quarta-feira, 19 de julho de 2017

PF revela, Lula é milionário. “O ex-­presidente mais rico em toda a história do País.”

O Coaf (Conselho de Controle de Atividades Financeiras) enviou à Polícia Federal e aos integrantes da força­tarefa paranaense, dados estarrecedores sobre a movimentação financeira milionária da LILS, empresa de palestras do expresidente Lula.
De acordo com o documento, Lula faturou apenas através da LILS cerca de R$ 27 milhões, desde que ele deixou a presidência da República. Destes, boa parte do dinheiro veio de empreiteiras investigadas na Lava Jato, como Odebrecht (R$ 2,8 milhões), Andrade Gutierrez (R$ 1,5 milhão) e OAS (R$ 1,4 milhão).
Lula é milionário. É o ex­presidente mais rico em toda a história do País.
Essa é apenas uma pequena amostra da movimentação financeira do ex­presidente. Os dados são referentes apenas a conta bancária da LILS e apontam a a destinação de parte dos recursos. De acordo com o relatório, a LILS aplicou R$ 12,9 milhões, fez um plano de previdência privada no valor de R$ 5 milhões, recolheu R$ 3 milhões em impostos e fez transferências de R$ 4,3 milhões.
Após as revelações de sua conta milionária, Lula entrou em pânico e passou toda a noite em claro. Fez dezenas de ligações durante a madrugada e conseguiu marcar uma reunião de emergência com a presidente Dilma Rousseff na manhã deste sábado.
Os dois se encontraram a sós, sem a presença de assessores ou testemunhas. A assessoria de imprensa do Planalto assim como a do expresidente Lula não repassaram informações sobre o conteúdo da conversa reservada. DO NEWSATUAL

Lei Rouanet: orçamento liberado para musical sobre Los Hermanos bancaria 8 anos da Lava Jato


10.07.2005 - Brazillian band Los HermanosOs detalhes foram adiantados por O Globo. A Sapo Produções foi autorizada pelo Governo Federal a captar R$ 8,3 milhões para levar ao palco “Pormenores”, título provisório de um musical sobre a Los Hermanos. A banda já não lança álbuns inéditos, mas vez em quando ainda se reúne para apresentações especiais.
Independente de qualquer discussão sobre a validade do projeto, e por mais que o presidente da República insista que a recessão já seria coisa do passado, cabe deitar-se sobre valor tão alto num tempo em que o país segue cortando gastos. Porque o bom uso da poupança pública é, talvez, a discussão mais importante de qualquer gestão.
Por exemplo: sufocada de trabalho, a Lava Jato vem sendo obrigada a assumir um ritmo mais lento. As operações policiais que surpreendiam o noticiário logo cedo agora caminham com uma frequência menor. Para 2017, o orçamento da força-tarefa em Curitiba começou com R$ 501 mil. Ao longo do ano, recebeu um aporte de igual valor e só então superou o primeiro milhão de reais.
Não é preciso nem pegar uma calculadora para confirmar que o volume autorizado para a Sapo Produções bancaria oito anos de trabalho da trupe de Deltan Dallagnol. Ou, ainda melhor, ampliaria em oito vezes a capacidade de atuação do mesmo grupo já agora em 2017.
Como reservar tanta verba pública à produção artística num país ainda tão carente em temas básicos, como saúde, educação e segurança? Será que os produtores não teriam como levantar essa verba com os fãs tão apaixonados do grupo? O fato de ambas as notícias dividirem um mesmo noticiário deveria servir como alerta de que o Brasil precisa rever as prioridades. DO IMPLICANTE

Réu na Lava Jato diz a Moro ter intermediado negociação de propina a políticos do PMDB

Na lista estão Jader Barbalho, Renan Calheiros, Anibal Gomes e Silas Rondeau. Afirmação foi dada em audiência com juiz Sérgio Moro, em Curitiba.

