sexta-feira, 29 de junho de 2012

Petrobras: uma mentira contada durante oito anos


POR AUGUSTO NUNES
REV VEJA

EXCLUSIVO NA VEJA ONLINE - CHÁVEZ TENTOU PROMOVER UM GOLPE MILITAR NO PARAGUAI. DADOS OS EVENTOS DE HOJE, CONTOU COM O APOIO DE DILMA! É O FIM DA PICADA!!!

Atenção! Ao suspender o Paraguai do Mercosul e promover o ingresso da Venezuela, os presidentes José Mujica (Uruguai), Dilma Rousseff (Brasil) e Cristina Kirchner (Argentina) estão endossando o estímulo a um golpe militar promovido por um país estrangeiro. Como? É isto mesmo: a repórter Carolina Freitas, da VEJA Online, informa que Nicolas Maduro, diplomata venezuelano, se reuniu secretamente com a cúpula militar paraguaia, incitando-a a não aceitar a eventual deposição de Fernando Lugo pelo Congresso. Como esta se deu segundo o que prevê a Constituição, Chávez estava tentando armar um golpe militar no Paraguai. Eis aí: estamos sob a égide do imperialismo bolivariano!
Leiam a reportagem:
A ministra da Defesa do Paraguai, María Liz García, confirmou em entrevista à imprensa de seu país um rumor que vinha tomando corpo nos últimos dias em Assunção: o diplomata venezuelano Nícolas Maduro reuniu-se com a cúpula das Forças Armadas paraguaias no mesmo dia em que o Congresso votava o impeachment de Fernando Lugo. O chanceler tinha um pedido para fazer aos comandantes: que os militares reagissem caso Lugo fosse de fato deposto.
As tentativas de intervenção dos presidentes de países vizinhos vêm causando indignação - embora os discursos se mantenham diplomáticos - entre as autoridades paraguaias desde que Federico Franco assumiu o poder na semana passada.  A ousadia dos encrenqueiros latino-americanos, no entanto, chegou a seu ápice nesta sexta-feira, quando veio à tona uma tentativa de golpe militar no Paraguai comandada por ninguém menos que o chanceler da Venezuela - país de Hugo Chávez.
O principal alvo de críticas entre os paraguaios vinha sendo Christina Kirchner por sua atitude de rejeição radical ao novo governo. Até a confirmação da ação do chanceler venezuelano junto ao Exército paraguaio, o imperialista bolivariano Hugo Chávez não se encontrava no centro das preocupações das autoridades paraguaias, que punham suas declarações igualmente inflamadas na conta de sua notória fanfarronice.
A frase de um influente empresário paraguaio durante encontro com o chanceler do Paraguai, José Félix Estigarribia, na quinta-feira resume o sentimento vigente até ontem: “Andam por aí falando da nossa democracia quando têm sua própria democracia cheia de problemas.” As declarações da ministra da Defesa exacerbam esse quadro.
Alto comando - O pedido do chanceler foi feito durante uma reunião na tarde da quinta-feira da semana passada, mesmo dia em que o Congresso aprovou o impeachment de Lugo. De acordo com o jornal Última Hora, o embaixador do Equador, Julio Prado, e Miguel Rojas, secretário privado de Lugo, participaram do encontro, no Palácio de López, sede do governo do Paraguai.
O encontro foi convocado pelo chefe do gabinete militar da Presidência, Ángel Vallovera. María Liz assegurou que o conteúdo da conversa não chegou aos quartéis. Em entrevista a uma rádio local, a ministra informou que os comandantes das Forças Militares se negaram a cumprir o pedido do chanceler da Venezuela . “Não houve qualquer tipo de sublevação. Asseguro que os chefes militares decidiram respeitar a Constituição”, afirmou María Liz.
O presidente do Paraguai, Federico Franco, rechaçou a atitude da Venezuela, a que classificou como uma “intromissão clara nos assuntos internos” do país. “Vamos tomar medidas institucionais.” Franco afirmou que agirá de forma enérgica contra os militares que tentarem agir contra a lei. “Vamos terminar com a manipulação política das Forças Armadas”, afirmou o presidente. “Somos um país livre.”
Por Reinaldo Azevedo
REV VEJA

