sábado, 4 de março de 2017

Reinaldo Azevedo aplaude censura ao “fascista” Bolsonaro na Hebraica, e leva resposta dura de Alexandre Borges

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Reinaldo Azevedo ataca novamente. Em sua campanha difamatória a todos aqueles à direita do PSDB, ou seja, a todos de direita, o colunista da VEJA parte para uma agressão chula e desonesta a Jair Bolsonaro, a quem chama abertamente de fascista e afirma que deveria assustar mesmo judeus, gays e mulheres. Azevedo banca o “isentão” cada vez mais, deixando claro que o limite aceitável para a “direita” no Brasil é o tucanato de esquerda.
Apelar para o Holocausto como “argumento” para defender a censura de Bolsonaro no evento da Hebraica talvez tenha sido o ponto mais baixo da carreira do articulista, mais até do que quando deixou transparecer um estranho lado misógino nos duros ataques pessoais a Joice Hasselmann. A comparação com Hitler é algo típico de quem não tem argumentos, por isso vemos tanta gente da extrema-esquerda apelando para essa tática pérfida. Que alguém como Reinaldo, que sempre focou em argumentos, desça tanto de nível é algo realmente lamentável.
Mas Alexandre Borges, que trabalhou na campanha de Flavio Bolsonaro ano passado, saiu em defesa do deputado Jair e da lógica. Essa estratégia de Reinaldo é manjada, todos os radicais de esquerda a utilizam, e o tucano mereceu uma resposta dura como essa:
Pense o que quiser de Jair Messias Bolsonaro, mas defender que não vá à Hebraica por ser “nazista/fascista” é coisa de canalha ideológico. É a Lei de Godwin na vida real.
Está cada vez mais difícil esconder que Jair Bolsonaro assusta despachantes do velho PSDB na imprensa que fazem o mais vil e abjeto jornalismo de recados, sem qualquer limite moral ou ético.
Na foto do post, Jair Bolsonaro está no The Knesset – הכנסת, a sede do parlamento de Israel em Jerusalém. Ele estava em visita oficial ao país ano passado, quando foi recebido pelo primeiro escalão do governo israelense, participou das festividades da data de independência (14 de maio) e visitou o Museu do Holocausto.
Jair Bolsonaro é talvez o maior apoiador de Israel no parlamento brasileiro fora da comunidade judaica. A Hebraica pode receber quem quiser, mas dizer que não recebe o deputado por conta de posições “de direita/fascistas/nazistas” é uma ofensa gratuita e ingrata a um aliado do país e do povo judeu.
Ninguém é obrigado a comparecer ao evento ou apoiar o deputado, mas impedir que ele realize uma palestra para seus admiradores na comunidade judaica é uma prova de intolerância de autoritários e boçais que não merecem respeito.
Quanto aos oportunistas e “flores de obsessão” que se atiram na polêmica para fustigar o candidato na tentativa de justificar as próprias perversões ideológicas, a audiência já está respondendo. Com livre concorrência, o mercado se encarregará de separar quem interessa de quem apenas tem interesses.
Eu mesmo, antes de tomar conhecimento desse texto asqueroso de Reinaldo, já tinha escrito em defesa de Bolsonaro palestrar para os judeus, como um ato de liberdade de expressão que deveria ser defendido por todos que se dizem liberais. E também mencionei o fato de que Bolsonaro, na verdade, é um grande defensor de Israel, ao contrário de quase todos os esquerdistas radicais, que gostam de queimar a bandeira do país, e de alguns judeus traidores.
Que Azevedo esteja alinhado a um comunista como Ancelmo Gois nessa campanha contra Bolsonaro diz muito sobre suas inclinações político-ideológicas. O velho trotskista ainda bate naquele coraçãozinho. Reinaldo deveria, definitivamente, pedir uns dias de férias para todos aqueles patrões…
Rodrigo Constantino

A esquerda não ressuscitou pois nunca morreu! Ou: O que o tucano teme não é a volta de Lula, mas a ascensão da direita.



