terça-feira, 11 de abril de 2017

Renan Calheiros usou propina para financiar o filho


Renan Calheiros 2
O senador Renan Calheiros cobrou 1,2 milhão de reais à Braskem para financiar a campanha eleitoral do filho ao governo do estado de Alagoas. A denúncia foi feita pelo ex-diretor da Odebrecht Cláudio Melo Filho. Renan recebeu 1,2 milhão de reais da Braskem, empresa controlada pela Odebrecht.
“…o Grupo Odebrecht teria efetuado o pagamento de vantagem indevida para o fim de obter aprovação de legislação favorável aos interesses da empresa”, diz trecho do documento assinado pelo ministro do Supremo e relator da Lava-Jato, Edson Fachin.

Irmãos Viana, Tião e Jorge, levaram 2 milhões da Odebrecht

Tião Viana, Jorge Viana

 Os irmãos Viana, Tião e Jorge, também estão na lista de inquéritos em poder do STF. Jorge e Tião receberam 2 milhões de reais para a campanha do segundo ao governo do estado do Acre em 2010. O pagamento contou com a anuência de Antonio Palocci e foi registrado no sistema de propinas da empresas com o codinome “menino da floresta”.
Claudio Mello relata que houve uma reunião entre representantes da Odebrecht, da Braskem e o próprio Senador da República Renan Calheiros.
Ainda segundo o documento, Renan, então, solicitou a realização de pagamento, a pretexto de doação eleitoral em favor de seu filho José Renan Vasconcelos Calheiros Filho.
“O pedido foi repassado a João Antônio Pacífico Ferreira que, atento aos interesses da empresa no ramo energético, autorizou o repasse de R$ 1.200.000,00 (um milhão e duzentos mil reais), via doação oficial ao Partido do Movimento Democrático Brasileiro (PMDB), propiciando a transferência de ao menos R$ 800.000,00 (oitocentos mil reais) ao filho do referido Senador”, diz.

Romero Jucá levou propina de quatro milhões de reais

O PDT contra Jucá
 Na lista de Fachin, está o senador Romero Jucá, presidente do PMDB. O Ministério Público pediu abertura de inquérito contra Jucá com a suspeita de que ele recebeu popina em favor dos interesses da Odebrecht. De acordo com os delatores Marcelo Odebrecht, Cláudio Melo e Carlos Fadigas, Jucá levou quatro milhões de reais para aprovar a resolução 72 do Senado, objetivo da empresa. O ex-senador Delcidio Amaral também participou da ação e teria recebido 500 000 reais. DO R.ONLINE

Os 83 inquéritos de Fachin

Nove ministros do governo Temer, 29 senadores e 42 deputados federais, entre eles os presidentes da Câmara e do Senado, serão investigados na Lava Jato a partir das delações da Odebrecht na maior ofensiva contra políticos com foro privilegiado
Edson Fachin. Foto: Carlos Moura/SCO/STF
Edson Fachin. Foto: Carlos Moura/SCO/STF

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DO ESTADÃO

Cunha contratou empresa para sabotar a Lava-Jato, diz Odebrecht

Segundo empreiteiro, uma reunião sigilosa, em 2015, na casa do então presidente da Câmara, definiu a contratação da Kroll para sabotar Lava-Jato

Eduardo Cunha concede entrevistas aos jornalistas setoristas da Câmara
O empreiteiro Marcelo Odebrecht revela em seu acordo de delação premiada a atuação do ex-presidente da Câmara Eduardo Cunha na organização de um plano para tentar sepultar as investigações da Operação Lava-Jato. A estratégia foi elaborada em uma reunião ocorrida poucos dias depois da eleição de Cunha para o comando da Casa. A história é narrada pelo empreiteiro no termo de colaboração 49 do empreiteiro e corroborada por outro diretor da empresa.
Segundo Marcelo, o presidente da Câmara realizou no dia 11 de fevereiro de 2015 um encontro sigiloso em sua residência com o objetivo de apresentar a proposta de contratação da empresa de espionagem Kroll. A ideia era usar a experiência da empresa para localizar “inconsistências” nas delações premiadas do ex-diretor da Petrobras Paulo Roberto Costa e do doleiro Alberto Youssef, o que poderia anular as investigações da Lava-Jato comandadas pela Procuradoria Geral da República. “Eduardo Cunha defendia a tese de que deveriam ser encontradas inconsistências nas colaborações premiadas de Paulo Roberto Costa e Alberto Youssef, o que permitiria, na sua ótica, a anulação das investigações”, destaca o ministro Edson Fachin, na decisão em que defere o pedido do Ministério Público para retirada do sigilo da investigação e o envio das declarações à Procuradoria da República no Paraná.
Na ocasião da reunião, o então presidente da Câmara vivia a expectativa de ser levado ao Supremo Tribunal Federal (STF) pelas mãos do procurador-geral Rodrigo Janot. A primeira “lista do Janot” seria apresentada semanas depois da reunião. Por força de Eduardo Cunha, o plano para melar a Lava-Jato foi colocado em prática. A Kroll foi contratada por decisão do presidente da CPI da Petrobras, deputado Hugo Motta (PMDB-PB), e do subrelator André Moura (PSC-SE). Oficialmente, o argumento usado foi o de que a empresa ajudaria a CPI a investigar os envolvidos no escândalo do petrolão. A Kroll foi usada para vasculhar contas bancárias e patrimônio no exterior de 12 delatores da Operação Lava-Jato. A tentativa de sabotar as investigações, no entanto, fracassou. DA VEJA.COM

