quarta-feira, 24 de maio de 2017

Ato na Esplanada termina com 7 presos, 49 feridos e rastro de depredação

PM estimou 35 mil pessoas no ápice do protesto. CUT  Grupos atearam fogo em ministérios e barricadas; Temer acionou Exército.

Manifestantes protestaram durante toda esta quarta-feira (24) na Esplanada dos Ministérios, em Brasília, contra o governo Michel Temer e as reformas em tramitação no Congresso. O ato foi marcado pela depredação dos prédios ministeriais e de estruturas que compõem a Esplanada. Houve registro de incêndio na área interna dos ministérios da Agricultura, do Planejamento e da Cultura, mas o fogo não deixou feridos.
Segundo a Secretaria de Segurança Pública do DF, sete pessoas foram detidas durante os protestos, suspeitas de dano ao patrimônio público, desacato e porte ilegal de arma. Até as 19h30, havia registro de 49 pessoas feridas, entre manifestantes e policiais militares.
Os detidos foram encaminhados à 5ª Delegacia de Polícia (área central) e ao Departamento de Polícia Especializada. De acordo com estimativa da Central Única dos Trabalhadores (CUT), os atos reuniram 200 mil manifestantes durante todo o dia. De acordo com a Segurança Pública, 35 mil ocuparam Esplanada no auge do protesto.
Até as 19h30, o trânsito continuava bloqueado na Esplanada dos Ministérios, entre a rodoviária do Plano Piloto e a via L4 Sul. Segundo a Polícia Militar, o acesso dos veículos só será liberado quando as vias estiverem limpas
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Manifestante com rosto coberto põe foto no térreo de ministério em Brasília, durante ato na Esplanada (Foto: André Borges/Estadão Conteúdo)
Manifestante com rosto coberto põe foto no térreo de ministério em Brasília, durante ato na Esplanada (Foto: André Borges/Estadão Conteúdo)

Fogo nos ministérios

O primeiro prédio a ser atingido pelo fogo foi o do Ministério da Agricultura, por volta das 15h – as chamas foram extintas cerca de 40 minutos depois. Segundo o Corpo de Bombeiros, o tumulto dificultou o acesso dos carros para combater as chamas.
Segundo o ministério, o prédio foi evacuado e não houve registro de feridos. O fogo atingiu o auditório no andar térreo, e fotos de ex-ministros foram quebradas. A Tropa de Choque entrou no prédio para evitar o avanço da depredação.
O ministro Blairo Maggi chegou a Brasília nesta terça (23) e estava no interior do prédio no momento do incêndio. Em nota, ele diz que fazia uma reunião com secretários e equipe para avaliar a viagem recente ao Oriente Médio, "quando vândalos invadiram o prédio".
"Eles colocaram fogo na recepção, danificando as instalações. Ainda não sabemos a soma dos prejuízos, mas é lamentável que as manifestações acabem em vandalismo. Isso é péssimo para a democracia brasileira", diz o texto de Maggi.

Manifestantes que protestam nesta quarta-feira contra as reformas e pela renúncia do presidente Michel Temer colocaram fogo no prédio do Ministério da Agricultura, em Brasília. Carros do Corpo de Bombeiros, Samu e caminhão pipa já estão no local para controlar a situação. Enquanto bombeiros se aproximam, manifestantes jogam pedaços de pau e uma pessoa se feriu no rosto (Foto: Wilton Junior/Estadão Conteúdo)
Manifestantes que protestam nesta quarta-feira contra as reformas e pela renúncia do presidente Michel Temer colocaram fogo no prédio do Ministério da Agricultura, em Brasília. Carros do Corpo de Bombeiros, Samu e caminhão pipa já estão no local para controlar a situação. Enquanto bombeiros se aproximam, manifestantes jogam pedaços de pau e uma pessoa se feriu no rosto (Foto: Wilton Junior/Estadão Conteúdo)
 O térreo do Ministério do Planejamento também foi atingido pelas chamas. Imagens feitas pelo G1 mostram que uma sala da Secretaria de Patrimônio da União (SPU), que fica no edifício, também foi destruída. Segundo os bombeiros que atuaram no local, havia risco de desabamento do forro do teto. 
 No Ministério da Cultura, manifestantes também atearam fogo em estruturas da área interna. O prédio também é sede do Ministério do Meio Ambiente. As chamas foram contidas por brigadistas e, até as 17h, não havia informações sobre a extensão do dano. 

