sexta-feira, 27 de novembro de 2015

EDUARDO CUNHA PROMETE DEFERIR O PEDIDO DE IMPEACHMENT DA DILMA NA PRÓXIMA SEMANA. DILMA ENCURTA VIAGEM AO EXTERIOR. O CALDEIRÃO DA CRISE TRANSBORDA.

O turbilhão de acontecimentos políticos-policiais que explode em todas as frentes realmente está incontrolável. Em mais de 40 anos de jornalismo nunca vi nada igual ao que está acontecendo ‘neste país’. 
Como este blog é escrito e editado exclusivamente por mim confesso que tem horas, como agora, que vejo que não tenho como dar conta do recado.
Dentro de todo esse lodaçal gerado pelos deletérios governos do PT há, no entanto, algumas notícias que são cruciais e ao mesmo tempo positivas no sentido de passar a limpo o Brasil. Passar a limpo significa o imediato impeachment da Dilma e a proscrição do PT e de seus satélites.
E no meio desse fabuloso imbróglio eivado de roubalheiras, propinas, mentiras e desinformação propagada pelos jornalistas à soldo da corriola do PT, há uma nesga de luz no fim do túnel. O Antagonista agora há pouco, citando matéria do Correio Braziliense, informa que o presidente da Câmara, deputado Eduardo Cunha, enxergou a dita luzinha, já que, como é sabido, anda mais enrolado que fumo de corda. 
Aproveitando o esfarelamento do PT face aos últimos acontecimentos, Cunha avisou que irá tirar da gaveta o pedido do impeachment da Dilma protolocado pelos juristas Hélio Bicudo e Miguel Reale Jr., e fazê-lo andar.
Desta forma Cunha alimenta o fogaréu que consome o PT. Um sintoma de tudo isso pode ser medido pela decisão da Dilma de encurtar a sua viagem segundo anotou O Antagonista:
Dilma Rousseff viaja hoje para Paris, mas volta correndo para o Brasil na terça-feira.
Segundo a Folha de S. Paulo, ela cancelou as outras duas etapas de sua viagem, para Vietnã e Japão.
Além disso, ela vai baixar ainda nesta sexta-feira um decreto bloqueando 10 bilhões de reais em despesas, "para evitar questionamentos jurídicos do TCU".
E, além de tudo isso tem a delação da empreiteira Andrade Gutierrez que admitiu ter pago subornos no âmbito da Petrobras e ainda tem o lobby do inefável Brahma. É coisa grande.
À guisa de conclusão, O Antagonista arremada: “tarde demais, Dilma. Você ainda não sabe, mas seu governo acabou”.
Que os Anjos digam amém...

E TEM MAIS!!!
Segundo revela O Antagonista, Delcídio Amaral está sendo pressionado pela família para entregar o que sabe e salvar a própria pele. A pressão vem da mãe, da mulher e das filhas. Maika, sua esposa, já mandou avisar que não admite passar o Natal com o marido enjaulado.

Ela também ficou enfurecida depois que senadores ignoraram seu apelo para livrar Delcídio da cadeia. DO ALUIZIOAMORIM

"Situação mais caótica e desesperadora do que se imagina"

O Globo noticia que "Dilma Rousseff decidiu seguir a orientação do TCU e vai fazer um novo contingenciamento do Orçamento de 2015.
O governo deverá editar um decreto de programação financeira com um corte de R$ 10,7 bilhões nos gastos.
Com isso, pela primeira vez, o país terá um quadro que os técnicos chamam de "shut down", ou seja, a suspensão de todas as despesas discricionárias.
Isso significa deixar de fazer, por exemplo, o pagamento de todos os serviços de água, luz, telefone, bolsas no Brasil e no exterior, fiscalização ambiental, do trabalho, da Receita e da Polícia Federal.
A suspensão também atingirá gastos com passagens e diárias."

O Antagonista, mais cedo, ouviu de um grande personagem político que "a situação é muito mais caótica e desesperadora do que se imagina. Impossível continuar assim". 27.11.15

Andrade acerta acordo, confessa suborno na Copa e pagará multa de R$ 1 bilhão!!!

