sexta-feira, 3 de agosto de 2012

A contundência dos argumentos de Gurgel escancara a culpa dos mensaleiros e complica a vida dos cínicos profissionais

Manifestantes colocam gaiola com imagens dos réus do mensalão em frente ao Supremo Trubunal Federal, em Brasília, onde o processo é julgado Foto: Givaldo Barbosa
Por Augusto Nunes
O acasalamento promíscuo entre o ministro Ricardo Lewandowski e o advogado Márcio Thomaz Bastos confirmou que os doutores em impunidade não hesitam em debochar do Supremo Tribunal Federal e zombar dos brasileiros honestos para impedir que se faça justiça.
Mas mesmo os cínicos profissionais terão de esforçar-se para esconder o rubor depois das cinco horas de acusações formuladas pelo procurador-geral da República, Roberto Gurgel.
E caprichar mais ainda nas chicanas que fantasiam de inocente até serial killer de filme americano.
Contrastando com o tom sereno da voz e a placidez da fisionomia, a contundência dos argumentos expostos por Gurgel já implodiu as falácias amontoadas por José Dirceu e seus defensores.

Quando o procurador-geral concluir o desfile das provas dos muitíssimos crimes, os demais quadrilheiros estarão sobmersos no oceano de mentiras entoadas durante sete anos pelo coro dos farsantes.
O desempenho de Gurgel deverá dominar o segundo da série de debates sobre o julgamento do mensalão promovidos pelo site de VEJA.
A partir das sete da noite, estarei ao lado de Reinaldo Azevedo, Marco Antonio Villa e Roberto Podval.  
Acompanhe e comente a conversa transmitida ao vivo.
03/08/2012 
DO R.DEMOCRATICA

