sexta-feira, 3 de março de 2017

Jornalista diz que José Mayer estaria assediando figurinista da Globo: “Ele a tocou à força e fez ameaças”

 O polêmico Léo Dias ataca novamente. A vítima da vez é o ator José Mayer

De acordo com uma publicação feita na tarde de hoje (03), Léo conta que recebeu uma acusação de uma funcionária da Rede Globo contra o ator ‘sessentão’.
Como sempre faz em suas postagens, o jornalista diz que a tal funcionária pediu para não ser identificada, provavelmente temendo represálias.
No relato, ela diz que uma colega de trabalho (que ocupa uma função de figurinista) estaria sofrendo assédio por parte de Mayer.
O ator teria inclusive ameaçado, xingado e insultado e tocado na moça contra sua vontade.
Na denúncia aparece também uma segunda funcionária que pediu demissão após ter sido agarrada à força no camarim da emissora.
Léo disse que tentou contato com a Globo e a resposta foi:
“Funcionários e colaboradores da Globo têm relações num ambiente de harmonia e colaboração, como manda o Código de Ética e Conduta do Grupo. Desrespeito não é tolerado pela empresa e a Globo não comenta assuntos internos”. 
Ou seja, a lei do mais forte prevalece! DO D.B

Henrique Alves diz desconhecer fortuna entesourada em conta aberta na Suíça


Para entender a crise ética que transforma o Brasil de nação do futuro em país do faturo é preciso um certo distanciamento. Que pode começar com a abertura de uma contra secreta na Suíça. Deu-se o inverso, porém, com o ex-presidente da Câmara e ex-ministro Henrique Eduardo Alves (PMDB-RN). Sumiu-lhe o tirocínio depois que ele abriu, em 2008, sua conta bancária em Genebra. Guarda um ótimo pé-de-meia: US$ 832,9 mil —coisa de R$ 2,5 milhões. Mas o correntista ilustre alega não ter a mais remota ideia de como essa dinheirama aterrissou na sua conta.
Em notícia veiculada no Globo, o repórter André de Souza informa que o Ministério Público Federal já fez para Henrique Alves o favor de identificar a origem do dinheiro. Trata-se de propina oferecida pela construtora Carioca Engenharia em troca da liberação de verbas do Fundo de Investimentos do Fundo de Garantia do Tempo de Serviço (FI-FGTS), gerido pela Caixa Econômica Federal.
Em função da descoberta, a Procuradoria processa o ex-deputado em Brasília pelos crimes de corrupção passiva e lavagem de dinheiro. Informa nos autos que a propina pingou na conta em três depósitos. Foram feitos em outubro, novembro e dezembro de 2011. A abertura da ação penal não restaurou o discernimento de Henrique Alves.
“É importante ressaltar que a utilização indevida da citada conta bancária e os depósitos mencionados jamais foram de conhecimento do acusado”, escreveram os advogados Marcelo Leal e Luiz Eduardo Ruas do Monte na peça de defesa de Henrique Alves. Alegam que dificuldades burocráticas levaram seu cliente a desistir de movimentar a conta aberta na Suíça.
Para azar de Henrique Alves, o processo corre na 10ª Vara Federal de Brasília. Ali, despacha o juiz federal Vallisney de Souza Oliveira, uma espécie de Sérgio Moro da Capital federal. O doutor não parece afeito a histórias da carochinha. DO J.DESOUZA