MARIO CESAR CARVALHO
DE SÃO PAULO
BELA MEGALE
ENVIADA ESPECIAL A CURITIBA

Após aceitar pagar a maior multa da Operação Lava Jato, de cerca de R$ 1 bilhão, a empreiteira Andrade Gutierrez acertou um acordo de delação com a Procuradoria Geral da República e da força-tarefa de procuradores e policiais que atua em Curitiba (PR) no qual ira relatar que pagou propina em obras da Copa do Mundo, na Petrobras, na usina nuclear Angra 3 e em Belo Monte e na ferrovia Norte-Sul, um projeto cuja história de corrupção começa em 1987, com o acerto das empresas que ganhariam a licitação, como revelou à época o colunista Jânio de Freitas.
A maior indenização já paga na Lava Jato até agora foi da Camargo Corrêa: R$ 800 milhões.
A Andrade foi acusada junto com a Odebrecht de ter pago R$ 632 milhões de suborno em contratos com a Petrobras. A Odebrecht é a maior empreiteira do pais, e a Andrade, a segunda.
Com o acordo, que trará benefícios tanto a empresa quanto para os executivos, a Andrade quer se livrar de ser proibida de celebrar contratos com o poder público, uma das consequências de quando o governo declara a empresa inidônea. A empreiteira é altamente dependente do poder público: quase a metade de sua receita vem de obras contratadas pelo governo.
Na Copa do Mundo, por exemplo, a Andrade Gutierrez atuou, sozinha ou em consórcio, na reforma do estádio do Maracanã, no Rio, do Mané Garrincha, em Brasília, do Beira-Rio, em Porto Alegre, e na construção da Arena Amazonas, em Manaus (AM).
A Andrade Gutierrez foi contratada para tocar obras gigantes da Petrobras, como o Comperj (Complexo Petroquímico do Rio de Janeiro) e pretende complementar a história dos subornos já relatada por delatores como o ex-diretor Paulo Roberto Costa.
Três dos executivos que estavam presos (Otávio Azevedo, Élton Negrão de Azevedo Júnior e Flávio Barra) foram transferidos em definitivo do Complexo Médio Penal, que fica em Pinhais (PR), na Grande Curitiba, para a carceragem da Polícia Federal por razões de segurança. A transferência também facilita os depoimentos da delação e o contato dos presos com a família. Otávio e Élton foram presos em junho e Barra no mês seguinte.
Havia duas dificuldades para o acerto final do acordo, que foram sanadas: o valor a ser pago e a necessidade de Otávio Azevedo confessar crimes que ele sempre negou. Os procuradores de Brasília queriam uma indenização de R$ 1,2 bilhão, quando a empreiteira alegava não ter mais do que R$ 800 milhões para pagar a multa.
Otavio Azevedo, que já foi eleito o executivo do ano pela revista "Exame", relutava confessar seu envolvimento em pagamento de suborno alegando que a Polícia Federal não tinha prova de nada contra ele. Ele foi convencido por executivos da empresa: se ele não confessasse, os outros relatariam os casos em que ele esteve envolvido.
O valor de R$ 1 bilhão visa ressarcir as empresas que foram prejudicadas por acertos do cartel que atua em obras públicas.
Há uma série de relatos de pagamento de suborno por parte da Andrade Gutierrez. O primeiro delator da Operação Lava Jato, o ex-diretor da Petrobras Paulo Roberto Costa, contou ter recebido US$ 4 milhões da Andrade e da Estre Ambiental em um contrato da Petrobras. A empreiteira tentou anular a delação de Costa no Supremo depois que o lobista Fernando Soares, o Baiano, contou ter pago valores bem maiores Costa, de US$ 20 milhões a US$ 25 milhões. A estratégia, porém, não deu certo.27/11/2015- DO R.DEMOCRATICA

Editorial do Estadão


  Ninguém melhor do que a ministra Cármen Lúcia, do Supremo Tribunal Federal, para expressar o sentimento de frustração que atinge em cheio os brasileiros:
“Na história recente da nossa pátria, houve um momento em que a maioria de nós acreditou no mote segundo o qual a esperança tinha vencido o medo. Depois, nos deparamos com a Ação Penal 470 (o mensalão) e descobrimos que o cinismo tinha vencido aquela esperança. Agora constata-se que o escárnio venceu o cinismo”.
Nessa síntese está toda a trajetória dos embusteiros petistas que, desde a primeira eleição de Luiz Inácio Lula da Silva, prometeram fazer uma revolução ética e social no Brasil e agora, pilhados em escabrosos casos de corrupção, caçoam da Justiça e da própria democracia.

O mais recente episódio dessa saga indecente, ao qual Cármen Lúcia aludia, envolveu ninguém menos que o líder do governo no Senado, Delcídio do Amaral. Em conluio com o banqueiro André Esteves, o petista foi flagrado tentando comprar o silêncio do ex-diretor da Petrobrás Nestor Cerveró, que ameaçava contar o que sabia sobre a participação de ambos no petrolão.