EXCLUSIVO: A lista de Fachin


Edson Fachin. Foto: Nelson Jr/SCO/STF
Edson Fachin. Foto: Nelson Jr/SCO/STF
O ministro Edson Fachin, relator da Lava Jato no Supremo Tribunal Federal (STF), determinou a abertura de inquérito contra nove ministros do governo Temer, 29 senadores e 42 deputados federais, entre eles os presidentes das duas Casas –como mostram as 83 decisões do magistrado do STF, obtidas com exclusividade pelo Estado. O grupo faz parte do total de 108 alvos dos 83 inquéritos que a Procuradoria-Geral da República (PGR) encaminhou ao Supremo Tribunal Federal (STF) com base nas delações dos 78 executivos e ex-executivos do Grupo Odebrecht, todos com foro privilegiado no STF. Os ex-presidentes Luiz Inácio Lula da Silva e Dilma Rousseff não aparecem nesse conjunto porque não possuem mais foro especial.
O Estado teve acesso a despachos do ministro Fachin, assinados eletronicamente no dia 4 de abril.
Também serão investigados no Supremo um ministro do Tribunal de Contas da União, três governadores e 24 outros políticos e autoridades que, apesar de não terem foro no tribunal, estão relacionadas aos fatos narrados pelos colaboradores.
Os senadores Aécio Neves (MG), presidente do PSDB, e Romero Jucá (RR), presidente do PMDB, são os políticos com o maior número de inquéritos a serem abertos: 5, cada. O senador Renan Calheiros (PMDB-AL), ex-presidente do Senado, vem em seguida, com 4.
O governo do presidente Michel Temer é fortemente atingido. A PGR pediu investigações contra os ministros Eliseu Padilha (PMDB), da Casa Civil, , Moreira Franco (PMDB), da Secretaria-Geral da Presidência da República, Gilberto Kassab (PSD), da Ciência e Tecnologia, Helder Barbalho (PMDB), da Integração Nacional, Aloysio Nunes (PSDB), das Relações Exteriores, Blairo Maggi (PP), da Agricultura, Bruno Araújo (PSDB), das Cidades, Roberto Freire (PPS), da Cultura, e Marcos Pereira (PRB), da Indústria, Comércio Exterior e Serviços. Padilha e Kassab responderão em duas investigações, cada.
As investigações que tramitarão especificamente no Supremo com a autorização do ministro Edson Fachin, relator da Lava Jato na Corte, foram baseadas nos depoimentos de 40 dos 78 delatores.
Os relatos de Marcelo Odebrecht, ex-presidente e herdeiro do grupo, são utilizados em 7 inquéritos no Supremo. Entre os executivos e ex-executivos, o que mais forneceu subsídios para os pedidos da PGR foi Benedicto Júnior, (ex-diretor de Infraestrutura) que deu informações incluídas em 34 inquéritos. Alexandrino Alencar (ex-diretor de Relações Institucionais) forneceu subsídios a 12 investigações, e Cláudio Melo Filho (ex-diretor de Relações Institucionais) e José de Carvalho Filho (ex-diretor de Relações Institucionais), a 11.
Os crimes mais frequentes descritos pelos delatores são de corrupção passiva, corrupção ativa, lavagem de dinheiro, falsidade ideológica, e há também descrições a formação de cartel e fraude a licitações.
Imunidade. O presidente da República, Michel Temer (PMDB), é citado nos pedidos de abertura de dois inquéritos, mas a PGR não o inclui entre os investigados devido à “imunidade temporária” que detêm como presidente da República. O presidente não pode ser investigado por crimes que não decorreram do exercício do mandato.
