domingo, 24 de junho de 2012

"Brogs pogreçistas" ou JEG

Munido de uma caixa tamanho família de Dramin, fui até algumas páginas dos tais "broguerus pogreçistas" para avaliar a repercussão do caso de amor entre o EX presidente Defuntus Sebentus e Paóló Malóf.

E por incrível que pareça, a quase totalidade das enjoativas páginas que visitei batiam no Serra e não davam uma só linha sobre a infame nova aliança pró estelionato ideológico feita entre LULUF E MALULA.
Chega-se a conclusão que para ser "broguero pogreçista", em primeiro lugar, é necessário o exercício de negar o óbvio e desdizer a verdade.
E o mais interessante é ver que para a imensa maioria dessa cambada, Dom Sebento de Caetés, ( atendendo a pedidos de Garanhuenses arretados com a fama pouco recomendada que a cidade estava levando por conta do acidental nascimento de tão infame figura no distrito vizinho )..Bem, a turma vermelha acredita que O Oráculo de Caetés inventou a roda, a lâmpada elétrica e descobriu o Brasil. São absolutamente puxa sacos a ponto de parecerem patetas.
Não consigo entender um comportamento tão bizarro, acredito que as pessoas podem admirar um político, artista, ou seja lá quem for, mas a ponto de se transformarem em babacas e acreditarem e defenderem até suas mais cretinas decisões, já é um pouco demais.
Para esse povo a corrupção e a bandalheira só acontece do lado oposto, na oposição ou nos não aliados, a revista Veja e Uzestaduzunidus são os maiores cânceres da terra. 
 Não olham para nada além do que é permitido pela ideologia burra a que seguem fielmente, não tem opinião formada ou senso crítico suficiente para perceberem que em política todo mundo é farinha do mesmo saco.
E se alguém da oposição é pego com a boca na botija correm para pedir a crucificação do mesmo, agora, se o corrupto, ladrão ou bandido for esquerdiota ou pertencer a tropa de bandoleiros do Oráculo de Caetés, tudo tem uma desculpa, quando não,  passam por cima do assunto sem se incomodar.
O poder de discernimento desse povo é tão limitado quanto a pseudo intelectualidade em que a grande maioria deles acredita viver. 
E assim a esgotosfera vai criando cada dia mais subversivos blogueiros prontos a atender ao chamado do mestre e para protege-lo e acreditar que todas as suas falcatruas são avanços nuncaantesvistosnahistóriadestepaís. 
E dessa forma bizarra caminha a mediocridade e a desfaçatez paga com o nosso dinheiro público.
A aliança LULUF e MALULA é um tremendo golpe na ideologia que pauta essa legião de idiotas, mas, ou eles assumem que foram feitos de otarios durante décadas, ou simplesmente inventam um milhão de desculpas para explicar o inexplicável. 
E pelo visto os que não se omitiram estão tentando explicar. E todos eles ainda acreditam que o Sebento é o novo Messias. Não importa o quanto esteja metido em trampolinagens, o que vale é o amor e a fidelidade canina ao mestre.
E no mais
PHODA-SE!!!
DO B. O MASCATE

Enquanto a UNASUL protesta, o povo paraguaio tá nem aí.

