quarta-feira, 14 de janeiro de 2015

Petrolão: Ronaldo Caiado e advogado de Nestor Cerveró defendem prisão da presidente da Petrobras

graca_foster_08Tempo para pensar – Quando o UCHO.INFO afirma que o Petrolão está apenas no começo, não o faz apenas porque o editor do site, um dos responsáveis pelas denúncias que levaram à Operação Lava-Jato, da Polícia Federal, conhece a fundo o maior escândalo de corrupção da história nacional. As investigações avançam a cada dia e mostram que o esquema de corrupção que funcionava na diretoria da Petrobras é muito maior do que inicialmente pensavam as autoridades.
A inesperada prisão de Nestor Cerveró, ex-diretor da área Internacional da empresa petrolífera, causou um enorme reboliço no universo político, uma vez que aumentou sobremaneira a apreensão entre os integrantes da base aliada. O temor dos apoiadores do governo de Dilma Rousseff é que Cerveró, após alguns dias atrás das grades, acabe aderindo à delação premiada, como já fizeram Paulo Roberto Costa, ex-diretor de Abastecimento da Petrobras, o doleiro Alberto Youssef e alguns executivos de empreiteiras que participavam do chamado “Clube do Milhão”.
A possibilidade de Nestor Cerveró contar o que sabe em troca de redução de eventual pena condenatória não deve ser descartada. Afinal, o advogado Edson Ribeiro, responsável pela defesa de Cerveró, disse que a presidente da empresa, Maria das Graças Foster, também deveria ser presa, pois ela teria cometido o mesmo crime que seu cliente. “Na época em que ele as fez, não havia nenhuma restrição administrativa ou legal. Tanto que ele e a Graça Foster fizeram. (…) Se é crime para Nestor, é para Graça”, disse ao advogado, referindo-se à transferência de imóveis a membros da família do ex-diretor da Petrobras.
Nestor Cerveró está acostumado com “la dolce vita” e dificilmente aceitará a ideia de passar alguns longos anos na prisão, o que aumenta a chance de uma delação premiada. No caso de essa tese se confirmar, Cerveró terá de revelar a verdade, sob pena de ter o benefício rejeitado no caso de repassar alguma informação sem procedência. Isso significa que o escândalo do Petrolão alcançará muito mais pessoas, o que desde já deixa os ocupantes do Palácio do Planalto extremamente preocupados.
Caiado defende prisão de Foster
Deputado federal e senador eleito pelo Democratas de Goiás, Ronaldo Caiado declarou nesta quarta-feira (14) que os argumentos para a prisão de Nestor Cerveró justificariam também a detenção da presidente da Petrobras, Maria das Graças Foster. A opinião do líder da Minoria no Congresso Nacional vai ao encontro da declaração do advogado do ex-diretor da estatal, Edson Ribeiro. Cerveró foi detido nos primeiros minutos desta quarta-feira sob a alegação de que teria tentado transferir bens para familiares. Na visão de Caiado, o argumento do advogado procede. “Não pode haver dois pesos e duas medidas”, disse.
“O juiz Sérgio Moro é um exemplo de eficiência e combate à corrupção. Agora, a única interrogação é se essa alegação é fundamento para que haja por parte da justiça essa iniciativa de decretar a prisão de Cerveró, da mesma forma a presidente Graça Foster também tem operações semelhantes as que ele praticou. Se isso é visto pela justiça como uma maneira de amanhã fraudar o resultado final dos seus bens e a capacidade de ressarcir o Estado pelos prejuízos que ele cometeu, então isto também vale para a presidente da Petrobras”, argumentou Caiado.
Nova CPI
Para o senador eleito, a instalação de uma nova CPMI para aprofundar as investigações do esquema de corrupção na empresa é fato consumado. “Nem discuto a nova CPI. Isso é fato consumado. Até porque acredito que cada bancada vai assumir a responsabilidade buscar as assinaturas e, com isso, deixaria bem claro para população que partidos que assumirão o apoio à instalação da CPI e aqueles contrários a apuração desse caso”, afirmou.DO UCHO.INFO

CoLLor em cana? Tomara.