Térreo do Ministério do Planejamento, em Brasília, após vandalismo em protesto (Foto: Marília Marques/G1)
Térreo do Ministério do Planejamento, em Brasília, após vandalismo em protesto (Foto: Marília Marques/G1) 
  Inteiror do Ministério da Cultura após depredação (Foto: Yasmin Perna/G1)
Inteiror do Ministério da Cultura após depredação (Foto: Yasmin Perna/G1)
 Atos de vandalismo foram registrados em outros pontos da Esplanada, durante a tarde. No prédio dos ministérios da Cultura e do Meio Ambiente, documentos e computadores foram depredados. Vidros da fachada e das portas de acesso foram quebrados, mas também não havia registro de feridos no local até as 16h15. 

Ministério de Minas e Energia tem fachada pichada com frase 'Diretas, Já' (Foto: Letícia Carvalho/G1)
Ministério de Minas e Energia tem fachada pichada com frase 'Diretas, Já' (Foto: Letícia Carvalho/G1)
Na área externa dos prédios, lixeiras, orelhões e banheiros químicos foram incendiados e usados pelos manifestantes para montar barricadas improvisadas. Segundo a Polícia Militar, grupos levavam estilingues para atirar pedras contra policiais.
Até as 16h30, também havia registro de danos aos ministérios do Turismo, da Fazenda, do Planejamento e de Minas e Energia. Monumentos como a Catedral Metropolitana e o Museu da República, que também ficam na Esplanada, foram alvos de pichações.

Ministério da Agricultura foi alvo de depredação (Foto: Letícia Carvalho/G1)
Ministério da Agricultura foi alvo de depredação (Foto: Letícia Carvalho/G1) Paradas de ônibus pichadas. (Foto: Letícia Carvalho/G1)
Paradas de ônibus pichadas. (Foto: Letícia Carvalho/G1)DO G1

URGENTE: TEMER SANCIONA LEI DE MIGRAÇÃO COM VETOS

Michel Temer acaba de sancionar a Lei de Migrações com cerca de 30 vetos, dentre eles o artigo que liberava o trânsito de indígenas na fronteira e o que revogava as expulsões sumárias de quem houvesse cometido crime no Brasil.
Temer ouviu as queixas da PF e diferentes setores da sociedade, vetando também a permissão para estrangeiros ocuparem cargos públicos. Foi suprimida, ainda, a concessão de residência a criminosos em liberdade provisória e a extensão do benefício a pessoas sem vínculo familiar direto.
O Antagonista obteve em primeira mão o texto. Confira AQUI. DO O ANTAGONISTA

AMEAÇA COMUNISTA NO BRASIL SE REPETE. DESTA FEITA POR MEIO DA CRIMINOSA MANIPULAÇÃO DOS FATOS PELA GRANDE MÍDIA E SEUS JORNALISTAS 'PARTISANS'

