sexta-feira, 6 de maio de 2016

José Paulo Cavalcanti Filho: "54 Votos?"

Com Blog do Noblat - O Globo
Plenário do Senado (Foto: Ailton de Freitas)Plenário do Senado (Foto: Ailton de Freitas)
Admitido esse processo pelo Senado, virá depois outra votação. Em até seis meses. Mas quantos votos serão necessários para aprovar definitivamente o impeachment da presidente Dilma?, eis a questão. Jornais e TVs dizem que seriam 54. Numa interpretação ligeira da regra do par. único do art. 52 da Constituição, em que a condenação “será proferida por dois terços dos votos do Senado Federal”. Contam 2/3 do total de 81 Senadores = 54 votos. Só que não é assim.
Quóruns constitucionais (ver Ugo Gargiulo, I Collegi Amministrativi) podem ser calculados: 1. Relativamente ao número de componentes do colégio eleitoral. Como na Itália, art. 138 da Constituição, que pede aprovação “pela maioria absoluta dos componentes de cada Câmara”. E no Brasil, para Emendas Constitucionais, art. 60, I, da Constituição, “quórum de um terço dos membros da Câmara ou do Senado”. 2. Ou relativamente ao número de presentes. Como nos Estados Unidos, art. V da Constituição. Usando palavras de Willoughby (On the Constitution), “para proposição de emendas bastam unicamente dois terços dos presentes de cada casa do Congresso, e não dois terços da totalidade dos seus membros”. 3. Ou relativamente ao número de votos (caso em que não se computam abstenções e ausências). Esse último critério foi o escolhido pelo art. 52 da Constituição brasileira.Problema central, para a correta interpretação do art. 52, é que ele não pede votos de dois terços dos membros do Senado Federal; e, sim, dois terços dos votos dos membros do Senado Federal. Não é a mesma coisa. “Voto”, senhores,  não é o abstrato poder-dever de votar. Mas o concreto exercício desse poder-dever. “Dois terços dos votos do Senado Federal”, como está no art. 52, significa dois terços de atos do individuado exercício do genérico e anterior poder-dever de votar.O próprio Supremo, decidindo sobre o art. 90, § 2º da Constituição de 1891 (coincidentemente, a mesma regra do atual art. 52), já julgou constitucional, em 19.10.1926, Emenda de 3.09.1926 àquela Constituição – que se deu por dois terços dos votos e não por votos de dois terços dos membros do Congresso. O que inclusive está de acordo com regra de nossa atual Constituição (Art. 47) segundo o qual “... as deliberações de cada Casa e de suas comissões serão tomadas por maioria dos votos, presente a maioria dos seus membros”. Em resumo, não se pede votos de dois terços dos Senadores. Mas dois terços dos votos pronunciados Senadores.A importância dessa tese é que, para a votação definitiva do impeachment da presidente, vão ser necessários 2/3 de votos (e, não, votos de 2/3) dos Senadores. Serão 54, esses votos, apenas se todos os 81 Senadores comparecerem. E se todos votarem. Sem ausências, pois. Nem abstenções. Caso alguns Senadores não apareçam, e/ou caso alguns se abstenham de votar, caberá então à mesa do Senado refazer as contas. Abatendo faltantes e abstenções. E, só então, calcular 2/3 dos votos efetivamente dados. Simples assim. E quase certamente, amigo leitor, serão menos que os 54 votos dados hoje como necessários. Essa é a conta certa. DO J.TOMAZ

Confira como votou cada senador da comissão do impeachment

Maioria dos parlamentares decidiu pela continuidade do processo

por
O senador Lindbergh Farias (PT-RJ) em pronunciamento durante sessão da comissão especial do impeachment - Geraldo Magela / O Globo
BRASÍLIA - A comissão especial do impeachment no Senado aprovou por 15 votos a 5 a admissibilidade do processo de impeachment da presidente Dilma Rousseff. A votação foi realizada por meio do painel eletrônico e aconteceu após o encaminhamento dos líderes dos partidos. Confira como votou cada parlamentar.
Votaram a favor do impeachment:
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Aloysio Nunes Ferreira (PSDB-SP) Ana Amélia (PP-RS)
Antonio Anastasia (PSDB-MG)
Cássio Cunha Lima (PSDB-PB)
Dário Berger (PMDB-SC)
Fernando Bezerra Coelho (PSB-PE)
Gladson Cameli (PP-AC)
José Medeiros (PSD-MT)


Romário (PSB-RJ)
Ronaldo Caiado (DEM-GO)
Helio José (PMDB-DF)
Simone Tebet (PMDB-MS)
Waldemir Moka (PMDB-MS)
Wellington Fagundes (PR-MT)
Zezé Perrella (PTB-MG)
Votaram contra o impeachment:
Gleisi Hoffmann (PT-PR)
José Pimentel (PT-CE)


Lindbergh Farias (PT-RJ)
Telmário Mota (PDT-RR)
Vanessa Grazziotin (PCdoB-AM)

EDUARDO CUNHA CUMPRIU SEU PAPEL

   Nossa pátria amada está sendo liberta de uma das mais perigosas organizações criminosas do mundo. Esta organização se reveste de vestimenta democrática, de legalidade aparente, tanto que está sendo muito árduo descobrir os crimes de Lula, Dilma e demais asseclas e operadores. A roubalheira vem desde a prefeitura de Santo André com o assassinato do prefeito Celso Daniel. Os cabeças das maracutaias sempre foram José Dirceu e Luís Inácio da Silva. Passamos pelo chamado mensalão onde houve leves punições, e a coisa só foi realmente desvendada graças ao Juiz Sérgio Moro na Operação Lava Jato. Não aprenderam com o mensalão, fizeram muito pior no chamado petrolão. E ainda não sabemos de tudo. Marcelo Odebrecht não aceitou fazer delação premiada, embora durante a construção do porto de Muriel em Cuba, cuja licitação foi "vencida" (com financiamento do BNDES) pela Construtora Odebrecht, participava de reuniões com a presidente Dilma, por longas horas, obviamente não para falar da saúde do Brasil.
    Na próxima quarta, dia 11, o câncer brasileiro será devidamente extirpado e aquela que ontem se regozijou (ironicamente na Usina Belo Monte, também investigada) com o afastamento de Eduardo Cunha ao dizer "antes tarde do que nunca" e "cara de pau" palavras que lhe caem como uma luva e poderão ser repetidas com toda a ênfase no próximo dia 11.
   No exterior não estão bem informados. Cunha desviou uns 30 milhões, no máximo. E quanto Dilma e Lula fizeram a nossa Petrobras perder??? E quanto o BNDES "emprestou" para os países do Foro de São Paulo? E a Caixa Econômica Federal, que dentre os bancos públicos, está quase falida? Isso os correspondentes internacionais deveriam saber e discernir que os malefícios de Cunha para o Brasil são infinitamente secundários em relação à quadrilha petista e aliados. Aliás, Cunha era um aliado do governo até pouco tempo atrás. Só virou adversário quando resolveu admitir o processo de impeachment. Vale lembrar que tornou-se vítima de uma prática engendrada pelos mentores do PT.
     O PT e seus dirigentes precisam devolver os valores levados da Petrobrás, do BNDES, dos fundos de pensões. A Lava Jato já conseguiu repatriar mais de 30 bilhões aos cofres da Petrobras. E o resto do dinheiro desviado será que retornará?
    É certo que Cunha devia ser afastado como tão certos devam ser o afastamento de Dilma e a prisão de Lula.
COMO A REDE DE CORRUPÇÃO RAMIFICOU-SE NO BRASIL (THE NEW YORK TIMES) DO ARIZANELLA