Da Folha:
Ministério Público deverá denunciar Collor ao STF
ANDRÉIA SADI / SEVERINO MOTTA - DE BRASÍLIA
A Procuradoria-Geral da República deve denunciar o ex-presidente da República e senador Fernando Collor de Mello (PTB-AL) no início de fevereiro, quando pedidos de investigações contra políticos envolvidos na Operação Lava Jato serão enviados ao STF (Supremo Tribunal Federal).
Segundo a Folha apurou, autoridades responsáveis pelo caso consideram já haver ''elementos suficientes'' para denunciar o senador, sem a necessidade de se colher novas provas por meio de um inquérito, o que está sendo chamado de ''denúncia direta''.

Vem aí o ARROCHO da dona Dilma.

Da Folha:
Governo vai anunciar aumento de tributos nos próximos dias
SOFIA FERNANDES / VALDO CRUZ - DE BRASÍLIA
Para reequilibrar as contas públicas e reconquistar a confiança do mercado, o governo Dilma Rousseff prepara para os próximos dias o anúncio de aumento de tributos.
Dilma esteve reunida nesta terça (13) com sua equipe econômica para definir detalhes das mudanças, que contemplarão a volta da Cide (tributo regulador do preço de combustíveis), zerada desde 2012, o aumento da alíquota do PIS/Cofins de importados e a alta na tributação sobre cosméticos, segundo a Folha apurou.

Zarolha preso.

E voltam as emoções da Operação Lava-jato. Já estava ficando com saudades.
E vem muito mais por aí.
Do Estadão:
PF prende Cerveró ao desembarcar em aeroporto no Rio
Ricardo Brandt e Fausto Macedo - Estadão
A Polícia Federal prendeu na madrugada desta quarta-feira, 14, por volta das 0h30, o ex-diretor Internacional da Petrobrás Nestor Cerveró ao desembarcar no Aeroporto do Galeão, no Rio. A Justiça Federal decretou a prisão preventiva do acusado por novos fatos revelados nos autos da Operação Lava Jato e pelo risco dele continuar atuando de forma criminosa. 
DO GENTEDECENTE

