quinta-feira, 6 de julho de 2017

Disuelven al grupo de investigación del caso Lava Jato



La policía federal brasileña cerrará el grupo operativo asignado a una enorme investigación de corrupción, lo que posiblemente generará cuestiones acerca de si las autoridades intentan obstaculizar la pesquisa.
AP
Jul 6, 2017 |
17:55

La policía federal brasileña cerrará el grupo operativo asignado a una enorme investigación de corrupción, lo que posiblemente generará cuestiones acerca de si las autoridades intentan obstaculizar la pesquisa.
La investigación conocida como “Operación Lava Jato” ha enviado a la cárcel a altos políticos y empresarios, además de derivar en acusaciones contra el presidente Michel Temer.
La policía federal en la ciudad de Curitiba indicó el jueves que los agentes del grupo operativo se integrarán a una división anticorrupción.
La medida significa que los agentes ya no se enfocarán exclusivamente en los casos de la “Operación Lava Jato”. También cuenta con una importancia simbólica, ya que el grupo de trabajo, junto con los fiscales y jueces de Curitiba, encabezaron la pesquisa.
En mayo pasado, fiscales y agentes se quejaron cuando se redujo el tamaño del grupo, al afirmar que dificultaría su trabajo. DO EL ECONOMISTA

Policía brasileña cierra comisión de pesquisa “Lava Jato”



La policía federal brasileña cerrará el grupo operativo asignado a una enorme investigación de corrupción, lo que posiblemente generará cuestiones acerca de si las autoridades intentan obstaculizar la pesquisa.
La investigación conocida como “Operación Lava Jato” ha enviado a la cárcel a altos políticos y empresarios, además de derivar en acusaciones contra el presidente Michel Temer.
La policía federal en la ciudad de Curitiba indicó el jueves que los agentes del grupo operativo se integrarán a una división anticorrupción.
La medida significa que los agentes ya no se enfocarán exclusivamente en los casos de la “Operación Autolavado”. También cuenta con una importancia simbólica, ya que el grupo de trabajo, junto con los fiscales y jueces de Curitiba, encabezaron la pesquisa.
En mayo pasado, fiscales y agentes se quejaron cuando se redujo el tamaño del grupo, al afirmar que dificultaría su trabajo.DO TELEMETRO.COM

NOTA DOS PROCURADORES SOBRE O FIM DO GRUPO DE TRABALHO DA PF NA LAVA JATO EM CURITIBA

Fim do Grupo de Trabalho da Polícia Federal na Lava Jato é imenso retrocesso nas investigações.
Hoje, divulgamos nota oficial da Força Tarefa dos procuradores sobre o assunto. Se queremos que a Lava Jato continue recuperando bilhões e responsabilizando dezenas de pessoas por corrupção, é preciso que a sociedade garanta a continuidade dos trabalhos.
"Os procuradores da República da força-tarefa da Lava Jato em Curitiba (PR) vêm manifestar sua discordância em relação à dissolução do Grupo da Lava Jato no âmbito Polícia Federal.
1. A Operação Lava Jato investiga corrupção bilionária praticada por centenas de pessoas, incluindo ocupantes atuais e pretéritos de altos postos do Governo Federal. Foram realizadas 844 buscas e apreensões em 41 fases que ensejaram a apreensão de um imenso volume de materiais – apenas na primeira fase, foram mais de 80 mil documentos. São rastreadas, hoje, mais de 21 milhões de transações que envolvem mais de R$ 1,3 trilhão. Já foram acusadas por crimes graves como corrupção, lavagem de dinheiro e organização criminosa mais de 280 pessoas, e centenas de outras permanecem sob investigação. Embora já tenham sido recuperados, de modo inédito, mais de R$ 10 bilhões, há um potencial de recuperação de muitos outros bilhões, se os esforços de investigação prosseguirem.
2. A anunciada integração, na Polícia Federal, do Grupo de Trabalho da Lava Jato à Delegacia de Combate à Corrupção e Desvio de Verbas Públicas, após a redução do número de delegados a menos de metade, prejudica as investigações da Lava Jato e dificulta que prossigam com a eficiência com que se desenvolveram até recentemente.
3. O efetivo da Polícia Federal na Lava Jato, reduzido drasticamente no governo atual, não é adequado à demanda. Hoje, o número de inquéritos e investigações é restringido pela quantidade de investigadores disponível. Há uma grande lista de materiais pendentes de análise e os delegados de polícia do caso não têm tido condições de desenvolver novas linhas de investigação por serem absorvidos por demandas ordinárias do trabalho acumulado.
4. A redução e dissolução do Grupo de Trabalho da Polícia Federal não contribui para priorizar ainda mais as investigações ou facilitar o intercâmbio de informações. Pelo contrário, a distribuição das investigações para um número maior de delegados e a ausência de exclusividade na Lava Jato prejudicam a especialização do conhecimento e da atividade, o desenvolvimento de uma visão do todo, a descoberta de interconexões entre as centenas de investigados e os resultados.
5. A necessidade evidente de serviço, decorrente inclusive do acordo feito com a Odebrecht, determinou que a equipe do Ministério Público Federal na Lava Jato em Curitiba tenha aumentado, o que ocorreu em paralelo ao aumento das equipes da Lava Jato no Rio de Janeiro, São Paulo e Brasília, no mesmo período em que a Polícia Federal reduziu a equipe e dissolveu o Grupo de Trabalho da Lava Jato em Curitiba.
6. A Polícia Federal, assim como a Receita Federal, são parceiras indispensáveis nos trabalhos da Lava Jato. Reconhece-se ainda a dedicação do superintendente da Polícia Federal no Paraná, Rosalvo Franco, e do Delegado de Polícia Federal Igor de Paula, às investigações. Contudo a medida tornada pública nesta quinta-feira (6) é um evidente retrocesso. Por isso o Ministério Público Federal espera que a decisão possa ser revista, com a consequente reversão da diminuição de quadros e da dissolução do Grupo de Trabalho da Polícia Federal na Lava Jato, a fim de que possam prosseguir regularmente e com eficiência as investigações contra centenas de pessoas e de que os bilhões desviados possam continuar a ser recuperados."
Lava Jato – Acompanhe todas as informações oficiais do MPF sobre a Operação Lava Jato no site www.lavajato.mpf.mp.br.
10 Medidas – O combate à corrupção é um compromisso do Ministério Público Federal. Para que a prevenção e o combate à corrupção existam de modo efetivo, o MPF apresentou ao Congresso Nacional um conjunto de dez medidas distribuídas em três frentes: prevenir a corrupção (implementação de controles internos, transparência, auditorias, estudos e pesquisas de percepção, educação, conscientização e marketing); sancionar os corruptos com penas apropriadas e acabar com a impunidade; criar instrumentos para a recuperação satisfatória do dinheiro desviado. Saiba mais em www.10medidas.mpf.mp.br.
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Nota da Força Tarefa da Lava Jato -