A farsa da Petrobras é só um capítulo do maior estelionato eleitoreiro da história

Leia o ótimo artigo de Carlos Alberto Sardenberg na seção Feira Livre. Confira o comentário de 1 minuto para o site de VEJA. Reveja o post na seção Vale Reprise. E tente entender por que milhões de brasileiros ainda não descobriram que o Brasil Maravilha é só o maior e mais duradouro estelionato eleitoreiro registrado desde a chegada da primeira caravela.
POR AGUSUTO NUNES
REV VEJA

Agora sim, o Paraguai sofreu um golpe internacional

Mercosul suspende o Paraguai e incorpora a Venezuela
Decisão do bloco é uma retaliação ao impeachment sofrido por Fernando Lugo
Veja on line
Reunião do Mercosul em Mendoza, Argentina (Enrique Marcarian/REUTERS)
A presidente argentina, Cristina Kirchner, anunciou nesta sexta-feira que o Mercosul decidiu suspender temporariamente o Paraguai até a realização de novas eleições no país - marcadas para 2013 - e antecipou que a Venezuela será incorporada ao bloco como membro em 31 de julho. As duas decisões foram divulgadas durante o discurso de encerramento da Cúpula do Mercosul que ocorreu na tarde desta sexta, na cidade de Mendoza.
Na quinta-feira, o novo chanceler paraguaio, José Fernández, afirmou que seu país "é e será membro do Mercosul" até que se decida o contrário "de forma soberana". Ele se mostrou confiante de que o bloco não aplicaria sanções econômicas contra Assunção. Neste contexto, o presidente do Equador, Rafael Correa, antecipou que não reconhecerá o governo de Federico Franco no Paraguai.
Enquanto isso, o ministro brasileiro das Relações Exteriores, Antonio Patriota, confirmou que o ingresso da Venezuela ao Mercosul como membro pleno já fazia parte da agenda da cúpula, que teve a presença do chanceler venezuelano, Nicolás Maduro. A entrada da Venezuela estava pendente desde 2006 devido à negativa do Congresso paraguaio de ratificar o protocolo de adesão, mas a suspensão do Paraguai aparentemente destravou o processo. Impeachment - Ambas as medidas são uma retaliação ao impeachment sofrido por Fernando Lugo, na semana passada. Os países latino-americanos criticam o pouco tempo dado à defesa do ex-presidente, que foi substituído de imediato pelo vice, Federico Franco. Cristina Kirchner qualificou nesta sexta-feira como uma "paródia" o julgamento político que levou à cassação de Lugo, e pediu atenção ao que chamou de "golpes suaves" na região.
"Houve uma ruptura da ordem democrática na República do Paraguai. Em minha opinião, parece uma paródia de julgamento o que aconteceu contra Lugo, porque não há no mundo um julgamento político sem a possibilidade de defesa", disse a presidente argentina, ainda no discurso inaugural da reunião. A anfitriã também afirmou que não apoiará sanções econômicas e que não tomará qualquer medida que prejudique o povo paraguaio.
Além da governante argentina, participaram da reunião em Mendoza os presidentes do Brasil, Dilma Rousseff, Uruguai, José Mujica, Peru, Ollanta Humala, Bolívia, Evo Morales, Chile, Sebastián Piñera, Equador, Rafael Correa, e Suriname, Desiré Bouterse. Os outros países-membros (Colômbia, Venezuela e Guiana) estão representados por chanceleres e outros altos funcionários.
(Com agência EFE)

