domingo, 21 de dezembro de 2014

OPERAÇÃO LAVA-JATO ESTÁ LONGE DE TERMINAR E AVANÇARÁ AO LONGO DE 2015. OS GATUNOS DO PT E SEUS SEQUAZES SABEM DISSO. ESTÃO APAVORADOS!

Juiz Sérgio Moro
Este artigo do Elio Gaspari diz muito sobre  sobre a Operação Lava-Jato, ou seja, que está longe de terminar e avançará ao longo de 2015. Em certa medida, é muito parecida com a “Operação Mãos Limpas” italiana que começou em 1992, com a investigação de um gatuno banal e terminou como uma das maiores faxinas ocorridas na Europa e obrigou o primeiro ministro italiano ao exílio voluntário.
Gaspari se vale de um artigo do discreto juiz Sérgio Moro, que conduz o inquérito da Operação Lava-Jato. Vale a pena ler. Os gatunos do PT e seus sequazes estão vendo apenas o começo da encrenca. Leiam:
Clique AQUI para ler na íntegra o artigo de Sérgio Moro que serviu de base para o escrito de Elio Gaspari.
O juiz Sergio Moro, que conduz o processo das petrorroubalheiras, fala pouco e não polemiza para fora. O que ele está fazendo, todo mundo sabe.
O que ele quer fazer, e como quer fazer, parece uma questão aberta. Em 2004 Moro publicou um artigo intitulado "Considerações sobre a Operação Mani Pulite" na revista da revista CEJ, do Conselho da Justiça Federal. Está tudo lá.
A "Operação Mãos Limpas" italiana foi uma das maiores faxinas ocorridas na Europa. Começou em 1992, com a investigação de um gatuno banal.
A magistratura, o Ministério Público e a polícia puxaram os fios da meada, investigaram 6.000 pessoas e expediram 3.000 mandados de prisão. Caíram na rede 872 empresários (muitos deles ligados à petroleira estatal) e 438 parlamentares.
O serviço provocou a queda e o exílio voluntário do primeiro-ministro Bettino Craxi. Ele dissera o seguinte: "Todo mundo sabe que a maior parte do financiamento da política é irregular ou ilegal". (Craxi morreu anos depois, na Tunísia.) A faxina destruiu a mística dos dois grandes partidos do país, o Socialista e a Democracia Cristã.
Eles dominavam a Itália desde o fim da Segunda Guerra. Passados dois anos, minguaram. O PS teve 2,2% dos votos, e a DC, 11,1%.
A corrupção política italiana assemelhava-se bastante à brasileira na amplitude, na naturalidade com que era praticada e até mesmo na aura protetora e fatalista que parecia torná-la invulnerável.
No seu artigo, Moro mostra como a implosão da máquina de políticos, administradores e empresários levou à "deslegitimização" de um sistema corrupto: "As investigações judiciais dos crimes contra a administração pública espalharam-se como fogo selvagem, desnudando inclusive a compra e venda de votos e as relações orgânicas entre certos políticos e o crime organizado".
O Moro de 2004 diz mais: "É ingenuidade pensar que processos criminais eficazes contra figuras poderosas, como autoridades governamentais ou empresários, possam ser conduzidos normalmente, sem reações. Um Judiciário independente, tanto de pressões externas como internas, é condição necessária para suportar ações dessa espécie. Entretanto, a opinião pública, como ilustra o exemplo italiano, é também essencial para o êxito da ação judicial."
Os juízes: "Uma nova geração dos assim chamados 'giudici ragazzini' (jovens juízes), sem qualquer senso de deferência em relação ao poder político (e, ao invés, consciente do nível de aliança entre os políticos e o crime organizado), iniciou uma série de investigações sobre a má conduta administrativa e política".
A rua: "Assim como a educação de massa abriu o caminho às universidades para as classes baixas, o ciclo de protesto do final da década de 60 influenciou as atitudes políticas de uma geração".
"Talvez a lição mais importante de todo o episódio seja a de que a ação judicial contra a corrupção só se mostra eficaz com o apoio da democracia. É esta quem define os limites e as possibilidades da ação judicial. Enquanto ela contar com o apoio da opinião pública, tem condições de avançar e apresentar bons resultados."
As malas: "A corrupção envolve quem paga e quem recebe. Se eles se calarem, não vamos descobrir, jamais."