quarta-feira, maio 24, 2017
A foto acima é do site do Estadão. Embaixo a imagem é do site da revista Veja. O Brasil tem 207 milhões de habitantes. Brasília tem quase 3 milhões de habitantes. O número de terroristas incendiários é risível no contexto populacional brasileiro.  Os jornalistas continuam denominando esses terroristas comunistas de "manifestantes" e ao mesmo tempo em que veiculam notícias negativas em relação à convocação das Forças Armadas pelo Presidente da República, quando tal ato tem o apoio unânime do Brasil decente. 
O que está acontecendo nesta quarta-feira no Brasil já era previsível. Duvido que os órgãos de inteligência das Forças Armadas não teriam informações suficientes para uma ação preventiva. Mas adiante isso haverá de ser esclarecido. Afinal, a Capital da República foi alvo de um ataque terrorista com direito a incêndio de prédios públicos. Mas em que pese tudo isso, mais uma vez a grande mídia - toda ela - continua tergiversando, falando no máximo em “baderneiros”, quando se sabe que isto tudo que está ocorrendo é o modus operandi dos movimentos comunistas comandados pelo PT, ou seja aquela miríade de partidos nanicos esaquerdistas como PSOL, PCdoB, PSTU, Rede da Marina da Selva, e mais as famigeradas Centrais Sindicais sem contar ONGs custeadas com dinheiro estrangeiro como já demonstre aqui neste blog.
Entretanto, o noticiário jornalístico como sempre tergiversa, mente, escamoteia a realidade dos fatos: o Brasil, como nas vésperas de 1964 está acossado pelos comunistas já não mais na clandestinidade, mas em partidos políticos e organizações paralelas acoitadas pela lei - vejam só - e, mais ainda, que contam com toda a grande mídia e seus jornalistas esquerdistas. Todos na grande mídia são esquerdistas que cumprem a nefasta missão de transformar o Brasil numa Venezuela.
E isso é feito de forma malandra, ou seja, denominando grupelhos dirigidos e a soldo dos partidos e entidades sindicais esquerdistas com os eufemismos “baderneiros”, “movimentos sociais”, black blocs. Os jornalistas são cúmplices dessa gentalha e boa parte da desgraça que se abateu sobre o Brasil se iniciou a partir do momento em que Lula foi ungido Presidente do Brasil, justamente com o apoio incondicional dos jornalistas e o oportunismo malandro dos donos dos grandes veículos de mídia.
As fotografias e filmagens veiculadas pela grande mídia nesta tarde falam por si só. Brasília, por exemplo, tem quase 3 milhões de habitantes. Em foto publicada pelo site da revista Veja (como se vê acima) se tem ideia do número dos “ditos manifestantes”, que pelo que se sabe podem ter sido arregimentados inclusive fora da Capital Federal.
Os mesmo pode ser constatado no que respeita aos atentados cometidos no Rio de Janeiro nesta tarde. O Rio é a segunda maior cidade do Brasil em população, como quase 7 milhões de habitantes descontando-se a dita área metropolitana.
Constata-se portanto que meia dúzia de mortadelas cevados pelo PT e seus satélites como Centrais Sindicais foram suficientes para promover típicos atos terroristas.
E ainda reclamaram quando o Presidente Michel Temer (afinal, queiram ou não por enquanto é o Chefe da Nação) convocou acertadamente e, tardiamente é bom que se frise, as Forças Armadas para acabar com esses atos terroristas que afrontam a totalidade dos cidadãos brasileiros, descontando-se, evidentemente, meia dúzia de psicopatas que pululam no Congresso Nacional querendo impor no grito aquilo que a Nação Brasileira em maioria repudia.
Mas o jornalismo a soldo dessa canalhada comunista continua a mentir e tergiversar por meio dos veículos da grande mídia, cerrando cenho e/ou em voz solene para noticiar que o Chefe do Executivo convocou as Forças Armadas, como coisa que não fosse isso que a Nação inteira deseja.
Esses vagabundos da grande mídia continuam a criar narrativas que correspondem ao ardente desejo dos comunistas em transformar o Brasil numa nova Venezuela. Essa hipótese não está ainda totalmente descartada.
Por enquanto os brasileiros decentes que desejam ardentemente o cumprimento da lei e da ordem contam com o Exército, a Marinha e a Aeronáutica que compõem as Forças Armadas.
Se as Forças Armadas capitularem a única alternativa será o aeroporto. Esta é a situação verdadeira que está sendo criada pelos mesmos jagunços comunistas debelados em 1964. O Brasil é talvez o único país do mundo onde a história se repete sem cessar. DO A.AMORIM