Jorge Luz diz ter intermediado negociação de propina para políticos do PMDB em audiência com Sérgio Moro (Foto: Reprodução)
Jorge Luz diz ter intermediado negociação de propina para políticos do PMDB em audiência com Sérgio Moro (Foto: Reprodução)
Jorge Luz, acusado de ser operador do PMDB no esquema de corrupção descoberto na Petrobras, afirmou nesta quarta-feira (12) que houve um acordo para que políticos da legenda apoiassem diretores da Petrobras no cargo em troca de vantagem indevida. Segundo Luz, ele intermediou as negociações que chegaram a R$ 11,5 milhões.
Ao ser questionado pelos próprios advogados, Jorge Luz disse que sabia quem eram os políticos que receberiam as vantagens indevidas da Petrobras.
“Inclusive participei da reunião de agradecimento. Inclusive o Fernando [Baiano] disse aqui que ao final o Jader o seguinte: ‘Vocês cumpriram o papel de vocês, agora o problema é nosso’. Jader Barbalho, Renan Calheiros, Anibal Gomes, Silas Rondeau, esses são os agentes políticos”, afirmou Luz.
Esta audiência faz parte do processo ligado à 38ª fase da Operação Lava Jato, batizada de Blackout. A ação investiga o pagamento de propinas na contratação e operação de dois navios-sondas da Petrobras. Jorge Luz e o filho dele, Bruno Luz, são réus no processo e estão presos na Superintendência da Polícia Federal em Curitiba.
“O apoio se traduziria numa ajuda financeira e se traduziria também na oportunidade que esses políticos pudessem participar de algumas operações que viessem a surgir”, disse Jorge Luz. Segundo ele, Fernando Baiano representava os diretores, e Anibal Gomes os políticos.
Fernando Baiano foi condenado em processos da Lava Jato como crimes como lavagem de dinheiro e corrupção passiva. Ele foi apontado pela força-tarefa da opoeração como um dos intermediadores de propina no esquema da Petrobras.
De acordo com Luz, em determinado momento houve um desgaste entre Fernando Soares e Anibal Gomes. A partir deste momento, Luz afirmou que passou a ser intermediário na recepção das contas que o Anibal passava.

Outro lado

Procurado, o senador Jader Barbalho em nota que nunca fez negócios com Jorge Luz. “O senador diz que as declarações do criminoso devem ser averiguadas pela Justiça. Também diz que conhece Jorge Luz, mas jamais fez qualquer tipo de negócio com ele", diz a nota.
Também em nota, Renan Calheiros disse que conheceu Jorge Luz, mas não mantém contato com ele. “O senador Renan afirma que conheceu Jorge Luz há mais de 20 anos e desde então nunca mais o encontrou ou falou com ele. Diz ainda que não conhece nenhum dos seus filhos. Há 20 dias, o senador prestou depoimento ao juiz Sergio Moro como testemunha de Luz e reafirmou que a citação a seu nome é totalmente infundada", afirma o texto.
O deputado Aníbal Gomes disse que, apesar de conhecer Jorge Luz, não mantinha relação próxima com ele. “Desconheço totalmente esse tipo de acordo. Li a informação na imprensa, mas desconheço tudo isso que foi dito. Conheci o Jorge Luz, mas nunca tive intimidade com ele, muito menos negócios. Nunca", afirmou.

Outra citação

Os senadores Renan Calheiros e Jader Barbalho foram citados anteriormente pelo colaborador da Operação Lava Jato Felipe Parente. O empresário e advogado afirmou que entregou propina para Calheiro e Barbalho.
Parente foi citado pela primeira vez nas investigações da Lava Jato pelo ex-presidente da Transpetro Sérgio Machado, outro colaborador da operação. Segundo Machado, o empresário era encarregado de levar propina para a cúpula do PMDB. Em troca, de acordo com o ex-presidente da estatal, Parente recebia 5% dos valores transportados.
Por Bibiana Dionísio e Samuel Nunes, G1 PR, Curitiba

O crime que Lula dificilmente cometeria - SERA?