Dissolução do Grupo de Trabalho da Lava Jato na Polícia Federal prejudica as investigações
Os procuradores da República da Força Tarefa da Lava Jato em Curitiba vêm manifestar sua discordância em relação à dissolução do Grupo da Lava Jato no âmbito Polícia Federal.
1. A operação Lava Jato investiga corrupção bilionária praticada por centenas de pessoas, incluindo ocupantes atuais e pretéritos de altos postos do Governo Federal. Foram realizadas 844 buscas e apreensões em 41 fases que ensejaram a apreensão de um imenso volume de materiais – apenas na primeira fase, foram mais de 80 mil documentos. São rastreadas hoje mais de 21 milhões de transações que envolvem mais de R$ 1,3 trilhão. Já foram acusadas por crimes graves como corrupção, lavagem de dinheiro e organização criminosa mais de 280 pessoas, e centenas de outras permanecem sob investigação. Embora já tenham sido recuperados, de modo inédito, mais de R$ 10 bilhões, há um potencial de recuperação de muitos outros bilhões, se os esforços de investigação prosseguirem.
2. A anunciada integração, na Polícia Federal, do Grupo de Trabalho da Lava Jato à Delegacia de Combate à Corrupção e Desvio de Verbas Públicas, após a redução do número de delegados a menos de metade, prejudica as investigações da Lava Jato e dificulta que prossigam com a eficiência com que se desenvolveram até recentemente.
3. O efetivo da Polícia Federal na Lava Jato, reduzido drasticamente no governo atual, não é adequado à demanda. Hoje, o número de inquéritos e investigações é restringido pela quantidade de investigadores disponível. Há uma grande lista de materiais pendentes de análise e os delegados de polícia do caso não têm tido condições de desenvolver novas linhas de investigação por serem absorvidos por demandas ordinárias do trabalho acumulado.
4. A redução e dissolução do Grupo de Trabalho da Polícia Federal não contribui para priorizar ainda mais as investigações ou facilitar o intercâmbio de informações. Pelo contrário, a distribuição das investigações para um número maior de delegados e a ausência de exclusividade na Lava Jato prejudicam a especialização do conhecimento e da atividade, o desenvolvimento de uma visão do todo, a descoberta de interconexões entre as centenas de investigados e os resultados.
5. A necessidade evidente de serviço, decorrente inclusive do acordo feito com a Odebrecht, determinou que a equipe do Ministério Público Federal na Lava Jato em Curitiba tenha aumentado, o que ocorreu em paralelo ao aumento das equipes da Lava Jato no Rio de Janeiro, São Paulo e Brasília, no mesmo período em que a Polícia Federal reduziu a equipe e dissolveu o Grupo de Trabalho da Lava Jato em Curitiba.
6. A Polícia Federal, assim como a Receita Federal, são parceiras indispensáveis nos trabalhos da Lava Jato. Reconhece-se ainda a dedicação do superintendente da Polícia Federal no Paraná, Rosalvo Franco, e do Delegado de Polícia Federal Igor de Paula, às investigações. Contudo, a medida tornada pública hoje é um evidente retrocesso. Por isso, o Ministério Público Federal espera que a decisão possa ser revista, com a consequente reversão da diminuição de quadros e da dissolução do Grupo de Trabalho da Polícia Federal na Lava Jato, a fim de que possam prosseguir regularmente e com eficiência as investigações contra centenas de pessoas e de que os bilhões desviados possam continuar a ser recuperados.

Temer cavou sua cova ao dar as costas à ética

Josias de Souza

Michel Temer está aborrecido. Um auxiliar do presidente conta que ele se considera injustiçado. Reclama da imprensa, que não reconhece os seus feitos. Queixa-se da Procuradoria, que atrapalha o seu sucesso. Temer diz que herdou de Dilma o caos. E, com coragem, tirou o país do buraco.
Mesmo reservadamente, o presidente fala de si mesmo como se fosse um ser especial. Não é o cinismo de Temer que espanta. O que assusta é que ele acredita mesmo que tem uma missão de inspiração divina e, portanto, indiscutível.
Com apenas 7% de popularidade, o presidente não dispõe do suporte da sociedade. E perde em ritmo preocupante o apoio do Congresso e do empresariado. Mas Temer fala do seu governo e de suas realizações, em público e entre quatro paredes, como se estivesse acometido do pior tipo de ilusão: a ilusão de que preside.
Antes de viajar para a reunião do G-20, na Alemanha, Temer jogou na internet um vídeo ufanista. Nele, enumerou as conquistas que se autoatribui. E disse que o Brasil já é outro. Tem razão.
Quando Temer assumiu, referia-se à Lava Jato como uma referência a ser protegida. Hoje, seus ministros e apoiadores estão presos ou sitiados por inquéritos. E o presidente foi denunciado por corrupção.
Temer cometeu o erro primário de imaginar que poderia governar de costas para a ética. E acha que não se deve comprometer a salvação do país por algo tão supérfluo como a moralidade.

Dissolução da Lava Jato ‘prejudica investigações’ sobre corrupção bilionária, alerta Procuradoria

Força-tarefa do Ministério Público Federal afirma em nota pública que a integração da equipe de policiais federais à Delegacia de Combate à Corrupção e Desvio de Verbas Públicas, dificulta as apurações 'com a eficiência com que se desenvolveram até recentemente'


