A balança da Justiça está desequilibrada
A decisão do ministro Celso de Mello
em manter Moreira Franco (PMDB-RJ) no cargo de ministro da
Secretaria-Geral da Presidência, mostra claramente que o Supremo age com
dois pesos e duas medidas.
O pedido de liminar impetrado pelos partidos Rede e PSOL para que a nomeação fosse suspensa foi negado.
Celso de Mello alega que a indicação para o cargo de ministro não leva à obstrução ou paralisação de eventuais investigações.
Em março de 2016, o também ministro do
STF, Gilmar Mendes, suspendeu a nomeação de Lula para a Casa
Civil, alegando que o governo federal tinha intenção em nomear o
ex-presidente para fraudar as investigações sobre ele na Operação Lava
Jato.
Sabemos que o STF é formado por
ministros com opiniões divergentes, mas a Justiça tem obrigação de
caminhar de maneira convergente.
Não precisa ser um gênio do direito para entender que a justiça superior está sendo amplamente seletiva.
Se Moreira Franco tem direito a cargo e foro privilegiado, Lula também tem esse direito!
34 citações na Lava-Jato
Moreira Franco é citado em documentos internos da Odebrecht com o codinome “Angorá”.
Ele aparece 34 vezes na delação de Cláudio Melo Filho, ex-diretor de Relações Institucionais da Odebrecht
Melo disse (em delação) que Franco representava os interesses de Temer e atuava como arrecadador.
“Resumindo, para fazer as
‘benesses’ da Odebrecht chegar até Michel Temer, eu me valia de Eliseu
Padilha ou Moreira Franco. Era uma via de mão dupla, pois o atual
presidente utilizava prepostos para atingir interesses pessoais” disse Melo.
Moreira Franco nega as declarações de Melo Filho e trata a delação como “mentira afrontosa”. DO DB
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