Delação premiada é acordo entre o ex-deputado, já condenado no processo do mensalão do PT, e o Ministério Público Federal. Conteúdo dos depoimentos de Corrêa estão sob sigilo.
O ministro Luiz Edson Fachin, relator da Lava Jato no Supremo Tribunal Federal (STF), homologou a delação premiada
do ex-deputado federal Pedro Corrêa. A delação, que ainda tem o
conteúdo sob segredo de Justiça, é fruto de um acordo entre Corrêa e o
Ministério Público Federal.
O acordo prevê redução de pena em troca de o ex-deputado, que já foi
presidente do PP, entregar tudo o que sabe sobre o esquema de corrupção
da Petrobras.
Fachin enviou a delação para a Procuradoria Geral da República, que
deverá agora decidir sobre quais pontos do depoimento do ex-deputado
pedirá abertura de inquérito.
A procuradoria também vai definir se incluirá alguns pontos da delação
em investigações já em andamento. Na ocasião, a PGR poderá pedir o fim
do segredo de Justiça, que será avaliado pelo relator.
Em outubro do ano passado, o então relator da Lava Jato, ministro Teori
Zavascki, devolveu o acordo para ajustes, mas não havia detalhes sobre o
que precisaria ser alterado - segundo pessoas que participaram das
negociações, as mudanças pedidas se referem aos depoimentos dados pelo
ex-parlamentar. Depois dessas alterações, o acordo voltou ao STF e agora
foi homologado.
A delação foi validada no STF porque Pedro Corrêa citou nomes de políticos com foro privilegiado em sua delação.
No processo do mensalão do PT, Pedro Corrêa foi condenado a 7 anos e
dois meses de prisão por corrupção passiva e lavagem de dinheiro.
Enquanto cumpria pena, foi preso em abril de 2015 por envolvimento na
Operação Lava Jato e condenado a 20 anos de prisão por lavagem de
dinheiro e corrupção. DO G1-BRASILIA
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