Lista. Os pedidos do procurador-geral da República, Rodrigo Janot, foram enviados no dia 14 de março ao Supremo. Ao todo, o procurador-geral da República, Rodrigo Janot, encaminhou ao STF 320 pedidos – além dos 83 pedidos de abertura de inquérito, foram 211 de declínios de competência para outras instâncias da Justiça, nos casos que envolvem pessoas sem prerrogativa de foro, sete pedidos de arquivamento e 19 de outras providências. Janot também pediu a retirada de sigilo de parte dos conteúdos.
Entre a chegada ao Supremo e a remessa ao gabinete do ministro Edson Fachin, transcorreu uma semana. O ministro já deu declarações de que as decisões serão divulgadas ainda em abril. Ao encaminhar os pedidos ao STF, Janot sugeriu a Fachin o levantamento dos sigilos dos depoimentos e inquéritos.
A LISTA DOS ALVOS
Senador da República Romero Jucá Filho (PMDB-RR)
Senador Aécio Neves da Cunha (PSDB-MG)
Senador da República Renan Calheiros (PMDB-AL)
Ministro da Casa Civil Eliseu Lemos Padilha (PMDB-RS)
Ministro da Ciência e Tecnologia Gilberto Kassab (PSD)
Senador da República Fernando Bezerra Coelho (PSB-PE)
Deputado Federal Paulinho da Força (SD-SP)
Deputado Federal Marco Maia (PT-RS)
Deputado Federal Carlos Zarattini (PT-SP)
Deputado Federal Rodrigo Maia (DEM-RM), presidente da Câmara
Deputado federal João Carlos Bacelar (PR-BA)
Deputado federal Milton Monti (PR-SP)
Governador do Estado de Alagoas Renan Filho (PMDB)
Ministro da Secretaria-Geral da Presidência da República Wellington Moreira Franco (PMDB)
Ministro da Cultura Roberto Freire (PPS)
Ministro das Cidades Bruno Cavalcanti de Araújo (PSDB-PE)
Ministro das Relações Exteriores Aloysio Nunes Ferreira (PSDB)
Ministro da Indústria, Comércio Exterior e Serviços Marcos Antônio Pereira (PRB)
Ministro da Agricultura, Pecuária e Abastecimento Blairo Borges Maggi (PP)
Ministro de Estado da Integração Nacional, Helder Barbalho (PMDB)
Senador da República Paulo Rocha (PT-PA)
Senador Humberto Sérgio Costa Lima (PT-PE)
Senador da República Edison Lobão (PMDB-PA)
Senador da República Cássio Cunha Lima (PSDB-PB)
Senador da República Jorge Viana (PT-AC)
Senadora da República Lidice da Mata (PSB-BA)
Senador da República José Agripino Maia (DEM-RN)
Senadora da República Marta Suplicy (PMDB-SP)
Senador da República Ciro Nogueira (PP-PI)
Senador da República Dalírio José Beber (PSDB-SC)
Senador da República Ivo Cassol
Senador Lindbergh Farias (PT-RJ)
Senadora da República Vanessa Grazziotin (PCdoB-AM)
Senadora da República Kátia Regina de Abreu (PMDB-TO)
Senador da República Fernando Afonso Collor de Mello (PTC-AL)
Senador da República José Serra (PSDB-SP)
Senador da República Eduardo Braga (PMDB-AM)
Senador Omar Aziz (PSD-AM)
Senador da República Valdir Raupp
Senador Eunício Oliveira (PMDB-CE)
Senador da República Eduardo Amorim (PSDB-SE)
Senadora Maria do Carmo Alves (DEM-SE)
Senador da República Garibaldi Alves Filho (PMDB-RN)
Senador da República Ricardo Ferraço (PSDB-ES)
Deputado Federal José Carlos Aleluia (DEM-BA)
Deputado Federal Daniel Almeida (PCdoB-BA)
Deputado Federal Mário Negromonte Jr. (PP-BA)
Deputado Federal Nelson Pellegrino (PT-BA)
Deputado Federal Jutahy Júnior (PSDB-BA)
Deputada Federal Maria do Rosário (PT-RS)