Lula e Cia. deveriam segurar os seus radicais

Josias de Souza
24/05/2017 19:29Lula e as forças políticas, sindicais e sociais que gravitam ao seu redor dançam algo muito parecido com a coreografia da insensatez. Nesta quarta-feira um elenco de arruaceiros marchou sobre a Esplanada à procura de encrenca. Exigiam a queda de um presidente que já está no chão. E guerreavam contra reformas que flertam com o arquivo. Perderam o nexo. Para não perder também a viagem, brigaram com a polícia e destruíram o patrimônio público.
Foi como se os devotos de Lula enxergassem a Esplanada dos Ministérios como uma loja de louças hipertrofiada. Marcharam em direção ao Congresso Nacional como uma manada de elefantes. A isto foram reduzidos os apologistas de Lula: elefantes itinerantes. Ora estão em Curitiba, ora na Avenida Paulista, ora em Brasília. Falta-lhes, porém, um rajá, isto é, um líder que os monte, apontando-lhes a direção e contendo-lhes os modos. Lula ainda não se deu conta, mas a hora é de moderação.
A Lava Jato tranformou a briga entre o petismo e seus rivais numa gincana de sujos contra mal lavados. Lula roça as grades de Curitiba. Aécio Neves assiste ao funeral de sua carreira política em rede nacional. Temer virou caso para estudo: o primeiro político da história a se tornar ex-presidente ainda na Presidência. Num ambiente assim, quebra-quebra disfarçado de protesto, além de ser um crime, é um erro.
Lula faria um favor a si mesmo e ao país se segurasse seus radicais. Permitir que militantes dancem desgovernados é o mesmo que cutucar a sociedade com o pé para ver se ele morde. O brasileiro já parou de abanar o rabo para os políticos faz tempo. Não demora e começa a morder.

Caixa e BNDES perdem R$ 3,4 bi com queda nas ações da JBS

Prejuízo monumental

Linha de produção do frigorífico JBS na cidade de Lins, São Paulo
A Caixa Econômica Federal e o BNDES perderam este ano R$ 3,45 bilhões com a queda nas ações da JBS. O levantamento é da consultoria Economática. Juntos, os dois têm participação de 26,24% na JBS.
A Petrobras, por sua vez, amarga prejuízo de R$ 3,18 bilhões.
O BNDES tem participação em 28 empresas listadas na bolsa.
A maior perda na carteira do banco é na JBS, com queda de R$ 2,8 bilhões.
Em seguida, na Petrobras, onde o prejuízo do banco foi da ordem de R$ 2,5 bilhões,  e na terceira posição, na, Eletrobrás com perda de R$ 1,5 bilhões.

Homem é baleado durante protesto na Esplanada dos Ministérios

Ao menos 35 mil pessoas estão na manifestação; vítima foi socorrida e levada ao hospital por uma ambulância do Serviço de Atendimento Móvel de Urgência


O confronto entre policiais militares e manifestantes na tarde desta quarta-feira (24/5) deixa rastros de violência e destruição na Esplanada dos Ministérios. Segundo boletim mais recente divulgado pela Secretaria de Segurança Pública do Distrito Federal, uma pessoa - de identidade ainda não revelada - foi baleada e socorrida ao hospital por uma ambulância do Serviço de Atendimento Móvel de Urgência (Samu)
O protesto ainda não terminou e há registro de fogo e quebra-quebra em ministérios. Cerca de 35 mil manifestantes estão na Esplanada, em protesto contra as reformas trabalhista e da Previdência, e pedindo, ainda, a renúncia do presidente Michel Temer. Na Alameda das Bandeiras, próximo ao Palácio da Justiça, segundo a SSP, manifestantes tentaram invadir o perímetro de segurança, mas foram impedidos pela PM.
Até o momento, quatro pessoas foram detidas, três por porte de drogas e arma branca. Todos foram encaminhados ao Departamento de Polícia Especializada (DPE).

ATENÇÃO! O VÍDEO A SEGUIR TEM CENAS FORTES!


Um dos manifestantes teve a mão dilacerada por um rojão e foi socorrido pelo Serviço de Atendimento Móvel Urbano (Samu). Segundo um segurança da Câmara dos Deputados, o rapaz teria pego o artefato e tentado lançá-lo contra policiais militares que atuam na região, no momento da explosão. Levado ao Hospital de Base de Brasília (HBB), o jovem, teria sido identificado como Vitor Rodrigues Fregulia, de 21 anos, perdeu três dedos. Ele é estudante de física na Universidade Federal de Santa Catarina (UFSC).

Confusão

O tumulto começou quando manifestantes que estavam próximos à Alameda dos Estados, em frente ao gramado do Congresso Nacional, derrubaram grades que isolavam o local. A polícia então respondeu lançando bombas de efeito moral e gás de pimenta no grupo. Em seguida, os participantes do protesto passaram a lançar pedaços de madeira, pedras, garrafas e outros objetos contra a polícia. Eles também gritaram palavras de ordem contra a PM.