As palavras de Delcídio, capturadas em áudio gravado por um filho de Cerveró, são prova indisputável da naturalidade com que políticos e empresários se entregaram a atividades criminosas no ambiente de promiscuidade favorecido pelo governo do PT. Como se tratasse de uma situação trivial – a conversa termina com Delcídio mandando um “abraço na sua mãe” –, um senador da República oferece dinheiro e uma rota de fuga para que o delator que pode comprometê-lo e a seu financiador suma do País. Os detalhes são dignos de um arranjo da Máfia e desde já integram a antologia do que de mais repugnante a política brasileira já produziu.

Delcídio garantiu a seus interlocutores que tinha condições de influenciar ministros do Supremo Tribunal Federal e políticos em posições institucionais destacadas para que os objetivos da quadrilha fossem alcançados. O senador traficou influência. Mas o fato é que, hoje, as ramas corruptas que brotam do sistema implantado pelo PT se insinuam por toda a árvore institucional – com raras e honrosas exceções, entre elas o Supremo, que vem demonstrando notável independência.

Exemplo do contágio é que o presidente da Câmara, Eduardo Cunha (PMDB-RJ), e o presidente do Senado, Renan Calheiros (PMDB-AL), estão sendo investigados pela Lava Jato. A nenhum dos dois ocorreu renunciar a seus cargos para que não sofressem a tentação de usar seu poder para interferir no processo, como já ficou claro no caso de Cunha. Renan, desta vez, tentou manobrar para que fosse secreta a votação do Senado que decidiria sobre a manutenção da prisão de Delcídio, na presunção de que assim os pares do petista o livrariam, criando uma blindagem para os demais senadores – a começar por ele próprio. Temerosos da opinião pública, os senadores decidiram votar às claras e manter Delcídio preso.

Enquanto isso, o PT, com rapidez inaudita, procurou desvincular-se de Delcídio, dizendo que o partido “não se julga obrigado a qualquer gesto de solidariedade”, já que o senador, segundo a direção petista, agiu apenas em favor de si próprio. Se Delcídio tivesse cometido seus crimes para abastecer os cofres do PT, seria mais um dos “guerreiros do povo brasileiro”, como os membros da cúpula do partido que foram condenados no mensalão e no petrolão.

O PT e o governo não enganam ninguém ao tentar jogar Delcídio aos leões. O senador era um dos principais quadros do partido, era líder do governo no Senado e um dos parlamentares mais próximos da presidente Dilma Rousseff e de Lula. Sua prisão expõe a putrefação da política proporcionada pelo modo petista de governar.

Também ninguém melhor do que a ministra Cármen Lúcia, que resumiu a frustração dos brasileiros de bem, para traçar o limite de desfaçatez e advertir a canalha que se adonou da coisa pública sobre as consequências de seus crimes: “O crime não vencerá a Justiça” e os “navegantes dessas águas turvas de corrupção e das iniquidades” não passarão “a navalha da desfaçatez e da confusão entre imunidade, impunidade e corrupção”. É um chamamento para que os brasileiros honestos não aceitem mais passivamente as imposturas dos ferrabrases que criaram as condições para que se erigisse aqui uma desavergonhada república de bandidos.
27 de novembro de 2015-DO R.DEMOCRATICA

Ação de Delcídio é a prova de que a compra da refinaria de Pasadena foi uma grossa sem-vergonhice

DELCIDIO
Se o senador, que era pouco mais do que zé-mané em 2006, levou US$ 1,5 milhão em propina, quanto se pagou a quem realmente decidia?


Nós, da imprensa, estamos dando pouco destaque a uma questão da maior relevância. Querem ver?

Por que é que um senador então respeitado, como Delcídio do Amaral, com trânsito no PT e na oposição, líder do governo no Senado, paparicado pela imprensa — e, de fato, ele sempre foi um homem cordial —, se mete a planejar uma operação da pesada, criminosa (e não é coisa leve), arriscando-se a ser, como foi, desmoralizado?
Bem, é a lógica dos apostadores, não é? Jogou alto porque o prêmio era grande. Ou, vá lá, é a lógica dos apostadores no lado escuro da sorte: jogou alto porque, a verdade vindo à tona, ele teria muito a perder.
O que pesava contra Delcídio, então?
A acusação de Fernando Baiano, segundo a qual ele levara entre US$ 1 milhão e US$ 1,5 milhão de propina na compra, pela Petrobras, da refinaria de Pasadena.

