobre a omissão de seu nome numa publicação do movimento. Segundo relatos de pessoas presentes, Serra disse ao estudante que a Juventude Tucana era "um bando de pelegos" e que ele não deveria "se intrometer em questões nacionais e municipais". Procurado pela Folha, Serra não quis se manifestar sobre as discussões que teve com Pedro Tobias e Mathias. O estudante confirmou que o entrevero ocorreu, mas disse "admirar" Serra. "É um baita cara", afirmou. "Acho que ele estava num dia ruim." O ex-governador telefonou ontem para o estudante e disse que a discussão foi um mal-entendido. Mathias o convidou a fazer uma palestra para a Juventude do PSDB em dezembro. A revista que incomodou Serra circulou com apenas 94 exemplares.
DO CELEAKS

Tatuzão, indenização, jabazão...


O Implicante está publicando uma nota que é uma verdadeira bomba envolvendo o outro boquirroto da família Gomes,  Cid Gomes, irmão do Ciro Gomes, governador do Ceará. Aquele que leva a sogra para passear de jatinho por conta dos cofres públicos. O vídeo fala em tatuzão, indenização, jabazão... Leia o texto aqui no Implicante.