Depois que o congresso paraguaio legitimamente eleito e dentro dos preceitos constitucionais colocou para correr o padreco comunistóide, tenho visto na mídia o berreiro provocado por tudo que é ditadorete bostivariano amérdico latrino associado ao clube dos cafajestes que é essa tal de Unasul.
Muitos nada democráticos presidentes falam em golpe na democracia ou mesmo golpe de estado.
O que espanta é ver gentalha como o candidato a defunto Hugo Chavez esperneando na TV dizendo que não reconhece o novo governo paraguaio. Grande merda, não? O povo paraguaio tá cagando e andando para o que pensa Hugo Chaves e sua curriola de vagabundos esquerdofrênicos. 
E patetico-bovinamente, se juntam a ele os lixos de sempre, Evo Imorales, Cristina Barbie Kirshner, e o boçal "galã de quermesse" Rafael Correa do ECÚador.
As Ratazanas brasileiras já recuaram e mudaram o tom do discurso.
O que chama atenção nessa situação é que o mais interessado nesse assunto é o povo paraguaio, e pelo visto o padre taradão dançou e a vida continuou na maior normalidade no país. Não houveram protestos, movimentação social, gritaria e quebra quebra. Ninguém foi às ruas em solidariedade ao defenestrado presidente.
Apenas os bostivarianos e seus asseclas, alguns "pseudo intelectuais" e os mesmos de sempre estão protestando feito idiotas, como se isso fosse mudar alguma coisa dentro do país.
E o tempo irá passar, os bufões da esquerdalha terão que enfiar seus protestos no rabo e o Paraguai passa enquanto os cães ladram.
Chega-se a conclusão que essa tal de UNASUL é mais uma patetice de esquerdofrênicos que ainda acreditam que o Papai Noel é um pequeno burguês selvagem e capitalista.
Já se phoderam em Honduras com o Zelaya, e agora no Paraguai.
E pelo visto a diplomacia Tupiniquim continua fazendo as mesmas presepadas  burro-ideológicas que não impressionam mais ninguém. Agora só falta mesmo é darem "hospedagem" para o padrecão tarado na embaixada Brasuca em Assunção para completar as famosas cagadas praticadas pelo Itamaraty nos últimos dez anos.
E por falar em Itamaraty...
A família do Sebentão ainda não devolveu os passaportes diplomáticos. O país já esqueceu desse assunto...Eu não.
E PHODA-SE!!!
DO B. O MASCATE

JORNALISMO DOMINADO PELOS COMUNISTAS INSUFLA GUERRA CIVIL NO PARAGUAI

O mascote das redações dos jornais
No site de O Globo está uma matéria cujo título corresponde a cerca de 15% de todo o texto. Refere-se ao fato de dos brasiguaios, como são denominados os produtores rurais brasileiros que vivem no Paraguai e praticamente sustentam aquele país com aprodução e exportação de grãos, terão uma reunião com o cônsul do Brasil na Ciudad del Este neste segunda-feira. Nesta oportunidade pedirão que o Brasil reconheça o novo governo do presidente Federico Franco. 
O restante a matéria parece mais um texto do site do PT, já que quem a lê fica com a impressão que o Paraguai inteiro está contra o novo governo, embora não haja um só registro na mídia internacional reportando tal fato. O que se verifica é que a população do Paraguai continua levando uma vida de normalidade, mas este fato é escamoeado pelo jornalismo totalmente dominado pela patrulha esquerdista.
Reproduzo o trecho que é o lead na matéria. O restante é pura panfletagem. Leiam:
Segundo o site paraguaio ABC Color, os brasiguaios vão se reunir nesta segunda-feira com o cônsul brasileiro em Ciudad del Este para solicitar que Franco seja reconhecido como presidente legítimo e que o país não sofra restrições. São cerca de 600 mil brasiguaios no Paraguai, que representam 90% da produção e exportação de soja do país. Uma das primeiras providências de Franco após assumir o poder foi anunciar um tratamento especial para o grupo.
Hermes Aquino, da Coordenadoria Agrícola do Paraguai, acusou a Unasul de ter imposto obstáculos econômicos ao país durante anos e de agora se intrometer nos assuntos internos paraguaios. Ele culpa Lugo pela morte de 17 pessoas na semana passada, episódio considerado o estopim para sua destituição.
- A única coisa que vieram fazer é pressionar para manter no poder seus amigos de esquerda e não perceberam que o juízo político foi feito de acordo com a Constituição Nacional - afirmou Aquino ao ABC Color.
DO B. DO ALUIZIO AMORIM

Tirano da Venezuela é o grande protetor de Lugo. Novidade?

O déspota Hugo Chávez, que destruiu as instituições na Venezuela, adota represálias contra o governo paraguaio, suspendendo a remessa de petróleo. Reação esperada de quem enterrou a Constituição de seu país. Constituição, para os canalhas - no Brasil inclusive -, não passa de papelucho. Só é boa quando lhes convém.
O presidente da Venezuela, Hugo Chávez, anunciou neste domingo que retirará seu embaixador do Paraguai e suspenderá o envio de petróleo para o país em represália ao impeachment de Fernando Lugo, que classificou como "golpe de Estado".
"Retiramos o embaixador, não reconhecemos esse governo (de Federico Franco), e também vamos retirar o envio de petróleo", afirmou Chávez num discurso realizado durante um ato militar transmitido em cadeia obrigatória de rádio e televisão. (Continua).
DO ORLANDO TAMBOSI

O que, afinal, quer Dilma? Reeditar a “Guerra do Paraguai”? O Brasil tem de ser mais respeitoso com a soberania de um país vizinho!