Edição do Alerta Total – www.alertatotal.net
Por Jorge Serrão - serrao@alertatotal.net
Putocratas do Brasil, uni-vos! O termo “putocratas”, um neologismo, tem dois significados adaptáveis à realidade tupiniquim. Putocratas pode ser traduzido como “governo dos prostitutos ou prostituídos” – o que bem retrata a realidade de um País desgovernado pelo Estado Ladrão em torno do qual se organiza o Crime Institucionalizado. Putocratas também serve para definir governo desejável por aqueles que estão muito putos da vida com a roubalheira, e por isso desejam mudanças estruturais na máquina estatal dos nos poderes (nada republicanos).
A canalhice tem força e vigor em Bruzundanga. As “negociações” para manter Michel Temer na Presidência trarão conseqüências gravíssimas para o futuro próximo de “Roubolândia” – designação ideal do nosso amado e desalmado País. Se não for derrubado (o que não deve ocorrer), o desgoverno ilegítimo de Michel – eleito pela petelândia e seus velhos comparsas – terá poderio para aprovar, como rolo compressor, tudo que interessa aos que desejam explorar e vender o Brazil. Até o final de 2018, os bandidos ficarão ainda mais ricos. A previsão inclui até os poucos punidos ou puníveis pela nossa fábrica de injustiças e impunidades.
Exemplo mais vergonhoso é o Rio de Janeiro – estado falido pela macrocriminalidade (políticos e empresários e outros bandidos associados) e aterrorizado pela microcriminalidade (narcotraficantes que, além de matar e roubar cargas, também são especializados em ajudar políticos a se elegerem, na base da descarada compra de votos em currais eleitorais carentes). No RJ, parece normal que o sucessor e parceiro do encarcerado Serginho Cabral, governador licenciado Luiz Fernando Pezão, faça um tratamento em um spa cuja diária é R$ 7 mil, enquanto os servidores estatuais, sobrevivendo à base de cestas básicas doadas, sequer tenham recebido os salários de maio.
O Rio de Janeiro é apenas o exemplo mais gritando do caos de má gestão e explosão de violência em vários outros estados de “Roubolândia”. O fenômeno pode ser explicado por uma daquelas piadas ultracriativas, criadas por anônimos, que viralizam nos zap-zaps das redes sociais. O texto que nós roubamos do smartphone para reproduzir aqui no blog justifica, magistralmente, por que o Crime Institucionalizado tem hegemonia no Brasil da corrupção sistêmica. Se já leu, avance novos parágrafos adiante. Se for novidade, reflita seriamente sobre o que reproduzimos:
1. Um sujeito comprou uma geladeira nova e, para se livrar da velha, colocou-a em frente à casa com o aviso: "De graça. Se quiser, pode levar". A geladeira ficou três dias, sem receber um olhar dos passantes. Ele chegou à conclusão que as pessoas não acreditavam na oferta. Parecia bom demais pra ser verdade, e ele mudou o aviso: "Geladeira à venda por R$ 50,00". No dia seguinte, ela tinha sido roubada!
Cuidado! Esse tipo de gente vota!
2. Olhando uma casa para alugar, meu irmão perguntou à corretora de imóveis de que lado era o Norte, porque não queria que o sol o acordasse todas as manhãs. A corretora perguntou: "O sol nasce no norte?". Quando meu irmão explicou que o sol nasce no Leste (aliás, há um bom tempo isso acontece), ela disse: "Eu não me mantenho atualizada a respeito desse tipo de coisa".
