quarta-feira, 26 de julho de 2017

PERFORMANCE DO PRESIDENCIÁVEL JAIR BOLSONARO É DESTAQUE NA MÍDIA DOS EUA


O título da matéria em tradução livre do inglês: "O Brasil está cansado. Adivinha quem se beneficia?"
O prestígio e a popularidade da candidatura presidencial do deputado Jair Bolsonaro já extrapolou as fronteiras do Brasil. Enquanto os jornalistas brasileiros em sua maioria tentam encontrar chifres em cabeça de burro quando o assunto é Bolsonaro, os "coleguinhas" do gigante do Norte concluíram que onde há fumaça invariavelmente tem fogo. Simples assim.

Tanto é que o deputado presidenciável Jair Bolsonaro que vem se destacando nas pesquisas de opinião sobre presidenciáveis foi destaque na coluna do jornalista Brian Winter, editor da revista americana "Americas Quaterly". [Click here to read in English]

Quebrando o tabu criado no âmbito da grande mídia nacional o site Infomoney postou uma matéria reproduzindo artigo do jornalista Brian Winter que analisa o fenômeno Bolsonaro e conclui ao final que a apatia e o cansaço dos brasileiros depois das históricas manifestações que expeliram o PT do poder não vão durar por muito tempo. Transcrevo o texto publicado pelo site Infomoney. Leiam:

A reação dos brasileiros em meio à crise política tem chamado a atenção da imprensa internacional, que aponta que o País tem feito poucos protestos contra a corrupção e demonstrado muita apatia. 
O tema também foi destaque da coluna de Brian Winter, editor da revista americana "Americas Quaterly" 
Winter destaca duas razões para os protestos não estarem eclodindo como quando Dilma Rousseff  estava prestes a sofrer impeachment (com manifestações de apoio à então presidente, mas principalmente contra ela). 
A primeira razão, aponta Winter, reside na economia. Ela está em uma situação péssima, mas com nuances. Isso porque, apesar do cenário ruim e da perspectiva de adiamento das reformas pró-mercado, a inação registra uma tendência de forte desaceleração. "Há uma velha teoria de que é a inação, e não a recessão, que realmente impulsiona a agitação social no Brasil. Enquanto isso, embora a taxa de desemprego  permaneça muito alta em 13,7%, houve uma criação líquida de vagas no primeiro semestre", aponta Winter. 
A outra razão tem a ver com as narrativas - "as histórias que contamos a nós mesmos". Isso porque, um ano atrás, muitos brasileiros viam a luta para tirar Dilma do poder como uma batalha do bem contra o mal. "Agora, ela se foi - mas a economia está emperrada, e o cheiro ruim da corrupção se espalhou não só para Temer, mas praticamente para toda a classe política. Então, com quem você vai ficar bravo? Temer é ruim, mas quem é melhor?", questiona. 
''A raiva se foi. Agora, os brasileiros estão apenas cansados. Da recessão que não acaba, dos escândalos de corrupção que também não se encerram, dos políticos que não oferecem uma visão ou esperança de qualquer coisa diferente'', reforça o colunista da revista americana. Assim, aponta, Temer está usando tudo isso a seu favor - e ele ainda pode escapar dos problemas em que se envolveu. 
Porém, talvez tudo isso seja calmaria antes da tempestade. "Todo mundo sabe que a verdadeira luta acontecerá em outubro de 2018, quando uma eleição presidencial oferecerá uma oportunidade para realmente virar a página. Mas mesmo aí, a imagem é surpreendentemente confusa", argumenta. 
Winter diz que foi a São Paulo e passou a maior parte da viagem esperando encontrar um maior fervor eleitoral no sentido do prefeito João Doria. Mas ouviu repetidamente, de pessoas que conhecem do assunto, que ele não será candidato pelo seu partido [PSDB]. 
E sobre os outros candidatos no páreo? Marina Silva? Luiz Inácio Lula da Silva? Joaquim Barbosa? "Você pode encontrar apoiadores para cada um. Mas poucos parecem animados", diz ele. 
Neste cenário, ele aponta que há apenas um político está sendo assediado em aeroportos e cujos adeptos falam com convicção e um fervor quase religioso: Jair Bolsonaro, que vem registrando um forte crescimento nas pesquisas. "A mensagem de Bolsonaro? Que todos os políticos civis são corruptos, que o crime está fora de controle e que só um estrito estado de lei e ordem pode salvar o País", ressalta. 
Winter aponta que muitos insistem que a visão de Bolsonaro é muito extrema para o Brasil, citando algumas polêmicas que o deputado do PSC se envolveu durante a vida parlamentar. Como exemplo, cita a polêmica com a deputada Maria do Rosário (PT-RS) que o tornou réu no STF por suposta incitação ao estupro, após ele dizer em 2014 que a parlamentar não merecia ser estuprada porque "ela não merecia". 
Por outro lado, Winter cita a pesquisa Datafolha divulgada no final de junho, em que apontava Bolsonaro com cerca de 16% nas pesquisas para a presidência (já o DataPoder 360 realizada nos dias 9 e 10 de julho apontaram Bolsonaro com 21%). Esse percentual não significa que ele alcançará 50% mais um necessários para ganhar no segundo turno, mas é o dobro do registrado em dezembro. Bolsonaro está em primeiro lugar entre os eleitores mais ricos e mais educados do Brasil e tem 4,4 milhões de seguidores no Facebook - 1,5 milhão a mais do que Lula, Marina Silva ou Doria (e 10 vezes mais do que Temer). 
Enquanto isso, uma pesquisa de junho mostrou que o apoio à democracia está em mínimas históricas e, agora, as Forças Armadas são a instituição mais respeitada do Brasil. 
"Eu sei o que vocês estão pensando", aponta Winter, sugerindo uma fala da colunista do Estadão, Eliane Cantanhêde em que compara Bolsonaro a Donald Trump, o presidente dos EUA. "A imprensa americana – e, por conseguinte, a brasileira – não viu Trump, não acreditou em Trump, ridicularizou Trump e, no final, foi obrigada a engolir a vitória dele para a presidência da maior potência mundial. Agora, a opinião pública nacional não acredita, não vê e não leva Bolsonaro a sério. O risco é ser novamente surpreendida", disse ela em coluna do último dia 18. Com esse cenário, Winter faz um prognóstico: "apatia e fadiga? Elas não vão durar por muito tempo". Do site Infomoney - DO A.AMORIM

