quarta-feira, 16 de novembro de 2016

Golpe para melar 10 medidas contra corrupção mostra desespero de políticos com cerco da Lava Jato

Aliados de políticos investigados na Lava Jato atuam na Câmara dos Deputados na tarde desta quarta-feira (16) para derrubar o relatório de Onyx Lorenzoni (DEM-RS) e enterrar as 10 medidas contra a corrupção, jogando fora quatro meses de trabalho dos membros da comissão que discutiu o projeto de lei apoiado por milhões de brasileiros.
As principais manobras do golpe em curso são as seguintes:
1) Trocar membros titulares da comissão – como Ricardo Izar, do PSD de São Paulo – por integrantes dispostos a votar contra o relatório de Lorenzoni;
2) Apresentar voto em separado para que seja rejeitado o relatório de Lorenzoni e aprovada uma versão alternativa que garanta a impunidade geral.
O procurador Deltan Dallagnol, da Lava Jato, comentou a indecência nas redes sociais:
“Isso é um desrespeito com os mais de 2 milhões de brasileiros que assinaram o projeto de iniciativa popular. É um desrespeito com os 200 milhões de brasileiros que querem um processo de discussão e aperfeiçoamento legítimo no Legislativo – basta dizer que esses Deputados ouviram mais de 100 pessoas. Não é possível simplesmente trocá-los. Sentindo-me profundamente desrespeitado, como cidadão.”
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Deltan está de olho, hein. Onyx, de mãos entrelaçadas, também
Este blog foi informado de que a conversa de membros da comissão com representantes de PT, PMDB e PSDB não havia sido boa.
Agora, a tentativa de derrubar o relatório é motivada especialmente pela retirada por Lorenzoni do item que instituía o crime de responsabilidade para magistrados, promotores e procuradores. Naturalmente, a turma dos investigados não gostou de ficar sem a devida brecha para atacar aqueles que os denunciam.
O encerramento da sessão plenária para a votação do parecer da comissão das 10 medidas estava previsto para 17 horas, mas a sessão foi suspensa por volta das 16h após manifestantes invadirem a Câmara. Eles gritaram “Viva, Sergio Moro!” e “A nossa bandeira jamais será vermelha!” e cantaram o hino nacional.

URGENTE: A imprensa brasileira lembrou da existência do verbo “invadir”

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Ao que tudo indica, o segredo é os invasores não serem ligados a grupos de esquerda
Há esperanças para o jornalismo brasileiro? Talvez. Após muito tempo ignorando a existência do verbo “invadir”, a imprensa nacional vive uma tarde histórica nesse 16 de novembro de 2016. E toda ela noticia que um grupo de manifestantes invadiu a Câmara Federal exigindo intervenção militar – claro, falam isso ignorando que os baderneiros interromperam a sessão numa semana em que Brasília resolveu partir para cima da Lava Jato como nunca.
Mas o mais importante é que dessa vez os jornalistas não usaram o eufemismo “ocuparam”, a forma mais cínica explorada pelo noticiário brasileiro para apoiar as invasões das escolas brasileiras por militantes de esquerda. Inclusive, aparentemente o segredo é este mesmo: basta não estar ligado à esquerda para o vandalismo ser tratado pelo termo que ele merece.
O Implicante torce para que continue assim. Mas sabe que as chances são remotas. DO IMPLICANTE

Grupo pró-intervenção militar invade plenário da Câmara

Invasores também entoaram palavras de apoio ao juiz federal Sergio Moro e cantaram o hino nacional. Porta que dá acesso ao local foi quebrada
Por Marcela Mattos Laryssa Borges VEJA.com

Invasão no plenário da Câmara dos Deputados (Marcela Mattos/Veja.com/Grupo pró-intervenção militar invade plenário da Câmara)
Um grupo de manifestantes que pediam intervenção militar invadiu nesta quarta-feira o plenário da Câmara dos Deputados e provocou tumulto na Casa: os intervencionistas ocuparam a Mesa Diretora e gritaram palavras de ordem em favor da Operação Lava Jato e do juiz federal Sergio Moro. Mas o grosso do discurso foi direcionado ao que chamaram de ‘intervenção do povo’ com a ajuda dos militares. “General aqui”, bradava parte do grupo de cerca de setenta pessoas. Depois de retirar jornalistas e deputados do plenário, e de esvaziar também o Salão Verde, a Polícia Legislativa entrou no local com escudos para retirar os manifestantes que ainda estão no local (cerca de quarenta pessoas).