O clima no local ficou bastante tenso. O Batalhão de Policiamento de Choque (BPChoque) e a cavalaria da PM agiram. Os manifestantes derrubaram alguns banheiros químicos e se protegeram atrás deles.
Mesmo com toda a situação, os organizadores da marcha, em um carro de som, pediam para que as pessoas continuassem no local e gritavam que a "PM não tem o direito de acabar com o protesto".

Trânsito

As vias S1 e N1 seguem bloqueadas na altura da Catedral de Brasília. Como alternativa, motoristas devem usar as vias S2 e N2. DO C.BRASILIENSE

Temer aciona tropas federais para proteger Planalto e ministérios após vandalismo, anuncia Jungmann

Ministro da Defesa chamou a imprensa para entrevista coletiva no Planalto. Enquanto ele falava, manifestantes ocupavam Esplanada para pedir saída de Temer do governo.

O ministro da Defesa, Raul Jungmann, informou nesta quarta-feira (24) que o presidente Michel Temer decretou a "ação de garantia da lei e da ordem" e, com isso, tropas federais passarão a reforçar a segurança na região da Esplanada dos Ministerios
à íntegra do pronunciamento de Jungmann no vídeo acima).
O decreto assinado por Temer foi publicado em uma edição extra do "Diário Oficial da União" e prevê o emprego das Forças Armadas entre 24 e 31 de maio. A ordem é assinada pelo presidente, por Jungmann e pelo ministro do Gabinete de Segurança Institucional (GSI), Sérgio Etchegoyen.
Realizadas exclusivamente por ordem expressa da Presidência da República, as missões da GLO ocorrem nos casos em que há, segundo o Ministério da Defesa, "o esgotamento das forças tradicionais de segurança pública, em graves situações de perturbação da ordem".
Ainda de acordo com o ministério, nessas ações, as Forças Armadas "agem de forma episódica, em área restrita e por tempo limitado, com o objetivo de preservar a ordem pública, a integridade da população e garantir o funcionamento regular das instituições".
"O senhor presidente [Michel Temer] decretou, por solicitação do senhor presidente da Câmara, a ação de garantia da lei e da ordem e, nesse instante, tropas federais se encontram neste palácioi [do Planalto] no Palácio do Itamaraty e logo mais estarão chegando tropas para assegurar que os prédios dos minsitérios sejam mantidos incólumes", anunciou o ministro da Defesa no pronunciamento desta quarta.
Raul Jungmann não respondeu a perguntas de jornalistas, mas acrescentou que a manifestação na Esplanada dos Ministérios estava prevista como pacífica, mas "degringolou na violência, no vandalismo, no desrespeito, na agressão ao patrimônio público e na ameaça às pessoas".
Enquanto Jungmann fazia o pronunciamento aos jornalistas, manifestantes ocupavam a Esplanada dos Ministérios para pedir a saída do presidente Michel Temer do governo.DO G1

Lula quis saber ‘que bicho comeu os marrecos’ do sítio de Atibaia

Em e-mail, funcionário do Instituto Lula explica alternativas para lidar com uma possível ‘ocorrência de jaguatiricas’ na região

Julia Affonso e Ricardo Brandt
24 Maio 2017 | 05h00
Sítio de Atibaia. Foto: Marcio Fernandes/Estadão
Entre mais de 400 documentos anexados pela Procuradoria da República à nova denúncia contra o ex-presidente Lula, um e-mail apontou a preocupação do petista com os bichos que viviam no sítio de Atibaia, no interior de São Paulo. Lula é acusado de corrupção e lavagem de dinheiro de R$ 1,02 milhão nas reformas da propriedade.

+ MENSAGENS APONTAM QUE CASEIRO MANTINHA LULA INFORMADO SOBRE ROTINA EM ATIBAIA

Na mensagem de 2 de outubro de 2014, às 17h23, um funcionário do Instituto Lula escreve a uma colega da entidade e a Valmir Moraes da Silva, segurança do petista. O título do e-mail: ‘Jaguatiricas em Atibaia?’
“Respondendo à pergunta do presidente: que bicho comeu os marrecos? Provavelmente, uma jaguatirica”, explica o funcionário do Instituto Lula.