DNA do mensalão

Autor(es): Fernando Gabeira
O Estado de S. Paulo - 03/08/2012
 
O mensalão, para os juízes, é um processo de 50 mil folhas. Para mim, é matéria de memória. Maio de 2005 é um marco na política brasileira. Mas não um relâmpago em céu azul.
É um marco porque ficou evidente, naquele mês, que o PT jamais cumpriria uma de suas maiores promessas de campanha: ética na política. A entrevista do então presidente Lula em Paris, tentando justificar o mensalão, ainda menciona a responsabilidade ética do partido, mas com uma dose de convicção tão pequena que entendi como um adeus à bandeira do passado. Eu já havia deixado o PT e a base do governo em 2003. O escândalo do mensalão foi, no entanto, uma tomada de consciência popular de que a ética na coalizão do governo era só propaganda.
O termo mensalão cresceu porque foi bem escolhido. Roberto Jefferson, ao usá-lo pela primeira vez, não ignorava o apelo popular de um aumentativo. Na TV, as feiras de carros são anunciadas como feirão, as lojas de atacado, como atacadão e até os estádios de futebol, Engenhão, Barradão, Mineirão, seguem o mesmo caminho. Um setor que ainda acreditava nas promessas do PT se sentiu traído, como se o armário do quarto escondesse um amante: Ricardão.
Não foi um relâmpago em céu azul. Lula estava cansado de perder eleições. Decidiu disputar em 2002 com as condições profissionais dos adversários. Começou aí a necessidade de captar em grande escala. Programas de TV são dispendiosos. Mulheres grávidas desfilando a esperança, muitas câmeras, luz, gruas, tudo isso custa dinheiro.
Uma vez no poder, era preciso controlar os aliados, garantir sua sobrevivência política e, em troca, sua fidelidade. Agora o dinheiro corria mais fácil.
A primeira tentativa de combater o estrago do mensalão foi afirmar que jamais existiu com rigor temporal. Não havia pagamentos mensais, dizia a defesa. Mas que importância legal tem isso? O dinheiro era distribuído aos líderes dos partidos amigos. O apartamento do deputado José Janene, do PP, era chamado de pensão pelos deputados que o frequentavam. Talvez lhes pagasse quinzenalmente. Seria apenas um quinzenão.
Segundo a ex-mulher de Valdemar Costa Neto, em depoimento na Câmara, ele gastou numa só noite de cassino o equivalente a US$ 300 mil. Pode muito bem ter dado o cano nos deputados naquele mês, ou pago apenas um vale para acalmá-los. Quem jamais saberá?
A segunda tentativa de atenuar os estragos do mensalão foi o uso da novilíngua: eram apenas sobras de campanha, mero crime eleitoral. Tão brando que nem poderíamos chamar esse dinheiro de caixa 2, mas de recursos não contabilizados. Era tanto dinheiro em cena que recursos não contabilizados não conseguiam explicá-lo. Surgiram, então, empréstimos do Banco Rural e do BMG. O dinheiro foi emprestado por bancos que não cobram juros nem acossam devedores. Bancos amigos.
O relatório da CPI indicou com bastante clareza de onde veio o dinheiro: do Banco do Brasil e da Visanet. Naufragou ali a última atenuante: o dinheiro do mensalão, num total de R$ 100 milhões, é público.
Lembro-me como se fosse hoje do depoimento de Duda Mendonça. Ele anunciou a alguns deputados que iria falar. E falou: recebeu dinheiro do PT no exterior, pouco mais de R$ 10 milhões, que nunca mais retornariam ao País.
O episódio do mensalão não evitou que Lula vencesse as eleições em 2006 e, quatro anos mais tarde, elegesse Dilma Rousseff. A força eleitoral do PT manteve-se e as consequências políticas pareciam neutralizadas. O dinheiro continuou fluindo em campanhas milionárias e o partido, como os comunistas italianos, poderia até montar uma sólida estrutura econômica alternativa. Mas as consequências políticas não morrem tão cedo.
O julgamento do caso vai recolocá-lo na agenda política. Não acredito que possa modificar o curso das eleições. Será apenas uma nova dimensão a considerar. Muito se falou que a CPI do Cachoeira iria ofuscar o julgamento do mensalão. Deve ocorrer o contrário: o julgamento vai conferir importância à CPI do Cachoeira. A mensagem é simples: mesmo quando não há consequências políticas imediatas, a corrupção ainda tem toda uma batalha legal pela frente.
O PT vai se distanciar do mensalão, Dilma também. Dilma distanciou-se da Delta, de Fernando Cavendish, mas seu governo continua a irrigar os cofres da empresa fantástica. É compreensível a distância. No caso do mensalão, ela nos faz crer que todo o mecanismo foi montado pelo cérebro do ex-ministro José Dirceu, que operava num paraíso de inocentes. No da Delta, a distância convida-nos a crer que tudo se passou numa obscura seção goiana da empresa.
Nas paredes de cadeia sempre há esta inscrição: aqui o filho chora e a mãe não ouve. A mãe do PAC finge que não ouve os choros da Delta. Grande administradora, não desconfiou que a empresa que mais trabalhava nas obras do PAC era, na verdade, um antro de picaretagem. Assim como Lula não sabia que houve o mensalão. Todo aquele dinheiro rolando a partir da campanha de 2002 era um milagre político. É um senhor que me ajuda, como diria a mulher bonita vivendo súbita prosperidade. É tudo um tecido de mentiras que ainda não se rasgou no Brasil. No mensalão era uma agência de publicidade de Marcos Valério que despejava grandes somas nas contas dos políticos. O nome dela era DNA. Recentemente, foram as empresas fantasmas da Delta que realizaram essa tarefa.
Em 2005 ainda havia um mínimo de combatividade parlamentar para buscar a verdade. Hoje nem com isso podemos contar. O mensalão arrasta-se como um vírus mutante pela História moderna do Brasil. Mas a corrupção não é uma fatalidade genética. E o grande equívoco de alguns marxistas vulgares é supor que ela é um componente natural, insuperável, diante do qual a única reação sensata é tirar proveito.
Sete anos o Brasil esperou para julgar o mensalão. Sete anos mais vamos esperar pelo júri da Delta. E mais poderíamos esperar, não fora para tão longa sede tão curta a vida.

Que Deus se apiede desta alma podre.

Na próxima segunda feira, o CHEFÃO DOS 40 LADRÕES DO MENSALÃO fará uma bateria de exames.
Será um check-up completo.
Quem sabe com a presença de um PET-SCAN.
Fiquei sabendo que aquela "PAPADA ENORME", que estranhei a muito tempos atrás, tornou-se grande preocupação dos integrantes do BBB do Sírio&Libanês, que cuidam do PINGUÇA GERAL DA NAÇÃO PETRALHA.
Outra grande preocupação dos homens de branco é com uma das pernas do inveterado alcoólatra.
Não voltou a dar boa sustentação ao meliante e por isso, na foto em que tirou com a nova geração petralha, ele teve que se sentar em um banquinho e fechar o cêrco com os new petralhas para que ninguém notasse.
Um dos maus indícios de que a coisa não anda lá bem das pernas, é que o meliante não recuperou a voz que tinha e ainda permanece com a voz meio Pato Donald, enlatada, voz de robô.
Se a preocupação de não fazer a cirurgia que era necessário foi para não evitar que isto viesse a acontecer, parece que a estratégia, a té neste caso, foi para as cucuias.
Repito aqui o que já disse e que já tive oportunidade de discutir com alguns médicos amigos:
O PINGUÇA NÃO ESTÁ CURADO.
Que Deus se apiede da alma vagabunda deste infeliz.
Mas, ao mesmo tempo, que não deixe de ser brasileiro. 


 Ahhhh, se o Brasil fosse sério!

