quinta-feira, 7 de setembro de 2017

Dez mandamentos de Dilma começam com não


Josias de Souza

A honestidade de Dilma Rousseff tornou-se uma virtude negativa, meio fugitiva. À medida que a Lava Jato avança, a presidente deposta vai enumerando os dez mandamentos de sua honra. Todos começam com não.
“Não roubei, não deixei roubar, não fui complacente com o malfeito, não há dinheiro ilegal nas minhas campanhas, não autorizei João Santana a receber pagamentos no exterior, não troquei mensagens com Mônica Moura numa conta de e-mail clandestina, não avalizei o caixa dois, não deleguei a Guido Mantega a tarefa de coletor de verbas eleitorais, não conversei sobre transações escusas com Marcelo Odebrecht, não beneficiei a construtora em licitação de aeroporto…”
As confissões de João Santana e Monica Moura, o casal do marketing petista, já haviam injetado na ficção de Dilma alguns fatos desconcertantes. A deduragem de Antonio Palocci, rebatida por Dilma,  mergulha a criatura de Lula em sua realidade 100% escorada no vocábulo de negação.
O problema de Dilma não é a incapacidade do brasileiro de reconhecer a honestidade de sua ex-governante, mas a incapacidade de madame de demonstrá-la. De resto, como já foi mencionado aqui certa vez, Dilma faz lembrar um personagem secundário do enredo de Júlio César, obra de Shakespeare.
Na peça, atiçados por Marco Antonio, os plebeus saem à caça dos assassinos do imperador. Encontram Cinna. “Matem-no, é um dos conspiradores!”, alguém grita. “Não, é apenas Cinna, o poeta”, retruca uma voz ao fundo. “Então, matem-no pelos maus versos.”
As perversões confessadas por Palocci já seriam suficientes para arrancar Dilma de sua ficção. No momento, porém nada conspira tanto contra fábula de madame quanto os R$ 51 milhões apreendidos no apartamento de Ali-Babá que Geddel Vieira Lima mantinha em Salvador.
Palocci foi ministro de Dilma. Geddel ocupou a vice-presidência de Pessoas Jurídicas da Caixa Econômica Federal no governo da doutora. Alguém pode perguntar: ''De que serve a honestidade presumida de Dilma?'' E uma voz vinda do Além sentenciará: “Que seja condenada pelos maus versos.”

Fachin envia a Cármen Lúcia pedido de abertura de inquérito contra Temer

Pedido, do procurador-geral Rodrigo Janot, é para apurar suspeita de corrupção passiva e lavagem de dinheiro em edição de decreto que beneficiou empresa do setor portuário.

Por G1, Brasília
O ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) Edson Fachin, encaminhou à presidente da corte, ministra Cármen Lúcia, pedido de abertura de inquérito contra o presidente Michel Temer para investigar suspeita de corrupção passiva e lavagem de dinheiro envolvendo a edição de um decreto que beneficiou a Rodrimar, empresa do setor portuário.
Fachin fez o encaminhamento depois que o procurador-geral da República, Rodrigo Janot, pediu que o caso fosse sorteado para um novo relator no STF, já que não tem relação com a Lava Jato, relatada por Fachin no Supremo.
Procurado pela TV Globo, o Palácio do Planalto informou que "houve amplo debate com o setor antes da publicação do decreto de renovação das concessões de portos."
Ainda de acordo com o Planalto, "o assunto não comportava nenhum sigilo ou informação privilegiada, apenas a publicação do decreto que finaliza o longo processo de negociação entre o governo e o setor empresarial, como é comum e legítimo em uma democracia."
"E só foram atendidos os pleitos das empresas licitadas depois de 1993. Tudo antes disso, que era uma reivindicação de várias empresas, foi rejeitado", completou o Planalto.

Lula já era... Vamos nos livrar dos outros...


Edição do Alerta Total – www.alertatotal.net
Por Jorge Serrão - serrao@alertatotal.net

Luiz Inácio Lula da Silva já estava acabado moralmente e politicamente. Faltava apenas uma pá de cal jogada ontem pelo ex-ministro e sempre coordenador financeiro do partido, Antônio Palocci Filho, em depoimento histórico ao juiz Sérgio Moro. A defesa de Lula não tem mais como pregar que não havia provas para condenar o mito decadente da petelândia. Palocci confirmou e contou detalhes do que chamou de “pacto de sangue” entre Lula e a Odebrecht.