Charge

pedido do pt é uma ordem
www.sponholz.arq.br

DO R.DEMOCRATICA

450 mil servidores federais estão em greve no País


Por AE
São Paulo - A greve dos servidores federais ganha adesão de cerca de 450 mil trabalhadores em todo o País. A Secretaria do Patrimônio da União do Rio de Janeiro iniciou greve na última quarta-feira ,27, enquanto o Museu do Índio também aderiu ao "Estado de Greve". No Distrito Federal, os servidores da Presidência da Funasa decidiram por unanimidade aderir ao movimento. No Acre, servidores do Incra e Funai também vão cruzar os braços. São 20 Estados de todo o País com registros de paralisações.
O Sindicato dos Trabalhadores do Serviço Público Federal no Estado do Rio de Janeiro (Sintrasef) informa que o Conselho Deliberativo de Entidades (CDE) aprovou a realização de um acampamento na Esplanada dos Ministérios, em Brasília, entre os próximos dias 16 e 20 de julho. No dia 18 de julho está prevista a realização de uma marcha à Brasília, para cobrar do governo a resposta das pautas protocoladas. Durante todos os dias, conforme informações do Sintrasef, haverá atividades políticas na Esplanada. E no dia 20 acontece uma Plenária Unificada de Avaliação com todas as entidades que estão com categorias em greve.
O sindicato registra, até essa sexta-feira, 29, treze órgãos federais, que compõe o movimento paredista nacional, em greve. O Ministério da Agricultura, chama seus trabalhadores para participarem das assembleias diárias e, através da Associação (ASA) convocam também os aposentados e pensionistas para apoiar a paralisação. De acordo com o Sintrasef a greve acontece desde o último dia 18 de junho em todo o Brasil, são 20 Estados que incorporam a greve dos trabalhadores da União.
A categoria reivindica avanços nos processos de negociação e a apresentação de propostas concretas por parte do Governo, uma vez que o sindicato já apresentou uma pauta com os tópicos questionados e não obteve resposta.
"Nós não temos nem data base da categoria, entre as reivindicações, nós pedimos que seja determinada uma data para aprovação de reajustes e reestruturações", afirma o diretor da secretaria de finanças do Sintrasef, Josemilton Costa.
De acordo com Costa, a categoria pede reestruturação de carreira, reestruturação da tabela remunerativa, ou seja, revisão salarial, paridade entre os aposentados e pensionistas e data base para o dia 1º de maio. Costa afirma ainda que em todos os Estados do País há adesão à greve, mas que nem todos os trabalhadores paralisaram os trabalhos como acontece no Rio de Janeiro de no Distrito Federal.
FONTE: REV VEJA

Marta Suplicy não vai fazer campanha para Fernando Haddad


Magoada desde que foi preterida na escolha do candidato do PT à prefeitura de São Paulo, a senadora Marta Suplicy decidiu acabar com o suspense nesta sexta-feira. Ao final de uma audiência da Comissão Parlamentar Mista de Inquérito da Violência contra a Mulher, Marta foi cercada por jornalistas que perguntaram claramente se ela iria ou não fazer campanha para o candidato Fernando Haddad. A resposta da senadora foi mais clara impossível: “Vou me dedicar aos oito anos de mandato no Senado e à reeleição da presidente Dilma”.

É fácil concluir qual é o verdadeiro golpe no Paraguai e qual é seu objetivo: afastar o único obstáculo à entrada da Venezuela no Mercosul