As confissões: "A estratégia de investigação adotada desde o início do inquérito submetia os suspeitos à pressão de tomar decisão quanto a confessar, espalhando a suspeita de que outros já teriam confessado e levantando a perspectiva de permanência na prisão pelo menos pelo período da custódia preventiva no caso da manutenção do silêncio ou, vice-versa, de soltura imediata no caso de uma confissão."
A imprensa: "As prisões, confissões e a publicidade conferida às informações obtidas geraram um círculo virtuoso, consistindo na única explicação possível para a magnitude dos resultados obtidos pela operação mani pulite."
Serviço: o artigo de Moro está na rede. Não tem juridiquês.
DO ALUIZIOAMORIM

A ASCENSÃO DA DIREITA NO BRASIL É UMA REALIDADE QUE JÁ APAVORA OS COMUNISTAS E EMBARALHA A NARRATIVA VICIADA DO JORNALISMO ESQUERDISTA

Coronel Telhada, vereador e deputado estadual eleito em SP e o deputado Jair Bolsonaro: duas lideranças conservadoras em ascensão que passam a ser atacadas pelo jornalismo de aluguel, os esbirros de Lula que controlam as redações da grande imprensa nacional.
O texto que transcrevo após este comentário parece ser da Folha de S. Paulo, mas não é. Podem ficar espantados, mas é do site da revista Veja. Assina a matéria a repórter Mariana Zylberkan. O mote da reportagem é espinafrar o Coronel Telhada, da Polícia Militar de São Paulo, agora reformado (aposentado) que atualmente é vereador e deputado estadual eleito, um campeão de votos. Telhada é utilizado como exemplo, mas na verdade o alvo de sua desconstrução são todos aqueles que já estão fartos de toda essa esculhambação que começou desde o dia em que o Lula foi transformando em presidente do Brasil.
Na página de abertura do site da revista Veja, rende manchete a matéria sobre Telhada, com o seguinte título: “Redes sociais turbinam eleitorado da direita brucutu”. Clicando-se no link abre a matéria quando o título tem outro viés: “Coronel Telhada e a direita boa de voto”. É difícil imaginar que ambos os títulos sejam do mesmo editor. Mas vá lá. Deve ser mesmo. São os plantões de final de semana.
Nota-se pelo andar da carruagem que os alegres rapazes e raparigas da grande mídia nacional continuam a alimentar a velha ojeriza à “direita”. E não só os jovens jornalistas, mas muitos velhos de guerra das redações. E isso expressa um nível de boçalidade avassalador do pensamento político brasileiro. Haja vista, por exemplo, à recente exumação da ossada de Jango Goulart, em busca de provas de que fora assassinado, aliás uma característica da idiotia latino-americana, useira e vezeira em promover exumações em busca de um suposto passado de glórias que foi destruído pelos maldosos “direitistas”. O finado coronel Hugo Chávez, exumou em meio a uma cerimônia mais macabra do que fúnebre, os restos de Bolívar e erguendo um mausoléu em honra ao herói. Ao mesmo tempo a máquina de propaganda comunista construiu uma narrativa colocando o “pajarito” de Nicolás Maduro em pé de igualdade a Bolívar, lado a lado.
E nessa fantástica ficção o defunto Bolívar seria um ativista comunista e, por isso mesmo, o herói da pátria. Entretanto, o baú do passado latino-americano é vazio não só de mártires e heróis, mas sobretudo de ideias inteligentes. No século XXI repete-se a velha e surrada história de que o atraso do continente se deve à espoliação primeiro do império inglês e, depois, dos norte-americanos.
E a narrativa esquerdista é a mesma, permanece constante, sendo o paradigma dominante da historiografia oficial que orienta os livros didáticos de história. O “império” ou os “impérios”, constituem a “direita” que impede o continente de romper a puberdade política e econômica. Impõem-se assim, por meio dos veículos de comunicação, uma superioridade moral da esquerda que induz os incautos a imaginar que  um mundo de paz, harmonia, abundância e prosperidade ainda não aconteceu porque a verdadeira revolução socialista não foi aplicada.