Tem um colunista tucano espalhando de forma histérica por aí que a “direita xucra” fez renascer das cinzas o PT e a esquerda radical. Ele trata isso como um “fato inquestionável”, mas não é um fato, e é absolutamente questionável. Não só que a esquerda radical “ressuscitou”, como alegar que a culpa disso é da tal “direita burra”, ao desmoralizar a política como um todo.
Lula como favorito nas pesquisas é um mito criado pela imprensa, que não soube ou não quis analisar direito as pesquisas. Quase 70% dos entrevistados ainda estavam indecisos! Ou seja, Lula é o favorito entre os menos de 30% que decidiram. E, como sabemos, petistas são petistas: casam com o Capeta não importa o que aconteça!
O PT sempre teve esses 20 a 25% do eleitorado, historicamente falando. É a base xiita do partido, os fanáticos da seita, os alienados que poderiam ver Lula esquartejando uma criança em praça pública que continuariam justificando e defendendo seu “guia”. Que raios de favorito é esse que não consegue sair nas ruas, frequentar um restaurante ou um aeroporto, pois sabe que será vaiado e xingado por quase todos? Um favorito que só pode falar para uma claque atraída por mortadela? Ou que junta 400 “intelectuais” para apoiá-lo? Isso até esse colunista conseguiria fazer! (Se bem que se continuar assim não terá nem mais 400 leitores em breve).
O articulista, portanto, usa um artifício desonesto para vender a ideia de que Lula está com tudo, conquistando mais e mais adeptos, com enormes chances de levar 2018, e faz isso pois seu verdadeiro alvo é Jair Bolsonaro, o que fica claro pela quantidade de ataques proferidos. Ele passou a dedicar uns 99% do seu tempo para atacar o deputado e seus seguidores, todos incluídos na tal “direita xucra”. Tudo aquilo que não é PSDB se torna automaticamente “extrema-direita”, exatamente como faz… a extrema-esquerda! E João Doria que se cuide: se tentar se mostrar muito independente e liberal, atropelando os caciques partidários, vai virar alvo do homem também, será “serrado” por sua língua afiada e afetada.
Mas se Lula não está exatamente vivo e ameaçador, há verdade na denúncia de que a esquerda radical ainda representa um perigo. Só que isso não é responsabilidade daqueles que saem às ruas para defender a Lava Jato, como diz o escriba, e sim da continuação da crise econômica. É verdade que Temer tem feito um governo razoável de transição, colocado boas reformas em pauta, ainda que insuficientes. Mas a recuperação leva tempo, e é lógico que a oposição à esquerda se utilizaria disso para gritar: “Eu falei! Foi golpe e nada mudou! A crise é culpa deles! Você estava desempregado quando Lula era presidente?”
Essa mentira era esperada, pois a esquerda radical vive de mentiras e inversões. Mas o sujeito em questão está totalmente errado se pensa que uma defesa cega e incondicional ao governo Temer, apoiado pelos tucanos, faria esse risco desaparecer. Nada mais falso. A esquerda, que nunca morreu, ganha alguma força novamente porque a crise não ajuda nunca a situação, e sim a oposição. Sempre.