Ela também vota!
3. Antigamente, eu trabalhava em suporte técnico num centro de atendimento a clientes em Manaus. Um dia, recebi um telefonema de um sujeito que perguntou em que horário o centro de atendimento estava aberto. Eu disse a ele: "O número que o senhor discou está disponível 24 horas por dia, 7 dias por semana. "Ele perguntou: "Pelo horário de Brasília ou pelo horário de Manaus?". Para acabar logo com o assunto, respondi: "Horário de Manaus".
Ele vota!
4. Meu colega e eu estávamos almoçando no restaurante self-service da empresa, quando ouvimos uma das assistentes administrativas falando a respeito das queimaduras de sol que ela havia tido, ao ir de carro ao litoral. Estava num conversível, por isso "não pensou que ficaria queimada, pois o carro estava em movimento".
Ela também vota!
5. Minha cunhada tem uma ferramenta salva-vidas no carro, projetada para cortar o cinto de segurança, se ela ficar presa nele. Ela guarda a ferramenta no porta malas!
Minha cunhada também vota!
6. Meus amigos e eu fomos comprar cerveja para uma festa, e notamos que os engradados tinham desconto de 10%. Como era uma festa grande, compramos 2 engradados. O caixa multiplicou 10% por 2 e nos deu um desconto de 20%.
Ele também vota!
7. Saí com um amigo e vimos uma mulher com um aro no nariz, atrelado à orelha por uma corrente, que terminava num brinco. Meu amigo disse: "Será que a corrente não dá um puxão a cada vez que ela vira a cabeça?". Expliquei que o nariz e a orelha de uma pessoa permanecem à mesma distância, independente da pessoa virar a cabeça ou não.
Meu amigo também vota!
8. Eu não conseguia achar minhas malas na área de bagagens do aeroporto. Fui então até o setor de bagagem extraviada e disse à mulher que minhas malas não tinham aparecido. Ela sorriu e me disse para não me preocupar, porque ela era uma profissional treinada e eu estava em boas mãos... "Apenas me informe: o seu avião já chegou?".
Ela também vota!
9. Esperando ser atendido numa pizzaria, observei um homem pedindo uma pizza para viagem. Ele estava sozinho e o pizzaiolo perguntou se ele preferia que a pizza fosse cortada em 4 pedaços ou em 6. Ele pensou algum tempo, antes de responder: "Corte em 4 pedaços... Acho que não estou com fome suficiente para comer 6 pedaços".
Adivinha???  Isso mesmo... Ele também vota!
Pronto! Agora você já sabe QUEM elege nossos políticos!
Para encerrar as breves reflexões sobre a “Putocracia”, nada melhor que narrar um crime que o “presidenciável” ou “presidiável” Luiz Inácio Lula da Silva dificilmente cometeria: o furto de livros. Um jovem de 18 anos de idade chegou a ser detido, segunda-feira passada, pelo furto de 379 livros da biblioteca de Itápolis, no interior de São Paulo. O rapaz responderá em liberdade pelo crime que não seria praticado por quem já declarou, publicamente, que não gosta de livros.
Em síntese: Os putos da vida devem apoiar a Intervenção Institucional que fechará as fábricas de burros e de ladrões...
Shit comparetion
Campanha Nacional de Desratização
Bela imagem viralizada pelo Marcelo Mahler no Facebook...
Piada séria
Outra piada mais séria ainda
Esquema em andamento