O verdadeiro golpe no Paraguai
Por Sandro Vaia
Noblat
A TV estatal do Paraguai ficou 26 minutos fora do ar por falta de energia elétrica e os alucinados constitucionalistas da Constituição alheia que cresceram como erva daninha nas redes sociais, viram isso como um sintoma de “repressão” e atentado às liberdades públicas.
Nunca se viu um golpe de Estado tão modorrento. Fora dos protestos protocolares de partidários do presidente deposto, o Paraguai continuou levando a sua vida de rotina.
O microfone da TV pública ficou aberto, o ex-presidente protestou diante de suas câmeras, o Congresso fez tudo dentro da normalidade, a Suprema Corte disse que tudo foi feito dentro da normalidade e até o advogado do deposto disse que tudo foi feito dentro da normalidade.
Mas muita gente não gosta da normalidade paraguaia e insiste em chamar de golpe uma decisão tomada por mais de 90% dos parlamentares, que se basearam rigorosamente na letra do artigo 225 da Constituição de seu país.
Dizem que foi tudo muito rápido e surpreendente. Que não houve tempo para defesa. Que o rito foi muito sumário. Mas tudo está previsto na Constituição, que dá ao Senado a atribuição de fixar o rito para o julgamento, o que foi feito através da Resolução 878.
O que resta dizer? Que a Constituição é de mau gosto e “disgusting” ao fixar um etéreo “mau desempenho” como motivo de impeachment?
Que o Legislativo paraguaio não tem polidez, educação e bons modos ao dar tão pouco prazo para a defesa do acusado?
É um pouco de cinismo e hipocrisia achar que dar mais tempo de defesa ao presidente destituído poderia salvá-lo do impeachment.
A queda dele foi resolvida por razões políticas, e nem 400 dias de prazo de defesa poderiam salvá-lo.
Ele simplesmente perdeu catastroficamente o apoio político de sua base de sustentação e a votação do processo de impeachment apenas confirmou que ele perdeu as condições mínimas de governabilidade.
Se a Constituição do Paraguai tem um defeito, ele é de concepção: fixou critérios quase parlamentaristas para julgar um governo presidencialista. O presidente ganhou um voto de desconfiança – que apelidaram de “mau desempenho”- e caiu.
Como provar alguma coisa como “mau desempenho” se não através de critérios puramente políticos?
Essa é a Constituição que o Paraguai tem, não a que os palpiteiros da UNASUL acham que deveria ter.
Na Venezuela, por exemplo, casuísticas normas eleitorais permitem que 51% dos eleitores elejam 66 deputados enquanto 49% elegem 96 deputados- do partido do governo, claro. Alguém reclamou?
Enquanto a normalidade da vida democrática foi mantida no Paraguai e o próprio Lugo anunciou que pretende candidatar-se de novo nas eleições de abril de 2013, além de manifestar-se contra sanções econômicas contra seu país, a UNASUL e o Mercosul afastam o Paraguai de seu convívio, com a aquiescência bovina da diplomacia brasileira, a reboque do ativismo “bolivariano”.
É fácil concluir qual é o verdadeiro golpe no Paraguai e qual é seu objetivo: afastar o único obstáculo à entrada da Venezuela no Mercosul.