Ciro Gomes ou Marina Silva são ameaças reais, justamente por conta disso. Não tem a ver com Bolsonaro e a direita das redes sociais e das ruas. Na verdade, estou seguro de que Ciro prefere enfrentar um tucano da velha guarda em vez de Bolsonaro ou qualquer outro representante da direita. E desconfio de que, no fundo, o radialista saiba disso. Mas está apavorado com essa direita. Com qualquer direita. Não com a volta do PT, mas com a ascensão da direita, ocupando o espaço do seu PSDB querido, que ele pensou estar livre após a queda do PT.
Não me entendam mal: não sou daqueles que jogam o PSDB na mesma vala suja do PT. Tenho implicância com a postura pusilânime dos tucanos quando se trata do PT, e condeno seu modelo socialdemocrata de centro-esquerda. Mas tenho vários textos defendendo que é um erro achar que FHC e Lula são iguais, ou que Aécio Neves faria o mesmo estrago que Dilma fez. Balela!
É claro que prefiro o PSDB ao PT! O PSDB é a esquerda civilizada, democrática, mais moderna, nos moldes europeus ou do Partido Democrata americano. Tem até mesmo um papel importante a cumprir no debate democrático, em minha opinião. Ao contrário do PT, o atraso total, o socialismo tosco, o bolivarianismo. Esquerda herbívora contra carnívora, socialismo “light” contra o “hard core”. Há diferenças sim, e grandes!
Daí a achar que o PSDB é o máximo permitido à direita na política nacional vai uma longa distância. O PSDB tem que ser o extremo à esquerda, enquanto partidos realmente de direita, liberal ou conservadora, deveriam surgir para ocupar esse vácuo, esse espaço vazio de hoje. O colunista de vários empregos não quer isso, não aceita isso. Bate o pezinho e dá chilique se alguém mais à direita do PSDB aparecer em cena.
Ele precisa defender o seu PSDB a todo custo, e não como uma opção legítima de centro-esquerda, mas como a “direita civilizada”, a “única direita”, a “verdadeira direita”. Tudo mais à direita dos tucanos deve ser considerado “extrema-direita”, exatamente como faz a mídia e os partidos radicais de esquerda. Isso é inaceitável e extremamente prejudicial ao liberalismo no país.
A esquerda, portanto, não morreu para ser ressuscitada pela “direita xucra”. Ela sempre esteve aí, em sua versão radical (PT, PSOL, REDE) e sua versão mais light (PSDB, DEM, sendo que ambos tem algumas exceções isoladas mais à direita mesmo). Agora, pela primeira vez, surge uma direita mais conservadora organizada, e isso assusta muito o tucanato. Com razão!
O povo brasileiro quer mudanças para valer, não a volta de uma esquerda mais suave ao poder. Se isso acontecesse, haveria até algum progresso, já que sairíamos de uma base muito baixa, da terra devastada deixada pelo PT, para medidas com bom senso que apontam na direção do liberalismo. Mas é se contentar com muito pouco achar que o PSDB, ainda mais nos seus velhos caciques, é o mais moderno que temos a oferecer, e o mais “direitista”. Isso é piada!
Rodrigo Constantino

