segunda-feira, 9 de maio de 2016

Waldir Maranhão será expulso do PP: “Foi um ato criminoso. Ele não tem capacidade mental”

Após a decisão insana e intempestiva de tentar anular a votação do impeahcment que ocorreu na Câmara, o presidente em exercício da Casa será expulso do partido

Um grupo de deputados do PP já pediu a expulsão imediata do golpista. O partido também pedirá o afastamento de Valdir da presidência da Câmara.
O grupo do PP argumenta é que contrariou a decisão do partido e tentou agir sozinho,
” Ele é um incapaz e vamos ainda hoje pedir a expulsão dele do partido. Essa articulação é criminosa. Ele não tem nenhuma capacidade mental de um golpe dessa envergadura ” disse o deputado Júlio Lopes (PP-RJ) em entrevista ao jornal O Globo.
“Iremos pedir nova indicação do vice-presidente da Câmara e o partido vai expulsá-lo ainda hoje”
DO DIARIODOBRASIL 

Maranhão esteve hoje na AGU antes de anular impeachment

Deputado Waldir Maranhão (PP-MA)
(Gustavo Lima/Câmara dos Deputados)
O presidente interino da Câmara, deputado Waldir Maranhão (PP-MA), foi visto na manhã desta segunda-feira na sede da Advocacia-Geral da União (AGU), em Brasília.
Antes de decidir anular a sessão plenária que aprovou o impeachment e autorizou o Senado a processar e julgar a presidente Dilma Rousseff por crime de responsabilidade, ele não pediu auxílio à consultoria legislativa da Câmara - a Secretaria Geral da Mesa Diretora também não tinha conhecimento dos termos da decisão, divulgada à imprensa por meio de nota.
(Felipe Frazão, de Brasília)
09/05/2016- DO R.DEMOCRATICA

Membro da Executiva do PP inicia processo de expulsão de Waldir Maranhão do partido

Por Paulo Gama
Waldir Maranhão (PP-MA) reúne-se com aliados no dia em que assumiu interinamente a presidência da Câmara
O deputado Jerônimo Goergen (PP-RS), integrante da Executiva do partido e favorável ao impeachment de Dilma Rousseff, assinou nesta segunda-feira (9) o requerimento de abertura de processo disciplinar que pede a expulsão de Waldir Maranhão (MA) da sigla, por ter contrariado a orientação do partido na votação da abertura do processo contra a petista.
A decisão é retaliação à decisão do deputado de anular a sessão que aprovou a abertura do impeachment de Dilma. Antes da decisão de Maranhão, a cúpula do partido refutava a possibilidade de pedir sua expulsão, e preferia apenas tirar o comando do diretório do Maranhão.
O pedido estava parado no partido por falta de uma assinatura de algum membro da Executiva que daria continuidade aos trâmites.
Os pedidos de punição de Maranhão e dos outros deputados que contrariam a orientação do partido na votação do impeachment seguem hoje para o secretário-geral da sigla, que prometeu a Goerjen que dará andamento e agilidade ao pedido,- DA FOLHADESÃOPAULO

Flávio Dino orientou decisão de Waldir Maranhão de anular sessão

Por: Vera Magalhães
Maranhão: para tudo
Maranhão: para tudo
O governador do Maranhão, Flavio Dino (PC do B), orientou o presidente interino da Câmara, Waldir Maranhão (PP-MA), na decisão de anular a sessão que aprovou a admissibilidade do processo de impeachment da presidente Dilma Rousseff.
Antes mesmo de o deputado anunciar a decisão, aliados do governador já ventilavam a possibilidade. Maranhão se aproximou de Dino antes da votação do impeachment. O governador teve papel importante em obter o voto do então vice-presidente da Câmara contra o impeachment.
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Maranhão acolheu parte de um recurso da Advocacia-Geral da União.
Dino esteve em Brasília no domingo e se reuniu com o advogado-geral da União, José Eduardo Cardozo. Depois, conversou com Waldir Maranhão.