Sinal de rádio vindo de Ross 128, estrela a 11 anos-luz de distância, intriga astrônomos



Detecção original foi feita com a antena gigante de Arecibo (Foto: NAIC)
O QUE EXATAMENTE FOI DETECTADO?
O sinal consistiu em pulsos quase-periódicos, observados em 12 de maio e descobertos nos dados somente duas semanas depois. “Esse sinal não só se repetia com o tempo, mas também ia descendo pelo sintonizador do rádio, algo como um trombone indo de uma nova mais alta para uma mais baixa”, descreveu o astrônomo Seth Shostak, do Instituto SETI. “Isso era estranho, de fato.”
Diante do mistério, novas observações foram feitas por Arecibo no último domingo (16), em parceria com o Telescópio de Green Bank e o já mencionado Allen Telescope Array. Mas ainda não foram emitidas quaisquer conclusões sobre essas novas observações.
Ross 128 já esteve na lista de diversos programas de “escuta” SETI no passado, e nunca algo suspeito foi encontrado. Provavelmente, há uma explicação natural para essa nova descoberta — ou talvez a “clássica” interferência de rádio artificial vinda da Terra, que já “sabotou” tantos sinais promissores no passado. Mas, em ciência, nunca se pode tomar uma probabilidade por uma confirmação. É preciso checar. E os cientistas não estão perdendo tempo para fazer isso. Prometem analisar os novos dados até o final da semana.
“Claro que é possível que Ross 128 vá perder seu anonimato e se tornar o primeiro sistema estelar a mostrar boas evidências de inteligência extraterrestre”, provoca Shostak. “Mas é provável — pelo menos com base em experiências passadas — que iremos encontrar outra explicação, menos romântica, para o mistério que no momento envolve este objeto. Essa é, claro, uma ocorrência frequente para qualquer um que conduza exploração, e dificilmente é causa para desencorajamento; é, sim, um incentivo para continuarmos a busca.” DO 

PF aponta indícios de corrupção por ministros do TCU e senadores em Angra 3


Relatório cita o nome dos ministros Raimundo Correa e Aroldo Cedraz, do filho dele, Tiago Cedraz, e dos senadores listados Jucá, Renan e Lobão. Defesas ainda não se manifestaram.

Relatório da Polícia Federal enviado ao Supremo Tribunal Federal (STF) apontou indícios de corrupção passiva por parte do presidente do Tribunal de Contas da União (TCU), Raimundo Carreiro, do ministro da Corte Aroldo Cedraz, do filho dele - o advogado Tiago Cedraz -, e dos senadores Edison Lobão (PMDB-MA), Renan Calheiros (PMDB-AL) e Romero Jucá (PMDB-RR) em esquema para favorecer a empreiteira UTC nas obras da usina de Angra 3.
O G1 busca contato com os ministros do TCU. A assessoria de Renan e a defesa de Lobão e Jucá negaram envolvimento dos políticos (veja os posicionamentos na íntegra ao final desta reportagem).
A PF enviou relatório no começo do mês passado, assinado pela delegada Graziela Machado da Costa e Silva. O material já está sob análise da Procuradoria Geral da República (PGR), a quem cabe decidir se denuncia ou não os suspeitos. Só em caso de denúncia aceita pela Justiça os investigados viram réus.
O caso está sendo investigado desde junho de 2015 e tem como base a delação premiada do dono da empreiteira UTC, Ricardo Pessoa. Ele relatou aos investigadores que recebeu um pedido de dinheiro de Tiago Cedraz. O empreiteiro disse ainda que Cedraz deixou "antever que a importância solicitada, no valor de R$ 1 milhão, seria ao ministro Raimundo Carreiro, do Tribunal de Contas da União, relator do processo de Angra 3 no TCU”.
Outros delatores da Lava Jato - da Camargo Corrêa, Andrade Gutierrez e Odebrecht - confirmaram o esquema e envolveram também Aroldo Cedraz.
Na delação, Ricardo Pessoa afirmou que, após o pagamento de R$ 1 milhão a Tiago Cedraz, não houve problema com o contrato de Angra 3 no TCU. Nas palavras dele, “tudo fluiu”.
No relatório, a PF também aponta telefonemas em meio ao processo sobre a usina de Angra 3 que, segundo o documento, demonstra o tráfico de influência de Tiago Cedraz no tribunal de contas.
Além disso, os senadores envolvidos atuaram em defesa das empresas em troca de vantagens indevidas, segundo a Polícia Federal.
A delegada afirmou que os políticos aceitaram valores "pelo simples fato de serem integrantes da cúpula do partido que controlava o Ministério de Minas e Energia, com influência suficiente para interferir negativa ou positivamente na contratação ou execução de contratos firmados naquela seara".
Segundo ela, o STF, no processo do mensalão, entendeu que para configuração de corrupção não há necessidade de um ato de ofício certo ou determinado, um ato específico de contrapartida.
Em relação a Renan e Jucá, a PF aponta, além dos indícios de corrupção passiva, também os de lavagem de dinheiro.
"A solicitação de doação eleitoral feita em 2014 por Romero Jucá Filho e José Renan Vasconcelos Calheiros, abatida do montante estipulado por Edison Lobão, como ministro de Minas e Energia e liderança do PMDB em conjunto com os demais, e Ricardo Pessoa, como representante da empresa líder do consórcio Agramon, vencedor do processo licitatório para realização de obra de montagem eletromecânica da Usina de Angra 3, configura as condutas típicas de corrupção passiva e lavagem de dinheiro", diz o relatório.
"Ficou claro que os senadores foram remunerados pela representatividade dentro do PMDB e deste no Ministério de Minas Energia, ao qual estava vinculada a Eletronuclear, a quem o consórcio liderado pela empresa de Ricardo Pessoa havia firmado contrato para execução de obras da Usina Nuclear de Angra 3", afirma a PF no documento.
Segundo o relatório, também "restou demonstrada" a participação de Tiago Cedraz e dos ministros do TCU no esquema para favorecer as empresas.
"Quanto ao núcleo de apuração relativa ao Tribunal de Contas da União, também restou demonstrada participação ativa do advogado Tiago Cedraz, que mantinha notável influência e acesso a assessores e ministros daquela Corte, bem como dos ministros Aroldo Cedraz e Raimundo Carreiro, na solicitação de vantagens indevidas em decorrência da atuação nos processos de interesse de Ricardo Pessoa", diz outro trecho do relatório.
Para a delegada, "foram colhidos indícios suficientes de que a articulação buscada por Ricardo Pessoa, através de Tiago Cedraz, surtiu efeito". Ela listou como justificativa "a dinâmica do andamento processual na Corte de Contas e o comportamento dos ministros Aroldo Cedraz e Raimundo Carreiro".