Sabem o que há, de verdade!, na raiz da reação negativa dos países sul-americanos à deposição de Fernando Lugo? Má consciência! Também e muito especialmente no Brasil. Já chego lá. Antes, algumas considerações.
O Paraguai está em paz dois dias depois de Lugo ter sido deposto pelo Congresso, segundo a mais estrita e rigorosa letra da Constituição. Mas não ficará assim por muito tempo se depender do Brasil e de outros países sul-americanos. Parece que a presidente Dilma Rousseff, seguindo os passos aloprados de seu antecessor no caso da crise hondurenha, não se conforma com a praça vazia. A expectativa era a de que milhões fossem às ruas em defesa do presidente deposto. Não apareceu um só. O mesmo, aliás, havia ocorrido em Honduras. As manifestações só começaram quando Manuel Zelaya resolveu organizar a “resistência” na embaixada do Brasil, com o apoio de Lula e Chávez.
A Constituição foi rigorosamente seguida. Mas Dilma não gostou.
A Câmara aceitou a denúncia por 73 votos a 1. Mas Dilma não gostou.
O Senado aprovou o impedimento por 39 votos a 4. Mas Dilma não gostou.
O Judiciário declarou legal a deposição de Lugo. Mas Dilma não gostou.
Até a Igreja Católica no Paraguai reconhece como legítimo o impeachment. Mas Dilma não gostou.
O povo paraguaio, vê-se, aceitou a solução. Mas Dilma não gostou.
Então vamos ver. A lei foi cumprida. A democracia continua em pleno funcionamento. Os Poderes instituídos e o povo do Paraguai reconhecem o novo presidente. Qual é, afinal de contas, o problema do Brasil? “Ah, o rito foi sumário!” Foi porque as leis paraguaias permitem que assim seja. O Palácio do Planalto pode tentar exportar alguns dos nossos legisladores para ao país vizinho para que se façam, então, leis melhores, mais ao gosto do nosso governo, não é mesmo?
Não! Definitivamente, não é assim que a música toca! Ameaçar o Paraguai com o isolamento quando estão em vigência todas as instituições que caracterizam a democracia é inaceitável. Qual é a acusação? Sim, trata-se de má consciência e explico por quê.
Alguns governantes latino-americanos, tendo as injustiças sociais como desculpa, passaram a acreditar que podem desrespeitar abertamente as leis que os elegeram para, então, fazer… justiça! A desigualdade social no Paraguai é, de fato, obscena. Há dois caminhos para dar uma resposta: com leis e debate democráticos — e isso requer competência, capacidade de negociação, implementação paulatina de medidas… E há o outro modo: partir para a pistolagem. Lugo prometeu uma ampla reforma agrária no país (nem vou entrar no mérito se o caminho era mesmo esse). Seus planos não saíram do papel. Não obstante, passou a tolerar o banditismo de grupos extremistas que falam em nome dos sem-terra. Deu no que deu.
Ou por outra: incompetente que era, Lugo não conseguiu apresentar um plano ao país; demagogo que era, passou a manipular o extremismo a seu favor. Os bandoleiros ameaçam justamente a parte mais virtuosa da produção agrária paraguaia — que inclui os brasileiros, é bom lembrar! Aliás, cuidasse o nosso governo um pouco mais do seu próprio povo, teria vários motivos para estar agastado com Lugo. Há uma perseguição organizada aos chamados “brasiguaios” no país. As supostas “vítimas das desigualdades” estão invadindo, saqueando e depredando fazendas. Há famílias que foram expulsas de suas terras. Não se ouviu até agora de um pio do Itamaraty ou Dilma Rousseff.
Os governantes sul-americanos que ameaçam isolar o Paraguai — e, lamento!, isto vale também para Dilma — estão, na prática, cuidando mais de si mesmos do que de Fernando Lugo, que não tem condições, é evidente, nem legais nem políticas de voltar ao poder. Estão dizendo que NÃO ACEITAM SER DEPOSTOS POR LEIS DEMOCRÁTICAS NEM QUANDO AS TRANSGRIDEM. Ainda que com palavras um tanto oblíquas, de sentido enviesado, afirmam que se deve tolerar que o chefe do Executivo mande as leis às favas e se junte a grupos que desrespeitam os fundamentos da democracia, mas que é intolerável que o Congresso e a Justiça usem as suas prerrogativas.
Ora, vejam nesta página uma crítica que fiz a um texto de Janio de Freitas publicado hoje na Folha. O valente defende os mensaleiros, diz que o julgamento no Supremo traduz o confronto entre os “reformistas” e os “conservadores”, que o resultado é crucial para a democracia brasileira, que se trata de uma questão política e que, conclui-se, o Supremo só dará provas de isenção se absolver os acusados. Vejam lá o que escrevi a respeito.
É precisamente essa má consciência que está na raiz da acusação falsa, escandalosamente mentirosa, de que houve “golpe” no Paraguai. Tivessem morrido 17 pessoas num confronto por terra num Paraguai governado pela “direita”, haveria uma penca de ONGs gritando mundo afora: “Massacre! Massacre!”. Se o Congresso decidisse impichar o presidente por “mau desempenho”, seria aplaudido como expressão da verdadeira democracia. Como tudo se deu na gestão do “progressista” Lugo, então ouvimos aquele ruidoso silêncio. Afinal, diria Janio de Freitas, ele é “um reformista”…
Acho que não convém Dilma fazer uma nova “Guerra do Paraguai” em defesa de um demagogo, que foi deposto segundo o que estabelece a lei. Não faltará um leito para abrigar o “bispo pegador”…
Por Reinaldo Azevedo
REV VEJA

