segunda-feira, 6 de fevereiro de 2017

JANOT: ORCRIM BUSCA COOPTAR MINISTROS DO STF

Na petição ao STF pela abertura de inquérito contra José Sarney, Renan Calheiros e Romero Jucá, o procurador-geral Rodrigo Janot diz que há "elementos concretos de atuação concertada entre parlamentares, com uso institucional desviado, nitidamente para favorecimento dos mais diversos integrantes da organização criminosa".
Ele afirma que o objetivo da Orcrim é "atingir decisão da Suprema Corte sobre cumprimento das penas após a decisão de 2ª instância e enfraquecer o instrumento da colaboração premiada, amplamente empregado na Operação Lava Jato".

Outra forma de obstrução, segundo o pedido de inquérito, consistia na redução de poderes do Judiciário e do Ministério Público mediante a realização de nova constituinte.
Para Janot, trata-se de atos estatais que visam a sabotar o próprio Estado, na sua vertente de repressão ao crime organizado.
"É chocante, nesse sentido, ouvir o senador Romero Jucá admitir, a certa altura, que é crucial 'cortar as asas' da Justiça e do Ministério Público, aduzindo que a solução para isso seria a Assembleia Constituinte que ele e seu grupo político estão planejando para 2018", diz.
Já no Judiciário, eles buscariam cooptar ministros do STF para anistiar envolvidos na investigação ou para assegurar a manutenção da validade das proposições legislativas almejadas, de forma que a Suprema Corte não as declarasse, posteriormente, inconstitucionais.
"Não bastasse a trama para mudar a legislação, os senadores Renan Calheiros e Romero Jucá e o ex-presidente José Sarney ainda revelam o plano de incluir o Supremo Tribunal Federal, reserva necessária de sobriedade institucional, na costura política de um grande acordo espúrio para evitar o avanço do complexo investigatório", afirma o PGR. DO O ANTAGONISTA

PMDB sonega ao Brasil o direito a um recomeço

O PMDB do réu Renan Calheiros pega em lanças para fazer do processado Edison Lobão o próximo presidente da Comissão de Constituição e Justiça, a mais ponderosa do Senado. Lobão conta também com o luxuoso apoio de José Sarney, pai da investigada Roseana Sarney.
Prevalecendo a desfaçatez, um senador emparedado pela Procuradoria-Geral da República em inquéritos que correm no Supremo Tribunal Federal presidiria duas sabatinas. Numa, a CCJ arguirá o indicado de Michel Temer para a vaga de Teori Zavascki no Supremo. Noutra, interrogará o substituto do procurador-geral Rodrigo Janot, cujo mandato expira em setembro.
Quer dizer: entregar a Comissão de Constituição e Justiça ao preferido de Renan e Sarney equivale a acomodar o Lobo Mau na cama com Chapeuzinho Vermelho e a vovozinha. Raimundo Lira e Marta Suplicy, ambos também filiados ao PMDB, se oferecem como alternativas.
Lobão se mantém na pista mesmo depois da má repercussão de outros dois movimentos do PMDB: a eleição do delatado Eunício Oliveira à presidência do Senado e a promoção a ministro de Estado do também dedurado Moreira Franco, agora um feliz beneficiário do foro privilegiado.
A julgar pela baixa popularidade de Michel Temer, o brasileiro não tem a ilusão de que o PMDB vá salvar o país. O que espanta a plateia é a insistência com que o partido sabota o interesse público, sonegando ao Brasil o direito de interromper sua tradição de logro para tentar um recomeço. DO J.DESOUZA

EBC gastava R$ 700 mil ao ano com estacionamento e motoristas

A EBC gastava até outro dia R$ 40 mil por mês com o aluguel de 250 vagas de estacionamento no prédio comercial onde a emissora funciona, na área central de Brasília. A presidência mantinha um carro com dois motoristas à disposição, que custavam R$ 17 mil.
Por ano, esses confortos pagos com dinheiro público consumiam exatos R$ 684 mil por ano. Ambos os contratos foram cancelados. R.ONLINE

#SanatórioGeral: Haja ministério

 “Mencionado na Lava Jato todo mundo vai ser”. (Romero Jucá, senador, orgulho do PMDB de Roraima e líder do governo no Congresso, explicando que se quiser presentear com um ministério todos os amigos enrascados na Lava Jato o presidente Michel Temer vai comandar um primeiro escalão mais populoso que Brasília.) A.NUNES