Os procuradores da República, na força-tarefa da Operação Lava Jato, no Paraná, afirmou em nota nesta quinta-feira, 6, que o desmonte do grupo exclusivo da Polícia Federal na investigação ‘prejudica’ as apurações. A força-tarefa manifestou ‘discordância’ em relação à dissolução do grupo de trabalho dos policiais federais.
“O efetivo da Polícia Federal na Lava Jato, reduzido drasticamente no governo atual, não é adequado à demanda. Hoje, o número de inquéritos e investigações é restringido pela quantidade de investigadores disponível. Há uma grande lista de materiais pendentes de análise e os delegados de polícia do caso não têm tido condições de desenvolver novas linhas de investigação por serem absorvidos por demandas ordinárias do trabalho acumulado”, diz a nota.
+ PF desfaz grupo exclusivo da Lava Jato em Curitiba
A Polícia Federal informou nesta quinta que os grupos de trabalho dedicados às operações Lava Jato e Carne Fraca agora passam a integrar a Delegacia de Combate à Corrupção e Desvio de Verbas Públicas (Delecor), braço da Superintendência no Paraná – base e origem das duas grandes investigações. Em nota oficial, a PF nega que a Lava Jato esteja em processo de desmonte.
A corporação afirma que a fusão dos elencos da Lava Jato e da Carne Fraca visa ‘priorizar ainda mais as investigações de maior potencial de dano ao erário’. O texto destaca que a medida ‘permite o aumento do efetivo especializado no combate à corrupção e lavagem de dinheiro e facilita o intercâmbio de informações’.
Para força-tarefa dos procuradores, a ‘redução e dissolução’ do grupo da PF ‘não contribui para priorizar ainda mais as investigações ou facilitar o intercâmbio de informações’.
“Pelo contrário, a distribuição das investigações para um número maior de delegados e a ausência de exclusividade na Lava Jato prejudicam a especialização do conhecimento e da atividade, o desenvolvimento de uma visão do todo, a descoberta de interconexões entre as centenas de investigados e os resultados”, anotaram os procuradores.
LEIA A ÍNTEGRA DA NOTA
Nota da Força Tarefa da Lava Jato
Dissolução do Grupo de Trabalho da Lava Jato na Polícia Federal prejudica as investigações
Os procuradores da república da força-tarefa da Lava Jato em Curitiba vêm manifestar sua discordância em relação à dissolução do Grupo da Lava Jato no âmbito Polícia Federal.
1. A operação Lava Jato investiga corrupção bilionária praticada por centenas de pessoas, incluindo ocupantes atuais e pretéritos de altos postos do Governo Federal. Foram realizadas 844 buscas e apreensões em 41 fases que ensejaram a apreensão de um imenso volume de materiais – apenas na primeira fase, foram mais de 80 mil documentos. São rastreadas hoje mais de 21 milhões de transações que envolvem mais de R$ 1,3 trilhão. Já foram acusadas por crimes graves como corrupção, lavagem de dinheiro e organização criminosa mais de 280 pessoas, e centenas de outras permanecem sob investigação. Embora já tenham sido recuperados, de modo inédito, mais de R$ 10 bilhões, há um potencial de recuperação de muitos outros bilhões, se os esforços de investigação prosseguirem.
2. A anunciada integração, na Polícia Federal, do Grupo de Trabalho da Lava Jato à Delegacia de Combate à Corrupção e Desvio de Verbas Públicas, após a redução do número de delegados a menos de metade, prejudica as investigações da Lava Jato e dificulta que prossigam com a eficiência com que se desenvolveram até recentemente.
3. O efetivo da Polícia Federal na Lava Jato, reduzido drasticamente no governo atual, não é adequado à demanda. Hoje, o número de inquéritos e investigações é restringido pela quantidade de investigadores disponível. Há uma grande lista de materiais pendentes de análise e os delegados de polícia do caso não têm tido condições de desenvolver novas linhas de investigação por serem absorvidos por demandas ordinárias do trabalho acumulado.
4. A redução e dissolução do Grupo de Trabalho da Polícia Federal não contribui para priorizar ainda mais as investigações ou facilitar o intercâmbio de informações. Pelo contrário, a distribuição das investigações para um número maior de delegados e a ausência de exclusividade na Lava Jato prejudicam a especialização do conhecimento e da atividade, o desenvolvimento de uma visão do todo, a descoberta de interconexões entre as centenas de investigados e os resultados.
5. A necessidade evidente de serviço, decorrente inclusive do acordo feito com a Odebrecht, determinou que a equipe do Ministério Público Federal na Lava Jato em Curitiba tenha aumentado, o que ocorreu em paralelo ao aumento das equipes da Lava Jato no Rio de Janeiro, São Paulo e Brasília, no mesmo período em que a Polícia Federal reduziu a equipe e dissolveu o Grupo de Trabalho da Lava Jato em Curitiba.
6. A Polícia Federal, assim como a Receita Federal, são parceiras indispensáveis nos trabalhos da Lava Jato. Reconhece-se ainda a dedicação do superintendente da Polícia Federal no Paraná, Rosalvo Franco, e do Delegado de Polícia Federal Igor de Paula, às investigações. Contudo, a medida tornada pública hoje é um evidente retrocesso. Por isso, o Ministério Público Federal espera que a decisão possa ser revista, com a consequente reversão da diminuição de quadros e da dissolução do Grupo de Trabalho da Polícia Federal na Lava Jato, a fim de que possam prosseguir regularmente e com eficiência as investigações contra centenas de pessoas e de que os bilhões desviados possam continuar a ser recuperados. DO ESTADÃO

PF acaba com grupo de trabalho da Lava Jato em Curitiba

Decisão foi comunicada informalmente aos últimos quatro delegados da equipe; investigadores da polícia e procuradores da República temem pelas consequências à operação

MURILO RAMOS E DIEGO ESCOSTEGUY
06/07/2017 - 13h28 - Atualizado 06/07/2017 15h18
A Polícia Federal resolveu pôr fim ao grupo de trabalho da Operação Lava Jato em Curitiba. A decisão, segundo três fontes com conhecimento direto do fato, foi comunicada informalmente aos quatro delegados que ainda restavam no chamado GT da operação – o jargão que a polícia usa para se referir a uma força-tarefa. Espera-se a formalização do desmanche no próximo boletim interno da Superintendência da PF no Paraná, que deverá sair na segunda-feira. Em Curitiba, atribui-se a decisão ao diretor-geral da PF, Leandro Daiello.
>> Procuradores da Lava Jato ameaçam abandonar os cargos se Raquel Dodge assumir chefia do MPF
Os delegados e agentes voltarão a ser lotados na Delegacia de Repressão à Corrupção e Crimes Financeiros, a Delecor. Deixarão de se dedicar exclusivamente à Lava Jato, passando a dividir casos da operação com quaisquer outras investigações. Não há dúvida entre os investigadores de que a produção de provas em processos altamente relevantes – como os dos ex-presidentes Lula e Dilma Rousseff, entre dezenas de outros – será severamente prejudicada. O mesmo vale para novas frentes de investigação sigilosas, envolvendo, entre outros, operadores e políticos do PMDB e do PSDB. Diante da escassez de recursos e pessoal, novas fases da operação podem nem sequer ser deflagradas, de acordo com procuradores da República e uma fonte no GT da polícia. “É uma asfixia”, diz um dos investigadores.
Diretor Geral da Polícia Federal, Leandro Daiello (Foto: Charles Sholl/Futura Press)
O desmanche do GT não é uma surpresa dentro da PF. Encerra uma longa agonia, que já durava mais de um ano, apesar dos esforços da direção local no Paraná em manter os trabalhos. Aos poucos, o número de delegados foi caindo. De nove, nos bons tempos da operação, para somente quatro – sem contar a diminuição de agentes, escrivães e peritos. Os principais investigadores da PF em Curitiba deixaram a Lava Jato: Érika Marena, Eduardo Maut e Márcio Anselmo. Com eles, foi embora também boa parte da memória da operação, um ativo essencial num caso tão amplo e complexo – a maior investigação de corrupção da história da PF. Delegados, procuradores e outros responsáveis pela Lava Jato em Curitiba são unânimes em apontar, reservadamente, uma queda acentuada na velocidade e na qualidade do trabalho da PF após a saída dos três. “Os três eram o motor da polícia na operação”, resume uma das principais lideranças da Lava Jato.
A interlocutores, delegados em Brasília, entre eles o próprio Leandro Daiello, comentavam que a investigação em Curitiba estava esfriando e que a equipe não seria mais necessária em razão de uma suposta falta de demanda. Todos em Curitiba – inclusive na PF e no MPF – discordam dessa justificativa. “Temos coisas para fazer e não temos para quem pedir porque eles estão assoberbados de trabalho ordinário”, diz um procurador. “Não têm tempo para desenvolver novas frentes de investigação. Isso se reflete também na ausência de novas operações.” É incontroverso que há centenas de mídias apreendidas nas fases anteriores da operação ainda sem análise.
>> A fase decisiva da Lava Jato
>> A Lava Jato depende de Edson Fachin
Os três principais delegados saíram da operação após meses de constante atrito com a Direção-Geral da PF, em função de divergências quanto aos rumos da operação – desgaste que, segundo fontes no GT, aprofundou-se depois da fase 24 da Lava Jato, que mirou o ex-presidente Lula. Delegados e agentes, especialmente os que aceitaram mudar de estado para compor provisoriamente o GT, também reclamavam do que julgavam ser uma inaceitável ausência mínima de condições de trabalho: diárias muito baixas e o acúmulo de casos no cargo de origem – o estoque de investigações subia normalmente enquanto estivessem na Lava Jato; o trabalho seria imenso quando regressassem de Curitiba. “Tínhamos de praticamente pagar para trabalhar”, diz um deles, que aceitou falar somente reservadamente, por medo de represálias. “E ainda por cima faltavam braços para ajudar.” Outro completa: “É uma pena. A PF poderia ter ido muito mais longe.”
>> Integrante do grupo de trabalho da Lava Jato detona lei de repatriação de recursos
Procurada por EXPRESSO, a Direção-Geral da PF confirmou o fim do grupo de trabalho. Mas negou que haverá consequências ruins para a Lava Jato em Curitiba. Em nota, a PF diz:
1. Os grupos de trabalho dedicados às operações Lava Jato e Carne Fraca passam a integrar a Delegacia de Combate à Corrupção e Desvio de Verbas Públicas (DELECOR);
2. A medida visa priorizar ainda mais as investigações de maior potencial de dano ao erário, uma vez que permite o aumento do efetivo especializado no combate à corrupção e lavagem de dinheiro e facilita o intercâmbio de informações;
3. Também foi firmado o apoio de policiais da Superintendência do Espírito Santo, incluindo dois ex-integrantes da Operação Lava Jato;
4. O modelo é o mesmo adotado nas demais superintendências da PF com resultados altamente satisfatórios, como são exemplos as operações oriundas da Lava Jato deflagradas pelas unidades do Rio de Janeiro, Distrito Federal e São Paulo, entre outros;
5. O atual efetivo na Superintendência Regional no Paraná está adequado à demanda e será reforçado em caso de necessidade;
6. A Polícia Federal reafirma o compromisso público de combate à corrupção, disponibilizando toda a estrutura e logística possível para o bom desenvolvimento dos trabalhos e esclarecimento dos crimes investigados. DA REVISTA ÉPOCA