Não vai adiantar Lula mentir, como é seu vício, diante do juiz Moro, em depoimento agendado para Curitiba, na próxima quarta-feira, 13 de setembro. Além dos R$ 300 milhões que o PT recebeu, Palocci testemunhou a veracidade de presentinhos dados pela Odebrecht a Lula: o sítio, o prédio novo para o Instituto e as palestras de araque que rendiam, cada uma, R$ 200 mil livres de tributação. Depois que Palocci soltou sua língua presa, agora quem deve acabar condenado é Lula. Presidente novamente? Só se for da associação de presidiários... O fim anunciado de Lula é um presente dos 195 anos de nossa declaração de independência (mesmo que ainda não seja plenamente exercida por um povo e uma zelite com mentalidade colonial, capimunista, rentista e corrupta). Dom Pedro I proclamou a “independência” em 7 de setembro de 1822. Agora, os brasileiros de bem, que rejeitam e combatem o Crime Institucionalizado, precisam promover a Intervenção Institucional que mudará, de verdade, o Brasil. 7 de setembro é dia de ser curto e grosso no texto, para lembrar que ainda temos muito trabalho a fazer. A prioridade agora é a pressão total para anular a estratégia de impunidade de nossos poderosos “caras-de-pau”. Temos de ficar livres da bandidagem! O bonito é que o PT já começou a demolir o PT. No entanto, ainda tem muito delinqüente político para ser detonado em outras agremiações criminosas.
Lingüinha solta
Plisão pelpetua
Poupança do Geddel

Ministra do STF abre inquérito contra deputado Fábio Faria e governador do RN

A abertura do inquérito foi solicitada pela PGR com base nas delações da JBS. As suspeitas são de corrupção passiva e caixa dois.

A ministra Rosa Weber, do Supremo Tribunal Federal (STF), autorizou abertura de inquérito no STF para investigar o deputado federal Fábio Faria (PSD-RN) e o governador do Rio Grande do Norte, Robinson Faria (PSD), em razão das delações premiadas da JBS. As suspeitas são de corrupção passiva e caixa dois, ou seja, fraude na prestação de contas ao deixar de declarar valores recebidos, crime previsto no artigo 350 do Código Eleitoral.
O pedido foi feito no fim de junho pelo procurador-geral da República, Rodrigo Janot, que também solicitou ao ministro Luiz Edson Fachin, responsável pela homologação das delações da JBS, sorteio para novo relator por não ter relação com a Lava Jato. Rosa Weber recebeu o caso em agosto e a decisão de abrir inquérito é do dia 4 de setembro, mas foi publicada no processo somente na quarta-feira (6).
Segundo o pedido, o executivo Ricardo Saud afirmou que Fábio Faria e Robinson Faria receberam doações não declaradas à Justiça Eleitoral. O acordo de Saud passa por revisão em razão da suspeita de que ele omitiu dados na delação premiada, mas, segundo Janot, as provas que ele apresentou são válidas.
Delação
O delator disse que a J&F repassou R$ 10 milhões sob condição de que a Companhia de Água e Esgoto do Estado do Rio Grande do Norte fosse privatizada, "dando conhecimento prévio do edital a empresa para que pudessem alterá-lo a seu favor, a fim de obter vantagens competitivas em detrimento ao mercado". Janot destaca que, apesar de ter havido pagamento, a contrapartida não foi efetivada porque a empresa perdeu o interesse no projeto.
Os R$ 10 milhões, segundo Janot, foram repassados da seguinte forma: R$ 2 milhões ao PSD Nacional; R$ 2 milhões à EA Pereira Comunicação Estratégica; R$ 1,2 milhão ao escritório Erick Pereira Advogados por meio de nota fria; cerca de R$ 2 milhões entregue ao deputado Fábio Faria; e quase R$ 1 milhão entregues ao deputado no Supermercado Boa Esperança, em Natal.
Além de autorizar a investigação, a ministra também atendeu pedido de diligências, ou seja, coleta de provas. Ela liberou a coleta de dados sobre prestação de contas; depoimentos sobre os repasses de dinheiro a Fábio Faria no supermercado e em relação às notas emitidas; além dos depoimentos de Fábio Faria e Robinson Faria.
Para a ministra, as diligências pedidas "se mostram proporcionais sob o ângulo da adequação, razoáveis sob as perspectivas dos bens jurídicos envolvidos e úteis quanto à possível descoberta de novos elementos que permitam a investigação avançar".
Por Mariana Oliveira, TV Globo