Corregedor do CNJ manda investigar soltura de filho de desembargadora

Ministro João Otávio de Noronha quer saber as circunstâncias em que foi concedido habeas corpus para filho da presidente do TRE-MS, suspeito de tráfico de drogas e de armas.

O corregedor do Conselho Nacional de Justiça, ministro João Otávio de Noronha, determinou nesta quarta-feira (26) a abertura de uma investigação para apurar as circunstâncias da concessão de um habeas corpus ao filho de Tânia Garcia, desembargadora do Tribunal de Justiça do Mato Grosso do Sul e presidente do Tribunal Regional Eleitoral do estado.
Noronha quer averiguar quem estava de plantão e como ocorreu a concessão da decisão de soltura de Breno Fernando Solo Borges, de 37 anos, suspeito de tráfico de drogas e de armas.
A decisão foi tomada após um pedido de informações ao tribunal, que deu dados preliminares sobre o episódio. No momento, nenhum desembargador é alvo direto da apuração, que visa somente analisar a situação.
Borges ficou pouco mais de três meses preso numa penitenciária em Três Lagoas, mas foi autorizado a permanecer internado em uma clínica psiquiátrica. Ele foi detido em abril com 130 quilos de maconha, centenas de munições de fuzil e uma pistola nove milímetros.
O suspeito foi beneficiado por habeas corpus do TJ após a defesa alegar que ele sofre de síndrome de Borderline, uma doença psiquiátrica, e que por isso não seria responsável por seus atos.
A desembargadora entrou com processo de interdição do filho e se se apresentou como responsável por ele. Depois pediu a transferência para uma clínica psiquiátrica. Os advogados da família apresentaram dois laudos médicos.
Na primeira instância, o juiz Idail de Toni Filho negou habeas corpus, depois de consultar a direção do presídio e descobrir que a instituição tem tratamento psiquiátrico aos internos.
A defesa recorreu ao Tribunal de Justiça, e um colega de Tânia Garcia, o desembargador Ruy Celso Barbosa Florence, determinou que ele fosse transferido da prisão para uma clínica no estado.
Houve, então, um segundo mandado de prisão por suspeita na participação no plano de fuga de um chefe do tráfico de drogas. Mas, após a defesa recorrer, o habeas corpus foi concedido por outro desembargador, José Ale Ahmad Netto.DO G1

GOVERNO NÃO TEM DINHEIRO PRA BIBLIOTECAS FECHADAS MAS TEM PRA ESCOLAS DE SAMBA

 

Fátima Meira/Futura Press/Folha
O presidente Michel Temer durante cerimônia de posse do jornalista Sérgio Sá Leitão como Ministro da Cultura
BRASÍLIA - O novo ministro da Cultura, Sérgio Sá Leitão, indicou que abrirá os cofres federais para a elite das escolas de samba. Nada contra a folia, mas há quem precise mais da ajuda do governo. No Rio, três bibliotecas modelo estão fechadas há sete meses por falta de dinheiro.
As chamadas bibliotecas parque foram inauguradas a partir de 2010, quando o Estado surfava nos royalties do petróleo e na euforia da Olimpíada. A promessa era levar livros, computadores e recursos multimídia a jovens de comunidades que eram dominadas pelo tráfico.
As primeiras duas unidades foram erguidas nas favelas da Rocinha e de Manguinhos. A terceira substituiu a antiga biblioteca pública do centro, a poucos metros da Central do Brasil. Todas contavam com wi-fi gratuito e computadores de última geração. Eram oásis de cultura em áreas marcadas por violência e abandono.
O sonho das bibliotecas faliu junto com o Estado do Rio. O governador que as inaugurou está na cadeia, condenado por corrupção. Os livros também estão presos. Em dezembro passado, as três bibliotecas foram trancadas com todo o acervo dentro.
O governo Pezão parou de pagar a organização social que geria o programa. A entidade rompeu o contrato, que previa o repasse anual de R$ 20 milhões, e demitiu cerca de 150 funcionários. Os estudantes ficaram ao relento. Só a biblioteca da Rocinha chegou a emprestar 15 mil livros e emitir 5.000 carteirinhas de sócio.
O secretário estadual de Cultura, André Lazaroni, diz que não há previsão de reabertura das unidades. Sua pasta também responde pelo Theatro Municipal, cujos funcionários estão sem receber. O primeiro-bailarino da casa virou motorista de Uber para pagar as contas.
O novo ministro é carioca e poderia ter estreado com um socorro às bibliotecas. Preferiu prometer mais dinheiro público aos capos do Carnaval. A festa é linda, mas já conta com verba da prefeitura, apoio dos bicheiros e um milionário contrato de TV. DA FOLHA