domingo, 11 de novembro de 2018
Edição do Alerta Total – www.alertatotal.net
O Flamengo parece o Supremo Tribunal Federal. Só dá “alegria” para a
galera... Tem jogadores bem remunerados, mas que não perdem a chance de um
reajuste, embora não estejam jogando à altura do que deseja a torcida. O Mengão
tomou uma piaba do Botafogo – time do Jair Bolsonaro – que também torce pelo
Palmeiras, cada vez mais líder do Brasileirão.
Já que falamos do futebol da vida pública, o time do STF tem tudo para
ser o grande rival do “time” do Bolsonaro, do Mourão e do Moro. Ainda mais se a
legítima pressão do árbitro de vídeo popular conseguir o milagre de convencer o
perna-de-pau Michel Temer a vetar “a reposição salarial” dos magistrados e
procuradores. Só que ele não deve vetar... Então, bola pra frente – e pro mato
– porque o jogo é de campeonato...
No jogo da vida real, ainda bem que as coisas podem ser diferentes.
Nenhum time das oligarquias pode subestimar a torcida. Somos um povo
trabalhador, criativo e perseverante - que enfrenta diariamente os maiores
juros do mundo, desemprego avassalador, criminalidade generalizada e ainda paga
uma das maiores cargas fiscais do planeta para sustentar uma zelite política
corrupta. Apesar de tudo, o povo consegue ser vencedor.
Venceu o recente jogo eleitoral. Só que não pode seguir jogando de salto
alto. Cada palavra dita pelos novos mandatários eleitos deve levar em conta que
esta eleição foi uma ruptura do time do bravo povo contra “O Mecanismo”. No
entanto, o novo Presidente eleito vai herdar, como seus antecessores, aquilo que
se convencionou chamar de herança maldita. Sorte nossa que o jogo é jogado...
Como ele foi eleito com o projeto de enfrentar, de verdade, o “Mecanismo”,
os senhores Bolsonaro e Mourão não herdarão apenas uma herança maldita, mas sim
um conjunto poderoso de heranças malditas. Para terem sucesso, vencendo o jogo
no final, deverão hierarquizar suas batalhas. Eles devem buscar os fios
condutores que permitam que mudanças estruturais ocorram a partir de efeito
cascata.
Combater a Corrupção Sistêmica é fundamental. Tarefa Prioritária de todos
os novos eleitos. Criar e fortalecer todos os instrumentos e sistemas de
combate a corrupção é fortalecer as bases das mudanças estruturais.
Mas todos devemos estar cientes de que esse combate não será simples. “O
Mecanismo” reagirá. Vai dar canelada de forma sorrateira e traiçoeira.
Para isso, vai buscar e vai contar com a cumplicidade dos nossos velhos
veículos de mídia, tão acostumados a viverem pendurados nas benesses das verbas
publicitárias do poder público.
Uma batalha invisível do “Mecanismo” contra os novos eleitos já se
iniciou. A batalha da comunicação. É fundamental aos novos mandatários, do
poder executivo e legislativo, entenderem que essa batalha de comunicação,
quase uma guerra, é tão importante quanto as demais medidas legais e projetos
que virão. Se errar na estratégia, aplicando a tática errada, pode sofrer
algumas goleadas.
O poder público no Brasil está travado, de forma parasitária. Não somente
perdulária. O poder público se transformou em um grande parasita que suga as
riquezas geradas pela sociedade brasileira. E como está hoje, o poder público
não sobreviverá sem o seu hospedeiro e refém: toda a sociedade brasileira. A
República precisa ser reinstaurada, o Estado reconstruído e a Federação
remodelada.
Vivemos a maior crise ética, moral, econômica e financeira nunca antes
vista na História deste País. Os cartéis (públicos e privados) que alimentam
esse grande parasita, o poder público, parece indiferente a tudo.
Quase diariamente, assistimos a operações do Ministério Público e das
Polícias combatendo o crime organizado que desviaram centenas e mais centenas
de milhões de reais. Fala-se em uma Lava Jato que movimentou trilhões de reais
em recursos “roubados”.
Os esquemas do crime organizado se multiplicam como gafanhotos. Por isso,
precisam ser combatidos e eliminados. A batalha da comunicação é fundamental. Deve
ser conduzida por profissionais experientes, idôneos e conscientes da trama
fraterna e do entrosamento existentes entre o crime organizado e a grande mídia
no Brasil.
Por mais estranho que pareça, esse é um enfrentamento prioritário. “O
Mecanismo” só pode ser vencido pela vontade coletiva que não existe na máquina
estatal. Essa força popular vem exclusivamente da mobilização social, principalmente
no mundo da Internet.
Agora é o momento dos ideólogos. Pessoas com experiência e vivência no
combate diário da comunicação devem jogar o jogo para vencer tanta herança
maldita. A galera irá à loucura... O time da Penitenciária será vencido...
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