Ele envia uma reportagem e um vídeo sobre a ‘ocorrência de jaguatiricas na Serra do Itapetininga’ e informações sobre ‘recomendações para casos de predação de animais’.
“Liguei nesse número do CENAP/ICMBio e fui muito bem atendido por uma funcionária chamada Lilian. Ela reforçou a hipótese da jaguatirica e ficou de enviar mais informações sobre como prevenir os ataques”, conta o funcionário do Instituto Lula.
Ele faz 3 sugestões: ‘1) Recolher os animais no período da noite, se for viável; 2) Cachorro de guarda, que pode espantar a jaguatirica ou, no mínimo, alertar dos ataques latindo; 3) Ficar de tocaia, com ou sem o cachorro, e, ao notar ocorrência de ataque, soltar rojões para assustar o predador’.
O funcionário afirma que o ‘Instituto, que fica em Atibaia, parece bem sério e atencioso’. “Talvez seja uma boa pedir uma visita deles ao local para orientar melhor o caseiro.”
Denúncia.
A Procuradoria da República, no Paraná, acusa Lula de ‘estruturar, orientar e comandar esquema ilícito de pagamento de propina em benefício de partidos políticos, políticos e funcionários públicos com a nomeação, enquanto presidente da República, de diretores da Petrobrás orientados para a prática de crimes em benefício das empreiteiras Odebrecht e OAS’. A denúncia do Ministério Público Federal atribui ao petista ‘propina para o seu benefício próprio consistente em obras e benfeitorias relativas ao sítio de Atibaia custeadas ocultamente pelas empresas Schahin, Odebrecht e OAS’.
Como nas outras duas denúncias da força-tarefa, no Paraná, a Procuradoria aponta Lula ‘como o responsável por comandar uma sofisticada estrutura ilícita para captação de apoio parlamentar, assentada na distribuição de cargos públicos na Administração Pública Federal’. A denúncia afirma que o esquema ocorreu nas mais importantes diretorias da Petrobrás, mediante a nomeação de Paulo Roberto Costa, Renato Duque e Nestor Cerveró, respectivamente, para as diretorias de Abastecimento, de Serviços e Internacional da estatal. Por meio do esquema, estes diretores geravam recursos que eram repassados para enriquecimento ilícito do ex-presidente, de agentes políticos e das próprias agremiações que participavam do loteamento dos cargos públicos, bem como para campanhas eleitorais movidas por dinheiro criminoso.
Também foram denunciados José Adelmário Pinheiro Filho, pela prática dos crimes de corrupção ativa e lavagem de dinheiro; Marcelo Bahia Odebrecht e Agenor Franklin Magalhães Medeiros, pelo crime de corrupção ativa; bem como José Carlos da Costa Marques Bumlai, Rogério Aurélio Pimentel, Emílio Alves Odebrecht, Alexandrino de Salles Ramos de Alencar, Carlos Armando Guedes Paschoal, Emyr Diniz Costa Júnior, Roberto Teixeira, Fernando Bittar e Paulo Roberto Valente Gordilho, acusados da prática do crime de lavagem de dinheiro.
Segundo a denúncia, os valores ligados à Odebrecht e à OAS foram repassados a partidos e políticos que davam sustentação ao governo de Luiz Inácio Lula da Silva, especialmente o PT, o PP e o PMDB, bem como aos agentes públicos da Petrobrás envolvidos no esquema e aos responsáveis pela distribuição das vantagens ilícitas, em operações de lavagem de dinheiro que tinham como objetivo dissimular a origem criminosa do dinheiro.
A força-tarefa aponta que ‘parte do valor das propinas pagas pela Odebrecht e pela OAS, no valor aproximado de R$ 870 mil, foi lavada mediante a realização de reformas, construção de anexos e outras benfeitorias no Sítio de Atibaia, para adequá-lo às necessidades da família do denunciado Luiz Inácio Lula da Silva, assim como mediante a realização de melhorias na cozinha do referido Sítio e aquisição de mobiliário para tanto’.
Também foi objeto de lavagem de dinheiro uma parte dos valores de propina oriunda dos crimes de gestão fraudulenta, fraude à licitação e corrupção no contexto da contratação para operação da sonda Vitória 10000 da Schahin pela Petrobrás, a qual foi utilizada, por intermédio de José Carlos Bumlai, para a realização de reformas estruturais e de acabamento no Sítio de Atibaia, no valor total de R$ 150.500,00.
A denúncia foi elaborada com base em depoimentos, documentos apreendidos, dados bancários e fiscais bem como outras informações colhidas ao longo da investigação, todas disponíveis nos anexos juntados aos autos.
“Esta denúncia reafirma o compromisso do Ministério Público Federal com o cumprimento de suas atribuições constitucionais e legais, independentemente de qualquer consideração político-partidária, bem como com o combate incessante contra a corrupção, o mal maior com que se defronta a sociedade brasileira e que a impede de alcançar o seu desenvolvimento pleno e merecido”, diz nota do Ministério Público Federal.
“A denúncia é mais um efeito da corrupção espraiada em todo o espectro do sistema político.” DO ESTADÃO