Era só Fernando Baiano falando? Pois é… Ocorre que Nestor Cerveró, o homem que comandou a compra da sucata de Pasadena, estava fechando o seu acordo de delação premiada. E Delcídio viu o perigo crescer à sua frente — daí a necessidade de tirar do Brasil o “Nestor”, como ele chama, cheio de intimidade, o ex-diretor da Petrobras.
Vamos ser claros? Se alguém ainda tinha alguma dúvida de que a compra da refinaria de Pasadena foi, independentemente de qualquer outra coisa, um escândalo monumental, agora não precisa ter mais. Vamos ser ainda mais claros? Vocês acham que Delcídio iria se meter nesse pântano se Baiano estivesse mentindo?
E agora entro na segunda questão relevante. Ora, quem era Delcídio, na ordem das coisas, quando a primeira metade de Pasadena foi comprada, em 2006? Um mero senador em busca de expressão. Disputou o governo do Mato Grosso do Sul naquele ano e perdeu. A propina teria servido para financiar sua campanha, diga-se.
Se Delcídio, que era quase nada, recebeu US$ 1,5 milhão de propina, quanto terá recebido quem realmente comandava a sem-vergonhice? Só para lembrar números: em 2005, os belgas da Astra Oil compraram a refinaria inteira por US$ 42,5 milhões. No ano seguinte, venderam 50% à Petrobras por US$ 360 milhões — US$ 170 milhões diziam respeito a estoque de petróleo. Mesmo assim, os belgas transformaram, então, em um ano, US$ 21,25 milhões em US$ 190 milhões.
Petrobras e Astra Oil se desentenderam. Dadas as cláusulas do contrato, numa negociação conduzida por Cerveró, a estatal brasileira foi obrigada a comprar os outros 50% da refinaria. Tentou resistir e recorreu à Justiça americana. Perdeu. Em 2012, teve de pagar mais US$ 820,5 milhões pelos 50% restantes da sucata. A presidente do Conselho, em 2006, era a senhora Dilma Rousseff. Em 2012, ela já presidia a República.
Os números são tão chocantes, tão estupefacientes, tão absurdos que parecia mesmo impossível não ter havido safadeza da pesada. Mesmo assim, um petista que ainda flana por aí, como José Sérgio Gabrielli, então presidente da Petrobras quando se fez o negócio, defende a compra. Aqui e ali se dizia: “Só pode ter havido corrupção…”.
Pois e… O que o caso Delcídio demonstra? Que foi corrupção da pesada! Se até ele, que não passava à época de um quase zé-mané, levou entre US$ 1 milhão e US$ 1,5 milhão em propina, a gente pode imaginar o que foi aquilo.
“Ah, quem diz que ele levou foi Fernando Baiano… Dá para acreditar?” Bem, ainda que eu tivesse um fio de desconfiança, ele teria acabado. Afinal, a gravação flagra um Delcídio do Amaral tentando organizar o roteiro de fuga de um prisioneiro para tentar se livrar de um homem que também o incriminava e que comandou a compra da refinaria.
Essa é ainda uma história muito mal contada. 27/11/2015

Ai Jesus! A MAIS NOVA PÉROLA DA PRESIDANTA: "ALGO QUE A HUMANIDADE DESENVOLVEU QUANDO SE TORNOU HUMANA" !


DEPUTADO SOCIALISTA QUER CPI PARA INVESTIGAR BANQUEIRO ANDRÉ ESTEVES. É TIRO N'ÁGUA. DEPOIS QUE ALIVIARAM A BARRA DO FILHO DO LULA TERMINARAM DE DESMORALIZAR O CONGRESO.

O mega banqueiro André Esteves levado no camburão da polícia para a prisão de Bangu, no Rio de Janeiro. A foto é do site Diário do Poder by Fábio Motta. Clique sobre a imagem para vê-la ampliada.
A coluna de Cláudio Humberto informa que vem por aí mais uma CPI, desta feita para investigar o BTG Pactual, do mega banqueiro André Esteves, que está preso e foi transferido para o presídio de Bangu, no Rio de Janeiro. 
Diz a nota de Humberto, que quem iniciou a coleta de assinaturas para constituir a CPI foi o deputado JHC, do PSB - Partido Socialista Brasileiro. de Alagoas. Acrescenta que a prisão do banqueiro deixou assustados não apenas a turma do PT, mas também de outros partidos, incluindo o PSDB.

MEU COMENTÁRIO: O diabo é que esse tal JHC pertence a um partido socialista que sempre esteve aliado ao PT, integra o Foro de São Paulo e faz parte da combalida “base aliada” que sustenta o governo do PT.

Depois que aliviaram a barra do filho do Lula na CPI do CARF, essas comissões parlamentares de inquérito foram completamente desmoralizadas. Essa do CARF foi presida por aquela deputada comunista do Ceará.

