Dias Toffoli diz que não tem relação de
intimidade com investigados e nunca recebeu nenhum pedido deles (Carlos
Humberto/SCO/STF/VEJA)
Reportagem de VEJA desta semana revela o conteúdo do
relatório da Polícia Federal sobre a perícia nos telefones dos
investigados na Operação Custo Brasil, um dos desdobramentos da Operação
Lava Jato. No celular do ex-ministro da Previdência Carlos Gabas, os
investigadores encontraram mensagens que mostram as relações entre ele, o
ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) Dias Toffoli e participantes
do esquema de corrupção que desviou mais de 100 milhões de reais do
Ministério do Planejamento. Com base nessas informações levantadas pela
PF, procuradores de São Paulo sugeriram o afastamento de Toffoli do caso
no STF. A questão foi remetida ao procurador-geral da República,
Rodrigo Janot, a quem cabe decidir se segue ou não o entendimento dos
colegas paulistas. Não é a primeira vez que o ministro aparece enredado
em histórias nas quais seu caminho se cruza com o de amigos
investigados. Em maio de 2015, VEJA revelou o teor de um relatório da
Polícia Federal sobre mensagens encontradas nos telefones de Léo
Pinheiro, ex-presidente da construtora OAS, e um dos artífices do
petrolão. Amigos, o ministro e o empreiteiro trocavam presentes — e
favores.
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