PSDB agora imita PT na justificativa do caixa 2

Jogado no ventilador da Odebrecht por um ex-executivo da empreiteira, o tucanato reagiu à moda petista: reclamou da imprensa. ''O respeito à verdade é a essência da democracia'', disse Aécio Neves em vídeo, fazendo pose de vítima da difusão de mentiras. “A imprensa é instrumento fundamental da democracia. Usada por quem não é criterioso presta um mau serviço ao país”, ecoou Fernando Henrique Cardoso, insinuando que jornalistas deixaram-se usar por inimigos do ninho. Nesse ritmo, os grão-tucanos logo incorporarão ao seu linguajar uma expressão da cartilha companheira: “Imprensa golpista!” Aos fatos:
Chama-se Benedicto Júnior o responsável pelo desconforto dos tucanos. Trata-se de um ex-presidente da Odebrecht Infraestrutura. Hoje, dedica-se a suar o dedo como delator da Lava Jato. Em depoimento à Justiça Eleitoral, disse que, a pedido de Aécio Neves, borrifou em campanhas que interessavam ao PSDB em 2014 a cifra de R$ 9 milhões —dinheiro de caixa dois, realçou o depoente.
A verba foi assim distribuída: R$ 6 milhões repartidos entre Antônio Anastasia, candidato do tucanato mineiro ao Senado; Pimenta da Veiga, que disputou o governo de Minas pelo PSDB; e Dimas Fabiano Toledo, que concorreu a uma cadeira na Câmara federal pelo PP mineiro. Os outros R$ 3 milhões, disse Benedito, foram repassados a Paulo Vasconcellos, marqueteiro da campanha presidencial de Aécio.
Pendurado nas manchetes de ponta-cabeça, Aécio afirmou no seu vídeo (assista abaixo): “Eu, como dirigente partidário, tinha o dever de tentar ajudar dezenas, centenas de candidatos e sempre da forma correta, da forma legal, da forma lícita. Em nenhum momento, ao contrário do que tentaram disseminar ao longo do dia de hoje, em nenhum momento o senhor Benedito afirma que eu solicitei recursos por caixa dois ou qualquer outro meio.''
Em declaração à TV Globo, José Eduardo Alckmin, advogado do PSDB, acrescentou: “Em relação a Benedito Júnior, de forma alguma foi dito que Aécio pediu alguma contribuição de caixa dois. Ele disse que houve um pedido de recurso. Ponto. Se isso foi atendido dessa ou daquela maneira, isso já é uma outra questão. Houve pedido de contribuição de campanha, mas na forma legal, usual, nada fora do que é lícito.” Ai, ai, ai.
Admita-se que Aécio fez o seu pedido sem esboçar preocupação com a origem do dinheiro. Isso não elimina o fato de que o amigo Benedito, agora dedicado à deduragem, informa que a verba transitou por baixo da mesa. A questão a ser respondida pelo PSDB é: por que recebeu verba de má origem? Alega-se que todas as doações foram declaradas à Justiça Eleitoral. Sob críticas dos tucanos, o PT diz a mesma coisa quando o acusam de receber dinheiro sujo.
Em sua nota, FHC escreveu a certa altura: ''Há uma diferença entre quem recebeu recursos de caixa dois para financiamento de atividades político-eleitorais, erro que precisa ser reconhecido, reparado ou punido, daquele que obteve recursos para enriquecimento pessoal, crime puro e simples de corrupção. Divulgações apressadas e equivocadas agridem a verdade, e confundem os dois atos, cuja natureza penal há de ser distinguida pelos tribunais.''
FHC talvez não tenha se dado conta. Mas o lero-lero segundo o qual caixa dois é um “erro” menos grave do que o “crime puro e simples de corrupção” vem sendo usado à exaustão pelo petismo desde o julgamento do mensalão. A propósito, recomenda-se ao ex-presidente o desperdício de três minutos do seu tempo para assistir ao video abaixo. Nele, a ministra Cármen Lúcia, hoje presidente do Supremo Tribunal Federal, reage à defesa de Delúbio Soares, que acabara de sustentar que o ex-tesoureiro petista não cometera crimes, apenas manuseara verbas eleitorais não-contabilizadas.
Disse Cármen Lúcia, em português ao alcance das ruas: “Acho estranho e muito, muito grave que alguém diga, com toda tranquilidade: ‘ora, houve caixa dois’. Caixa dois é crime. Caixa dois é uma agressão à sociedade brasileia. Caixa dois, mesmo que tivesse sido isso ou só isso, e isto não é so, e isto não é pouco.”
Dirigentes partidários que pedem dinheiro sem se preopcupar com a origem e depois alegam que caixa dois é um erro próximo do banal não podem se queixar da vida. Políticos assim, quando reclamam da imprensa, comportam-se como um capitão de navio que se queixa da existência do mar.
Resta a você, que ainda tem estômago para acompanhar o noticiário, manter sempre à mão, como um comprimido de Isordil, uma dose de ceticismo. Ninguém está livre do risco de sofrer um infarto. Ou de sentir as dores da decepção ao perceber que está cada vez mais difícil distinguir o que presta do não presta na política brasileira.DO J.DESOUZA

DILMA - A DOTORA EM MENTIRA...