A verdade é que o Congresso Nacional está bichado. Os senadores mantiveram a prisão de Delcídio Amaral por temer a óbvia reação dos cidadãos eleitores já esboçada ad nauseam e de forma ameaçadora pelas redes sociais. A internet está demolindo a classe política que fazia até pouco tempo o que bem entendia.

O efeito corrosivo das redes sociais, blogs e portais independentes está fazendo picadinho da malta de picaretas, salvo raras exceções, que povoa o Poder Legislativo. Esta é a verdade.

Por isso as CPIs perderam qualquer viés de credibilidade. Esse moço socialista está querendo ser descoberto pelos holofotes. No entanto, está dando tiro n’água. Não fosse a Operação Lava Jato a tal base aliada da qual ele participa, estaria intacta como intacta estaria a corrupção e a ladroagem escandalosa dos cofres públicos. Se bem que o troço ainda continua, claudicante mas continua, até que a Operação Lava Jato chegue ao topo quando não haverá mais o recurso da delação premiada, se é que me entendem. DO ALUIZIOAMORIM

BEM QUE TEORI ZAVASCKI AVISOU QUE O PIOR AINDA ESTÁ POR VIR…

 

Tribuna da Internet
Quando o ministro Teori Zavascki saiu de sua costumeira discrição para avisar que “o pior ainda está por vir”, ele sabia exatamente o que estava falando. E certamente o relator dos inquéritos da Lava Jato no Supremo Tribunal Federal não se referia apenas ao senador Delcídio Amaral, que recentemente passou a assinar “do Amaral” por questões numerológicas, para ver se dava sorte, e o resultado foi desastroso. É claro que Zavascki não estava se referindo a um ou outro peixes gordos prestes a cair na rede, mas a um cardume deles.
O fato é que, de agora em diante, a Justiça passará a ser ainda mais rigorosa, com a Segunda Turma do Supremo em pé de guerra pelas suspeitas lançadas pelo líder do governo nas gravações obtidas pelo jovem Bernardo Cerveró, que trabalha como ator, mas tem talento especial também para a função de operador de áudio. Além disso, acostumado a conviver com o pai, sabe enxergar com um olho no padre e o outro na missa, se é que vocês me entendem, como dizia o genial jornalista Maneco Muller.
Nestor Cerveró custou a conseguir a delação premiada. Foi uma dificuldade. Nada do que relatava aos procuradores da força-tarefa da Lava jato era considerado “novidade”. A negociação foi se prolongando por meses a fio. Até que o filho Bernardo entrou na jogada da criação de um “fato novo” capaz de motivar a delação. Como se viu esta semana, o jovem ator teve um desempenho excepcional e merece, pelo menos, o Oscar de Efeitos Especiais.
A partir do sensacional envolvimento de Delcídio Amaral, a Lava Jato muda por completo, porque fica completamente afastada a suposta possibilidade de que nas instâncias superiores haja anulação de provas, como aconteceu com o banqueiro Daniel Dantas na malograda operação Satiagraha, que também investigava justamente desvio de verbas públicas, corrupção e lavagem de dinheiro, vejam que nem sempre a História pode se repetir como farsa. Nenhum tribunal vai dar moleza a esses criminosos do colarinho branco. Habeas corpus, medida cautelar, mandado de segurança? Nem pensar.
Outra consequência inevitável é que muitos executivos e empresários vão seguir o exemplo de Nestor Cerveró e pedir o benefício da delação premiada. O primeiro da fila é o ex-diretor de Serviços da Petrobras, Renato Duque, grande colecionador de obras de arte. Há meses tenta fazer delação premiada, mas os procuradores dizem que ele não tem provas materiais. Pode ser que agora Duque enfim encontre como comprovar as acusações.
A grande dúvida é Marcelo Odebrecht, o arrogante delfim dos empreiteiros. Na CPI da Petrobras ele descartou qualquer hipótese de fazer acordo, vangloriando-se de ensinar as filhas a não delatarem os malfeitos das outras e ironizando quem trai os cúmplices para se livrar da pena. Ele está prestes a ser condenado. Dizem que a primeira sentença sai antes do Natal.
Quando Marcelo foi preso, o patriarca Emilio Odebrecht deu declarações ameaçadoras, recomendando que o governo deveria construir três celas, uma para ele próprio, as outras para Lula e Dilma. Como se dizia antigamente, promessa é dívida. De toda forma, com ou sem delação da família Odebrecht, vai se confirmar o vaticínio de Zavascki. O pior ainda está mesmo por vir. DO HORACIOCB