Não é à toa que até mesmo a revista Veja, o que resta de jornalismo razoável, sucumba à patrulha permamente da revolução cultural e qualifique o Coronel Telhada de representante da “direita brucutu”. A mídia, meus caros, tem um poder excepcional e já iniciou uma campanha sem trégua contra os poucos políticos que ousam insurgir-se contra a vagabundagem reinante, à insegurança, ao deboche, à imoralidade, às imposturas de toda ordem e à devassidão que corrói o tecido social e destrói da família. Nesse ambiente dito “progressista” tudo é permitido, menos a ação política de viés conservador que tem como lideranças expressivas o Coronel Telhada e o deputado Jair Bolsonaro, cujas reputações que já vinham sendo destruídas pela peste do PT, agora ganharam o reforço de alguns jornalistas que integram o último bastião do jornalismo honesto. 
Não será surpresa se o Coronel Telhada e o deputado Jair Bolsonaro acabem fuzilados num “paredón”, quando o Foro de São Paulo tiver concluído a última etapa da conversão do Brasil numa República Bolivariana do tipo cubano-venezuelano.
Entretanto, nada disso causa surpresa para este modesto escriba. Exerço o jornalismo há mais de 40 anos. Modéstia à parte conheço o metier. Redações de jornais, revistas e televisões sempre foram valhacoutos, com as exceções de sempre, de vagabundos, pervertidos, imorais, maconheiros, vadios, diletantes e, sobretudo oportunistas e mentirosos. As exceções existem, é claro e os leitores sabem quais são. Afinal, a sociedade humana persiste pela insistência dos altruístas. Aparentemente, parece que o mundo é dominado pela lógica da sacanagem. Entretanto é o altruísmo que faz o mundo existir. Tanto é que o planeta já possui uma população estimada em mais de 7 bilhões. Logo, logo este número pulará para a casa de mais de 8 bilhões de terráqueos.
Quem segura a onda, gostem ou não gostem, são pessoas como o Coronel Telhada e o deputado Jair Bolsonaro. Portanto, não desistam, não se amedrontem, não se submetam ao patrulhamento da grande mídia. Mais um pouquinho os veículos da grande imprensa não terão mais leitores nem tele-expectadores. Nem que ofereçam de graça os seus serviços. A internet está aí e veio para ficar. Não dependemos mais de meia dúzia de delirantes que pretendem ditar o que é certo e o que é errado valendo-se da deletéria visão do pensamento politicamente correto e as suas engenharias sociais. E tem mais: as redes sociais podem ser o locus anárquico para um monte de besteiras, mas foram as redes os veículos de comunicação que mudaram drasticamente o perfil do eleitorado brasileiro e já colocaram nas ruas milhares de pessoas afinadas com os postulados conservadores. É a primeira vez, em mais de meio século, que isso acontece no Brasil e deixa desconcertados políticos e, sobretudo, jornalistas que continuam com um pé, ou os dois, fincados nos albores do século XX. 
Para análise de vocês transcrevo a reportagem do site de Veja:
Coronel Telhada em ação em São Paulo, prende suspeito de assalto: uma cena que os alegres rapazes e raparigas da grande imprensa não gostam de ver. Mas o povo adora!
No último dia 26 de outubro, tão logo soube que presidente Dilma Rousseff (PT) estava reeleita, o vereador paulistano Paulo Adriano Lopes Telhada, coronel aposentado da Rota, sigla para Rondas Ostensivas Tobias de Aguiar, a tropa de elite da Polícia Militar, correu para despejar sua frustração no Facebook: “Sul e o Sudeste deveriam iniciar o processo de independência de um país que prefere esmola do que o trabalho, preferem a desordem em vez da ordem, preferem o voto de cabresto do que a liberdade”. Em 24 horas, seu perfil na rede social ganhou mais de 25 000 novos adeptos – hoje, ele tem 221 000 seguidores. Filiado ao PSDB, Telhada é um dos expoentes de um grupo de políticos campeões de votos nas eleições deste ano erguendo bandeiras conservadoras.