Michel Temer frita amigo Eliseu Padilha sem dó


Michel Temer não apaga mais a luz quando deixa o gabinete presidencial. Tem medo de que haja um delator escondido no claro. O pânico provocou uma alteração no funcionamento da cozinha do Palácio do Planalto. Antes, os presidentes fritavam ministros inoperantes. Agora, para preservar o poder, carboniza-se o amigo mais querido e eficiente. Em depoimento à Justiça Eleitoral, Marcelo Odebrecht levou Eliseu Padilha à gordura. E Temer apressou-se em riscar o fósforo.
Há crueldade no processo. Ao alardear sua condição de “mula involuntária” de um pacote enviado pelo chefe da Casa Civil por meio do doleiro Lúcio Funaro, o proto-amigo José Yunes passou Padilha no sal grosso e na farinha de rosca. O príncipe dos delatores levou-o ao óleo no instante em que declarou que coube a Padilha, não a Temer, o acerto que resultou numa odebrechtiana de R$ 10 milhões para o PMDB. O jantar com o presidente serviu para o aperto de mãos que selou o pacto monetário.
Temer acendeu o fogo ao festejar a versão de Marcelo Odebrecht como um atestado pessoal de bons antecedentes. Já bem passado, Padilha ensaia uma prorrogação da licença de saúde que tirou para se submeter a uma cirurgia de retirada da próstata. Procura-se um interino para a Casa Civil. Ninguém diz, talvez por pena, mas Padilha perdeu as condições políticas de operar como chefe do Estado-Maior do governo do amigo Michel Temer. Deixa-se imolar para que Temer continue acalentando o sonho de exclamar ao final do seu mandato-tampão: “Puxa, escapei por muito!”
O mais trágico é que Temer tosta Padilha sem ter a certeza de que o sacrifício do operador resultará na sua salvação. Não há, por ora, a certeza de que o substituto de Dilma Rousseff conseguirá dissociar sua contabilidade de candidato a vice da escrituração do comitê da cabeça de chapa. Marcelo Odebrecht potencializou a dúvida ao empurrar para dentro do processo sobre a cassação a informação de que a construtora borrifou R$ 150 milhões nas arcas da coligação vitoriosa em 2014.
O empreiteiro não chegou a especificar quanto deste valor veio do Departamento de Propinas. Mas revelou o suficiente para eletrificar o processo movido pelo PSDB no Tribunal Superior Eleitoral. Por exemplo: pelo menos R$ 50 milhões, disse Odebrecht, foram repassados ao comitê eleitoral petista como prêmio pela aprovação de uma medida provisória que beneficiou o Grupo Odebrecht com um Refis.
Marcelo Odebrecht repetiu que João Santana, o marqueteiro que construiu a vitória de 2014, foi remunerado por baixo da mesa com verbas entesouradas no estrangeiro. Disse que Dilma foi informada sobre o mau passo. Foram cientificados também os ex-ministros petistas da Fazenda Antonio Palocci e Guido Mantega, a dupla de padilhas do PT.
Além da dificuldade retirar os pés do lamaçal que coabita com Dilma, Temer precisa aguardar pelo depoimento do ex-executivo da Odebrecht Cláudio Melo Filho. Ele será inquérito na segunda-feira pelo relator do TSE, ministro Herman Benjamin. Em sua delação, Melo Filho informou à força tarefa da Lava Jato que Temer pediu, sim, R$ 10 milhões a Marcelo Odebrecht em 2014 —R$ 6 milhões para Paulpo Skaf, candidato derrotado do PMDB ao governo de São Paulo; R$ 4 milhões aos cuidados do agora bem passado Eliseu Padilha. Vão abaixo, para refrescar a memória, trechos do papelório que compõe o acordo de delação de Melo Filho.



 DO J.DESOUSA

PSDB mira em Dilma e atira nos próprios glúteos

Em janeiro de 2015, ao protocolar no Tribunal Superior Eleitoral ações de cassação da chapa Dilma Rousseff—Michel Temer, o PSDB trombeteava a tese segundo a qual Aécio Neves perdera a disputa presidencial para uma “organização criminosa”. Nessa época, o ninho sonhava com uma limpeza que conduzisse à convocação de novas eleições. Dava-se de barato que Aécio estava com um pé no Planalto.
O tempo passou. Hoje, o PT derrete, Dilma Rousseff cuida dos netos, Lula tem pesadelos com Sergio Moro e Michel Temer dá expediente no Planalto. Quanto ao PSDB, num instante em que a legenda começava a se habituar à exposição dos seus pés de barro nas vitrines da Lava Jato, terá de conviver também com a exibição dos seus glúteos no processo aberto por sua iniciativa contra Dilma e Temer.
Provocados pela defesa de Dilma, os delatores da Odebrecht citam em seus depoimentos à Justiça Eleitoral também os podres do tucanato. Um dia depois de Marcelo Odebrecht ter mencionado uma tentativa de Aécio Neves de mordê-lo em R$ 15 milhões, o também delator Benedito Júnior, ex-presidente da Odebrecht Infra-estrutura, disse que a construtora despejou, a pedido de Aécio, R$ 9 milhões em campanhas tucanas. Tudo no caixa dois. Aécio reconhece que fez o pedido. Mas nega que a verba tenha passado por baixo da mesa.
O tucanato frequenta a conspurcada cena pública brasileira como a principal evidência de que, em política, nada se cria, nada se copia, tudo se corrompe. Não é à toa que as opções presidenciais do tucanato começam a despontar nas pesquisas eleitorais como sub-Bolsonaros. DO J.DESOUZA