Posicionamento dos senadores

Procurado pelo G1, o advogado Antônio Carlos de Almeida Castro, o Kakay – que faz a defesa dos senadores Edison Lobão e Romero Jucá – disse que o relatório da PF é a “prova mais evidente de que existe hoje uma criminalização da política”.
“A delegada chega a dizer que não seria necessário apontar a prática de qualquer ato ilegal ou legal por parte dos senadores. Há um reconhecimento claro e explícito de que se está simplesmente criminalizando o fato de se fazer parte da cúpula do PMDB. É um escândalo assumir desta maneira que a política por si só já é suficiente para que qualquer doação, sem que tenha a necessidade de apontar qualquer ilícito, faça parte de um esquema de corrupção”, declarou o advogado.
Por meio de sua assessoria, Renan Calheiros afirmou que a acusação é “totalmente infundada”.
“Eu sequer mantive qualquer tipo de relação com os responsáveis por essa obra. Me investigam há mais de 10 anos e nunca encontraram qualquer prova ou irregularidade nas minhas contas”, declarou o peemedebista.
Por Mariana Oliveira, TV Globo, Brasília

Marcos Valério assina acordo da delação premiada com a Polícia Federal

O procedimento, segundo a PF, foi encaminhado para avaliação do Supremo Tribunal Federal (STF); o Supremo não confirma a existência de tal processo.