Deputado Federal Felipe Maia (DEM-RN)
Deputado Federal Ônix Lorenzoni (DEM-RS)
Deputado Federal Jarbas de Andrade Vasconcelos (PMDB-PE)
Deputado Federal Vicente “Vicentinho” Paulo da Silva (PT-SP)
Deputado Federal Arthur Oliveira Maia (PPS-BA)
Deputada Federal Yeda Crusius (PSDB-RS)
Deputado Federal Paulo Henrique Lustosa (PP-CE)
Deputado Federal José Reinaldo (PSB-MA), por fatos de quando era governador do Maranhão
Deputado Federal João Paulo Papa (PSDB-SP)
Deputado Federal Vander Loubet (PT-MS)
Deputado Federal Rodrigo Garcia (DEM-SP)
Deputado Federal Cacá Leão (PP-BA)
Deputado Federal Celso Russomano (PRB-SP)
Deputado Federal Dimas Fabiano Toledo (PP-MG)
Deputado Federal Pedro Paulo (PMDB-RJ)
Deputado federal Lúcio Vieira Lima (PDMB-BA)
Deputado Federal Paes Landim (PTB-PI)
Deputado Federal Daniel Vilela (PMDB-GO)
Deputado Federal Alfredo Nascimento (PR-AM)
Deputado Federal Zeca Dirceu (PT-SP)
Deputado Federal Betinho Gomes (PSDB-PE)
Deputado Federal Zeca do PT (PT-MS)
Deputado Federal Vicente Cândido (PT-SP)
Deputado Federal Júlio Lopes (PP-RJ)
Deputado Federal Fábio Faria (PSD-RN)
Deputado Federal Heráclito Fortes (PSB-PI)
Deputado Federal Beto Mansur (PRB-SP)
Deputado Federal Antônio Brito (PSD-BA)
Deputado Federal Décio Lima (PT-SC)
Deputado Federal Arlindo Chinaglia (PT-SP)
Ministro do Tribunal de Contas da União Vital do Rêgo Filho
Governador do Estado do Rio Grande do Norte Robinson Faria (PSD)
Governador do Estado do Acre Tião Viana (PT)
Prefeita Municipal de Mossoró/RN Rosalba Ciarlini (PP), ex-governadora do Estado
Valdemar da Costa Neto (PR)
Luís Alberto Maguito Vilela, ex-Senador da República e Prefeito Municipal de Aparecida de Goiânia entre os anos de 2012 e 2014
Edvaldo Pereira de Brito, então candidato ao cargo de senador pela Bahia nas eleições 2010
Oswaldo Borges da Costa, ex-presidente da Companhia de Desenvolvimento Econômico de Minas Gerais/Codemig
Senador Antônio Anastasia (PSDB-MG)
Cândido Vaccarezza (ex-deputado federal PT)
Guido Mantega (ex-ministro)
César Maia (DEM), vereador e ex-prefeito do Rio de Janeiro e ex-deputado federal
Paulo Bernardo da Silva, então ministro de Estado
Eduardo Paes (PMDB), ex-prefeito do Rio de Janeiro
José Dirceu
Deputada Estadual em Santa Catarina Ana Paula Lima (PT-SC)
Márcio Toledo, arrecadador das campanhas da senadora Suplicy
Napoleão Bernardes, Prefeito Municipal de Blumenau/SC
João Carlos Gonçalves Ribeiro, que então era secretário de Planejamento do Estado de Rondônia
advogado Ulisses César Martins de Sousa, à época Procurador-Geral do Estado do Maranhão
Rodrigo de Holanda Menezes Jucá, então candidato a vice-governador de Roraima, filho de Romer Jucá
Paulo Vasconcelos, marqueteiro de Aécio
Eron Bezerra, marido da senadra Grazziotin
Moisés Pinto Gomes, marido da senadora Kátia Abreu, em nome de quem teria recebido os recursos – a38
Humberto Kasper
Marco Arildo Prates da Cunha
Vado da Famárcia, ex-prefeito do Cabo de Santo Agostinho
José Feliciano
COM A PALAVRA, O SENADOR ROMERO JUCÁ
“Sempre estive e sempre estarei à disposição da Justiça para prestar qualquer informação. Nas minhas campanhas eleitorais sempre atuei dentro da legislação e tive todas as minhas contas aprovadas”  DO ESTADÃO