Caso Aécio: Senado injetou troça no escândalo

Josias de Souza

Impossível acompanhar o noticiário político sem notar que há cadáveres demais nas manchetes. Junto com o cheiro de enxofre, fareja-se uma fome de limpeza no ar. Com quase um terço dos seus membros enrolados na Lava Jato, o Senado é parte do problema. Mas perdeu, além do recato, o olfato. E não tem a mais remota intenção de virar parte da solução.
Por 11 votos a 4, o Conselho de Ética (?!?) confirmou o arquivamento do pedido de cassação do mandato de Aécio Neves (PSDB-MG), pilhado em gravações pedindo R$ 2 milhões ao delator Joesley Batista. Dinheiro repassado na sequência, em malas e mochilas, a um primo do grão-duque do tucanato.
Num país lógico, os senadores não se atreveriam a arquivar acusações de corrupção sem um exame criterioso. Até para arquivar, é preciso saber do que se trata. Mas se o Senado fosse feito de lógica, faltaria material.
Costuma-se dizer que o brasileiro não tem memória. No caso dos senadores, o problema é outro: falta-lhes um mínimo de curiosidade. Com seu descaso, os membros do Conselho de Ética (?!?) injetaram troça no escândalo.

Magistrados pernambucanos pedem abertura do processo criminal contra presidente Temer


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A Frente Associativa da Magistratura e do Ministério Público de Pernambuco (Frentas/PE) lançou nesta quinta-feira, 6 de junho de 2017, uma carta aberta dirigida aos deputados federais do Estado, solicitando voto a favor da autorização da abertura de processo criminal contra o presidente da República, Michel Temer.
O documento foi encaminhado na tarde de hoje por meio físico e virtual aos parlamentares.
A entidade foi criada depos da proposta de reforma da Previdência, que combate, e reune a Associação do Ministério Público de Pernambuco (AMPPE), da Associação dos Magistrados do Estado de Pernambuco (AMEPE) e da Associação dos Magistrados do Trabalho da 6ª Região (AMATRA VI).
Magistrados e membros do Ministério Público debatem reforma trabalhista e previdenciária com o governador Paulo Câmara
Veja abaixo a íntegra da carta
Ciente do compromisso de Vossa Excelência em bem representar o povo pernambucano, a Frente Associativa da Magistratura e do Ministério Público em Pernambuco, integrada pelas entidades subscritoras, solicita exame acurado na definição do voto por ocasião da apreciação da autorização para abertura de processo criminal contra o senhor Presidente da República.
Observamos que os fatos narrados na peça de acusação apresentada pela Procuradoria-Geral da República são gravíssimos e de conhecimento público. A denúncia encontrase devidamente lastreada em farto material probatório, conforme amplamente divulgado pela imprensa. O imputado, em pronunciamento à nação, confessou que manteve encontro às escondidas com o empresário Joesley Batista do grupo JBS, sendo tudo gravado e periciado pela Polícia Federal. Na sequência, prova da materialidade foi colhida em ação controlada, com filmagem de corréu recebendo mala de dinheiro.
Se mais nada tivesse sido colhido pela PGR, o que não é caso, o singelo relato acima produzido seria mais que suficiente para concluir pela viabilidade da ação penal. Lembramos da previsão legal segundo a qual para abertura de processo criminal basta a prova da materialidade e indícios de autoria, requisitos que sobejam no caso concreto.
Bem compreendemos a natureza jurídico-política das manifestação do Parlamento. Sabemos, igualmente, não se tratar de exame de mérito da culpabilidade do denunciado, esta de exclusiva responsabilidade do Supremo Tribunal Federal e que somente ocorrerá após o regular exercício do direito de defesa em sua plenitude, caso ultrapassada a fase de admissibilidade na Câmara dos Deputados. Contudo, as entidades de classe da Magistratura e do Ministério Público em nosso Estado sentemse na obrigação de externar a preocupação de nossos associados diante do singular momento histórico, notadamente quando se anuncia nos meios de comunicação que o governo do acusado estaria negociando a liberação de emendas parlamentares ou a manutenção de cargos na estrutura do Poder Executivo em troca de apoio na referida votação. A história de bravura do povo pernambucano é incompatível com o conluio para impedir o funcionamento das instituições, não sendo válido o argumento do pragmatismo econômico, pois a ética e a honestidade precedem qualquer análise.
De outro lado, a eventual ausência na sessão deliberativa da matéria, com todo o respeito que merecem os parlamentares, será compreendida pela sociedade como movimento de apoio ao trancamento das investigações, com o gravame da falta de coragem em externar a posição.
Por fim, reiteramos a confiança em Vossa Excelência, mas não nos furtaremos de afirmar que eventual negativa da autorização para que o Supremo Tribunal Federal proceda com a análise técnica acerca do recebimento ou não da denúncia não passará incólume aos olhos daqueles que desejam, de fato, uma nação melhor e que efetivamente trate a todos de forma isonômica. Nunca é demais repetir: ninguém, absolutamente ninguém, está acima da lei em uma República.
Recife, 6 de julho de 2017.
Roberto Brayner
Presidente da Associação do Ministério Público de Pernambuco (AMPPE)
Emanuel Bonfim
Presidente da Associação dos Magistrados de Pernambuco (AMEPE)
José Adelmy Acioli
Presidente da Associação dos Magistrados da Justiça do Trabalho da 6ª Região (AMATRA VI) DO JAMILDO

PF acaba com grupo de trabalho exclusivo da Lava Jato em Curitiba

Anúncio foi feito nesta quinta-feira (6); 'medida pretende priorizar ainda mais as investigações de maior potencial de dano ao erário', conforme a Polícia Federal (PF).