EXCLUSIVO: O encontro secreto de Lula e Renato Duque


Foto apresentada a
Sergio Moro desmente ex-presidente, que negou conhecer o operador do PT no petrolão

Por Robson Bonin
Veja.com
O ex-presidente Lula e o ex-diretor da Petrobras Renato Duque em foto de 2012 (Divulgacao/Divulgação)
A imagem publicada acima implode uma das principais teses de defesa apresentadas pelo ex-presidente Lula ao juiz Sergio Moro sobre uma das tantas acusações que o atormentam na Operação Lava Jato. Em depoimento no dia 5 deste mês, o ex-diretor de Serviços da Petrobras Renato Duque afirmou que Lula tinha total conhecimento do petrolão, recebia propinas do esquema e era o comandante da estrutura criminosa. Duque disse que se reuniu três vezes com o petista para tratar de assuntos de interesse da quadrilha e, em pelo menos uma ocasião, discutiu a eliminação de provas que pudessem levar a Lava Jato até o ex-presidente. Sentado diante de Sergio Moro, Lula negou as acusações e disse que nem sequer conhecia o ex-diretor da Petrobras quando esteve com ele no único encontro pessoal que tiveram num hangar do Aeroporto de Congonhas, em julho de 2014. Em sua versão para a conversa, Duque disse a Moro que ouviu de Lula um pedido para eliminar contas de propina no exterior. Lula, por sua vez, disse que apenas apurava denúncias de corrupção envolvendo diretores da estatal. Em meio a essa guerra de versões, a foto apresentada por Duque é uma bomba. Segundo o diretor, ela prova que Lula conhecia muito bem Duque quando esteve com ele no hangar do aeroporto. Prova também que Duque já frequentava o Instituto Lula em meados de 2012, quando a fotografia foi tirada. Apresentada nesta terça-feira, a imagem é o registro histórico de uma conversa, ocorrida durante o pleno funcionamento do petrolão, em que Duque e Lula discutiram assuntos de interesse das empreiteiras que comandavam o cartel bilionário na Petrobras.
No encontro, o “grande chefe”, como Duque descreve Lula, chega a rasgar elogios ao ex-diretor por seus competentes e relevantes serviços prestados. Como a Lava Jato já demonstrou, Duque foi um eficiente arrecadador do PT na diretoria de Serviços da Petrobras. Ele atravessou oito anos de governo Lula e metade do primeiro mandato da ex-presidente Dilma Rousseff recolhendo 1% de propina sobre cada contrato milionário da sua área. Preso em 2014, já foi condenado a 57 anos de prisão por crimes de corrupção passiva, lavagem de dinheiro e organização criminosa.
Incluída na proposta de delação premiada que o ex-diretor negocia com a força-tarefa da Lava Jato, a foto é um dos elementos apresentados por Duque para provar que desfrutava, de fato, de prestígio dentro da hierarquia petista que saqueou a Petrobras. Duque encontrou Lula ainda no período em que o ex-presidente se recuperava de um câncer na garganta. Na imagem, o ex-presidente usa bigode. Mais tarde, voltaria a ostentar a barba.
Em depoimento a Moro, Duque revelou ter mantido três encontros com Lula para discutir assuntos relacionados ao petrolão. A foto registra o primeiro deles. “Nessas três vezes, ficou muito claro para mim que ele tinha pleno conhecimento de tudo e detinha o comando”, disse Duque. Um dos encontros secretos com o ex-presidente se deu já durante as investigações da Lava Jato, no qual recebeu do petista ordens para fechar as contas que mantinha no exterior para receber propina de contratos da Petrobras. Cinco dias depois, também falando a Moro, o ex-presidente admitiu a conversa, mas disse que nem sequer conhecia Renato Duque, tanto que precisou pedir ao ex-tesoureiro do PT João Vaccari Neto que intermediasse a reunião no aeroporto. “O Vaccari conhecia o Duque e eu não conhecia. Que tipo de relação eles tinham, eu não sei. Tinha conhecimento de que o Vaccari conhecia o Duque, só isso”, disse Lula.