ORDEM DO DIA: FINGIR


Por Armando Soares
            A ordem do dia, de cada dia, dos vereadores, dos deputados federais, dos deputados estaduais, dos senadores, dos juízes, dos advogados, dos políticos, dos governantes e dos prefeitos é fingir, ocultar, inventar, fantasiar a verdade. É dissimular com astúcia a verdade. É fingir e fantasiar a verdade para os milhões de brasileiros. Entra dia e sai dia e o Brasil continua o mesmo, sem as reformas necessárias, com os mesmos vícios, sem ordem, sem segurança, com juros e impostos estratosféricos, sem oportunidade de novos empregos e outros males sociais, econômicos e institucionais. O brasileiro assiste a todo esse fingimento, a toda essa enganação teatral hipócrita e tem esperança que as coisas ainda podem melhorar com esse time de políticos e servidores públicos (os que exercem oficialmente cargo ou função pública). O povo brasileiro é do tipo ‘me engana que eu gosto’.
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                Será que o brasileiro ainda acha que os políticos e governantes que conhecemos vão, num gesto de total arrependimento, mudar de repente seu comportamento e maneira de ser? Iriam acabar com a obrigatoriedade do voto? Acabariam com a obrigação do povo de bancar campanhas milionárias e desonestas?  Acabariam com a contribuição sindical que sustenta vagabundos e atrapalha a vida dos brasileiros? Atualizariam a constituição retirando dela o viés socialista? Aceitariam ser político apenas como encargo, como uma obrigação de prestar serviço a grandeza do Brasil abandonando o critério de profissionalização? Qual o político que iria honestamente representar a vontade popular como um encargo passageiro? Por que o povo tem que pagar altos salários a vereadores, deputados e senadores, prefeitos, governadores e presidente da república, por pessoas que não se responsabilizam pelos seus atos, quebram o país e fica tudo por isso? O povo está sendo obrigado a pagar altos salários a políticos para que eles roubem e quebrem o país? A política verdadeira é um trabalho voluntário, não é uma profissão para enriquecer ninguém.
                Estamos, todos os brasileiros fartos de assistir tanto fingimento diariamente na TV, nos rádios, jornais e internet. Nos tribunais fingem-se que decidem, mas os ladrões continuam soltos sustentando advogados e mídia com o dinheiro roubado; na Câmara e Senado fingem-se mais e descaradamente, mas as verdadeiras e necessárias reformas não são apresentadas e votadas, pois iriam de encontro aos interesses mesquinhos dos partidos coloridos, dos sindicatos e do corporativismo malandros. A Suíça bloqueia R$ 3 bilhões em conta de suspeitos na Lava Jato, quantos bilhões roubados mais estão alimentando os bancos de outros países. Alguém ainda no Brasil tem dúvida onde está o dinheiro que falta para a resolver a crise brasileira?
                O fingimento no Brasil é endêmico e doentio. A presidente do STF afirma que apesar de tudo as instituições estão funcionando, mas ela sabe que isso não é verdade. Como a justiça pode estar funcionando com milhões de processos parados nos gabinetes de juízes? Funciona uma justiça que leva 30 anos para resolver uma questão de inventário? Em 30 anos toda uma família morre e o Estado engole o patrimônio, isso é normal? Há explicação para essa anomalia? Como considerar que a instituição esteja funcionando a contento e com responsabilidade quando resolve entregar toda a Amazônia a índios dominados por ONGs estrangeiras permitindo assim que as fronteiras brasileiras fiquem sem fiscalização e proteção facilitando o comércio de drogas e contrabando generalizado? Como considerar que a instituição esteja funcionando a contento quando permite que a soberania brasileira seja destruída?
                Por sua vez os militares fingem que existe democracia e ordem na república. Que democracia e república é essa? A brasileira, com certeza não é, pois, uma democracia que elege políticos e governantes com dinheiro roubado, não é uma democracia e muito menos uma república, é um prostíbulo.
                Os empresários, sejam de qualquer tamanho, fingem que é normal viver num país em que os impostos e as suas regras inviabilizam os negócios obrigando os empresários a viverem no ‘jeitinho brasileiro’, o que alimenta a corrupção e emperra o desenvolvimento.
                Os trabalhadores, instrumento dos socialistas, comunistas e pelegos, fingem que têm vantagens sobre os ‘patrões’, quando na verdade estão construindo a sua própria sepultura, destruindo a fonte geradora do emprego processo que alimenta uma instituição cancerosa que serve a advogados e juízes corporativos e estratificados, processo social que leva à formação de “camadas hierárquicas”.
                Os pobres, na sua ignorância, fingem que os ricos são os culpados pela sua pobreza, quando são eles mesmos os verdadeiros responsáveis, atitude que os tornam presas fáceis nas mãos de piratas sociais que alimentam os sonhos dos pobres com ideologias que os transformam em escravos como prova exaustivamente a história.
                Fingem as famílias brasileiras achando que seus filhos estão recebendo boa educação nas escolas e universidades, quando na verdade estão sendo enganados por professores e escolas medíocres contaminadas por ideologias criminosas que transmitem o ódio e a discriminação que ensinam as crianças e jovens a desrespeitarem seus pais.
                Fingem irresponsavelmente os brasileiros que acham que nunca serão vítimas de bandidos assassinos que pululam em todas as ruas brasileiras, entrincheirados em favelas com armas compradas com o tráfico de drogas. Os brasileiros, apesar de alguns espasmos de resistência a viver com passeatas, preferem continuar a viver sobressaltado do que buscar num grande movimento nacional continuo a implantação de reformas políticas e de outras naturezas que lhes traga segurança permanente, moralidade e competência política e administrativa.
                Fingem os produtores rurais que podem continuar a produzir alimentos e matérias-primas perseguidos constantemente por políticas públicas nocivas como é o caso da política ambientalista-indigenista, que confisca propriedades através de decisões impatrióticas judiciais e pelo mecanismo de reserva legal que atinge 80% da propriedade, custo econômico que não é levado em consideração pelos produtores e que autofagicamente destrói a atividade e o patrimônio, ao que se soma a constante invasão da propriedade pelos bandidos que não querem reforma agrária, querem terras trabalhadas e seus animais, tudo sob a vista de governos irresponsáveis e covardes incapazes de cumprir as integrações de posse da justiça, que por sua vez cruza os braços e ainda nomeia juízes comunistas para acompanhar e apoiar os bandidos.
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                Fingem os governadores estaduais e municipais que podem governar estados e municípios sem sustentação econômica e somente através de repasses da União, recursos originados de estados e municípios superavitários e de impostos federais, o que mostra a total irresponsabilidade brasileira em criar municípios sem a mínima condição de sustentação econômica. O mais grave desse cenário é que ele se presta para o enriquecimento ilícito de administradores imorais, e para empregar amigos e parentes, anomalia que vem sendo mantida para a felicidade dos corruptos e políticos viciados. Um peso enorme e estúpido que os brasileiros carregam nas costas através da cobrança criminosa de impostos, taxas e outras porcarias estatais. 
                Os deputados fingidos e comprometidos com esquemas corporativos acabaram de mostrar toda sua inutilidade e nocividade mais uma vez, legisla contra o cidadão. Reduz a liberdade de escolha da sociedade e prejudica todos os consumidores e os trabalhadores da empresa.
                Fica difícil viver num país onde impera o fingimento, a hipocrisia e a malandragem. DO LIBERTATUM

