No post anterior, vocês veem uma foto de manifestação contra o aborto promovida nesta quarta, em São Paulo. Contagem regressiva: quanto tempo vai demorar para que os “proigressistas” bacanas defendam censura e cerceamento do direito de ir e vir? O STF, como sabem, considerou legítimas e legais manifestações em favor da maconha — embora a apologia do consumo de drogas seja crime previsto no Código Penal. Já as manifestações contra o aborto — pratica considerada criminosa segundo o mesmo Código — foram criminalizadas em passado recente. Nas eleições de 2010, a Justiça Eleitoral, comportando-se mais um vez, como o AI-5 dos direitos individuais, mandou recolher panfletos que recomendavam que a população não votasse em candidatos favoráveis ao aborto. Foi considerada campanha contra o PT. A propósito: é proibido fazer campanha contra o PT, em período eleitoral ou não? Por quê???
E uma manifestação para que a população vote em candidatos que defendam o aborto? Pode ou não?
A minha indagação é especialmente importante porque revela o fundo falso em que se move a moral dessa gente. Como sabe que a maioria da população é contrária à legalização do aborto, a turma quer deixar esse debate para o que chamam “grupos especializados”, bem longe da população. Reproduzo trechos de um texto de Rodrigo Vizeu, na Folha Online. Volto em seguida.
*
Manifestantes católicos contrários ao aborto iniciaram nesta quarta-feira (21) a redistribuição de um panfleto elaborado nas eleições de 2010 recomendando que os brasileiros “deem seu voto somente a candidatos ou candidatas e partidos contrários à descriminalização do aborto“. O folheto também faz críticas ao PT e à então candidata Dilma Rousseff.
*
Manifestantes católicos contrários ao aborto iniciaram nesta quarta-feira (21) a redistribuição de um panfleto elaborado nas eleições de 2010 recomendando que os brasileiros “deem seu voto somente a candidatos ou candidatas e partidos contrários à descriminalização do aborto“. O folheto também faz críticas ao PT e à então candidata Dilma Rousseff.
Os cerca de 1 milhão de panfletos haviam sido apreendidos pela Polícia Federal às vésperas do 2º turno das eleições de 2010, mas foram liberados pela Justiça no ano passado. Os papéis são de autoria da Regional Sul 1 da CNBB (Conferência Nacional dos Bispos do Brasil), responsável pelo Estado de São Paulo.
O bispo emérito de Guarulhos, dom Luiz Bergonzini, que liderou a manifestação, disse que a recomendação de não votar em candidatos pró-aborto vale também para as eleições municipais deste ano. Ele não quis, no entanto, citar pré-candidatos específicos.
(…)
Um dos cartazes empunhados afirmava “Fora Assassina Ministra Eleonora Menicucci”, chefe da Secretaria de Políticas para Mulheres, que se posicionou a favor da descriminalização do aborto. Um desenho mostrava um bebê morto por uma estrela vermelha, símbolo do PT, e por uma foice e um martelo, símbolos do comunismo.
(…)
Um dos cartazes empunhados afirmava “Fora Assassina Ministra Eleonora Menicucci”, chefe da Secretaria de Políticas para Mulheres, que se posicionou a favor da descriminalização do aborto. Um desenho mostrava um bebê morto por uma estrela vermelha, símbolo do PT, e por uma foice e um martelo, símbolos do comunismo.
Um tumulto ocorreu quando um grupo chegou à manifestação com cartazes favoráveis ao direito ao aborto. Eles foram vaiados e cercados pelos católicos, sob gritos de “viva a vida” e “petistas abortistas não passarão”. Os religiosos tentaram tapar os cartazes pró-aborto, mas não agrediram os manifestantes.
Comento
No próximo post, republico a íntegra do manifesto que foi apreendido pela Polícia Federal no ano passado e que foi distribuído hoje. O PT é cobrado, sim, por suas posições favoráveis à descriminação do aborto, mas não se faz referência à então candidata do partido à Presidência, Dilma Rousseff.
No próximo post, republico a íntegra do manifesto que foi apreendido pela Polícia Federal no ano passado e que foi distribuído hoje. O PT é cobrado, sim, por suas posições favoráveis à descriminação do aborto, mas não se faz referência à então candidata do partido à Presidência, Dilma Rousseff.
Nenhum comentário:
Postar um comentário