No último pleito, Telhada foi o segundo deputado estadual mais bem votado para Assembleia Legislativa de São Paulo, com 254 000 votos. O coronel é um legítimo exemplo do neoconservadorismo brucutu – formado por políticos que às vezes perdem a razão, mas não deixam de dar seu recado. No plano nacional, o fenômeno de votos se repetiu com a eleição de políticos alinhados à direita, muitos ligados à bancada evangélica, como o pastor Marco Feliciano (PSC-SP), que recebeu 398.087 votos, e o capitão da reserva Jair Bolsonaro (PP-RJ), o terceiro deputado federal mais votado do país, com 464.572 votos. E se é verdade que a linha dura agrada a uma significativa parcela da sociedade que andava órfã, também é fato que a verve incendiária tem um custo. A fala pós-urnas de Telhada foi duramente criticada, inclusive por integrantes do seu partido, que o consideram à direita das diretrizes programáticas do tucanato. “Aquilo foi um balão de ensaio e acabei tomando um tiro pela culatra. Eu queria apenas fazer um debate sobre a emancipação política de São Paulo. Na vida política, é preciso se policiar porque qualquer coisa que se faz inocentemente paga-se um sapo terrível”, diz.
Feliciano é dos principais alvos da patrulha de partidos e ativistas de esquerda, especialistas em guerrilha nas redes sociais. Suas declarações controversas pregaram-lhe a pecha de homofóbico e racista. O último a monopolizar os holofotes foi Bolsonaro, que acabou notabilizado por defender a causa certa da forma errada: ao criticar a parcialidade do relatório final da Comissão da Verdade, fez um ataque grotesco à deputada Maria do Rosário (PT-RS), que integra a tropa de choque governista.
Telhada vestiu a camisa do Brasil e discursou durante manifestação anti-PT em SP
Coronel Telhada não esconde as dificuldades que ainda sente no papel de político. Os últimos dois anos como vereador, seu primeiro cargo eletivo, têm lhe exigido bastante. Falante, ele percebeu que, uma vez eleito, suas palavras se espalham na internet como rastilho de pólvora – nenhuma outra declaração é tão ilustrativa quando a de que "bandido bom é bandido morto". “Eu não sou moralista, sou o maior porra louca que você pode pensar. Eu gosto das coisas certas, eu adoro rock n’ roll, adoro brincar, conversar, falar besteira, mas eu sou milico, tenho uma formação militar, se me der uma ordem, eu vou cumprir.”
O rótulo de intolerante foi reforçado há cerca de dois anos, quando foi acusado por um repórter do jornal Folha de S. Paulo de tê-lo ameaçado de morte após publicar uma reportagem crítica às postagens do coronel no Facebook. Na rede social, o coronel usa o termo “vagabundo” para se referir a criminosos. Incomodado, Telhada usou sua página na rede social para atacar o repórter, o que causou uma reação agressiva de seus seguidores. Embora rechace a fama de mau, Telhada conta resignado que ela o acompanhou durante a carreira policial. “Sou mal visto na polícia porque eu sou um cara que mata bandido, que faz bico. Não sou bem visto, não sou da elite, mas isso mudou depois que eu virei político. Toda vez que eu quis voltar para a Rota eu ouvi um sonoro 'não' e que eu sou perigoso para a Polícia Militar.”
Telhada passou a ser figura carimbada no noticiário policial no fim dos anos 1990, quando comandava o 7º Batalhão da Polícia Militar de São Paulo. Localizado no Centro da capital paulista, o batalhão era responsável por áreas críticas da cidade, como a Cracolândia. Foi uma das operações que comandou para retirar usuários de drogas do local que o alçou à fama; a ação foi transmitida ao vivo na TV pelo apresentador José Luiz Datena, na TV Record. A exposição o ajudou a conseguir mais bicos nas horas de folga, como os 15 anos que cuidou da segurança particular do apresentador Gugu Liberato. O fã-clube só cresceu ao longo dos anos. Admiradores enviam cartas diariamente para o seu gabinete na Câmara – uma delas, recebida na última semana, o alertava para a possibilidade de ser envenenado por inimigos. “O mal entra pela boca, ou seja, tenha cuidado com o que vai comer. Só coma o que todos estiverem comendo”, escreveu o admirador.
Apesar de ter achado graça no alerta, Telhada leva a sério as ameaças reais e recorrentes feitas pelo crime organizado. Na última sexta-feira, ele recebeu alerta do Grupo de Atuação Especial de Combate ao Crime Organizado (Gaeco) do Ministério Público de que um membro da facção Primeiro Comando da Capital (PCC) prometeu matá-lo de dentro da Penitenciária do Tremembé, no interior de São Paulo. Para se proteger, ele anda armado. “Matar um Telhada é prêmio para o crime organizado”, afirma.