A afilhada de Lula tem tanto apreço pela verdade quanto o padrinho insone com a Lava Jato

Dilma Rousseff torturou a verdade ao negar a autoria do dossiê que forjou em parceria com a melhor amiga Erenice Guerra para reduzir Fernando Henrique e Ruth Cardoso a um casal perdulário que torrava em vinhos caros o dinheiro dos pagadores de impostos.
Dilma mentiu ao negar a existência do encontro, marcado pela quadrilheira Erenice, em que tentou convencer Lina Vieira a esquecer as maracutaias da famiglia Sarney investigadas pela Receita Federal.Dilma caprichou na pose de doutora em economia pela Unicamp até que a imprensa implodisse a mentira.
Dilma atravessou a campanha de 2014 tapeando o eleitorado com invencionices que transformavam um país a caminho da falência numa espécie de Pasárgada com praia e carnaval.
Nesta quinta-feira, confrontada com as primeiras revelações de Marcelo Odebrecht, Dilma afirmou que o ex-parceiro resolveu contar mentiras para prejudicar a imagem de uma mulher irretocavelmente honesta.
Em Dilma, sobra cinismo e falta vergonha. A afilhada tem tanto apreço pela verdade quanto o padrinho Lula. A.NUNES

Intelectuais do PT informam: o povo ‘perderam’

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“Por que Lula?”, pergunta a primeira linha do manifesto em que 424 autodenominados intelectuais a serviço do PT imploram ao chefe da seita que oficialize a candidatura à eleição de 2018. Até os bebês de colo e os doidos de hospício sabem a resposta: porque a esperteza talvez ajude a fantasiar de “perseguido político” um prontuário ambulante enriquecido por sítios, apartamentos, palestras secretas, jatinhos, negociatas africanas, filhos que multiplicam dinheiro de origem misteriosa e outros espantos. Só finge não saber disso a fila de signatários do documento, puxada pelo inevitável Leonardo Boff e previsivelmente engrossada por Chico Buarque (assinatura n° 9) e João Pedro Stédile (n° 10).
Por que submeter a verdade a tão selvagens sessões de tortura?, perguntam os brasileiros normais ao fim da leitura do manifesto. Não há uma única e escassa menção ao assalto à Petrobras, ao maior esquema corrupto de todos os tempos, a descobertas da Lava Jato, à herança maldita legada por Lula e Dilma, a quadrilheiros engaiolados, à devastação provocada por 13 anos de roubalheira e incompetência. Aos olhos dos fiéis, a alma viva mais pura do mundo não tem nada a ver com isso. Lula tem tudo a ver apenas com a consolidação da democracia, o extermínio da pobreza, o sistema de saúde próximo da perfeição, o sistema educacional de dar inveja a professor finlandês e a transformação do Brasil numa potência petrolífera respeitada no mundo inteiro, fora o resto.