Em fevereiro, VEJA denunciou a escandalosa omissão do Planalto diante da perseguição a brasileiros no Paraguai

Em fevereiro, resportagem especial da VEJA alertava para a perseguição de que eram alvos os produtores rurais brasileiros que moram no Paraguai. Releiam a reportagem:
Governo Dilma ignora perseguição a brasileiros no Paraguai
Por Carolina Freitas: Seguranças contratados pelo brasileiro Favero, para proteger sua propriedade dos sem terras paraguaios, em Ñacunday
Seguranças particulares vigiam campos de soja em propriedade de brasileiros, em Ñacunday, no Alto Paraná, Paraguai - Manoel Marques
A neta do agricultor gaúcho Milton Seipel, de 54 anos, 34 vividos no Paraguai, pediu chorando ao avô para mudar de escola. Os colegas se uniram para, em meio a empurrões, dizer à menina de 11 anos que ela saísse do colégio. O motivo: ela não fala o guarani, idioma nativo do país. “Ela nasceu no Paraguai, como quatro de meus filhos, meus onze netos e minha bisneta”, diz Seipel. “As crianças disseram que ali não era lugar para brasileiros.” A menina trocou não só de escola como de cidade. Para o avô restou a saudade. Da neta e de tempos mais tranquilos.
Os 150 000 brasileiros proprietários de fazendas no estado do Alto Paraná, leste do Paraguai, estão sob ameaça. Aproximadamente 8 000 carperos - os sem-terra paraguaios - cercam as suas propriedades. Armados de facões e porretes de madeira, eles destroem plantações, agridem e ameaçam os produtores rurais. Seu discurso tem um claro componente nacionalista e, mais que isso, de estigmatização dos brasileiros, como mostra o episódio com a neta de Seipel. Também há indícios preocupantes de que as autoridades paraguaias se alinham com os carperos.
No entanto, fiel à diplomacia da condescendência adotada desde o governo Lula em relação aos vizinhos, o Itamaraty responde de maneira tímida aos abusos. O ministro das Relações Exteriores, Antonio Patriota, conversou apenas uma vez com o chanceler paraguaio, Jorge Lara Castro, sobre os conflitos. Foi coletar informações. A ordem de Patriota para que o embaixador do Brasil no Paraguai, Eduardo Santos, visitasse a região só aconteceu um mês depois da primeira incursão dos carperos pelas terras de brasileiros. Só agora o Itamaraty estuda reforçar a estrutura consular no local, informou o embaixador Eduardo Santos. A reportagem do site de VEJA esteve na região e mostra quem são os protagonistas desse embate e os reflexos diplomáticos dele.
A tensão cresceu nas últimas semanas, quando o Exército paraguaio, acompanhado de falanges de carperos, iniciou uma demarcação de terras no Alto Paraná que ninguém no governo de Fernando Lugo conseguiu explicar até agora. Foram fincados no chão doze marcos de concreto em sete cidades, formando um perímetro que coincide com a área de 162 mil hectares reivindicada pelos sem-terra como terra pública a ser destinada para reforma agrária. Eles acusam os brasileiros de ter se apropriado dos terrenos. “Os invasores são os brasileiros”, afirma Victoriano Lopez, comandante do movimento. A maioria absoluta dos brasileiros que vivem no Alto Paraná, contudo, comprou fazendas de forma legal e tem título da propriedade. E o fato foi comprovado por sucessivas medições judiciais feitas nos últimos anos.