 Don Cachaçone recebeu mais uma homenagem no dia de hoje.
Desta vez, foi dos sujeitos ligados ao "Biodíso", que ainda não saiu do papel.
Vá lá.
ELLe precisa de manchetes positivas. Entendem, não?
Quando perguntado se assisitira ao julgamento de seus 40 LADRÕES, o pote de álcool respondeu:
"Tenho mais coisas para fazer do que isso, quem tem de assistir são os advogados".
Vocês sabem bem,  o que eLLe tanto tem a fazer. O Mensalão é prova, mais que cabal, do que eLLe faz quando diz que "tem mais coisas a fazer".
O sorte deste infeliz, é que este país não é sério. Se fosse, o advogado deLLe estaria prestando atenção ao que está rolando no STF. Mais, estaria esperando chegar a hora de defendê-lo.
ELLe deve é tomar muito cjuidado com certas situações, haja vista sua precária situação de saúde.
Recomenda-se, para pacientes em período de convalescência metastásica, evitar inesperados e não agendados banhos de Cachoeira.

DO GENTE DECENTE

A vida dos mensaleiros

MensalãoA VIDA DOS MENSALEIROS
Sete anos depois, os protagonistas seguiram caminhos distintos, mas sempre confortáveis: uns mantiveram a influência política, outros conquistaram sucesso empresarial