O ex-diretor contou a Sergio Moro que Lula monitorava pessoalmente o fluxo de pagamentos de contratos que renderiam propinas posteriormente. O petista era tão envolvido que chegava a ter informações antes mesmo do próprio ex-diretor. Ao dar sua versão sobre a conversa no aeroporto, Duque disse que o ex-presidente relatou que a então presidente Dilma Rousseff havia lhe repassado a informação de que diretores da Petrobras estavam recebendo propina de fornecedores da estatal, como a multinacional SBM, em contas no exterior. Lula queria saber se Duque estava entre os beneficiários da propina. Como o ex-diretor negou, Lula insistiu querendo saber se a propina de contratos de sondas da Sete Brasil estava sendo paga no exterior. Duque voltou a negar. Lula então fez questão de advertir para a necessidade de eliminar rastros no exterior que pudessem levar as autoridades até a propina.
“Ele me perguntou se eu tinha uma conta na Suíça com recebimentos da empresa SBM, dizendo que a então presidente Dilma tinha recebido a informação que um ex-diretor da Petrobras tinha recebido dinheiro numa conta da Suíça da SBM. Eu falei: ‘Não, não tenho dinheiro da SBM nenhum. Nunca recebi dinheiro da SBM’. Aí, ele vira para mim e fala assim: ‘Olha, e das sondas? Tem alguma coisa?’. Falei… e tinha, né? Eu falei: ‘Não, também não tem’”, relatou Renato Duque. Lula, nas palavras do ex-diretor, replicou: “Olha, presta atenção no que vou te dizer: se tiver alguma coisa, não pode ter. Não pode ter nada no teu nome, entendeu?”, contou.
O petista também deu a sua versão para a conversa. Lula disse que procurou Renato Duque porque viu na imprensa denúncias de corrupção na Petrobras envolvendo o nome do ex-diretor. “Tive uma vez no Aeroporto de Congonhas, se não me falha a memória, porque tinha vários boatos no jornal de corrupção e de contas no exterior. Eu pedi para o Vaccari, que eu não tinha amizade com o Duque, trazer o Duque para conversar”, disse Lula. “Eu sei que foi num hangar em Congonhas e a pergunta que eu fiz para o Duque foi simples: ‘Tem matéria nos jornais, tem denúncias de que você tem dinheiro no exterior, que está pegando da Petrobras. Você tem contas no exterior? Ele falou: ‘Não tenho’. Falei: ‘Acabou’. Se não tem… Sabe, mentiu pra mim. Mentiu para ele mesmo”, disse Lula.
Em meados de 2014, Duque nem mesmo mantinha vínculo com a Petrobras. Mas, para Lula, isso pouco importou. Questionado por Moro se tinha procurado outros diretores da estatal, igualmente enrolados na Lava Jato, Lula disse que só procurou Duque. Moro quis saber o motivo. Lula justificou que Duque havia sido indicado pela bancada do PT.
No dia em que Duque prestou depoimento a Moro, Lula rebateu as acusações por meio de uma nota em que classificou as declarações do ex-diretor de Serviços da Petrobras como uma “tentativa de fabricar acusações mentirosas” contra ele. Segundo Lula, trata-se de “mais uma etapa dessa desesperada gincana, nos tribunais e na mídia, em busca de uma prova contra Lula, que não existe na realidade e muito menos nos autos”.DO R.DEMOCRATICA