As tais “cláusulas democráticas” só valem para enquadrar os inimigos. Para os amigos, nem a lei.

Sandro Vaia é jornalista. Foi repórter, redator e editor do Jornal da Tarde, diretor de Redação da revista Afinal, diretor de Informação da Agência Estado e diretor de Redação de “O Estado de S.Paulo”. É autor do livro “A Ilha Roubada”, (editora Barcarolla) sobre a blogueira cubana Yoani Sanchez.
E.mail: svaia@uol.com.br
DO R.DEMOCRATICA

EXTRA! A HISTÓRIA PROIBIDA DE FERNANDO LUGO.


 
Transcrevo após este prólogo, um excerto de artigo do jornalidsta e escritor paraguaio Chiqui Avalos, intitulado "A Guarânia do engano". Está traduzido para o português na íntegra na coluna do jornalista Augusto Nunes, no site da revista Veja.  É de leitura obrigatória. Avalos, que combateu a ditadura e Stroessner e apoiou a candidatura de Fernando Lugo, é editor de "Prensa Confidencial", influente boletim digital editado em em Assunção.
O artigo é arrasador e revela pormenores do ex-bispo católico que se tornou presidente do Paraguai. De certa forma explica a reação de Lugo quando foi destituído pelo parlamento paraguaio de acordo com a Constituição.
Repito: o artigo é arrasador. Mas deve-se assinalar que o autor, Chiqui Avalos, deixa entrever, no entanto, a sua ingenuidade (ou não) no que respeita ao fato de que acreditou na conversa do ex-bispo, que como todo comunista é mentiroso. Não foi por falta de aviso, haja vista os exemplos no próiprio continente latino-americano e, particularmente, na Venezuela! Isto, todavia, não tira o brilho e a importância do artigo. Recomendo que leiam na íntegra clicando no link abaixo.
(...) "Durante seus três anos de governo, não passou um mês sequer sem viajar a um país qualquer. Com razão ou sem nenhuma, tanto fazia, lá se ia ele, o alegre viajante para conferências esvaziadas ou cerimônias de posse de mandatários sem importância para o Paraguay. As pompas do poder o abduziram como a nenhum déspota de república bananeira do Caribe. Os comboios de limusines com batedores estridentes, as festas e beija-mãos, os eternos e maviosos cortesãos do poder, as belas mulheres, as mesas fartas, os hotéis cinco estrelas, a riqueza, a opulência, os “negócios”. O despojado ex-bispo tornou-se grande estancieiro, senhor de terras, plantações e gado. O presidente que tomou posse calçando prosaicas sandálias, símbolo de humildade, revelou-se um homem vaidoso e fetichista. Como que a vestir a mentira em que ele próprio se tornou, passou a envergar elegantes e bem-cortadas túnicas encomendadas a alfaiates da celebérrima e caríssima Savile Row, templo londrino da moda masculina. No detalhe, o estelionato (mais um): colarinhos eclesiásticos. Afeiçoou-se a lindas e jovens, digamos, “modelos”, que floriram sua vida e a imensa banheira Jacuzzi que mandou instalar na austera e velha residência presidencial. Muitas delas o precediam mundo afora, esperando-o em hotéis fantásticos e palácios, nas vilegiaturas internacionais. Viajavam com documentos oficiais. Kaddafi proporcionava passaportes diplomáticos a terroristas, Lugo, a prostitutas."(...) Clique AQUI para ler TUDO! 
DO B. DO ALUIZIO AMORIM