PF APONTA MOVIMENTAÇÕES FINANCEIRAS SUSPEITAS DE CERVERÓ, EX-PETROBRAS

A Polícia Federal informou que o ex-diretor da Petrobras Nestor Cerveró foi preso preventivamente nesta quarta-feira (14) por ter feito movimentações financeiras suspeitas após ser denunciado pelo Ministério Público Federal e responder a uma ação penal pelas acusações de corrupção e lavagem de dinheiro.
Cerveró foi preso ao desembarcar de Londres, no aeroporto internacional do Galeão, no Rio de Janeiro. Foi encaminhado a Curitiba (PR), chegou à Superintendência da PF por volta das 9h20 desta quarta e foi encaminhado para o IML (Instituto Médico Legal) para fazer o exame de corpo de delito, o que é praxe em casos de prisão.
Ele estava na Inglaterra desde dezembro, mesmo mês em que a denúncia do MPF foi aceita pelo juiz federal Sergio Moro, responsável pela Operação Lava Jato, que investiga corrupção na estatal.
O delegado Igor Romário de Paula, da Delegacia Regional de Combate ao Crime Organizado, afirma que Cerveró fez essas movimentações financeiras para conseguir dinheiro vivo, e que isso pode indicar duas coisas: ou o ex-diretor planejaria uma fuga, ou tentaria tornar seu patrimônio mais líquido, e dessa forma, o blindaria.
Em algumas dessas operações, o delegado afirma que Cerveró chegou a perder R$ 200 mil para conseguir os valores em espécie.
O Ministério Público Federal, que fez o pedido de prisão preventiva, destacou haver indícios de que "Cerveró continua a praticar crimes, como a ocultação do produto e proveito do crime no exterior, e pela transferência de bens (valores e imóveis) para familiares. Além disso, há evidências de que ele buscará frustrar o cumprimento de penalidades futuras".
O MPF afirma ainda que o ex-diretor da Petrobras, após o recebimento da denúncia e durante o recesso do Judiciário, tentou transferir para sua filha R$ 500 mil, mesmo que tal operação financeira incorresse em perda de mais de 20%, segundo dados do Coaf (Conselho de Controle de Atividades Financeiras, órgão ligado ao Ministério da Fazenda).
"Cerveró também transferiu recentemente três apartamentos adquiridos com recursos de origem duvidosa, em valores nitidamente subfaturados: há evidências de que os imóveis possuem valor de mais de R$ 7 milhões, sendo que a operação foi declarada por apenas R$ 560 mil. Para o MPF, a custódia cautelar é necessária, também, para resguardar as ordens pública e econômica, diante da dimensão dos crimes e de sua continuidade até o presente momento, o que tem amparo em circunstâncias e provas concretas do caso", informou a Procuradoria.
Além da prisão, foram feitas buscas em quatro imóveis de Cerveró –dois no bairro de Ipanema e outro em Humaitá, no Rio, e outro no município de Itaipava (RJ). Também foi aberto um novo inquérito para investigar se as movimentações financeiras suspeitas configuram lavagem de dinheiro ou evasão de divisas.
PMDB
Em delação premiada, o o executivo da empresa Toyo Setal Julio Camargo afirmou que o lobista Fernando Soares, apontado como operador do PMDB na Petrobras, intermediou contratos junto a Cerveró.
Segundo Camargo, o lobista, conhecido como Fernando Baiano, mantinha um "compromisso de confiança" com Cerveró. Na época, a defesa do ex-diretor afirmou que ele nunca recebeu pagamentos para fechar contratos da Petrobras.
O também ex-diretor da estatal Paulo Roberto Costa, em depoimento à Polícia Federal no ano passado, disse que Cerveró que foi indicado ao cargo por um político e tinha ligação forte com o PMDB. A sigla nega.
OUTRO LADO
O advogado do ex-diretor, Edson Ribeiro, disse não haver razão para seu cliente estar detido e que, se a prisão fosse válida, "Graça Foster [presidente da Petrobras] também deveria ter tido a prisão decretada".
A presidente da estatal não é alvo de investigação na Lava Jato.
"Não estou imputando culpa a Graça Foster, mas, se o critério para a prisão de Cerveró foi ter transferido bens para filhos, o critério tem que valer para Graça, que também doou imóveis para os filhos. Ela também era da diretoria da Petrobras na época da compra dos 50% restantes da refinaria de Pasadena, assim como Cerveró era diretor na compra dos 50% iniciais. As decisões são tomadas pela diretoria. Se não vale para Graça, o Ministério Público está prevaricando."
"Não vejo motivos para sua prisão, uma vez que comuniquei à Polícia Federal e ao Ministério Público Federal sua viagem e seu endereço no exterior", disse Ribeiro.
Ele reafirmou que as operações são normais. "Não há ocultação porque não há laranja. São transferências para parentes, que poderiam ser revertidas caso fosse constatada fraude".
O advogado disse que vai viajar para Curitiba no início da tarde e, quando ler o teor do decreto da prisão, entrará com pedido de habeas corpus.
PASADENA
Cerveró foi diretor da área entre 2003 e 2008, e, como tal, esteve à frente da compra dos 50% iniciais da refinaria de Pasadena, no Texas, em 2006. Segundo o TCU (Tribunal de Contas da União), o negócio gerou perdas de US$ 792 milhões à estatal.
O ex-diretor assinou o resumo executivo classificado como "falho" pela presidente Dilma Rousseff, quando ela justificou seu voto favorável à compra da refinaria, em março de 2014.
A Petrobras acabou brigando com o grupo belga Astra, de quem era sócio na refinaria. Uma disputa judicial entre ambos arrastou-se entre 2009 e 2012, quando a estatal foi obrigada a comprar os outros 50% no negócio.