                                          Por Ricardo Setti
Delúbio Soares
Delubio Soares
Delubio Soares
Bode expiatório e resignado no processo do mensalão, o ex-tesoureiro do PT é apontado pelo Ministério Público como membro do estado-maior do esquema. Sobre seus ombros, José Dirceu, a quem ele era (e de certa forma continua) subordinado, jogou a responsabilidade pelos pagamentos aos políticos.
Delúbio não disse não. Ele é daqueles militantes que consideram que tudo o que o PT fez, incluindo as práticas nada republicanas, é parte de um projeto, o “nosso projeto”, como costuma repetir. O sucesso do “nosso projeto” moldou os hábitos simplórios do tesoureiro, que, poderoso e respeitado no governo Lula, passou a usar roupas de grife, degustar vinhos premiados e fumar charutos cubanos – numa rotina incompatível com o salário de professor que recebia do governo de Goiás.
Antes do escândalo, Delúbio foi pilhado comprando terras em Goiás com notas de reais acomodadas em sacos de pano. Expulso do PT após o mensalão, continuou viajando pelo país, dessa vez com passagens custea­das por uma obscura ONG ligada a petistas. Para aplacar as suspeitas sobre a origem do dinheiro usado para bancar suas despesas, Delúbio fundou uma empresa de propaganda na internet.
Num site mal-ajambrado, oferece imóveis para venda e aluguel. Readmitido nos quadros do PT no ano passado, ele mora em São Paulo com a mulher, num confortável apartamento de três quartos comprado em 2005 por 190 000 reais – pagos em dinheiro com notas de reais, dólares e euros levadas ao cartório por sua sogra. Se absolvido, ele já anunciou seu projeto imediato: disputar uma cadeira no Congresso Nacional em 2014.
Marcos Valério
Marcos Valério
Marcos Valério
Há sete anos o publicitário administra o que restou de seu patrimônio: segredos valiosos que ele diz deter sobre o mensalão. Marcos Valério era dono de duas agências de publicidade que tinham contratos milionários com o governo petista – e que quase nunca resultavam na correspondente prestação de serviços, já que o grosso do pagamento ia para o caixa do mensalão.
Foi operando essa engrenagem que ele ganhou prestígio e muito dinheiro. Descoberta a fraude, caiu em desgraça. Hoje, porém, é um “consultor” de sucesso. Costuma dizer que, dada a relação com o PT, é atendido em seus pleitos junto a órgãos do governo, bancos públicos e estatais – e cobra caro, e em dinheiro vivo, pela intermediação.
A vida pessoal segue atribulada. Sua mulher, Renilda Santiago, tem crises emocionais frequentes por medo de que o marido volte para a cadeia. O próprio Valério, vez ou outra, se diz acometido por algum mal. Tempos atrás, disse a um interlocutor de Brasília que estava com câncer no cérebro.
A desconfiança de que era mais um recado aos petistas veio com o que ele disse em seguida: que, como estava com os dias contados, não tinha o que perder e estava pensando em contar o que ainda não havia contado à polícia. O veredicto do STF pode definir os rumos dessa chantagem sem fim.
Duda Mendonça
Duda Mendonça
Duda Mendonça
No seu tempo de marqueteiro mais famoso do Brasil, ele ajudou a eleger de Paulo Maluf a Luiz Inácio Lula da Silva. Com o escândalo, afastou-se dos holofotes, mas nunca ficou longe do poder. Embora não tenha feito campanhas em 2006, Duda Mendonça manteve polpudos contratos com o governo federal, que lhe renderam 102 milhões de reais até 2011.
Na última eleição, mergulhou de novo no ramo que o tornou famoso e ajudou a eleger de petistas, como a agora senadora Marta Suplicy, a tucanos, como Cássio Cunha Lima. Neste ano, voltará a oferecer seus préstimos a candidatos Brasil afora. A bonança financeira ajudou a alimentar o estilo espalhafatoso.
No início deste ano, decidiu adotar um brasão para a família – um cê-cedilha com um círculo em volta, que tatuou no ombro e que adorna a pele de quatro de seus sete filhos e também seu helicóptero e seu avião. Tentará, agora, livrar-se de outra marca: a acusação por ter recebido 10,5 milhões de reais no exterior, crime por ele admitido em cadeia nacional.
Luiz Gushiken
Luiz Gushiken
Luiz Gushiken
Sem cargo no governo ou no PT desde 2006, o “China”, como era conhecido, abriu uma consultoria em 2007, cinco meses depois de deixar o Palácio do Planalto, onde era assessor especial. Na sua lista de clientes já estiveram, entre outros, a Vale e o Banco PanAme­ricano – que, logo depois dos serviços do petista, foi salvo pela Caixa Econômica Federal com uma injeção de 740 milhões de reais.
Em tratamento contra um câncer, ele passa a maior parte do tempo em sua chácara de 5 000 metros quadrados em Indaiatuba, no interior paulista, de onde só sai para ir a São Paulo a cada quinze dias, para a quimioterapia.
Gushiken é um dos poucos que nada têm a temer com o julgamento. Seu nome foi incluído porque um ex-diretor do Banco do Brasil o acusou de participar de desvio de recursos para o mensalão. Mas a Procuradoria-Geral da República não viu indícios suficientes e pediu sua absolvição.
João Paulo Cunha
João Paulo Cunha
João Paulo Cunha
O mensalão encolheu as ambições do deputado federal. Estrela em ascensão, era o nome do PT para o governo de São Paulo em 2006. Hoje, seu grande desafio é eleger-se prefeito de Osasco (SP), cidade onde trabalhou como metalúrgico, estreou no movimento sindical e construiu sua base eleitoral.