A popularidade conquistada ao longo do anos só ficou evidente para ele quando assumiu o comando da Rota, em maio de 2009. Na ocasião, Telhada seguiu o protocolo e fez uma grande festa para se apresentar à tropa. O evento lotou o quartel localizado na Luz, no Centro de São Paulo, de pessoas que queriam conhecer o coronel. “Aí eu tive a noção da minha fama. O meu filho passa pela mesma coisa agora como tenente da Rota. Em toda festa da Rota, eu não consigo sair do lugar, são duas três horas tirando foto, dando autógrafo. O pessoal leva os livros para eu autografar”, diz. Rafael Henrique Telhada, de 28 anos, foi promovido recentemente a tenente da Rota.
Como comandante e coronel, era comum Telhada receber cartas de mulheres apaixonadas que ele sempre fez questão de mostrar à esposa, sua primeira namorada, com quem é casado desde 1985. “Eu tinha um bigodão na época, tipo Pancho Vila, coisa de tenente da Rota.”
Coronel Telhada e seu filho Rafael Telhada, tenente da Rota
Aposentado da polícia desde 2011, Telhada mantém as obrigações como militar em dia. Pratica exercícios físicos regularmente, “porque tem uma tendência enorme de engordar”, e entra em ação quando presencia algum crime. Foi assim que chamou a atenção dos colegas parlamentares há algumas semanas quando voltou para a Câmara Municipal após o almoço com a camisa suja de sangue: minutos antes, ele lutou e prendeu um menor que tentava roubar o celular. “Qualquer cidadão pode dar voz de prisão a alguém, mas um militar tem esse dever. Eu amo ser policial, largaria tudo que estou fazendo para voltar a ser policial. Quase pirei quando me aposentei.”
Segundo Telhada, é justamente a mente treinada a reagir de forma prática que atrapalha sua adaptação como parlamentar. “O trabalho como vereador é mais burocrático, diferente do policial. No quartel, se me falam ‘vamos lá prender aquele cara’, eu vou. Se ele atirar, eu atiro de volta. Se ele morrer, dane-se. Como militar, sou muito simples.”
O jogo de cintura, porém, tem sido requisitado mais vezes nos últimos meses desde que ganhou força o movimento nas redes sociais pelo impeachment da presidente Dilma. Telhada conta que é rotineiramente convocado a liderar uma intervenção militar para retirar a petista do poder – o que ele diz ser totalmente contra. “Isso é um absurdo, se quisermos mudar o presidente, vamos mudar no voto. Se fizermos essa ilegalidade, o primeiro sangue que vão derramar será o nosso, dos militares. Eu vou perder meu filho. É meu neném que vai morrer, você acha que eu quero isso? Cansei de carregar alça de caixão. Eu não quero que ninguém morra pela liberdade do país.”
O coronel bom de voto até chegou a participar de uma manifestação recentemente na Avenida Paulista na qual subiu num carro de som para pedir a prisão dos envolvidos no megaesquema de corrupção que sangrou a Petrobras. “Eu odeio manifestação. Mas me chamaram e eu fui lá, subi no caminhão, foi legal, todo mundo bateu palmas, mas é difícil. Fico incomodado em fechar uma avenida, o cidadão quer ir para casa e eu fico lá travando o trânsito.”
A metralhadora verbal não poupa nem seu partido, o PSDB, o qual acusa de não levá-lo muito a sério. Como deputado estadual, Telhada não será mais um vereador de oposição, mas um integrante da ampla base parlamentar do governador Geraldo Alckmin. “Nesses vinte anos que o PSDB está no governo paulista, a segurança pública só degringolou. A valorização do pessoal é uma porcaria, precisamos rever isso urgentemente. Minha função na Assembleia Legislativa vai ser mudar a visão do PSDB em relação à Polícia Militar”, diz o coronel, que assume estudar propostas para integrar outros partidos, como o ainda embrionário Partido Militar Brasileiro.
Cauteloso ao falar de seu futuro na política, coronel Telhada diz que manterá o foco em seu mandato como deputado estadual, mas assume que almeja voos mais altos – precisamente, uma cadeira no Senado. “Eu queria ter poder de mando, colocar essa cidade em ordem, queria ter uma varinha de condão para fazer isso. Senador eu acho um cargo legal, poder representar São Paulo em Brasília”, diz. Se depender dos admiradores nas redes sociais, votos não faltarão para chegar lá. Do site da revista Veja
DO ALUIZIOAMORIM