quinta-feira, 10 de agosto de 2017

Fux homologa ‘monstruosa’ delação de ex-governador de MT

Silval Barbosa fez acordo após prisão na Operação Sodoma, que apura esquema de propina em troca da concessão de incentivos fiscais


O ministro Luiz Fux, do Supremo Tribunal Federal, homologou nesta quarta-feira (9) a delação premiada de Silval Barbosa (PMDB), ex-governador de Mato Grosso. Na semana passada, o ministro havia dito que se trata de uma delação “monstruosa”.
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Silval Barbosa, que foi governador de Mato Grosso entre 2010 e 2014, fez delação premiada após prisão na Operação Sodoma, sob suspeita de liderar esquema de recebimento de propina em troca da concessão de incentivos fiscais. Na delação ele deve fazer revelações que têm relação tanto com a Operação Sodoma quanto com a Operação Ararath, na qual também é investigado.
Em junho deste ano, a juíza Selma Santos Arruda, da 7.ª Vara Criminal de Cuiabá, autorizou a transferência do ex-governador do regime fechado para a prisão domiciliar. A decisão foi proferida no âmbito da Operação Sodoma e levou em conta o fato de Barbosa ter confessado uma série de crimes e disponibilizado para a Justiça mais de R$ 40 milhões em bens.
Ao comentar sobre o conteúdo da delação na semana passada, o ministro Fux provocou grande expectativa quanto ao que pode ser revelado pelo delator. “Essa é monstruosa, depois da Lava Jato é a maior operação. Silval trouxe material, mas não foi homologada ainda”, disse o ministro a jornalistas, ao chegar para a sessão plenária do STF da quarta-feira (2).
Na ocasião, a defesa do ex-governador informou que não iria comentar o acordo.
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Nesta quarta-feira, 9, antes da sessão plenária do Supremo Tribunal Federal, Fux disse que não poderia fazer mais comentários sobre a delação de Silval Barbosa.
Os conteúdos trazidos pelo ex-governador poderão motivar novas operações da Polícia Federal no âmbito de investigações existentes ou originadas a partir da delação.
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Fux já havia homologado a delação premiada de Pedro Nadaf, ex-chefe da Casa Civil do governo de Mato Grosso. Nadaf disse em recente depoimento ao Ministério Público de Mato Grosso que Silval Barbosa lhe afirmou haver pago cerca de R$ 50 milhões em propina para conselheiros do Tribunal de Contas do Estado de Mato Grosso. DO ESTADÃO
Breno Pires e Rafael Moraes Moura, de Brasília
10 Agosto 2017 | 00h07

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