O caso de João Paulo Cunha acabou se transformando num dos mais emblemáticos do mensalão pela estrondosa materialidade dos rastros que deixou. Na lista de “clientes” de Marcos Valério, achou-se o nome da mulher do deputado.
Ela esteve três vezes na agência que fazia os pagamentos do mensalão. Questionado, o deputado mentiu: disse que a mulher fora pagar uma conta de TV a cabo. A quebra do sigilo revelou que ela havia sacado 50 000 reais da conta abastecida pelo “valerioduto”.
José Genoino
José Genoino
José Genoino
Figura ruidosa no Congresso e onipresente nos jornais antes do mensalão, José Genoino – que, como presidente do PT, avalizou empréstimos milionários, depois apontados como fictícios – foi um dos que mais sentiram os efeitos da hecatombe. Nos meses seguintes ao estouro do escândalo, trancafiou-se em casa e entrou em depressão. Mesmo amigos só se comunicavam com ele por e-mail.
Ainda conseguiu eleger-se deputado em 2006, mas o protagonismo se esvaiu. Quatro anos depois, não obteve os votos para reeleger-se e amargou uma suplência. Espera voltar à Câmara se for absolvido. Enquanto isso, o ex-guerrilheiro, um dos poucos sobreviventes do Araguaia, trabalha como assessor do Ministério da Defesa – que chegou a lhe dar a Medalha da Vitória, concedida a quem prestou serviços relevantes ao país.
Roberto Jefferson
Roberto Jefferson
Roberto Jefferson
O mais teatral dos protagonistas do escândalo, o ex-deputado federal que escancarou e batizou o mensalão foi cassado por quebra de decoro, mas continua a fazer política no posto de presidente do PTB. “Mantenho minha influência. Sou ouvido”, disse a VEJA.
Ensaiou uma volta à advocacia e eventualmente presta consultoria jurídica a amigos, mas a dedicação maior é à articulação nos bastidores. Inelegível até 2015, planeja, se absolvido, voltar à ribalta na Câmara na primeira eleição possível, em 2018.
Se for condenado da acusação de receber propina para manter o PTB na base de governo, já avisou sua turma: deixa a presidência do partido e, talvez, a política. No sábado 28, estava marcada uma operação para remover um tumor no pâncreas e ele terá de reverter a cirurgia bariátrica a que se submeteu em 1999. Diz que a chance de cura chega a 70%. Está confiante em que, mais para a frente, haverá duas vitórias para comemorar.
Valdemar costa neto
Valdemar Costa Neto
Valdemar Costa Neto
O mensalão existiu e o Valdemar recebeu”, vociferou numa sessão da CPI, em 2005, a socialite Maria Christina Mendes Caldeira, ex-mulher do deputado e hoje promovida a sua inimiga figadal. Acusado de receber propina em troca de apoio político e de montar uma quadrilha para lavar o dinheiro, Valdemar Costa Neto continua onde sempre esteve e fazendo o que sempre fez – no Congresso, dirigindo o PR e tendo ideias vantajosas para ele e seu partido e ruinosas para o resto do Brasil. Foi do deputado a estratégia de lançar Tiririca como atração eleitoral do PR – o palhaço recebeu mais de 1,3 milhão de votos para a Câmara em 2010 e ainda arrastou junto políticos da categoria do ex-delegado Protógenes Queiroz.
A SITUAÇÃO DOS ENVOLVIDOS
Confira o que faziam na época e do que se ocupam hoje todos os personagens que tiveram a denúncia aceita pelo Supremo Tribunal Federal, e qual o seu papel no esquema, de acordo com a Procuradoria-Geral da República
Carlos Alberto Quaglia
Carlos Alberto Quaglia
Carlos Alberto Quaglia
O QUE FAZIA – Dono da Natimar
O QUE FAZ HOJE – Escritor
ACUSAÇÃO – A Natimar integrou a quadrilha que lavava a propina do valerioduto em favor da cúpula do PP
Anderson Adauto
Anderson Adauto
Anderson Adauto
O QUE FAZIA – Ministro dos Transportes de Lula até 2004
O QUE FAZ HOJE – Prefeito reeleito de Uberaba (MG)
ACUSAÇÃO – Recebeu 950 000 reais de Valério e intermediou a compra de apoio político
Bispo Rodrigues
Bispo Rodrigues
Bispo Rodrigues
O QUE FAZIA – Deputado (PL-RJ) e vice-presidente do partido
O QUE FAZ HOJE – Sócio de emissoras de rádio e televisão
ACUSAÇÃO – Recebeu propina para votar a favor do governo
Anita Leocádia
O QUE FAZIA – Assessora do deputado Paulo Rocha (PT-PA)
O QUE FAZ HOJE – Assessora do diretório nacional do PT
ACUSAÇÃO – Recebeu 620 000 reais do esquema em nome do deputado federal petista
Cristiano Paz
Cristiano Paz
Cristiano Paz
O QUE FAZIA – Empresário
O QUE FAZ HOJE – Empresário
ACUSAÇÃO – Sócio de Marcos Valério, ajudou a montar a estrutura que servia para mascarar o pagamento a deputados
Antonio Lamas
O QUE FAZIA – Assessor da liderança do PL na Câmara
O QUE FAZ HOJE – Trabalha como gerente em uma casa lotérica
ACUSAÇÃO – Intermediou repasses ao PL e integrou o grupo de Valdemar Costa Neto
Emerson Palmieri
Emerso Palmieri
Emerso Palmieri
O QUE FAZIA – Tesoureiro informal do PTB e diretor da Embratur
O QUE FAZ HOJE – Fazendeiro
ACUSAÇÃO – Ajudou a intermediar o pagamento da propina em favor do PTB
Ayanna Tenório
Ayanna Tenório
Ayanna Tenório
O QUE FAZIA – Executiva do Banco Rural
O QUE FAZ HOJE – Consultora
ACUSAÇÃO – Liberou empréstimos fraudulentos para as empresas de Marcos Valério, abastecendo o esquema
Enivaldo Quadrado
Enivaldo Quadrado
