domingo, 31 de março de 2019

Vamos celebrar 31 de março de 2064?


domingo, 31 de março de 2019


Edição do Alerta Total – www.alertatotal.net
Por Jorge Serrão - serrao@alertatotal.net
A sabedoria recomenda que cada um deve ter liberdade para tirar lições verdadeiras a partir do pleno conhecimento e da correta interpretação dos fatos e versões da História. Tal missão, no Brasil, é extremamente dificultada pela hegemonia ideológica de esquerda. O despotismo intelectual dos canhotos contadores de estórias dita o que é relatado e ensinado. A dos outros não vale.
Felizmente, surge uma nova postura da historiografia a partir do processo social que ajudou a eleger Jair Bolsonaro. Documentos oficiais e versões antes não consideradas revelam o que aconteceu, de verdade, no Brasil pós-1964. A honestidade intelectual força uma mudança no relato da academia e da imprensa sobre o governo dos Presidentes-Generais. O que se rotulou, imprecisamente, de “ditadura fruto de um golpe”, já é entendido como um “contragolpe nos grupos que queriam implantar o Comunismo/socialismo no Brasil”.
Resistir é inútil. A História é oficializada pelos vencedores. Os militares venceram em 1964. No entanto, saíram derrotados na guerra de comunicação em 1985. Até a eleição de Bolsonaro, vigorava a versão esquerdista de um “regime autoritário”. As pessoas acordaram para a verdade objetiva da real ditadura implantada entre 1985 e 2018. A Nova República, que ainda resiste a ser superada, impôs o regime do crime organizado, com ingredientes de corrupção, violência, terror, em meio a conflitos institucionais. A Ditadura do Crime extermina 70 mil brasileiros por ano. É a Barbárie! Inaceitável! Intolerável! Insuportável!
O momento de reformas (que pode acionar o gatilho das mudanças estruturais) demanda que os cidadãos estudem muito e corretamente. Não adianta queimar a livralhada de esquerda. Também não resolve espancar os historiadores canalhas. O fundamental é recorrer a uma nova bibliografia que comprova o que realmente aconteceu no Brasil entre 1964/1985 e 1985/2018. Não há verdade histórica absoluta, nem relativa. Existem versões (verdadeira, falsas ou fantasiosas) e interpretações (corretas, erradas ou baseadas em fantasias).
Em vez de embarcar em polêmicas inúteis e irresponsáveis (tipo: comemora ou proíbe a comemoração sobre 31 de março de 1964), a atitude mais responsável é indicar fontes confiáveis de informação, para que cada um, livremente, possa ter elementos objetivos, universais, reais e permanentes para tirar as próprias conclusões históricas. Traduzindo: é fundamental fazer leituras e ouvir depoimentos confiáveis das variadas testemunhas da História.
O Alerta Total faz uma listinha básica para os livre-pesquisadores:
- ORVIL: Tentativa de tomada do Poder – Agnaldo Del Nero Augusto, Lício Maciel, José Conegundes do Nascimento (Organizadores) – São Paulo : Schoba, 2012. 924 páginas.
- A Verdade Sufocada:A História que a esquerda não quer que o Brasil conheça – Carlos Alberto Brilhante Ustra – Brasília : Editora Ser, 2006. 541 páginas.
- 1964: 31 de Março – História Oral do Exército (Tomos) – Aricildes de Moraes Motta (Coordenação) – Rio de Janeiro : Biblioteca do Exército Editora, 2003. Tomo 1, 318 páginas; Tomo 2, 366 páginas.
- Os Militares no Poder (3 volumes) – Carlos Castello Branco – Rio de Janeiro : Nova Fronteira, 1977. Volume 1, 680 páginas; Volume 2, 563 páginas; Volume 3, 757 páginas.
- AI-5, A Opressão no Brasil – Hélio Contreras – Rio de Janeiro : Record, 2005. 253 páginas.
- A Ditadura Militar e os golpes dentro do golpe (1964-1969) – Carlos Chagas – Rio de Janeiro : Record, 2014. 490 páginas.
- A Ditadura Militar e a longa noite dos Generais (1970-1985) – Carlos Chagas – Rio de Janeiro : Record, 2015. 335 páginas.
- Desfazendo mitos da luta armada – Aluísio Madruga de Moura e Souza – Brasília : abc BSB Gráfica e Editora, 2006. 492 páginas.
- O Araguaia sem máscara – Carlos I. S. Azambuja – Rio de Janeiro : Clube Naval, 2016. 184 páginas.
- A Hidra Vermelha – Carlos I. S. Azambuja – São Paulo : Observatório Latino, 2016. 338 páginas.
- O Foro de São Paulo, A mais perigosa organização revolucionárias das Américas – Graça Salgueiro – São Paulo : Observatório Latino, 2016. 216 páginas.
- O Eixo do Mal Latino-Americano e a Nova Ordem Mundial – Heitor de Paola – São Paulo : Observatório Latino, 2016. 270 páginas.
Todas essas fontes bibliográficas altamente confiáveis contêm informações corretas para quem deseja entender, de verdade, o que aconteceu um pouco antes e depois de 1964. A esquerdalha pseudointelectual tem seus livrecos repletos de fantasias e versões distorcidas da realidade que são (repito) hegemônicas no ensino de História do Brasil na maioria de nossas escolas e faculdades. Por isso, quem deseja conhecer a verdade e se libertar das mentiras, precisa ler muito. Não tem outro jeito, nem jeitinho...
Estudar a História por fontes confiáveis é infinitamente muito mais importante que participar de “comemorações”... Aprender com os acertos e erros históricos é fundamental para adquirir a visão estratégica imprescindível para embasar as mudanças estruturais pelas quais o Brasil tem de passar, se não quiser terminar, irremediavelmente, condenada a uma Nação Subdesenvolvida, mantida artificialmente na miséria pela combinação de ignorância com subserviência e canalhice.
Uma coisa é consenso: Não dá mais para suportar e sobreviver sob regimes de exceção – quaisquer que sejam ou como sejam rotulados conforme as conveniências ideológicas das partes antagonistas da História.
Agora, a prioridade é viver o momento presente. Observar, estudar e lembrar a História Real para pensar, formular e debater o inédito Projeto Estratégico para o Brasil.
Se fizermos esse dever de casa, quem sabe (?), em 2064, tenhamos uma Nação de verdade para celebrar feitos ou criticar defeitos históricos.
Enquanto estudamos, vamos ver no que vai dar (tomara que dê certo) nosso recente e inédito “regime militar com intervenção pelo voto direto”...

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