Por onde passaram durante a demarcação, militares e carperos deixaram um rastro de medo. Durante os nove dias da operação, de 12 a 21 de janeiro, foram registrados nas delegacias da região quinze boletins de ocorrência por invasão de propriedade privada, coação, ameaça, agressão e tentativa de homicídio. Os excessos foram tantos que, em 23 de janeiro, o governo suspendeu a ação. Dias depois, o ministro da Defesa, Catalino Ortiz, foi chamado ao Senado para se explicar e admitiu irregularidades na ação.
Um dos marcos, de concreto e pintado de laranja fluorescente, foi colocado na propriedade de Milton Seipel. Às 13 horas de 14 de janeiro, um sábado, apontou na porteira um grupo de quarenta carperos armados com facões e de quatro militares. “Os campesinos chegaram, gritaram para minha mulher prender o cachorro, abriram a porteira e entraram”, conta o produtor. “Perguntei se eles tinham documento. Eles não mostraram nada e mandaram que eu me calasse.”
Uma semana depois eles apareceram nas cercanias da fazenda do brasileiro Alexi Paulo Grutka, de 47 anos, há 20 no Paraguai. Por lá também colocaram um marco. O filho dele, Diego, paraguaio de 23 anos, dirigia pela região quando foi interceptado por duas caminhonetes de sem-terra. Com uma espingarda, um revólver e facões em punho, os carperos mandaram Diego descer do veículo e o revistaram, sob ameaças. Dispararam um tiro de espingarda e fizeram o rapaz correr. Depois, quebraram os vidros do carro e roubaram a carteira e o celular que Diego tinha deixado no carro.
Os dois casos, como o de dezenas de produtores, foram relatados pelos produtores ao cônsul do Brasil em Ciudad Del Este, Flávio Bonzanini, em uma reunião ainda em janeiro. Pouco foi feito desde então além de acompanhar a situação, em obsequioso silêncio. Na terça-feira da semana passada, mais um encontro, dessa vez com a presença do embaixador do Brasil no Paraguai, Eduardo Santos. “Eles prometeram que agiriam dentro das possibilidades deles. Não quiseram se comprometer com prazos ou ações”, relata Milton Abich, gerente da Coordenadoria Agrícola do Paraguai e filho de brasileiros.   Em entrevista ao site de VEJA, o embaixador Eduardo Santos disse que tem mantido diálogo permanente com os integrantes do governo Lugo e que solicitou reforço policial na região do conflito. “A tensão da comunidade brasileira é real, prática e permanente”, disse Santos. Ainda assim, o tom usado com as autoridades paraguaias deve se manter. “Temos um diálogo leal e amistoso com o governo paraguaio. Nossas relações com o Paraguai são muito próximas.”
A única medida concreta apresentada pelo Itamaraty ainda está em estudo e não tem data para sair do papel. A diplomacia avalia a possibilidade de criar um gabinete de crise na região de Ñacunday, na forma de um consulado itinerante. No local, agentes consulares ficariam disponíveis para prestar assistência direta aos brasileiros.
A diplomacia poderia fazer muito mais pelos brasileiros, sem qualquer desrespeito à soberania paraguaia, com um simples - porém firme - discurso do ministro Antonio Patriota ou da presidente Dilma Rousseff a favor dos compatriotas que lá vivem. Caso contrário, corre-se o risco de repetir no Paraguai a postura frouxa adotada em 2006 em relação à Bolívia. Na época, Luiz Inácio Lula da Silva tratou com brandura o programa de nacionalização na área do gás do presidente Evo Morales, apesar dos prejuízos causados pela política à Petrobras. Agora, estão em jogo a vida e o sustento de milhares de brasileiros que vivem no Paraguai.
Por Reinaldo Azevedo
REV VEJA