Enivaldo Quadrado
O QUE FAZIA – Diretor da corretora Bonus-Banval
O QUE FAZ HOJE – Empresário
ACUSAÇÃO – A Bonus-Banval fez a intermediação dos repasses ao PP, lavando o dinheiro e ocultando a sua origem
Breno Fischberg
Breno Fischberg
Breno Fischberg
O QUE FAZIA – Sócio da corretora Bonus-Banval
O QUE FAZ HOJE – Empresário
ACUSAÇÃO – A Bonus-Banval fez a intermediação dos repasses ao PP, lavando o dinheiro e ocultando a sua origem
Geiza Dias
Geiza Dias
Geiza Dias
O QUE FAZIA – Gerente financeira da SMP&B
O QUE FAZ HOJE – Analista do setor financeiro em uma agência de publicidade
ACUSAÇÃO – Era uma das operadoras do grupo de Valério
Henrique Pizzolato
Henrique Pizzolato
Henrique Pizzolato
O QUE FAZIA – Diretor de marketing do Banco do Brasil
O QUE FAZ HOJE – Aposentado
ACUSAÇÃO – Recebeu propina para favorecer uma agência de Marcos Valério na execução de contratos com o BB
Pedro Corrêa
Pedro Correa
Pedro Corrêa
O QUE FAZIA – Deputado (PP-PE) e presidente do partido
O QUE FAZ HOJE – Integra a direção nacional do PP
ACUSAÇÃO – Recebeu propina em troca de apoio ao governo e lavou o dinheiro
Jacinto Lamas
Jacintos Lamas
Jacintos Lamas
O QUE FAZIA – Tesoureiro do PL até fevereiro de 2005
O QUE FAZ HOJE – Funcionário da Câmara
ACUSAÇÃO – Ligado a Valdemar Costa Neto, intermediou parte dos repasses ao PL
Pedro Henry
Pedro Henry
Pedro Henry
O QUE FAZIA – Deputado federal (PP-MT) e líder do partido na Câmara em 2003 e 2004
O QUE FAZ HOJE – Deputado federal (PP-MT)
ACUSAÇÃO – Recebeu propina em troca de apoio ao governo
João Cláudio Genu
João Claudio Genu
João Claudio Genu
O QUE FAZIA – Assessor do então deputado José Janene
O QUE FAZ HOJE – Abriu empresa de gestão empresarial e consultoria imobiliária
ACUSAÇÃO – Foi intermediário do valerioduto para o PP
Professor Luizinho
Professor Luizinho
Professor Luizinho
O QUE FAZIA – Deputado (PT-SP) e líder do governo de abril de 2004 a março de 2005
O QUE FAZ HOJE – Consultor
ACUSAÇÃO – Recebeu 20 000 reais do valerioduto e ocultou a origem do dinheiro
João Magno
João Magno
João Magno
O QUE FAZIA – Deputado (PT-MG)
O QUE FAZ HOJE – Sócio de uma consultoria política
ACUSAÇÃO – Recebeu 360 000 reais do valerioduto e ocultou a transação valendo-se de um assessor e de seu tesoureiro
Ramon Hollerbach
Ramon Hollerbach
Ramon Hollerbach
O QUE FAZIA – Empresário
O QUE FAZ HOJE – Consultor
ACUSAÇÃO – Sócio de Valério, ajudou a mascarar o destino dos recursos. Também ordenou a doleiros os pagamentos a Duda Mendonça no exterior
José Borba
José Borba
José Borba
O QUE FAZIA – Líder do PMDB na Câmara dos Deputados
O QUE FAZ HOJE – Prefeito de Jandaia do Sul (PR)
ACUSAÇÃO – Recebeu propina para votar a favor de matérias de interesse do governo
Rogério Tolentino
Rogerio Tolentino
Rogério Tolentino
O QUE FAZIA – Advogado
O QUE FAZ HOJE – Advogado
ACUSAÇÃO – Era um dos principais elos entre o núcleo operacional da quadrilha e o Banco Rural. Era o braço direito de Marcos Valério
José Janene
José Janene
José Janene
O QUE FAZIA – Deputado (PP-PR)
O QUE FAZ HOJE – Faleceu em setembro de 2010
ACUSAÇÃO – Como líder da bancada, “fechou acordo com o PT, assumindo postura ativa no recebimento de propina”
Romeu Queiroz
Romeu Queiroz
Romeu Queiroz
O QUE FAZIA – Deputado (PTB-MG)
O QUE FAZ HOJE – Deputado estadual do PSB-MG
ACUSAÇÃO – Pegou propina para o PTB e para si próprio e ocultou a origem do dinheiro
José Luiz Alves
José Luiz Alves
José Luiz Alves
O QUE FAZIA – Chefe de gabinete de Anderson Adauto
O QUE FAZ HOJE – Diretor de empresa de saneamento ligada à prefeitura de Uberaba (MG)
ACUSAÇÃO – Recebeu 600 000 reais em nome de Adauto
Silvio Pereira
Silvio Pereira
Silvio Pereira
O QUE FAZIA – Dirigente do PT
O QUE FAZ HOJE – Empresário
ACUSAÇÃO – Coordenava a distribuição de cargos no governo. Ganhou um Land Rover de fornecedora da Petrobras. Fez acordo e não é mais réu
José Roberto Salgado
José Roberto Salgado
José Roberto Salgado
O QUE FAZIA – Executivo do Banco Rural
O QUE FAZ HOJE – É do conselho de administração do Rural
ACUSAÇÃO – Autorizou e renovou empréstimos fraudulentos para Valério
Simone Vasconcelos
Simone Vasconcelos
Simone Vasconcelos
O QUE FAZIA – Diretora administrativa e financeira da SMP&B
O QUE FAZ HOJE – Trabalha em locadora de veículos da família
ACUSAÇÃO – Era operadora de Valério
Kátia Rabello
Kátia Rabello
Kátia Rabello
O QUE FAZIA – Presidente do Banco Rural
O QUE FAZ HOJE – É uma das administradoras da holding do Rural
ACUSAÇÃO – O banco foi o braço financeiro do mensalão
Vinicius Samarane
Vinicius Samarane
Vinicius Samarane
O QUE FAZIA – Diretor do Rural
O QUE FAZ HOJE – Vice-presidente do Banco Rural
ACUSAÇÃO – Ajudou a omitir do sistema de informações do BC o nome dos beneficiários dos recursos do mensalão
Paulo Rocha
Paulo Rocha
Paulo Rocha
O QUE FAZIA – Líder do PT na Câmara dos Deputados entre fevereiro e agosto de 2005
O QUE FAZ HOJE – Presidente de honra do PT no Pará
ACUSAÇÃO – Recebeu 820 000 reais do valerioduto
Zilmar Fernandes
Zilmar Fernandes
Zilmar Fernandes
O QUE FAZIA – Sócia do publicitário Duda Mendonça
O QUE FAZ HOJE – Trabalha com Duda
ACUSAÇÃO – Recebeu pagamentos pelo esquema de lavagem de dinheiro de Valério
(Publicado em VEJA de 1 de agosto de 2012)