Alan Marques-16.abr.2014/ Folhapress
O ex-diretor da área internacional da Petrobras, Nestor Cerveró, durante depoimento à comissão da Câmara
O ex-diretor da área internacional da Petrobras, Nestor Cerveró, durante depoimento à Câmara
ACUSADO
Em dezembro passado, o juiz federal Sergio Moro acolheu denúncia do Ministério Público Federal e mandou abrir uma ação penal contra Cerveró pelas acusações de corrupção e lavagem de dinheiro.
De acordo com o despacho do juiz, a denúncia encaminhada ao Judiciário pelo Ministério Público Federal descreve contratos fechados pela Petrobras mediante propina.
Um dos casos narra que, "em julho de 2006, Julio Camargo, agindo como representante do estaleiro Samsung Heavy Industries Co, da Coreia, logrou conseguir junto à Petrobras que a empresa em questão fosse contratada para o fornecimento de um navio sonda para perfuração de águas profundas (Navio-sonda Petrobras 1000)".
O contrato teria sido obtido "mediante o pagamento de vantagem indevida de US$ 15 milhões a Cerveró, então diretor Internacional da Petrobras, com a intermediação de Fernando Soares".
Em depoimento prestado à CPI da Petrobras, no Congresso Nacional, Cerveró negou as acusações.
DA FOLHA.COM
Acusado de corrupção e lavagem de dinheiro na Lava Jato, ex-diretor da Petrobras foi detido ao desembarcar no aeroporto após viagem a Londres
Veja.com
 
Nestor Cerveró, ex-diretor da Petrobras (Eraldo Peres/Reuters)
Nestor Cerveró, ex-diretor da Área Internacional da Petrobras, foi preso pela Polícia Federal no início da madrugada desta quarta-feira no aeroporto internacional Tom Jobim, no Rio de Janeiro. Cerveró foi detido por volta de 0h30 ao desembarcar de uma viagem a Londres. Acusado de corrupção passiva e de lavagem de dinheiro na Operação Lava Jato, que apura o esquema de corrupção na Petrobras, o ex-diretor da estatal tinha depoimento marcado para quinta no Ministério Público Federal do Rio. Cerveró será transferido para Curitiba, base das investigações da Lava Jato, ainda nesta quarta.
Em declaração para a GloboNews, o advogado de Cerveró, Edson Ribeiro, afirmou que ainda não conhece a fundamentação para a prisão preventiva, mas que "estranha" a detenção de seu cliente. "Eu entendo que não existe motivo para a prisão, já que ele informou às autoridades sobre a viagem e retornou para prestar o depoimento", disse Ribeiro.
Propina – De acordo com a acusação contra Cerveró, aceita pela Justiça em dezembro, o ex-diretor recebeu 15 milhões de dólares, a partir da mediação do lobsita Fernando Baiano, para a consolidação de um contrato com a Samsung. Depois de ter embolsado a propina, Cerveró, na condição de diretor da Área Internacional da Petrobras, recomendou à Diretoria Executiva da estatal a contratação da empresa sul-coreana por 586 milhões de dólares.
Em uma segunda etapa, por meio de Fernando Baiano, Cerveró teria recebido mais 25 milhões de dólares para que a Samsung conseguisse um contrato para o fornecimento de outro navio sonda para perfuração de águas profundas ao custo de 616 milhões de dólares. O total de 40 milhões de dólares em vantagens indevidas, que o empresário Julio Camargo afirma ter sido destinado a Fernando Baiano, terminou, segundo apuração do Ministério Público, nas mãos de Cerveró. DO R.DEMOCRATICA