Porta que dá acesso ao plenário foi quebrada (VEJA)
Os parlamentares foram pegos de surpresa pelo grupo, que rapidamente tomou a tribuna. A porta de vidro que dá acesso ao plenário foi quebrada e a sessão teve de ser interrompida. “Nem eu sei o que está acontecendo. Não sei o que eles estão reivindicando”, disse Waldir Maranhão (PP-MA), que presidia a sessão, ao sair visivelmente assustado do plenário. Deputados
foram xingados, pelo menos um assessor foi agredido e, segundo o deputado Marcos Rogério (DEM-RO), pelo menos quatro manifestantes foram detidos. Parte do grupo foi hostilizada ao ser retirada do plenário aos gritos de “fascistas” e “arruaceiros”. O deputado Júlio Delgado (PSB-MG), que estava dentro do plenário no momento da invasão, afirmou: “O que mais pediram para mim foi intervenção militar. Defenderam a presença de um general aqui. Em seguida começaram a xingar. Estão muito alterados”.

Manifestantes invadem plenário da Câmara dos Deputados
(VEJA)
Os manifestantes leram uma pauta com cerca de 50 itens, segundo o deputado Darcisio Perondi (PMDB-RS), em que constam temas como o fim dos supersalários. A invasão se dá no dia em que a Comissão Especial da Câmara criada para analisar o pacote anticorrupção se reuniria para votar o texto. “Somos contra todos os políticos”, afirmou o manifestante Jeferson Vieira Alves. Ele nega que o movimento tenha sido articulado com outras entidades. “Sou uma pessoa sozinha e cansada. O que nós queremos é acabar com a impunidade e a corrupção no país”.
Pouco antes da ação do grupo, o procurador Deltan Dallangnol, chefe da força-tarefa da Lava Jato recorrer às redes sociais para denunciar o que chamou de manobras contra as Dez Medidas propostas pelo Ministério Público. “Notícias dão conta de que estão acontecendo manobras de líderes partidários na Câmara para mudar os deputados da Comissão que votariam a favor das 10 Medidas contra a Corrupção. Isso é um desrespeito com os mais de 2 milhões de brasileiros que assinaram o projeto de iniciativa popular. É um desrespeito com os 200 milhões de brasileiros que querem um processo de discussão e aperfeiçoamento legítimo no Legislativo – basta dizer que esses deputados ouviram mais de 100 pessoas. Não é possível simplesmente trocá-los. Sentindo-me profundamente desrespeitado, como cidadão”, escreveu. 16 nov 2016 -



Anthony Garotinho é preso pela polícia federal na Zona Sul do Rio


16/11/2016 10h58 - Atualizado em 16/11/2016 11h35

O ex-governador do Rio foi preso em seu apartamento no Flamengo.
Garotinho será transferido para a PF de Campos dos Goytacazes.