O empresário Marcos Valério Fernandes assinou um acordo de delação premiada com a Polícia Federal no processo conhecido como mensalão tucano. A colaboração foi assinada no dia 6 de julho deste ano.
Valério foi condenado a 37 anos e 5 meses de prisão no julgamento do mensalão do PT e é réu em ação penal do mensalão tucano.
A informação foi confirmada pela Polícia Federal nesta quarta-feira (19). Como parte da conclusão da colaboração, o juiz da Vara de Execuções Penais de Contagem autorizou a transferência de Marcos Valério, que estava preso na Penitenciária Nelson Hungria, para a Associação de Proteção e Assistência aos Condenados (Apac), em Sete Lagoas, na Região Central de Minas Gerais.
De acordo com o despacho do juiz Wagner de Oliveira Cavalieri, "tal sentenciado é presumidamente possuidor de inúmeras informações de interessa da Justiça e da sociedade brasileira, motivo pelo qual inegável o interesse público em suas declarações sobre fatos ilícitos diversos que envolvem a república".
Segundo a PF, o processo foi encaminhado para o Supremo Tribunal Federal (STF). Marcos Valério já prestou vários depoimentos à corporação referentes à delação. A homologação do acordo está sob análise do STF porque há, no processo, investigados com foro privilegiado.
Já o Supremo não confirma a existência de tal processo porque acordos de colaborações premiadas correm em segredo de Justiça.
Procurado pelo G1, o advogado de Marcos Valério, Jean Robert Kobayashi Júnior, disse que não vai se manifestar sobre o acordo de delação premiada porque a defesa trata o assunto com "muita cautela". Mas, informou que a delação de seu cliente envolve o mensalão tucano e o que chamou de "outros assuntos", sem detalhar a que processos ele se refere.
Marcos Valério é levado por policiais após interrogatório no Fórum Lafayette, em Belo Horizonte, no processo do mensalão tucano (Foto: Raquel Freitas/G1)
Marcos Valério é levado por policiais após interrogatório no Fórum Lafayette, em Belo Horizonte, no processo do mensalão tucano (Foto: Raquel Freitas/G1)

Delação recusada

Em junho de 2016, a defesa de Valério entregou ao Ministério Público uma oferta de delação premiada sobre o mensalão tucano. Em 24 de março de 2017, a promotoria informou que não havia interesse por parte do órgão na delação do réu e recusou o procedimento.

O que diz a lei sobre colaboração premiada

A lei permite que acordos de colaboração premiada sejam fechados tanto pelo Ministério Público como por delegados de polícia, mas há uma disputa sobre essa competência. O procurador-geral da República, Rodrigo Janot, entrou com uma Adin (ação direta de inconstitucionalidade) no Supremo no ano passado para impedir os acordos com a polícia.
Assim como Valério, o publicitário Duda Mendonça fechou acordo com a PF depois de procuradores não se interessarem por suas revelações. Em 2005, Mendonça confessou à CPI dos Correios ter recebido R$ 10,5 milhões pela campanha à eleição de Lula via caixa 2.
Para Janot, “a legitimidade para oferecer e negociar acordos de colaboração premiada é privativa do Ministério Público” e a ele cabe “avaliar a utilidade das informações obtidas do colaborador”. A ação ainda não foi julgada.

Mensalão tucano

De acordo com a denúncia do Ministério Público estadual, o esquema teria desviado recursos para a campanha eleitoral de Eduardo Azeredo (PSDB), que concorria à reeleição ao governo do estado, em 1998.
Para a acusação, houve ato de improbidade administrativa por parte de Marcos Valério, Cristiano Paz e Ramon Holerbach quando R$ 3 milhões foram transferidos da Companhia de Saneamento de Minas Gerais (Copasa) e Companhia Mineradora de Minas Gerais (Comig) para a agência de publicidade SMP&B, da qual os três eram sócios à época.
A verba foi declarada como patrocínio para a realização do Enduro da Independência, evento que não chegou a ser nem licitado e não houve formalização de contrato.
Para a promotoria, esse dinheiro foi usado na campanha de reeleição do então governador de Minas, Eduardo Azeredo (PSDB), em 1998, através das agências de publicidade SMP&B e DNA, ambas dos três réus. Azeredo foi derrotado no pleito por Itamar Franco (PMDB).
Os três sócios foram interrogados na Justiça em Belo Horizonte dentro do julgamento da ação penal no dia 7 de abril deste ano. Todos os acusados negam envolvimento em crimes.
Azeredo foi condenado em primeira instância a 20 anos e 10 meses de prisão, em regime inicialmente fechado, pelos crimes de peculato e lavagem de dinheiro. Ele recorre em liberdade.DO G1

Por determinação de Moro, Banco Central bloqueia mais de R$ 606 mil das contas Lula

A Justiça também ordenou o sequestro e arresto de três apartamentos, um terreno e dois carros do ex-presidente.