E por que assassinar o pobre português já no primeiro parágrafo?, perguntam os que tratam com mais brandura a língua oficial do Brasil. Em que medida o massacre do idioma ajudaria a livrar da cadeia um ex-presidente que saiu da História para entrar na bandalheira? Teriam os redatores do palavrório resolvido homenagear o Exterminador do Plural? Ou seria uma demonstração de solidariedade aos inventores da linguística lulopetista, para os quais falar errado está certo? Se não tem nada de mais insultar o português pronunciando frases como “Nós pega os peixe”, os discípulos de Lula estão à vontade para redigir o trecho abaixo reproduzido, com observações em negrito do colunista.
“É o compromisso com o Estado Democrático de Direito, com a defesa da soberania brasileira e de todos os direitos já conquistados pelo povo desse (Errado, o certo é ‘deste’) País, que (Alguém infiltrou uma vírgula bêbada entre ‘País’ e ‘que’) nos faz, através desse (É errado o uso de ‘através desse’: o certo é ‘por meio deste’) documento, solicitar ao ex-Presidente Luiz Inácio LULA da Silva que considere a possibilidade de, desde já, lançar a sua candidatura à Presidência da República no próximo ano (A candidatura deve ser lançada desde já ou no próximo ano?), como forma de garantir ao povo brasileiro a dignidade, o orgulho e a autonomia que perderam”.
Como é que é, companheiros inteleques? Quem “perderam”? O povo? Nesse caso, foram simultaneamente trucidados os fatos e a concordância verbal. O povo brasileiro nunca “perderam”; sempre perdeu, no singular. Mas desta vez não perdeu a dignidade, o orgulho e a autonomia, como fantasia o manifesto. O que perdeu foi a montanha de dólares acumulada pelo PT e seus comparsas. Também perdeu o respeito pelos farsantes no poder havia 13 anos, perdeu a paciência com os poderosos patifes e perdeu o medo de ditar os rumos da nação.
Nenhum país tem mais intelectuais por metro quadrado que o Brasil, constatou Nelson Rodrigues. O problema é que a maioria é incapaz de pensar. Enquanto mantêm guardado na cabeça um romance incomparável, escritores escrevem manifestos de envergonhar o mais bisonho reprovado no Enem. Nessa categoria figura o que sonha com a volta de Lula. A coleta de assinaturas recomeçará na segunda-feira, informou o site do PT. Sobra tempo para que os 424 pensadores façam as correções indispensáveis. Se quiserem copiar as feitas acima, estejam à vontade. De nada.
Também clama por um revisor com mais de cinco neurônios o texto que festeja no site do PT a desembestada ofensiva retórica. Confira:
“Numa iniciativa que responde à escolha que milhões de brasileiros manifestam com clareza sempre que lhe perguntam quem deve governar o país, o lançamento da candidatura de Luiz Inácio Lula da Silva à Presidência da República começa a tomar forma e conteúdo. A partir de segunda-feira (6), todo cidadão brasileiro será convidado a colocar seu nome, através de uma plataforma aberta na internet, a um abaixo assinado que solicita a Lula considerar “a possibilidade de, desde já, lançar sua candidatura a Presidência da República como forma de garantir ao povo brasileiro a dignidade, o orgulho e a autonomia que perderam.”
Esse monumento à ignorância vai ficar sem retoques. Primeiro, porque a cena do crime deve permanecer intocada, como alertam as séries policiais da TV americana. Depois, porque o parágrafo acima, da mesma forma que o manifesto, é uma prova contundente de que ─ ele, de novo ─ Nelson Rodrigues tinha razão: os idiotas estão por toda parte. Por que estariam ausentes de reuniões que terminam com o parto de outro manifesto? DO A.NUNES