Garotinho vota em Campos (Foto: Leonardo Berenger / Agência Berenger)Garotinho foi preso na manhã desta quarta-feira (16) (Foto: Leonardo Berenger / Agência Berenger)
O secretário de Governo de Campos e ex-governador do Rio de Janeiro, Anthony Garotinho, foi preso por volta das 10h30 da manhã desta quarta-feira (16), em seu apartamento no Flamengo, Zona Sul do Rio de Janeiro por agentes da Polícia Federal de Campos dos Goytacazes.
O motivo é o desdobramento da Operação Chequinho, que investiga o crime eleitoral de compra de votos nas eleições municipais de outubro de 2016 em Campos. A operação prevê oito mandados de prisão temporária, outros oito busca e apreensão e um de condução coercitiva. Ainda não há maiores informações sobre a prisão do ex-governador, que teria saído de casa sem algemas.
O mandado foi expedido pelo juiz Glaucenir Silva de Oliveira, da 100º Zona Eleitoral de Campos. Segundo informações da Polícia Federal o ex-governador do Rio de Janeiro foi preso em seu apartamento na Senador Vergueiro, no bairro do Flamengo, levado para a sede da Polícia Federal, na Zona Portuária, e deve, posteriormente, ser levado para Campos.
A defesa de Garotinho afirmou que a prisão preventiva é ilegal.
Operação Chequinho investiga esquema de compra de votos
A Operação "Chequinho" da Polícia Federal investiga um esquema de compra de votos em troca do benefício nas eleições deste ano em Campos dos Goytacazes, no Norte Fluminense. Em setembro, a PF prendeu a secretária municipal de Desenvolvimento Humano e Social e a coordenadora do Programa Cheque Cidadão em Campos dos Goytacazes. Segundo as investigações, também foram presos eleitores, que tinham ligação com um vereador que foi detido no último dia 29 de agosto suspeito de aliciamento de eleitores para a compra de votos.
No dia 19 de outubro, dois vereadores foram presos em Campos. Miguel Ribeiro Machado, o Miguelito, de 51 anos, Ozéias Martins, de 47, foram presos em casa por suspeita de utilizar o programa Cheque Cidadão para a compra de votos. Ele foi levado para o Presídio Carlos Tinoco da Fonseca até o dia 26 de outubro, quando foi liberado, após cumprir a prisão temporária. O vereador Ozéias Martins foi liberado no dia 29 de outubro.
No dia 26 de outubro, o vereador Kellenson "Kellinho" Ayres Figueiredo de Souza (PR), de 55 anos, foi preso em uma nova fase da operação de combate a crimes eleitorais. Na ocasião, também foram presos chefes de postos de saúde na cidade. Kellinho conseguiu uma liminar do Tribunal Superior Eleitoral e foi solto do Presídio Carlos Tinoco da Fonseca no dia 4 de novembro.
Além disso, Gisele Kock, coordenadora do Cheque Cidadão na cidade, também está entre as que tiveram a prisão preventiva cumprida no dia 26 de outubro. Ela deixou presídio feminino Nilza da Silva Santos no início da tarde de 3 de novembro após conseguir habeas corpus. No dia 29, a Polícia Federal prendeu Thiago Virgílio (PTC), vereador de Campos. O parlamentar foi preso em casa e levado para a sede da PF em Campos. Segundo a Polícia Federal, ele é suspeito de envolvimento com o esquema de compra de votos nas Eleições 2016 e vinha sendo investigado na Operação Chequinho.
Thiago foi solto do Presídio Carlos Tinoco da Fonseca no dia 3 de outubro, após o término da prisão preventiva. O parlamentar havia sido afastado pela Justiça Eleitoral das atividades na Câmara e ficou proibido de acessar e frequentar as dependências da Casa e da Prefeitura, e de manter contato com os beneficiários do Cheque Cidadão e com testemunhas do processo. No dia 31 de outubro, a vereadora eleita Linda Mara (PTC) e a ex-secretária municipal de Desenvolvimento Humano e Social, Ana Alice Ribeiro Lopes Alvarenga, foram presas pela Polícia Federal em um hotel de Copacana, Zona Sul do Rio de Janeiro.
Uma terceira mulher, que é radialista de Campos, também foi presa. Linda Mara foi liberada após cumprir cinco dias de prisão temporária no Presídio Feminino Nilza da Silva Santos. Ana Alice deixou o presídio após conseguir habeas corpus no dia 3 de outubro. As três estavam foragidas por suspeita de envolvimento na Operação Chequinho, que investiga um esquema de compra de votos em troca do benefício nas eleições deste ano DO G1

BATALHA! A HORA do FIM do FORO Privilegiado. Alexandre Garcia: A BOMBA d...