sábado, 27 de janeiro de 2018

Recurso de Lula deverá ser julgado em março



O embargo de declaração do ex-assessor do PP João Cláudio Genu – mesmo tipo de recurso que será tentado pela defesa de Lula no TRF-4 – levou pouco menos de dois meses para ser analisado na Corte, média de tempo dos outros embargos julgados pelos desembargadores de Porto Alegre, registra o Estadão.
“Se a Corte seguir o mesmo rito, Lula terá seus embargos analisados em março no caso triplex do Guarujá. O recurso visa combater omissão, obscuridade, contradição ou omissão no acórdão e ainda não foram apresentados, pois é preciso esperar a publicação do acórdão do julgamento e esperar a intimação que abre prazo para que ele entregue o pedido.”
Os votos do dia 24 serão publicados no início da semana.

Linhas auxiliares descartam PT


Qualquer possibilidade de composição com o PT está descartada.
É o que potenciais aliados dos petistas já falam abertamente após a condenação de Lula pelo TRF-4, segundo O Globo.
“Apesar de ter manifestado solidariedade a Lula antes do julgamento, o PCdoB e o PSOL estão dispostos a ter candidatos próprios na disputa deste ano. O PDT também já está com a candidatura de Ciro Gomes nas ruas.
Na tentativa de romper o isolamento, o PT vinha cortejando o PSB”, mas o líder do partido na Câmara, Júlio Delgado (MG) disse ao jornal que “esse não será o caminho”.
O deputado Orlando Silva (PCdoB-SP), que foi ministro de Lula, afirmou que Manuela D’Ávila “não vai deixar de ser candidata”.
Reservadamente, de acordo com o jornal, dirigentes do PCdoB vinham afirmando que poderiam retirar candidatura própria se a situação jurídica de Lula se resolvesse.
Mas não se resolveu, e os comunistas não querem ficar reféns de um plano B do PT, como o ex-governador Jaques Wagner ou o ex-prefeito Fernando Haddad.

Celso de Mello poderá votar contra a “jurisprudência sob encomenda”

Se Cármen Lúcia cometer o desatino de colocar em julgamento a revisão da possibilidade de execução da pena para condenados em segunda instância, por causa de Lula, é muito provável que Celso de Mello vote contra a mudança do entendimento atual, em relação ao qual foi vencido.
Com a sua autoridade de decano, Celso de Mello se ergueria contra o casuísmo da “jurisprudência sob encomenda”, sem ter de mudar a sua convicção pessoal.

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