Lula teve R$ 606.727,12 bloqueados de contas bancárias (Foto: Andre Penner/AP)
Lula teve R$ 606.727,12 bloqueados de contas bancárias (Foto: Andre Penner/AP)
Depois da determinação do juiz federal Sérgio Moro, responsável pelos processos da Operação Lava Jato na primeira instância, o Banco Central (BC) bloqueou R$ 606.727,12 de contas bancárias do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT).
Além disso, houve sequestro e arresto de dois carros, três apartamentos e um terreno, em São Bernardo do Campo (SP). O sequestro e o arresto são medidas cautelares que evitam que o réu se desfaça de bens ou valores que podem ser entregues à Justiça após decisão definitiva. No momento, o ex-presidente pode usufruir dos bens, mas não pode vendê-los ou repassá-los a outras pessoas.
Lula foi condenado a 9 anos e seis meses de prisão por corrupção passiva e lavagem de dinheiro no processo da Lava Jato envolvendo um triplex em Guarujá. A força-tarefa da Lava Jato acusou o ex-presidente de receber o apartamento da construtora OAS como propina por contratos na Petrobras. O ex-presidente nega.
O aviso do BC a Moro sobre o bloqueio foi feito na tarde de terça-feira (18). O processo tramitava em segredo de Justiça. A medida, de acordo com o juiz federal, pretende garantir “a reparação dos danos decorrentes do crime”.
Segundo Moro, ficou reconhecido que contrato entre o Consórcio Conest/Rnest gerou cerca de R$ 16 milhões em vantagem indevida a agentes do PT. Ainda conforme o juiz, dessa quantia, R$ 2.252.472 foram para o ex-presidente por meio do apartamento triplex.
Dos R$ 16 milhões, o juiz descontou o valor do triplex, dos três apartamentos, do terreno e dos dois carros e determinou que a diferença fosse bloqueada de contas bancárias até o limite de R$ 10 milhões.

O bloqueio

O pedido de bloqueio foi feito pelo Ministério Público Federal (MPF), em outubro de 2016, antes da sentença que condenou o ex-presidente. O despacho em que Moro autorizou o bloqueio do dinheiro é de 14 de julho deste ano.
Os R$ 606.727,12 foram encontrados em quatro contas do ex-presidente:
  • R$ 397.636,09 no Banco do Brasil;
  • R$ 123.831,05 no Caixa Econômica Federal;
  • R$ 63.702,54 no Bradesco;
  • R$ 21.557,44 no Itaú.
O MPF chegou a pedir a constrição do veículo Ford F1000, de 1984. Entretanto, Moro negou pela antiguidade do veículo.

Lula condenado

No dia 12 de julho, Moro condenou o ex-presidente a 9 anos e 6 meses de prisão pelos crimes de corrupção passiva e de lavagem de dinheiro. Ele pode recorrer em liberdade.
A acusação é pela ocultação da propriedade de uma cobertura triplex em Guarujá, no litoral paulista, recebida como propina da empreiteira OAS, em troca de favores na Petrobras.
Na avaliação dos advogados que representam Lula, Moro teve atuação política na sentença. Esta foi a primeira vez na história que um ex-ocupante da Presidência foi condenado por um crime comum no Brasil.
Depois da sentença, a defesa do ex-presidente, então, pediu esclarecimentos sobre 10 tópicos da decisão de Moro. Esse recurso apresentado chama-se "embargos de declaração" e é usado como instrumento por advogados para solicitar ao juiz revisão de pontos da sentença.