Dino e Maranhão voaram juntos em avião da FAB a Brasília no domingo

Por: Vera Magalhães
Dino: redução na violência
Dino: carona nas asas da FAB
O governador do Maranhão, Flávio Dino (PC do B), e o presidente interino da Câmara, Waldir Maranhão (PP-MA), voaram juntos para Brasília no domingo em avião da FAB (Força Aérea Brasileira).
Como presidente da Câmara, Maranhão tem direito a usar aeronave da FAB.
O governador confirmou ao Radar que voaram juntos. Disse que Maranhão lhe ofereceu “carona”, e ele aceitou.

OAB diz que decisão de Maranhão é ‘vale-tudo’ à margem da Constituição

Por: Severino Motta
OAB: em meio a confusão na Câmara
Impeachment foi legítimo
O presidente da OAB, Claudio Lamachia, divulgará nota à imprensa criticando a decisão de Waldir Maranhão que cancelou a votação do impeachment.
Segundo ele, a votação que aprovou o envio do processo para o Senado foi legítima e a canetada de Maranhão “atende a interesses momentâneos de alguns grupos políticos” e representa um “vale-tudo à margem” da Constituição.
A direção da OAB está neste momento fazendo uma análise jurídica mais aprofundada do tema para possivelmente ingressar com uma ação no STF contra Maranhão.

Sessão do impeachment foi ato jurídico perfeito, avalia jurídico da Câmara

Por: Vera Magalhães
Impeachment: jurídico da Câmara diz que sessão foi válida
Impeachment: jurídico da Câmara diz que sessão foi válida
A assessoria jurídica da Câmara dos Deputados prepara um parecer em que dirá que a sessão que aprovou a admissibilidade do impeachment de Dilma Rousseff foi um ato jurídico perfeito, não passível de anulação por decisão monocrática do presidente da Casa.
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Segundo os advogados da Câmara, não existe previsão no regimento interno para o presidente da Casa responder a um recurso da Advocacia-Geral da União. O artigo 17 do regimento prevê apenas que ele responda a questões de ordem dos deputados, feitas em plenário.
A assessoria jurídica da Câmara está reunida. O clima é de perplexidade com a decisão de Waldir Maranhão.

Waldir Maranhão anula votação do impeachment na Câmara

  • 09/05/2016 12h02
  • Brasília
Carolina Gonçalves - Repórter da Agência Brasil
O presidente interino da Câmara dos Deputados, deputado Waldir Maranhão (PP-MA), anulou hoje (9) as sessões do dias 15, 16 e 17 de abril, quando os deputados federais aprovaram a continuidade do processo de impeachment da presidenta Dilma Rousseff. Ele acatou pedido feito pela Advocacia-Geral da União (AGU).  A informação é da presidência da Câmara. Com a aprovação na Câmara, o processo seguiu para o Senado. Waldir Maranhão já solicitou ao presidente do Senado, Renan Calheiros (PMDB-AL), a devolução dos autos do processo. O presidente interino da Câmara determinou ainda nova sessão para votação do processo de impeachment na Casa, a contar de cinco sessões a partir de hoje (9).
Waldir Maranhão, que assumiu a presidência após afastamento de Eduardo Cunha (PMDB-RJ), acolheu os argumentos do advogado-geral da União (AGU), José Eduardo Cardozo, por entender que ocorreram vícios no processo de votação, tornando nula a sessão.
Ele considerou que os partidos políticos não poderiam ter fechado questão ou orientado as bancadas a votarem de um jeito ou de outro sobre o processo de impeachment. “Uma vez que, no caso, [os deputados] deveriam votar de acordo com suas convicções pessoais e livremente”, diz nota do presidente interino divulgada à imprensa.
Maranhão também considera que os deputados não poderiam ter anunciado publicamente os votos antes da votação em plenário em declarações dadas à imprensa. Considerou ainda que o resultado da votação deveria ter sido formalizado por resolução, como define o Regimento Interno da Casa.
Governo
O vice-líder do governo, Sílvio Costa (PTdoB-PE) foi o primeiro a comentar a medida e comemorou o que chamou de “decisão constitucional”, mas lembrou que agora é preciso aguardar o posicionamento do presidente do Senado, Renan Calheiro (PMDB-AL). DA EBC