População católica encolhe no Brasil. Evangélicos avançam

Censo 2010 mostra que, pela primeira vez, total de católicos no país teve redução em números absolutos. Assembleia de Deus é a maior corrente evangélica

Cecília Ritto
Inauguração da Igreja Mundial do Poder de Deus, em 1º de janeiro, causou caos na Via Dutra. Fieis ouvem o bispo Waldemiro Santiago. Inauguração da Igreja Mundial do Poder de Deus, em 1º de janeiro, causou caos na Via Dutra. Fieis ouvem o bispo Waldemiro Santiago. (Rivaldo Gomes/Folhapress)
 “As igrejas evangélicas pegaram fieis onde a Igreja Católica não tinha se preparado para arregimentar a nova população, e adaptaram a mensagem para diversos públicos”, diz Eustáquio Diniz
O Brasil ainda é a maior nação católica do mundo, mas, na última década, a Igreja teve uma redução da ordem de 1,7 milhão de fieis, um encolhimento de 12,2%. Os dados são da nova etapa de divulgação do Censo de 2010, do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). A tendência de redução dos católicos e de expansão das correntes evangélicas era algo esperado. Mas pela primeira vez o Censo detecta uma queda em números absolutos. Antes do levantamento de 2010, o quadro era apenas de crescimento de católicos em ritmo cada vez menor. Mantida essa tendência, em no máximo 30 anos católicos e evangélicos estarão empatados em tamanho na população. Os números mostram uma redução acentuada de poder da Igreja Católica no país nas últimas décadas: a mudança foi lenta entre 1872 e 1970, com perda de 7,9% de participação no total da população ao longo de quase um século; e tornou-se acelerada nos últimos 20 anos, quando a retração foi de 22%.
“O impacto dessa mudança é grande para a Igreja Católica. A Rússia teve revolução e permaneceu ortodoxa. Os Estados Unidos, mesmo com a Guerra Civil, se mantiveram protestantes. Entre os países grandes, mudanças assim só ocorreram em consequência de de guerras e revoluções. No Brasil, a revolução é silenciosa”, diz José Eustáquio Diniz, demógrafo da Escola Nacional de Estatísticas.
Se em 1970 havia 91,8% de brasileiros católicos, em 2010 essa fatia passou para 64,6%. Quem mais cresce são os evangélicos, que, nesses quarenta anos saltaram de 5,2% da população para 22,2%. O aumento desse segmento foi puxado pelos pentecostais, que se disseminaram pelo país na esteira das migrações internas. A população que se deslocou era, sobretudo, de pobres que se instalaram nas periferias das regiões metropolitanas. Nesses locais, os evangélicos construíram igrejas no vácuo da estrutura católica.
“Houve uma mudança na distribuição espacial das pessoas. A Igreja Católica é como um transatlântico, que demora muito para mudar um pouquinho a rota, devido ao tamanho de sua estrutura burocrática. Já os evangélicos são como pequenas embarcações”, explica Cesar Romero Jacob, cientista político da PUC-Rio. A analogia apresentada por Jacob se aplica com perfeição à comparação entre o tempo e o custo para se ordenar um padre e o período de formação de um pastor, algo que ocorre em menos de três meses. “Não existe espaço vazio”, resume.
Nas periferias, na ausência do estado e da Igreja Católica, os pentecostais atuaram como guias espirituais e como figuras centrais do assistencialismo. “As evangélicas pegaram fieis onde a Igreja Católica não tinha se preparado para arregimentar a nova população, e adaptaram a mensagem para diversos públicos”, diz Eustáquio Diniz.
Família – A preservação da família é um dos motivos que, segundo Jacob, serve para explicar o crescimento da Assembleia de Deus no país. De acordo com o censo de 2010, ela é o maior segmento evangélico, com 12 milhões de fiéis, e o segundo maior do Brasil, atrás da Igreja Católica. Em comparação com a igreja Universal do Reino de Deus, por exemplo, que perdeu 228 mil fiéis nos últimos 10 anos e hoje tem 1,8 milhão de arrebanhados, a Assembleia de Deus prega valores morais mais rígidos.
“Nos anos 90, época de expansão da favelização, a mãe não queria a desestruturação da sua família, o que a Assembleia não deixa”, explica Jacob, lembrando-se da proibição, por exemplo, de bebidas alcoólicas e de roupas femininas mais insinuantes. A favelização e a ocupação das periferias são resultado da migração dos anos 80 e 90, que deixou de ser motivada pela possibilidade de ascensão social e passou a acontecer pela expulsão das pessoas do campo, em sua maioria pobres. As correntes pentecostais acompanharam esses deslocamentos e, ainda na década de 90, entraram maciçamente na política.
A política se tornou um instrumento de crescimento da própria igreja pentecostal ou do pastor. “É uma população com baixa renda e escolaridade. Entre pessoas independentes economicamente e bem formadas fica mais difícil o voto de cabresto”, afirma Jacob. A pesquisa do censo revela que, apesar de os pentecostais crescerem na população pobre e de baixa renda, na última década se fez presente também na nova classe média. “A “teologia da prosperidade” é um dos fatores desse processo”, diz Eustáquio Diniz.
Detalhes regionais e etários - Nos últimos 10 anos, manteve-se estável a proporção de cristãos. Isso indica tanto uma migração de católicos para as correntes evangélicas e para outras religiões. O segmento dos sem religião também cresceu percentualmente, e chegou a 8% da população em 2010. O contingente de católicos foi reduzido em todas as regiões e se manteve mais elevado no Sul e no Nordeste. O Norte foi onde houve a maior redução relativa dos católicos.
Quanto à faixa etária, a proporção de católicos foi maior entre as pessoas com idade superior a 40 anos. Segundo o estudo, isso é decorrente de gerações formadas durante os anos de hegemonia católica. Já os evangélicos pentecostais têm sua maior proporção entre as crianças e os adolescentes, sinalizando uma renovação da religião. O grupo com idade mediana mais velha é o dos espíritas (37 anos) que cresceu na última década e chegou a 3,8 milhões de pessoas, sobretudo nas regiões Sudeste e Sul. Os espíritas são os que apresentaram melhores indicadores, como a maior proporção de pessoas com nível superior completo (31,5%).
FONTE: REV VEJA

Pesadelo conjugal

“Casamento tem que ser na igreja, entrando pela porta da frente, abençoado pelo padre. Veja bem, meu querido, se estavam lá duas dezenas de fotógrafos, não tinha razão nenhuma para não tirarmos foto na saída dele de casa. Seria muito pior esconder a foto. Se ele for de novo, eu tiro dez vezes”.