03/08/2012
DO R.DEMOCRATICA

Mensalão: em nome dos indecentes, PT tenta punir os decentes; o alvo da hora é o relator da CPI dos Correios, que provou os crimes chamados de “mensalão”



Ninguém fez, terei de usar a expressão, um trabalho tão sujo na CPI dos Correios como a então senadora Ideli Salvatti (PT-SC), hoje ministra das Relações Institucionais
É claro que políticos tendem a defender seus respectivos partidos e aliados.
O problema é que Ideli se especializou em negar o óbvio, em combater as evidências com gritaria, em recorrer a chicanas para obstruir os trabalhos da comissão.
Não é que ela se esforçasse em busca do melhor argumento; ela se esmerava em combater os melhores com piores, ganhando nos decibéis.
Aquela atuação lhe rendeu pontos no partido, como se vê. Pois bem. Um deputado do PMDB teve uma atuação bastante decente e serena na comissão: Osmar Serraglio (PR), hoje vice-líder do governo. Ele andou concedendo entrevistas — uma bastante eloquente à VEJA Online, em que se demonstrou indignado com as afirmações de que o mensalão não existiu ou de que não haveria provas.
E o PT, claro!, decidiu, mais uma vez, reagir contra os decentes em nome dos indecentes.
Leiam o que vai na VEJA Online, com informações da Agência Estado.
*
O deputado federal Osmar
Serraglio(PMDB-PR), relator da CPI dos Correios, que investigou o esquema do mensalão em 2005, não se esquiva de falar quando perguntado sobre o maior esquema de corrupção da história do país.
Em entrevista concedida ao site de VEJA em maio deste ano, Serraglio deixou claro: a comissão produziu provas suficientes da existência do esquema, apesar dos entraves que a base aliada impôs à investigação.
O parlamentar voltou ao assunto em julho deste ano, em entrevista ao jornal O Estado de S. Paulo.
E não foi perdoado pelos petistas.
Agora, o partido trabalha para tirar o deputado da vice-liderança do governo na Câmara, sob o argumento de que ele agiu contra as ordens da presidente Dilma Rousseff, que determinou distância do julgamento do mensalão.

Causaram mal-estar no Planalto e no partido declarações de Serraglio segundo as quais à época do escândalo, em 2005, petistas agiam como uma “tropa de choque” na CPI dos Correios a fim de impedir investigações contra o então ministro da Casa Civil, José Dirceu.
Sobre os entraves políticos à investigação, Serraglio disse a VEJA: “Os trabalhos não eram abertos e independentes como prevê a força de uma CPI. Mas os problemas começaram, de fato, quando perceberam que a comissão não seria chapa-branca. A partir daí foi criada a CPI do Mensalão, que nos deixou sem competência legal para investigar o esquema. Passamos a apurar somente a origem do dinheiro – e não mais sua destinação. Percebemos que a intenção era fazer com que nossa investigação não chegasse a lugar algum”.
Nesta quarta-feira, primeiro dia de trabalho depois das férias parlamentares, os deputados Arlindo Chinaglia e Jilmar Tatto, líderes do governo e do PT na Câmara, respectivamente, procuraram a ministra das Relações Institucionais, Ideli Salvatti, para reclamar do aliado.
A conversa foi sobre a substituição do vice-líder.
A portas fechadas, no gabinete de Ideli no Palácio do Planalto, o comentário revelava a irritação.
A queixa não chegou a Dilma, segundo seus auxiliares, mas o PMDB do vice-presidente Michel Temer foi acionado e enquadrou Serraglio.
Líderes peemedebistas telefonaram para o deputado e determinaram que ele pare de falar sobre as investigações do mensalão.
Ideli teria ficado furiosa com o trecho da entrevista no qual Serraglio vinculou o nome dela à blindagem de José Dirceu, hoje o principal réu do mensalão.
“A tropa de choque que dificultava a evolução da investigação era formada por (Carlos Augusto) Abicalil, (Jorge) Bittar e Ideli (Salvatti), que era senadora à época”, disse o ex-relator da CPI na entrevista.
Serraglio afirmou que o PT barrava qualquer iniciativa da comissão para proteger Dirceu.
“Faltou muita coisa. Muito do que eles ficam batendo agora que ?não tá provado isso, não tá provado aquilo? é porque a gente estava amarrado, não tínhamos liberdade”, disse.
“Hoje, por exemplo, o Dirceu fala que não tem nada a ver com isso. Poderíamos ter feito provas muito mais contundentes em relação à evidente ascendência que ele tinha”. Apesar da ordem dada por líderes do PMDB para Serraglio seguir a lei do silêncio sobre o mensalão, petistas não acreditam que ele cumprirá a determinação. É com esse argumento que seus desafetos no Congresso tentam tirá-lo da vice-liderança.
Preocupação

