quinta-feira, 20 de setembro de 2018
Edição do Alerta Total – www.alertatotal.net
Virou contra o feiticeiro a tática de tentar turbinar o “Andrade”
(como o candidato Fernando Haddad, “filho de Lula”, é conhecido no
Norte/Nordeste). O paciente Jair Bolsonaro ganha mais espaço entre formadores
de opinião e empresários, em função da consolidada rejeição ao “modo petista de
desgovernar”, seja por incompetência gerencial ou por abuso na arte da
corrupção.
Bolsonaro incorpora, definitivamente, a imagem de principal combatente ao
petismo. Ele também representa, no imaginário popular, o candidato que desperta
esperança na Segurança Pública – tema que afeta a maioria do eleitorado, junto
com o desemprego. Só falta se consolidar como o simplificador, redutor e
eliminador de impostos. Tais “conceitos” podem lhe render a vitória já no
primeiro turno eleitoral.
O guru econômico de Bolsonaro, o economista Paulo Guedes, resolveu agir
com toda transparência na divulgação de sua “solução” para os impostos. Guedes
defende apenas dois tributos federais, ambos sobre transações financeiras, um
para a Previdência e outro para impostos e contribuições - apenas dois tributos
federais, ambos sobre transações financeiras, em vez dos cerca de 50 existentes
atualmente. O PT não tem o que oferecer ao setor produtivo. O desgoverno Dilma,
em parceria com o MDB de Michel Temer, são naturalmente responsabilizados pela
maior crise econômica da nossa História.
O maior temor da petelândia e afins é que Bolsonaro consiga conquistar e
consolidar o apoio da maioria do empresariado. Depois do impeachment da Dilma e
da prisão do Lula, os endinheirados fogem do petismo. Fernando Haddad não
consegue se aproximar do setor produtivo. O mais curioso é que, por falta de
pegada e mau desempenho nas pesquisas, Geraldo Alckmin também perde apoio entre
o setor industrial e o agronegócio.
Aliás, Geraldo segue encalhado nas intenções de voto porque apanha dentro
do PSDB. O discurso de Segurança Pública feito pelo marketeiro profissional
João Dória está mais alinhado com Bolsonaro que Alckmin. A campanha de Geraldo
errou na dose do ataque inicial a Bolsonaro, coincidindo com o momento em que o
Capitão levou a covarde facada que o obriga a ficar preso no “Hospital de
Campanha”. Alckmin também subestimou que o “Andrade” cresceria com o
impedimento do prisioneiro Lula em disputar a presidência.
Por tudo isso, vai se consolidando a brincadeira do “é bom Jair se
acostumando”. Bolsonaro só perde a eleição presidencial para ele mesmo. Seus
filhos, que comandam o PSL, não podem incorrer na disputa interna de campanha
com o candidato a vice. O General Hamilton Mourão, filiado ao PRTB do Levy
Fidélix, também precisa tomar mais cuidado para não cair na manjada armadilha
da mídia que insiste em tentar associar sua imagem a de “um militar autoritário
e preconceituoso”.
Bolsonaro e Mourão ganham mais se focarem na divulgação de propostas
objetivas de governo, em vez de caírem nas armadilhas das polêmicas ideológicas
inúteis. Os dois são facilmente provocados pelos adversários e pela mídia
dominada pela canhota sem noção e contra a nação. A prudência recomenda que já
comecem a apresentar sugestões concretas para a pacificação nacional – e não
para o acirramento da luta de classes, como desejam os inimigos do Brasil.
Enfim, o compromisso tem de ser claro com a Democracia. Qualquer discurso
ou prática nazifascista tem de ser repelida, porque não interessa ao Brasil. O
próximo governo tem o desafio de ser liberal e libertador. O Brasil autoritário
precisa ficar com os dias contados. Do contrário, o mais do mesmo vai mergulhar
a Nação em violência descontrolada que causará o fracionamento do País.
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