Armando Soares – economista
e-mail: armandoteixeirasoares@gmail.com   

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Soares é articulista de Libertatum

Dora Kramer: "Passou boi, passou boiada"

Houve um tempo em que ser convocado a depor em Comissão Parlamentar de Inquérito era o máximo do constrangimento.  Políticos com poder de articulação faziam de tudo para não ser chamados a sentar na cadeira dos depoentes; equivalia a um banco dos réus. Esse tempo, passado, foi substituído pelo exercício corporativo do salve-se quem puder mediante a prática de todos por um. Dois, três e quantos mais houver a serem incluídos na lista da salvação. Se dependesse dos trabalhos das comissões parlamentares de inquérito da Petrobrás e daquela instada para apurar as relações do bicheiro Carlos Cachoeira com agente públicos e privados, o ex-governador Sérgio Cabral e o ex-deputado Eduardo Cunha não estariam hoje sentados nas respetivas celas de presídio em Bangu 8 (RJ) e Pinhais (PR). Cabral continuaria até hoje a brilhar em seu céu de diamantes; Cunha provavelmente teria conseguido se reeleger presidente da Câmara. A construtora Delta, de Fernando Cavendish seguiria atuando no mercado, ex-diretores da Petrobras estariam talvez reincorporados à empresa, o governador Marconi Perillo (GO) livre da denúncia por corrupção apresentada no fim de março pelo Ministério Público e Cachoeira desconectado da tornozeleira que o monitora em prisão domiciliar. As comissões de inquérito trataram dos temas e dos personagens depois submetidos aos escrutínios do MP e da Polícia Federal. Pelas CPIs passaram incólumes. Por um crivo mais rigoroso, caíram na rede. De onde se evidencia a inutilidade das comissões congressuais por obra e graça do compadrio malsão.