A Polícia Federal (PF) encerrou o grupo de trabalho exclusivo da Operação Lava Jato em Curitiba. Agora, a equipe fará parte da Delegacia de Combate à Corrupção e Desvio de Verbas Públicas (Delecor). A medida também será adotada para a Operação Carne Fraca. A decisão foi confirmada nesta quinta-feira (6) em nota enviada à imprensa, após reportagem do site da revista Época.
A PF afirmou que a mudança pretende "priorizar ainda mais as investigações de maior potencial de dano ao erário, uma vez que permite o aumento do efetivo especializado no combate à corrupção e lavagem de dinheiro e facilita o intercâmbio de informações".
De acordo com a PF, essas investigações passam a ter 70 policiais. A Polícia Federal afirmou que, nestes mais de três anos de Operação Lava Jato, a equipe chegou a ter 50 policiais.
A iniciativa, conforme divulgado, partiu do delegado Igor Romário de Paula, que é o coordenador da Operação Lava Jato no Paraná, e foi acatada pelo Superintendente Regional da Polícia Federal, delegado Rosalvo Franco.
Para a instituição, a medida aumenta o efetivo especializado no combate à corrupção e lavagem de dinheiro e também facilita o intercâmbio de informações.
"Com a nova sistemática de trabalho, nenhum dos delegados atuantes na Lava Jato terá aumento de carga de trabalho, mas, ao contrário, ela será reduzida em função da incorporação de novas autoridades policiais", diz trecho da nota.
A polícia ainda reforçou que "trabalha arduamente para o êxito das investigações, garantindo toda a estrutura e logística necessária para o esclarecimento dos crimes investigados". De acordo com a PF, as duas investigações
A PF ressaltou ainda que as investigações da Operação Lava Jato não se concentram apenas em Curitiba, com ramificações no Distrito Federal e outros dezesseis estados.

Veja a íntegra da nota abaixo:

"Sobre a nota “PF acaba com grupo de trabalho da Lava Jato em Curitiba”, veiculada no portal da revista Época, a Polícia Federal informa:
1. Tendo em vista que cada delegado do Grupo de Trabalho da Lava Jato possuía cerca de vinte inquéritos cada um, essa equipe, juntamente com o Grupo de Trabalho da Operação Carne Fraca, passou a integrar a Delegacia de Combate à Corrupção e Desvio de Verbas Públicas (DELECOR);
2. A medida visa priorizar ainda mais as investigações de maior potencial de dano ao erário, uma vez que permite o aumento do efetivo especializado no combate à corrupção e lavagem de dinheiro e facilita o intercâmbio de informações;
3. Com a nova sistemática de trabalho, nenhum dos delegados atuantes na Lava Jato terá aumento de carga de trabalho, mas, ao contrário, ela será reduzida em função da incorporação de novas autoridades policiais;
4. O número de policiais dedicados a essas investigações chega a 70;
5. A iniciativa da integração coube ao Delegado Regional de Combate ao Crime Organizado do Paraná, delegado Igor Romário de Paula, coordenador da Operação Lava Jato no estado, e foi corroborada pelo Superintendente Regional, delegado Rosalvo Franco;
6. O modelo é o mesmo adotado nas demais superintendências da PF com resultados altamente satisfatórios, como são exemplos as operações oriundas da Lava Jato deflagradas pelas unidades do Rio de Janeiro, Distrito Federal e São Paulo, entre outros;
7. Também foi firmado o apoio de policiais da Superintendência do Espírito Santo, incluindo os delegados Márcio Anselmo e Luciano Flores, ex-integrantes da Operação Lava Jato;
8. O atual efetivo na Superintendência Regional no Paraná está adequado à demanda e será reforçado em caso de necessidade;
9. Conforme nota divulgada no dia 21/05/2017, deve-se ressaltar que as investigações decorrentes da Operação Lava Jato não se concentram somente em Curitiba, mas compreendem o Distrito Federal e outros dezesseis estados;
10. Desde o início, a Polícia Federal, de forma republicana e sem partidarismos, trabalha arduamente para o êxito das investigações, garantindo toda a estrutura e logística necessária para o esclarecimento dos crimes investigados.
Divisão de Comunicação Social"

Equipe reduzida

Em maio deste ano, durante a coletiva de imprensa a respeito da 41ª fase da Lava Jato, o delegado da Igor Romário de Paula, coordenador da operação no Paraná, falou sobre a dificuldade em relação à quantidade de pessoas na equipe.
“Com o número que a gente tem hoje, é muito difícil dar continuidade para o trabalho da forma satisfatória, como sempre foi”, disse ele à época.
Ele disse, na mesma coletiva de imprensa, que não via nenhum indício de tentativa de barrar a investigação em Curitiba e que o ocorria era a descentralização da operação. "Fica difícil os estados ficarem cedendo gente para cá", afirmou.
Poucos dias antes, a PF havia se manifestado em nota sobre a redução de profissionais na força-tarefa no estado. De acordo com a polícia, diante do elevado número de operações que tem sido deflagrado, o contingente de policiais precisou ser readequado.
“Como é de conhecimento público, outras inúmeras operações de grande envergadura estão em andamento em vários estados. Diante desse cenário, o contingente de policiais federais especializados no combate à corrupção e lavagem de dinheiro em todo o país tem sido readequado, de acordo com as demandas de todas as unidades da PF, o que inclui a Superintendência Regional no Paraná”, dizia trecho da nota.DO G1