A nova queda de braço do PT com o PMDB – em meio ao julgamento do mensalão e a seis meses da troca de comando na Câmara e no Senado – causa preocupação no Planalto.
Para Serraglio, a tese de que o dinheiro dado aos partidos aliados no governo Lula era “só de caixa 2″ não inocenta os réus do PT. É, inclusive, confissão de culpa.
Nesta quinta-feira, nem ele nem Ideli quiseram comentar o assunto.
03/08/2012

Em jogo, o amanhã


Sete anos e duas eleições presidenciais depois, ambas vencidas pelo partido ora posto na berlinda, o Supremo Tribunal Federal começa hoje a julgar um caso inusitado

Não só pelo já amplamente citado número inédito de réus envolvidos no processo e pelas sobejamente conhecidas gravidade e extensão da denúncia. Em xeque estará o modelo de gestão de alianças governamentais em vigor.
Independentemente do resultado, da quantidade de absolvições ou condenações e, neste caso, da qualidade das penas, o debate que o Brasil assistirá ao longo do mês de agosto, quiçá até os idos de setembro, servirá de baliza para o futuro.
Depois disso o País não será o mesmo. Se ficará pior ou se vai melhorar é o Supremo quem dirá. A depender do que digam os ministros nesse período crucial, será facilitado ou dificultado o exercício da prevaricação impune entre nós.
Junto com o destino dos réus estará em julgamento um padrão de comportamento que, sob a denominação de "preservação da governabilidade", deu margem à institucionalização da promiscuidade na relação entre os Poderes Legislativo e Executivo.
O PT não inventou o molde, mas surpreendeu ao transitar do discurso de combate aguerrido, quando na oposição, para a prática de uma versão aprofundada, ousada e desassombrada assim que se viu na posse do poder central.
Não é juízo, é evidência. A respeito da qual fala a denúncia a ser comprovada sob a ótica estrita da lei.
O que não depende de provas, entretanto, é exposto cotidiana e constantemente nos termos do contrato de coalizão partidária de escambo de vantagens, matriz do escândalo e, sobretudo, da maneira escandalosa de se governar no Brasil.
Cálculo. A menos que queiram correr o risco de irritar o eleitor e politizar no mau sentido o julgamento no Supremo, os candidatos adversários do PT que se encontram hoje à noite na TV Bandeirantes não deverão levar o assunto ao debate.
Além de antipática, a iniciativa se levada a termo contrariaria o discurso de que a prioridade de postulantes a prefeituras é a discussão dos problemas da cidade.
Há outros fatores que aconselham distância do assunto, ao menos por ora.
Entre eles estão o respeito ao rito do STF que terá apenas se iniciado poucas horas antes e o fato de quase todos os partidos estarem de algum modo envolvidos (o PSDB sempre poderá ouvir referências ao chamado mensalão mineiro). Sem desprezar a hipótese de o eleitor interpretar que o PT tem razão quando se diz vítima de um processo artificialmente inflado por questões político-partidárias.

Mais adiante quando o julgamento já estiver avançado, apontando em alguma direção, pode ser inevitável a entrada no julgamento na cena eleitoral, mas por enquanto é contraproducente do ponto de vista do ataque ao PT.
Antecedente. Primo de Fernando Collor de Mello, o ministro Marco Aurélio Mello declarou-se impedido, em 1994, de votar no julgamento do processo por corrupção do qual o ex-presidente sairia absolvido por falta de provas.
Com base em muito mais o ministro Dias Toffoli decidirá se participa ou não do julgamento do mensalão.
Apreensão. Até a semana passada os contratos da empreiteira Delta com os governos de Goiás, Distrito Federal e Tocantins ainda não tinham chegado à CPI do Cachoeira.
O relator Odair Cunha cogitava a possibilidade de não esperar mais e pedir à Polícia Federal que vá buscar os documentos.
Segundo ele, confrontados os contratos com os áudios das conversas entre integrantes da quadrilha, os repasses da Delta para empresas fantasmas e os saques feitos pelo contador do bicheiro, a CPI terá fechado o organograma de funcionamento do esquema de desvios.

Dora Kramer
O Estado de S.Paulo

Em primeira mão: Ricardo Lewandowski vai substituir Thomaz Bastos no comando da defesa de mensaleiros no STF


Mais informações no decorrer do Julgamento do Mensalão pelo STF.
DO ABOBADO