Paulo Maluf, sobre a troca de alianças no jardim da mansão, avisando que vai aparecer ao lado de Lula e Fernando Haddad em todos os comícios e programas no horário eleitoral para mostrar ao eleitorado paulistano que o casamento deu certo e a lua-de-mel não tem prazo para terminar.

 Cidadão exemplar

“Manifesto minha mais profunda surpresa com os pedidos de providência relacionados ao julgamento antes mesmo da entrega do voto pelo revisor. Viola a tradição do próprio STF”.

Marcelo Leonardo, advogado de Marcos Valério, sobre o cronograma aprovado pelo Supremo Tribunal Federal, avisando que o diretor financeiro da quadrilha do mensalão não admite que alguém desrespeite a lei.
PO AUGUSTO NUNES
REV VEJA


Reveja o vídeo que não poderia ter ficado fora da Rio+20: o doutor honoris causa em aquecimento global apresenta a Teoria das Vantagens da Terra Quadrada

Se Lula estivesse brincando, seria uma boa piada. Como disse o que efetivamente pensa, o vídeo reprisado na seção História em Imagens deixa claro que piada é um país que topa ser governado durante oito anos por um presidente assim. Lula acha mesmo que, quando o Japão está na parte de cima do planeta redondo que não para de girar, os brasileiros se apoiam nas mãos para plantar bananeiras.
POR AUGUSTO NUNES
REV VEJA

Depois do abano de rabo para Maluf, o rosnado de pitbull confirmou que o velho perdigueiro está com o faro avariado

 O rosnado no meio do palavrório de segunda-feira ─ “Se for necessário, vou morder a canela dos adversários para que o Haddad possa ser prefeito” ─ só assustou a plateia composta por militantes do PT e do PCdoB: abstraídos os que têm menos de cinco neurônios, os companheiros perceberam que o faro do velho perdigueiro, adestrado para a caça ao voto, está severamente avariado. Não há outra explicação para a ideia de imitar um pitbull sete dias depois de abanar o rabo para Paulo Maluf.

A perda do olfato não afetou a soberba de Lula. “Não, de jeito nenhum”, garantiu na terça-feira ao jornalista interessado em saber se estava arrependido da visita a um símbolo da corrupção impune. Tampouco ficara constrangido com a foto que documentou a troca de alianças entre noivos que passaram a vida trocando insultos. Se o rebanho que conduz engoliu sem balidos plangentes o ingresso de José Sarney e Fernando Collor no Clube dos Novos Amigos de Infância do Mestre, por que haveria de incomodar-se com outra parceria inverossímil?
O faro falhou, informou no dia seguinte a pesquisa Datafolha. Aos olhos do eleitorado da maior cidade brasileira, o numerito no jardim foi um monumento à promiscuidade. Ao curvar-se à exigência feita pelo dono do PP para oficializar o apoio do partido a Fernando Haddad ─ e o arrendamento de 1min35 no horário eleitoral ─, Lula protagonizou um fiasco traduzido em números. O acordo entre o padroeiro dos bandidos de estimação e um procurado pela Interpol foi  reprovado por 62% dos eleitores paulistanos (e por 64% dos simpatizantes do PT).
Pior para o afilhado, que caiu de 8% para 6%. Pior para o padrinho: continua em queda o número de paulistanos inclinados a votar em quem tiver o apoio de Lula. Melhor para o tucano José Serra, que subiu para 31% e se manteve na liderança da corrida, sete pontos à frente de Celso Russomanno, da coligação PRB-TV Record-PTB. Confrontado com o balaio de más notícias, o presidente que elegeu um poste de terninho caprichou na pose de ex-presidente pronto para eleger um poste de topete.
“A Dilma também começou por baixo nas pesquisas como o Haddad, e ganhou como o Haddad vai ganhar”, recitou. A bravata repetida de meia em meia hora é tão consistente quanto uma análise econômica formulada por Guido Mantega. Há exatamente dois anos, três meses antes da eleição presidencial, o Datafolha registrou um empate técnico entre José Serra e Dilma Rousseff. Agora, 25 pontos percentuais separam Haddad do adversário tucano.
Para eleger a sucessora que escolheu, o palanque ambulante manejou furiosamente a caneta nomeia e demite, excitou aliados com as verbas que negou aos inimigos e acionou a máquina federal com a desfaçatez de ditador cucaracha. Ainda assim, Dilma Rousseff foi derrotada em São Paulo por José Serra ─ no primeiro turno e no segundo. A busca obsessiva da revanche prejudica a visão. Lula acha que, imitando um pitbull, vai conseguir o que não conseguiu usando sem pudores nem limites os poderes presidenciais.
Por enquanto, as mordidas do comandante só fizeram estragos em canelas companheiras. Para impor a candidatura de Haddad, por exemplo, Lula aposentou grosseiramente Marta Suplicy. A mordida na canela da senadora afastou da campanha do PT a ex-prefeita que, em setembro de 2011, liderava as pesquisas com 29% das intenções de voto. Para fechar o acordo com Maluf, esqueceu que alegara problemas médicos para não aparecer na celebração da parceria com o PSB. A mordida na canela de Luiza Erundina deixou o candidato a prefeito sem vice. Em vez de uma ex-prefeita, Haddad terá como companheira de chapa uma certa Nádia Campeão, comunista do Brasil.
“Eu não sei morder canela”, comunicou nesta quinta-feira, de passagem por Belo Horizonte, o ex-presidente Fernando Henrique Cardoso. “Não acho apropriado para um ser humano”. Ao saber o que disse FHC, sigla que está para o SuperLula como a kriptonita verde para o Super-Homem, o alvo da ironia vai provavelmente arreganhar os dentes. Haddad que se cuide. Se continuar mordendo assim, o padrinho pode liquidar a candidatura do afilhado ainda no primeiro turno.
Se não lhes faltassem juízo e coragem, os Altos Companheiros tratariam de acorrentá-lo no quintal assim que começasse outro rosnado. Além de encomendar pesquisas amigas aos comerciantes de estatísticas, o que lhes resta-lhe é rezar pela volta do faro que desapareceu. Talvez acabem descobrindo que nunca existiu.
POR AUGUSTO NUNES
REV VEJA