O Indefensável Temer e o cinismo de Lula/Dilma


Edição do Alerta Total – www.alertatotal.net
Por Jorge Serrão - serrao@alertatotal.net
Os poderosos do mundo deverão olhar de banda, com muita desconfiança, para um Presidente do Brasil denunciado por corrupção passiva e que também pode ser acusado, em breve, por organização criminosa. Eis o clima com que Michel Temer deverá ser recebido na reunião do G-20. Pode não fazer bem ao titular do Palácio do Planalto este passeio para conversas fiadas. A viagem temerária, em meio a um clima político azedo, não faz a menor diferença, já que os grandes negócios com cúpula globalitária já estão decididos, independentemente da vontade presidencial.
Não adianta a defesa de Temer alegar que ele não está na UTI. Ele é um doente terminal que tenta convencer uma base aliada nada fiel a mantê-lo no poder. Não adianta adjetivar a denúncia feita pelo Procurador-Geral da República. Temer foi publicamente desmoralizado pela mala de R$ 500 mil do amigo Rocha Loures e pela gravação clandestina de uma conversa nada republicana com o empresário Joesley Batista. Apesar do desgaste, Temer só não vai largar o osso por vontade própria. Tentará resistir até o fim que já está decretado moralmente. Dane-se o Brasil!
O desgoverno do PMDB deve agonizar por um bom tempo. O irônico e lamentável é escutar a ex-Presidenta Dilma Rousseff fazer troça de que “a História foi implacável com Aécio, Temer e Cunha”. Isto é tão canalha quanto é ouvir do ex-Presidente Lula um discurso cínico de que “o Brasil chegou ao fundo do poço”. O espertíssimo $talinácio deveria saber que ainda não chegamos a tal ponto. A desestruturação e desmoralização política ainda vai se aprofundar. Poucos ainda foram denunciados, e pouquíssimos foram efetivamente punidos até agora...
O Brasil só sairá do buraco com uma cirúrgica Intervenção Institucional para acabar com a guerra de todos contra todos. O modelo estatal precisa ser reinventado. O Estado ladrão assassina a cidadania e impede o desenvolvimento pleno. A maioria da sociedade deseja mudanças, mesmo que não tenha clareza completa sobre o que precisa ser mudado na essência. A politicagem e a nossa medíocre oligarquia não querem que nada mude profundamente.
Uma hora tamanho paradoxo terá de se resolver, por bem ou por mal, na paz ou na guerra. A corrupção e a violência saíram do controle. Estamos cada vez mais próximos do “big-bang”? Tomara que sim! De imediato, o que as pessoas comuns podem fazer é: #reelegerninguém! Se a gente conseguir bagunçar o jogo da politicagem bandida, vamos acelerar as pré-condições para as mudanças estruturais. Do contrário, corremos o risco de nos “venezuelizar”, se o a hegemonia criminosa não for rompida.
Quase fora
Prazo correndo

Aliados articulam pós-Temer e presidente resiste

Josias de Souza


Intensificaram-se as conversas entre aliados do governo sobre a hipótese de substituição de Michel Temer pelo presidente da Câmara, Rodrigo Maia. Alheio aos sinais de fragilidade, Temer reuniu 26 ministros na noite desta quarta-feira (22 titulares e quatro interinos). Reiterou sua disposição de lutar pelo cargo. Distribuiu cópias da defesa entregue horas antes à Comissão de Constituição e Justiça da Câmara pelo advogado Antonio Cláudio Mariz. Pediu apoio e mobilização para assegurar os votos necessários à rejeição da denúncia que o acusa de corrupção. Tachou a acusação de inepta. E disse estar convicto de que prevalecerá sobre o procurador-geral da República Rodrigo Janot.
Temer viajará nesta quarta-feira para a reunião do G-20, na Alemanha. Às vésperas do embarque, acumularam-se ao seu redor os sinais de deterioração do apoio congressual do governo. Enquanto o Planalto cantava vitória, Rodrigo Maia dizia em privado que Temer ainda não dispõe de votos para barrar na Comissão de Justiça a denúncia da Procuradoria. Faltam-lhe inclusive os votos dos pseudoaliados do PSDB. Dos sete tucanos com assento na CCJ, apenas Paulo Abi-Ackel está propenso a salvar Temer.
O movimento da infantaria do tucanato na Câmara levou o presidente em exercício do PSDB, senador Tasso Jeressati, a elevar o tom. Um dia depois de Aécio Neves ter defendido o apoio a Temer em discurso no Senado, Tasso referiu-se à possibilidade de o tucanato finalmente desembarcar do governo como algo inevitável: “Não se pode brigar com os fatos. Certas coisas a gente não controla”, disse ele ao comentar os humores do ninho. Mesmo no Senado, sete dos 11 integrantes da bancada tucana já torcem o bico para Temer.
Em conversa com o blog, o tucano Cássio Cunha Lima, vice-presidente do Senado, traduziu o drama vivido por Temer: “Impopular, o presidente está perdendo o seu grande trunfo, que é o apoio congressual. Escolheu-se para relatar a denúncia da Procuradoria na CCJ um deputado (Sérgio Zveiter) que é do PMDB e deve apresentar um parecer contrário aos interesses do presidente. Ou seja: Temer já não conta nem com o apoio integral do seu partido. Sua situação vai ficando insustentável.”
Cunha Lima prosseguiu: “O principal capital político de Temer é a capacidade de cultivar um bom relacionamento com o Congresso. Mas o deputado Rodrigo Maia, que pode vir a ser o seu substituto, também desfruta de excelentes relações na Câmara. Na prática, instalou-se no Brasil uma espécie de parlamentarismo informal. E Temer está sob o risco de receber um voto de desconfiança do Parlamento.” Na reunião com os ministros, Temer soou confiante. Mas declarou a certa altura que, se a Câmara autorizar a abertura do processo, o Supremo Tribunal Federal o absolverá da acusação de corrupção passiva.
Ironicamente, Temer sofre o mesmo processo de erosão que fez ruir o apoio de Dilma Rousseff no Congresso. Nesse enredo, Rodrigo Maia está para Temer assim como Temer estava para Dilma. Ou seja, o presidente da Câmara, ''Botafogo'' nas planilhas da Odebrecht, virou candidato natural ao trono. A exemplo da antecessora petista, Temer alimenta seus apoiadores à base de cargos e verbas. Entretanto, até os seus aliados mais fisiológicos começam a enxergar em Maia uma opção de poder que lhes garante o mesmo tipo de ração sem o desgaste de ter que grudar a imagem à figura radioativa de Temer, hoje um grande anti-cabo eleitoral. Partidos do chamado centrão perceberam que podem trocar de presidente sem mudar a estrutura do governo.
Com um pedido de reserva quanto à divulgação do seu nome, um deputado que costuma ser tratado no noticiário como membro do chamado “baixo clero” disse ao blog: “Eu gosto muito do Temer. Ele trata os deputados com um respeito que a Dilma não tinha. Mas preciso me reeleger no ano que vem. Será uma eleição dura. Não dá para carregar nas costas um presidente com 7% de popularidade. Se fosse para rejeitar uma denúncia, vá lá. Mas parece que haverá outras duas. É difícil absorver tanto desgaste perto da eleição.” O autor desta avaliação integra os quadros do PR, um partido controlado pelo mensaleiro e ultrafisiológio Valdemar da Costa Neto, com quem Temer reuniu-se reservadamente há três dias.
Também no meio empresarial o apoio a Temer começa a migrar do estado sólido para o gasoso. Nas últimas 48 horas, o repórter conversou com um industrial de São Paulo e um dirigente de banco de investimentos. Ambos já incluíram a hipótese de queda de Temer no rol de suas previsões. Um deles disse que começa a enxergar em Rodrigo Maia um mal menor. Afirmou que o próprio presidente da Câmara sinaliza ao mercado a intenção de manter as reformas econômicas.
O outro empresário, anotou numa mensagem de WhatsApp: “A queda de Temer já está precificada pelo mercado. Se cair, não muda nada. Temer perdeu muito do apoio que tinha do empresariado, cansado, desiludido e que já está aceitando o Maia. A PEC do teto foi um tiro no pé. Se não passar qualquer coisa palatável na reforma da Previdência, só os gastos da própria Previdência ultrapassarão o limite de gastos da PEC, o que configuraria crime de responsabilidade.”
Curiosamente, na reunião com os ministros, Temer voltou a se jactar dos avanços econômicos obtidos durante a sua gestão. Disse que enfrenta uma guerra pelo poder. Insinuou que seus detratores prejudicam o país. Não criticou apenas o procurador-geral Rodrigo Janot. Mimetizando o comportamento do PT, Temer bateu duramente na TV Globo. Para o presidente, a emissora faz campanha por sua queda. Na GloboNews, disse ele, a campanha dura “24 horas por dia.” Temer esqueceu de lembrar (ou lembrou de esquecer) que é ele próprio o responsável pelo fornecimento da matéria-prima que empurrou sua Presidência do noticiário político para o policial.
Enquanto Temer se reunia por três horas com seus ministros, Lula participava da posse da senadora Gleisi Hoffmann na presidência do PT federal. Ao discursar, o pajé do PT também falou sobre Globo e sobre a crise que engolfa o mandato de Temer