Brasil em desmanche - Opinião

*Luiz Eduardo Rocha Paiva 
O Estado de S.Paulo, 1 Março 2017

O poder da esquerda e da liderança política fisiológica é fator de atraso e falência moral      
Uma causa longínqua, mas decisiva, do desmanche do Brasil é o seu sistema de ensino deficiente na transmissão de conhecimentos, no desenvolvimento da cultura, na formação cívica do cidadão, na valorização da História e das tradições, o que enfraquece o patriotismo, e na conscientização de princípios morais e éticos, fatores de fortalecimento da sociedade. Essas deficiências facilitaram a implantação e expansão no País da crise de valores, nos anos 1960-1970, que contaminou a instituição da família globalmente e abalou sociedades imaturas como a brasileira.
Tal cenário foi explorado pela esquerda socialista, a partir dos anos 1960, permitindo-lhe o progressivo domínio do sistema de ensino brasileiro. Os partidos e movimentos dessa ideologia acabaram por dominar, também, o meio artístico e parte da mídia. Com os formadores de opinião nas mãos, promoveram a satanização da maioria conservadora, falsamente acusada de radical, regressista e avessa a anseios da população carente. Na verdade, “o conservadorismo não é contrário às mudanças, como se costuma supor, mas entende o progresso útil como proveniente do saber anterior e acumulado e, portanto, plantado nas virtudes e nos valores do passado” (Rohmann, Chris, O Livro das Ideias, Rio de Janeiro, Editora Campus, 2000, pág. 79).
A democracia não se sustenta em nações sem consciência cívica, Justiça legítima e eficaz, onde o Estado não provê as necessidades básicas à população e é gerido por lideranças desacreditadas. A esquerda socialista estava no poder desde 1994, primeiro a fabianista e depois a marxista, em parceria com lideranças patrimonialistas. Ambas são responsáveis por desacreditar a nascente democracia brasileira e afundar o País no mar de lama que sufoca a Nação. Com sua ultrapassada visão de Estado, governo e sociedade, os socialistas ditaram rumos desastrosos na busca do Estado de bem-estar social, num país que não alcançou o nível de riqueza capaz de sustentá-lo e mantê-lo em desenvolvimento. Imagine se tomassem o poder nos anos 1960.
A crise brasileira está no limite do suportável. A continuar o ritmo de deterioração política, econômica, moral e social, a tendência será o advento de rebeliões generalizadas, comprometendo a unidade política do País. Esse contexto é o resultado de mais de uma década de danosas políticas populistas eleitoreiras, de gestão econômica irresponsável e insustentável e da estratégia de corrupção para perpetuar o PT no poder.
O presidente da República e o PMDB foram parceiros da liderança petista e por isso também são responsabilizados pela crise nacional. Assim, embora o impeachment de Dilma Rousseff fosse o melhor para o País, e o processo tenha sido legal, era possível antever as dificuldades para o sucessor superar os óbices e recolocar o Brasil nos eixos.
Hoje, o Estado não cumpre o papel que lhe delega a Nação de garantir sua segurança, desenvolvimento e bem-estar. Na segurança pública a situação é de pré-anomia, pois o Estado não demonstra autoridade nem capacidade de controlar todo o território nacional, tampouco de exercer o comando e a disciplina sobre órgãos de segurança da população. A demora em controlar as revoltas em presídios das Regiões Norte e Nordeste e o motim da PM do Espírito Santo revelam leniência, indecisão e falta de vontade ou autoridade dos governos federal e estaduais. A mistura dessas fraquezas com o não atendimento das necessidades básicas da população é um estopim para a disseminação de revoltas capazes de provocar o caos político-social e comprometer a segurança nacional.
A efetiva reabilitação do Brasil, em todos os setores afetados, demandará mais de uma década, mas o ponto de partida e os alicerces da recuperação estão na economia. Será fundamental haver evidências seguras de reabilitação, nos próximos meses, para as tensões se amenizarem. Com isso o governo terá fôlego para encaminhar as soluções para os problemas dos setores político e social.
É justo reconhecer que o governo busca implementar medidas necessárias à recuperação econômica, mas precisa convencer a sociedade a aceitar sacrifícios. Ela concordaria em arcar com um pesado ônus para ajudar o Brasil a sair do abismo desde que o andar de cima apertasse, e muito, o próprio cinto. Porém a liderança nacional, nos três Poderes da União, não entende que o exemplo vem de cima e é a base moral da autoridade. Nos altos escalões do serviço público, da União e dos Estados, existem megassalários turbinados por benesses complementares, cuja legalidade sem legitimidade afronta a justiça. A socialização equilibrada desse custo é a única forma de legitimar sacrifícios impostos a uma sociedade sem reservas para cortar.
A deterioração da economia nos próximos meses geraria cenários de conflitos, pois as tensões sociais se agravariam, escalando para revoltas em diversas regiões e ameaçando os Poderes constitucionais e a unidade nacional. O Executivo sem a confiança da Nação, leniente, tímido e sem força política, ao lado de um Legislativo desacreditado e descomprometido e de um Judiciário dividido, terá sérias dificuldades para pacificar o País com base no arcabouço legal vigente. Para aquilatar o nível de violência desses conflitos basta lembrar que a unidade nacional é cláusula pétrea para as Forças Armadas.
A Nação precisa entender que o poder da esquerda socialista, ideologia liberticida e fracassada, e da nossa liderança política fisiológica é fator de atraso e falência moral. Elas afundaram o Brasil, promoveram a quebra de valores morais e do princípio da autoridade, bases da paz social, incentivaram a indisciplina no serviço público e fraturaram a coesão nacional. Como deter o desmanche do País, dentro das normas legais, com a Nação sujeita à forte influência socialista e sob o poder de lideranças fisiológicas tão difíceis de expelir?
*General da reserva, ex-comandante e professor emérito da Escola de Comando e Estado-Maior do Exército. DO DIPLOMATIZANDO