CACHOEIRA: Andressa está subindo pelas paredes.

MTB dançou de novo. 15 milhões jogados fora.

ABRE O BICO CACHOEIRA. ANDRESSA TÁ LARGADINHA.

Decisão do STF mantém Carlinhos Cachoeira preso
Joaquim Barbosa arquivou o habeas corpus movido pela defesa

VANNILDO MENDES


agenciaEstadoBRASÍLIA - Acusado de comandar uma rede de corrupção e exploração de jogos ilegais, desmantelada em 29 de fevereiro pela operação Monte Carlo, Carlos Augusto Ramos, o Carlinhos Cachoeira, continuará preso à disposição da Justiça. Em despacho proferido nesta quinta-feira, 28, à noite, o ministro Joaquim Barbosa, do Supremo Tribunal Federal (STF), arquivou o habeas corpus movido pela defesa, rejeitando em consequência o pedido de liminar para libertação do contraventor.
Na petição, a defesa alegou que Cachoeira é alvo de constrangimento ilegal e mantido preso por tempo exagerado. Ele está detido há 120 dias, embora não tenha sido julgado. Os advogados pediram a restituição do habeas corpus, concedido há duas semanas pelo desembargador Tourinho Neto, do Tribunal Regional Federal da 1ª Região (TRF1), cassada pelo ministro Gilson Dipp, do Superior Tribunal de Justiça (STJ). Tourinho havia dado ao contraventor isonomia com outros réus, como José Olímpio Queiroga, presos na mesma operação e já libertados.
Barbosa considerou, porém, que as situações dos réus são distintas pois, conforme os autos do processo criminal, que corre na 11ª Vara Federal de Goiás, Cachoeira tinha "peculiaríssimas atribuições" na organização criminosa. No decreto da prisão preventiva, ele é apontado pelos demais membros da quadrilha como "o homem", ou "o chefe" por ser o cérebro da organização criminosa. Segundo o ministro, "circunstâncias fáticas e condições pessoais" diferenciam Cachoeira dos demais réus.
DO GENTE DECENTE