Aliados discutem se vale a pena manter Temer



Josias de Souza


A defesa que o advogado de Michel Temer, Antonio Claudio Mariz, entregou à Comissão de Constituição e Justiça da Câmara não traz novidades nas suas quase 100 folhas. O criminalista repisa argumentos que o próprio Temer, sob sua orientação, vem despejando a esmo sobre o noticiário. Em essência, Mariz alega que o áudio que o delator Joesley Batista gravou às escondidas é duvidoso e ilegal. Mas ainda que fosse válido, não provaria que Temer cometeu crime.
A situação é espantosamente inusitada. Num instante em que os órgãos de controle do Estado travam uma guerra contra a corrupção, o presidente da República desqualifica, por meio do seu advogado, o trabalho da Polícia Federal. Pior: o presidente faz isso porque a investigação policial escora a denúncia em que ele é acusado de corrupto, destinatário da propina de R$ 500 mil que a JBS enfiou numa mala e entregou para seu preposto Rodrigo Rocha Loures.
Na coreografia que se desenrola em Brasília, a movimentação do advogado de Temer é o que menos interessa aos deputados. No momento, eles fazem uma análise do tipo custo-benefício. Perguntam aos seus botões: Vale a pena manter Temer na Presidência? Começa a se disseminar no Legislativo a tese de que o bloco governista não perde por esperar —ao contrário, só ganha!— se Temer for substituído por Rodrigo Maia, o presidente da Câmara. Se prevalecer o entendimento de que é possível mudar o status sem mexer no quo, o fisiologismo deixa de uma arma útil para Temer. A munição dos cargos e das verbas troca de mãos.

Lava Jato tem 116 condenados e 27 presos em mais de 3 anos de operação

Levantamento do G1 mostra que, entre os presos, 19 foram condenados e aguardam seus recursos na cadeia. Outros oito aguardam primeiro julgamento.

Em pouco mais de três anos de Operação Lava Jato, 27 envolvidos permanecem presos por ordem da Justiça e 116 já foram condenados. É o que mostra um levantamento feito pelo G1. Entre os presos, 19 foram condenados (sendo 13
apenas na primeira instância) e oito aguardam o primeiro julgamento.
O número de prisões decretadas ao longo da operação é maior, mas a maioria foi revogada. Apenas em Curitiba, onde a Lava Jato é conduzida pelo juiz federal Sérgio Moro, foram 94 prisões preventivas decretadas e 74 temporárias desde o início das investigações, em 2014.
De centenas de denunciados, pelo menos 279 envolvidos se tornaram réus na operação. Dos 116 condenados, 97 respondem a seus processos em liberdade ou sob medidas alternativas. Segundo levantamento da Justiça Federal do Paraná, 24 acusados estão com tornozeleira eletrônica. Outros réus não chegaram a ter prisões decretadas, tiveram os decretos revogados pelo próprio juiz Sérgio Moro, foram beneficiados por habeas corpus de outros tribunais ou ainda foram soltos após pagar fiança ou fechar acordos de delação premiada com o Ministério Público.
 (Foto: Editoria de Arte/G1)
 (Foto: Editoria de Arte/G1)
Dos mais de 130 delatores da operação, 35 foram alvo de alguma medida restritiva de liberdade ou obtiveram redução de pena ou soltura após fechado o acordo. Os outros 95 não foram alvo de pedido de prisão. Marcelo Odebrecht é o único delator que permanece em um presídio após fechar sua colaboração, considerada a mais rígida da Lava Jato.
Entre os beneficiados pelas colaborações estão o ex-diretor da Petrobras Paulo Roberto Costa, primeiro delator da Lava Jato; os publicitários João Santana e Mônica Moura, soltos após a delação; o ex-diretor da área Internacional da Petrobras Nestor Cerveró, entre outros.
Hoje o Supremo entende que o réu só pode começar a cumprir pena após ter sido condenado em segunda instância, ou seja, por mais de um juiz. Mas a prisão preventiva pode ser decretada por outros motivos, entre eles o risco às investigações. No caso da Lava Jato, as prisões preventivas decretadas antes das condenações têm sido alvo de críticas, mas muitas delas foram mantidas por órgãos superiores ao julgarem os recursos dos acusados.
Um exemplo é o do ex-ministro Antonio Palocci, preso e condenado em um dos processos da Operação Lava Jato, que teve o pedido de liberdade negado nesta quarta (5). Para sua defesa, a prisão é uma "antecipação de pena", já que ele foi condenado apenas na primeira instância. Mas para o desembargador João Pedro Gebran Neto, relator do caso no TRF-4, a preventiva ainda se justifica, porque o próprio Supremo entendeu que há risco de cometimento de novos delitos de lavagem de dinheiro.
No caso do ex-ministro da Casa Civil do governo Lula, José Dirceu, o Supremo concedeu o habeas corpus. Ele deixou a prisão após um ano e nove meses preso no Paraná. Em duas sentenças de Moro, Dirceu foi condenado a mais de 31 anos de prisão por corrupção passiva, lavagem de dinheiro e organização criminosa. O STF determinou a aplicação de medidas alternativas que evitem o cometimento de novos crimes, mas entendeu que esse risco já não existe. Como ainda não foi julgado em segunda instância, sua situação poderá mudar novamente caso suas duas condenações sejam mantidas.
Há condenados nas duas instâncias da Justiça, no entanto, que não estão presos. É o caso da doleira Nelma Kodama, que deixou a prisão no ano passado após assinar colaboração premiada. Ela cumpre domiciliar com tornozeleira eletrônica.
A Lava Jato também contabiliza decisões favoráveis aos réus. Pelo juiz Sérgio Moro, houve 37 absolvições; na segunda instância, cinco. A mais recente foi a do ex-tesoureiro do PT João Vaccari, que teve uma condenação de 15 anos e 4 meses de reclusão revertida pelo TRF (Tribunal Regional Federal) da 4ª Região.
Após a decisão, a defesa de Vaccari pediu sua libertação, mas o tribunal negou a liminar, entendendo que, em outro processo, ainda há fundamentação para ele continuar preso.
Para fazer o levantamento, o G1 fez contato e apurou os números com a Justiça Federal, com a Polícia Federal, com a Secretaria da Segurança Pública e Administração Penitenciária do Paraná e com a Secretaria de Estado de Administração Penitenciária do Rio de Janeiro.DO G1

Janot diz ter feito 'escolha de Sofia' ao firmar delação da JBS e que 'sentiu náusea' ao ouvir gravação de Joesley e Temer

Em entrevista à GloboNews, procurador-geral da República afirmou que acordo com controladores da JBS era único caminho de interromper a prática de crimes graves e que sentiu náusea ao ouvir a gravação pela primeira vez.

O procurador-geral da República Rodrigo Janot em entrevista à GloboNews (Foto: Reprodução/GloboNews)
O procurador-geral da República Rodrigo Janot em entrevista à GloboNews (Foto: Reprodução/GloboNews)
Em entrevista ao programa Conexão Roberto d'Ávila, exibida na noite desta quarta-feira (5) pela GloboNews, o procurador-geral da República, Rodrigo Janot, afirmou que precisou fazer uma "escolha de Sofia", ao ouvir a gravação da conversa entre o empresário Joesley Batista e o presidente Michel Temer, feita durante um encontro dos dois no Palácio do Jaburu, em Brasília. A divulgação da conversa levou Janot a abrir investigação contra Temer e, posteriormente, a denunciar o presidente por corrupção passiva.
Segundo o procurador, os irmãos Batista impuseram como condição para delatar a imunidade total, ou seja, e a garantia de que não iriam responder a nenhum dos crimes denunciados. "Essas pessoas chegaram para mim e disseram assim: ‘Nós aceitamos negociar tudo, mas a 'não denúncia' a gente não aceita negociar’. Eu me vi na seguinte escolha de Sofia", disse o procurador, em referência à personagem do clássico da literatura forçada a fazer uma decisão difícil.
"Eu tinha tomado conhecimento que altíssimas autoridades da república estavam praticado crimes, os crimes estavam em curso e crimes graves. Se eu não aceitasse esse acordo, não teria como apurar estes crimes. Eu teria que fingir que nada tinha ouvido, que nada tinha acontecido, e essas pessoas continuariam a cometer crimes".
Janot também descreveu o que sentiu ao ouvir a gravação: "Fiquei chocado e senti náusea. Foi minha reação física: um choque, e fiquei enjoado mesmo".
Janot também garantiu que os irmãos Joesley e Wesley Batista são réus colaboradores e, como tal, precisam cumprir o que foi prometido."O acordo cobre aqueles fatos relatados por eles e não cobre nenhum eventual fato ilícito praticado depois, ou omitido naquele acordo. E mais, tudo aquilo que eles se comprometeram a nos encaminhar, os endereços de prova, o acesso às provas, eles têm que cumprir."
Segundo Janot, a validade do acordo firmado pelos irmãos com o MP é provisória e precisa ser corroborada com provas. A eficácia do acordo será ratificada pelo STF ao final do processo. "Ao final, o Supremo avaliará a eficácia dessa colaboração para que ela então tenha validade definitiva. Até agora ela tem uma validade provisória"

Reação de Temer

Na conversa com d'Ávila, Rodrigo Janot também comentou que a reação de Temer, ao chamar a denúncia de fraca e peça de 'ficção', é uma técnica conhecida, segundo a qual o denunciado tenta desacreditar a figura do acusador.
"Nós tínhamos um empresário investigado por atos ilícitos que gravou um deputado [referindo-se a Rodrigo Rocha Loures] e acertou com este a ida à residência do presidente da República, à noite, sem ser identificado. Ele entra no palácio [do Jaburu] e grava uma conversa muito pouco republicana com o presidente, que lhe diz que aquele mesmo deputado é o interlocutor para qualquer assunto. Depois, esse deputado [Rocha Loures] acerta uma propina com o empresário e é pilhado com uma mala de dinheiro. Essa narrativa é fortíssima e está na denúncia; se isso é fraco, não sei o que é forte", ironizou.
O procurador-geral rebateu as acusações de que teria tramado a gravação da conversa com Joesley Batista: segundo ele, o registro foi feito cerca de 30 dias antes de o empresário procurar o Ministério Público Federal (MPF) e propor o acordo de colaboração premiada. Segundo Janot, o STF já entendeu que o investigado pode gravar suas conversas e que essas gravações podem ser usadas como provas em investigações.
"Ele gravou [as conversas com] Rocha Loures e Temer para nos convencer a aceitar o acordo. Se não houvesse a gravação, ninguém acreditaria na narrativa dele [Joesley], nem eu acreditaria", afirmou.

Substituição por Raquel Dodge

A pouco mais de dois meses de deixar o cargo, Rodrigo Janot falou sobre sua substituta à frente da PGR, Raquel Dodge, escolhida por Temer. Raquel toma posse à frente da PGR no dia 18 de setembro, mas até lá terá que passar por uma sabatina no Senado, em data ainda a ser definida.
"Ela tem e continuará a ter, acredito, uma atitude de Ministéro Público. A responsabilidade dela será enorme, ela vai ter muito trabalho para seguir em várias áreas de investigação, e lhe desejo sucesso. Nós interpretamos os procedimentos de maneira diversa e a forma de trabalho é diferente, mas acima de tudo somos Ministéro Público", disse.

Candidatura descartada

O procurador-geral também rebateu as afirmações de que entrará para a política ao deixar o cargo na PGR. "Eu tenho ouvido tanto isso, que quero ser presidente, governador, senador, não sei se é tudo ao mesmo tempo. Posso afirmar: respeito demais a política e as pessoas que se lançam a exercer a atividade política, mas não é minha praia, minha vocação. Não me candidadatei a nenhum cargo político: não quero ser presidente, senador, deputado, vereador, absolutamente nada", assegurou.

Pior momento no cargo

Janot afirmou que o pior momento de seus quatro anos à frente da Procuradoria Geral da República foi o dia da prisão do procurador Ângelo Goulart Villela, que repassava informações a Joesley Batista sobre as investigações acerca do grupo JBS, em especial da operação Greenfield - que investigava fraudes bilionárias contra quatro dos maiores fundos de pensão de funcionários de empresas estatais: Funcef (Caixa), Petros (Petrobras), Previ (Banco do Brasil) e Postalis (Correios).
"Um dia especificamente ruim foi quando tive que pedir a prisão de um colega. Eu pedi que fosse informado quando entrassem na casa dele para efetuar a prisão. E quando fui informado, vomitei quatro vezes. E sou um sujeito experiente, tenho 33 anos de Ministério Público, pouca coisa me afetou de maneira tão contundente quanto essa", afirmou, emocionado.DO G1